A Escritura Sagrada nos mostra que um Pastor não
é levantado pela vontade humana, mas sim pela vontade de Deus (Atos 20: 28) e
que, portanto, ele apascenta o rebanho com conhecimento e inteligência
(Jeremias 3: 15).
Pastores não são formados em escolas
teológicas. São chamados, vocacionados, escolhidos por Deus antes mesmo de seu
nascimento e sentem o desejo do pastorado queimar em seus corações ainda no
primórdio de sua fé. Obviamente, quando
o homem compreende a grandeza deste chamado sobre sua vida ele precisa se
preparar material e espiritualmente para arcar com tamanha responsabilidade, se
aperfeiçoando no trato, se esmerando na Palavra e desenvolvendo habilidades
para uma gestão eficiente (I Timóteo 3:1-7).
Um Pastor, embora seja de carne e osso, tendo momentos de tristeza e frustração, sofrendo e chorando como qualquer um
de nós; tem sim um coração diferenciado, um olhar mais apurado e um modo de
pensar acima dos demais, pois ele precisa cuidar e orientar seu rebanho. É
ele que deixa a segurança do aprisco e enfrenta os perigos da noite para
encontrar uma ovelha perdida, mesmo que para isso arrisque a própria vida
(Mateus 18:12-13; Lucas 15:4-6, João 10:11).
Um Pastor entende que “todos” na
congregação são ovelhas do Senhor e que foram confiadas ao seu cuidado. Uma
igreja não é composta por funcionários, vassalos, empregados, súditos ou
asseclas... Mas sim de preciosas ovelhas (Salmo 100:3). Logo o Pastor não é um gerente de empresa
visando lucro e produtividade, exigindo e cobrando como se todos fossem seus
assalariados; mas sim um apascentador de almas, visando levar cada uma das ovelhas
a ele confiadas em segurança até o Sumo Pastor (I Pedro 5:4).
Um Pastor cuidará sempre em trilhar os
caminhos designados pelo seu Senhor, pois tem consciência que onde seus pés
pisarem, muitos pés pisaram também (I João 2:6). Portanto, embora tenha muito o
que ensinar, o Pastor precisa estar
em constante aprendizado com Jesus Cristo, o Pastor dos Pastores ( Mateus 11:
29).
Em II
Timóteo 2:24-25, Paulo adverte ao líder do rebanho que não seja promovedor de
contendas, mas que sua instrução seja em mansidão, brandura e paciência. O Pastor deve também ser um imitador de
Cristo e ser influenciado pelo modo operante dos apóstolos, exemplos de fé,
amor e autoridade espiritual (I Coríntios 11:1, 4:16; I Tessalonicenses 2:14).
Nenhum Pastor é insubstituível e o bom líder
deve preparar substitutos para que a obra não se retarde em sua ausência. Ele
deve buscar em oração a sabedoria para identificar obreiros promissores e
posteriormente lança-los ao ministério (Atos 13-1-3). O Pastor que centraliza todos os poderes e responsabilidades
congregacionais pra si; e não prepara sucessores, põem em risco de derrocada
toda a sua congregação.
Um Pastor precisa agregar em seu
ministério uma grande diversidade dos Dons Espirituais. Além do indispensável Dom
de Governo, outros são de suma importância, tais como Ministério, Palavra da
Sabedoria, Palavra da Ciência, Curas, Discernimento de Espíritos, Profecia,
Ensino, Exortação e Hospitalidade.
O Teólogo e
Reformador francês, João Calvino, dizia que o Pastor tem duas vozes: uma para chamar ovelhas e outra para
espantar lobos. Em seu Ministério Pastoral, o homem de Deus não lida apenas com
ovelhas obedientes, por vezes surgem os lobos vorazes que atacam o rebanho e
alguns lobos sutis que se disfarçam de ovelhas para minar as defesas pastorais.
Preocupado com estes imensos perigos que rondariam sua grei, Jesus pediu
insistentemente a Pedro que ele “cuidasse” de seus carneirinhos (João 21:15-17).
Embora todo
o obreiro seja digno de seu salário (I Timóteo 5:18), o Pastorado é um Ministério,
e não uma profissão regulamentada.
Logo o Pastor não deve exercer tal
função para obter recompensas terrenas, mas sim em amor e por amor. Ter suas
necessidades e carências supridas pela igreja a qual serve é um direito
inegável concedido a este obreiro pela própria Bíblia, o que não justifica o
fato de muitos pastores hodiernos exigirem imensas fortunas de seus fiéis para
exercerem seu ministério rodeado de luxo e riqueza. A estes pseudo-pastores, Jesus chamou de
Mercenários, que assim como o Pastor,
cuidam de ovelhas, mas não tem um vínculo afetivo e espiritual com elas (João
10:12-13).
O verdadeiro
Pastor não se esconde em gabinetes,
não se omite atrás de uma agenda sem horários vagos, não usa secretárias e
assessores com escudos para se resguardar de visitas indesejadas... Um conselho
de Salomão aos Pastores foi que procurassem conhecer o estado de suas
ovelhas e colocar o próprio coração sobre os rebanhos (Provérbios 27:33). O
verdadeiro Pastor esta sempre
presente, caminhando entre as ovelhas, se alimentando junto delas, tomando a água
do mesmo poço, tendo em seu próprio corpo o cheiro de seu rebanho. Ele cuida
das enfermas para que estas devido a sua debilidade não confundam a voz do
Pastor e sigam um mercenário qualquer.
Ser Pastor é trilhar um caminho de renuncia
e resignação. Às vezes ele terá que chorar sozinho, pois se mostrar fraqueza
para o rebanho, o mesmo se desmoronará. É lutar por ovelhas que não sabem dizer
se quer um “obrigado”, é caminhar até os pés sangrarem em busca das desgarradas
e ao mesmo tempo zelar pelas que estão no aprisco. É subir a montanha sozinho
para se aproximar de Deus e interceder por rebanho enquanto todo ele continua
dormindo.
Em suma, o
Ministério Pastoral não é uma aventura para curiosos; nem um cofre de banco
para interesseiros. É uma grande honra e uma imensa responsabilidade... Uma
jornada de risos e lágrimas, onde muito se é confiado e muito será cobrado
(Lucas 12:48).
Nossos pastores em Estiva Gerbi SP: Pr. Adriano Siva e Pra. Luiza Silva (Jd. Ludi); Pr. Luiz Carlos Candido e Pra. Maria Lúcia (Jardim São José) ; Pr. Wilson Gomes e Pra. Márcia Gomes (Sede Regional) |
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