Texto inspirado no
sermão ministrado pelo Pastor Wilson Gomes no Culto da Família em 23/02/2014
Havia um homem na terra de Uz cujo nome era Jó... Homem íntegro e reto,
temente a Deus e que se desviava do mal. Seu testemunho de fidelidade ecoava
pelo universo enchendo Deus de regozijo e a Satanás de inveja. Sua vida se
tornou o epicentro de um embate cósmico, onde sua fé determinaria a vitória de
um dos lados.
Jó foi duramente atingido por esta disputa entre o bem e
o mal. Sem tomar conhecimento das causas e motivos, viu todas as suas posses se
tornarem em pó e serem varridas por um furacão. Tudo que ele tinha se foi...
Família, bens, saúde. Apenas uma única coisa restou: Sua fé inabalável.
Baseados nesta linda (e verídica) história registrada no
velho testamento, ouvimos hoje alguns conselhos pastorais:
1º) Mantenha sua família
sob a proteção de Deus
Jó possuía no total dez filhos. Era hábito entre eles a
realização de banquetes em uma de suas casas. Ao final destes encontros, Jó
reunia todos os seus filhos para os santificar. Levantava-se de madrugada para
oferecer sacrifícios por eles e pedir perdão pelos possíveis pecados que
tivessem cometido (1:5). Seus filhos estavam portanto sob a proteção de Deus,
mas bastou um segundo de legalidade concedida ao inimigo para que ele causasse
a morte de todos em um único dia. (1:18-19). É claro que a perda foi apenas
física, já que os filhos de Jó foram guardados por Deus no mundo espiritual,
mas a lição retirada daqui é que Satanás não hesitará um único instante
para destruir sua família caso a encontre desprotegida. Então tome as devidas precauções
para que “os seus” estejam sempre escondidos à sombra do altíssimo.
2º) Escolha bem suas
amizades
Vivendo dias de densas trevas e sofrimento inenarráveis,
Jó recebe a visita de seus três melhores amigos, mas ao invés de conforta-lo e encoraja-lo;
Elifáz, Bildade e Zofar ocupam mais de trinta capítulos com afrontas veladas e
acusações infundadas. Muito cuidado ao rotular seus amigos, contar seus segredos
e confiar suas verdades; pois na hora da angustia, você poderá encontrar apenas
juízes parciais onde buscar bons advogados.
3º) Há esperança para a árvore cortada
Imerso em dor, lágrimas, críticas e dilemas existenciais,
Jó se lembra que mesmo sucumbindo as mazelas da vida, nem tudo esta perdido. Por
exemplo: Uma árvore que cortada ainda poderá brotar novamente, e caso um tronco
esteja morto no chão e a raiz envelhecida sob a terra, ao cheiro das águas ela
brotará e dará ramos como um planta nova (14:7-9).
4º) Libere perdão
Seus amigos intransigentes, após ofenderem sua dignidade
e duvidarem de sua integridade; se voltaram ao Senhor para oferecer sacrifícios.
Deus no entanto os repreende duramente e diz que a condição para que os seus sacrifícios
sejam aceitos é que retornem a Jó e que o mesmo interceda por eles. Humilhados,
os três retornam a Jó, que ao contrário
do que se espera, esta solicito aos seus desagradáveis visitantes e passa a
interceder por eles, perdoando-lhes por toda humilhação sofrida (42:7-9).
5º) Seja generoso ao
orar
Pobre e doente, Jó ignora seus problemas pessoais e com
muita generosidade passa a interceder por seus amigos. E é exatamente ai que o
céu se move em prol de Jó e seu cativeiro é virado (42:10). Esse é o segredo
que diferencia o verdadeiro cristianismo de todos os ensinamentos revanchistas
e vingativistas que hoje são disseminados em altares e canções: Ouvistes o que
foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu,
porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem (Mateus
5:42).
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