Texto Áureo
Assim foi destruído todo
o ser vivente que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até
ao réptil, e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente
Noé, e os que com ele estavam na arca”.
Gênesis
7.23
Verdade
Aplicada
Livramento e cura são
dois aspectos pertinentes a salvação, uma graça exclusiva oferecida por Deus
aos seus filhos.
Textos
de Referência
Gênesis 6:5, 6, 7 e 17
E viu o SENHOR que a
maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos
pensamentos de seu coração era só má continuamente.
Então o Senhor arrependeu-se de ter feito o
homem sobre a terra; e isso cortou lhe o coração.
E disse o SENHOR: Destruirei o homem que
criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e
até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
Porque eis que eu trago um dilúvio de águas
sobre a terra, para desfazer toda a carne em que há espírito de vida debaixo
dos céus; tudo o que há na terra expirará.
Introdução ao Dilúvio
A história
de Noé começa com um dos maiores dilemas teológicos existentes, afinal, um Deus
que segundo Números 23:19 e Malaquias 3:6, não mente, não se arrepende e nem
passa por mudanças, neste caso, aparentemente, se arrependeu de sua maior
criação: - Então, arrependeu-se o SENHOR
de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe o coração (Genesis 6:6).Para
elucidar esta questão, em primeiro lugar precisamos entender que os desígnios
do Senhor são inalteráveis, e que todos os seus planos, terão uma conclusão
dentro do planejamento original, independentemente do ocorrido durante o
percurso (Jó 42:2). Para entender esta questão, é preciso ter em mente que Deus
esta numa linha temporal diferente da nossa. Enquanto vivemos o “cronos”, regulado
por minutos, dias e anos; Deus habita no kairós, o tempo perfeito e completo, medido apenas de eternidade a eternidade. Logo, nós aqui na terra, vivemos e
analisamos os fatos de forma imediata, enquanto Deus visualiza passado, presente
e futuro em uma única óptica. Assim, em nosso entendimento, Deus pode até ter
“mudado” seu modo operante, mas na verdade, o desígnio continua intacto. Ou
seja, muda se a ação imediata, mas o resultado a longo prazo será o mesmo. Quando
olhamos para a Bíblia e nos deparamos com as expressões como “Deus se
arrependeu””, “voltou atrás” ou “mudou de opinião sobre determinada questão”,
estamos na verdade enxergando uma postura de Deus em relação as escolhas feitas
pelo próprio homem e não de reviravoltas mirabolantes em seu próprio plano.
Digamos que existe apenas “o” ponto final, mas quem decide como chegar lá, é a
própria humanidade. Ou seja, Deus não muda e de fato não se arrepende, mas atua
de formas diferentes, dependendo da postura tomada pelo homem.
Um caso
clássico é a reação de Nínive diante da mensagem de Jonas. O profeta clamou
apenas o juízo para aquela cidade perversa, proclamando a iminente destruição,
mas surpreendentemente, o povo ninivita, tomou uma posição de arrependimento, e
aquela geração foi poupada. Deus agiu por amor e com misericórdia em virtude do
quebrantamento espiritual daquela gente, mas a Justiça de Deus foi realizada
cerca de 150 anos depois, quando Nínive caiu pelas mãos dos caldeus, mesmo após
um novo anuncio prévio ter sido proferido por Naum. Num aspecto mais abrangente,
podemos citar o que muitos consideram o verso chave das escrituras, João 3:16 –
“Por que Deus amou o mundo de tal
maneira, que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna” – O plano de Deus aqui revelado, é que
todos aqueles que crerem em Jesus, encontrem a salvação. Isto jamais será
alterado, ninguém muda ou adapta; mas a decisão de crer ou não é pertinente a
cada pessoa individualmente.
Devemos ter
consciência, que Amor e Justiça são atributos da personalidade de Deus, e ambos
agem de forma simbiótica, não havendo possibilidade de uma prevalecer sobre a
outra. Deus é bom porque é justo, e é justo porque é bom. Exatamente por isto,
Ele estabeleceu diretrizes que indicam ao homem o caminho a ser seguido rumo ao
destino por ele desejado, uma estrada certeira que conduz a salvação, onde não
há erro e nem dolo, mas infelizmente o homem escolhe atalhos (Jeremias 29:11).
Estas decisões erradas da humanidade, jamais irão alterar o plano original de
Deus, mas certamente aceleraram um processo imediato de intervenção, seja para
bem ou para mal. No caso aqui estudado, vemos Deus se confrontando com a
terrível realidade dos homens que se tornaram maus e inconsequentes,
corromperam-se, e neste processo corromperam a terra também. A “morte”, neste
caso, era apenas uma consequência das próprias ações da humanidade, já que a
sentença de que o pecado atrairia a morte fora dada ao primeiro casal ainda no Éden,
conforme registrado em Gênesis 2:17. Logo, Deus estava em seu total direito de
tomar para si as vidas que lhe eram devidas em decorrência da calamidade
pecaminosa que se instalará no mundo, e o dilúvio apenas “adiantaria” o processo.
De qualquer forma, o plano original estava mantido. Em contrapartida, os
desígnios de Deus convergiam para que a terra fosse povoada a partir de uma
família, e neste caso, Deus mantém sua estratégia, apenas substituindo Adão por
Noé. Muda-se os personagens, mas a história, do ponto de vista eterno, continua
inalterável. Numa linguagem figurada, podemos dizer que Deus não mexeu no
tabuleiro, apenas reposicionou as peças. Os leitores mais atentos entendem que
o “arrependimento sentido por Deus”, fala de sua tristeza pela condição humana, e é de fato o
estopim para um recomeço, onde a iniquidade é, literalmente, lavada de sobre a
terra, e uma nova semente de bondade é plantada através de Noé. As gerações
seguintes cometeram os mesmos erros de seus antepassados, mas cumprindo a
promessa feita de retardar a destruição, Deus investiu ao longo da história em
novos começos. Em Abraão Ele iniciou Israel (uma nação para ser modelo), em
Jesus iniciou a Igreja (um povo santo e separado para ser luz do mundo) e
futuramente iniciará em Cristo, um reino perfeito de paz e felicidade
permanente, descrito nos últimos capítulos de Isaías.
O Milagre do Livramento
Nos dias de Noé, a
corrupção humana chegou a tal ponto que o Senhor se entristeceu de ter feito o
homem. Salvar os justos e reiniciar uma nova civilização foi o único meio que
Deus encontrou para aquele mundo imperdoável. Diante de uma sociedade perversa
e corrompida, Noé achou graça diante de Deus, e foi escolhido juntamente com
sua família para se tornar o salvador de seu tempo. Sua missão era construir
uma arca, anunciar o dilúvio, e preparar-se para o dia final. Aquela foi uma
época marcada por grandes avanços, o que contraria o pensamento de muitos que
vêem aquela civilização como primitiva e recém saída das cavernas. Havia
trabalhos como cultivo de sementes e armazenamento de colheitas, e o pastoreio
de vários tipos de animais eram coisas comuns. Porém, veio a construção de
grandes cidades, a descoberta da metalurgia, a música e a ciência da guerra,
pois haviam famosos valentes da antiguidade (Gênesis 6:4). Estes tais, são os
responsáveis pela grande corrupção, pois, a mistura da linhagem piedosa com a impiedosa,
corrompeu toda a sociedade daquele tempo. Deus criou o homem bom e perfeito,
isso significa que ele trouxe uma lei em seu coração, mas o pecado incrustou de
tal forma na vida humana que Deus não teve outro jeito a não ser destruir toda
aquela sociedade impiedosa (Gênesis 6:5-7).
Toda a terra foi
invadida por uma onda de maldade tão grande que incomodou os céus. A alma
humana ficou tão contaminada que tudo quanto pensava refletia egoísmo,
violência desmedida e desprezo ás coisas de Deus, cremos que Deus não permitiu
que tais coisas continuassem, porque certamente iria comprometer o plano
messiânico da redenção, aliás, esse era o verdadeiro propósito de Satanás,
impedir a vinda do Messias. A maldade foi tanta que até mesmo os animais foram
afetados: “Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o
homem, até o animal, até o réptil, e até a ave dos céus” (Gênesis 6:7). Então,
o fim daquela geração foi marcado pelo juízo divino, através de um dilúvio
universal que seria o único remédio para aquela situação. De toda aquela
geração, o único justo encontrado por Deus foi Noé (Ezequiel 14:14). Ao
contrário de Moisés, Elias e do Senhor Jesus, Noé não fez nenhum milagres em
pessoa. Numa época em que a inversão de valores se tornou comum, o certo era
errado e qualquer que fizesse o contrário era humilhado e ridicularizado,
podemos dizer que Noé foi um milagre por inteiro (Gênesis 6:9). Deus pode
contar com esse homem, ele não falhou, foi honrado o suficiente para ir contra a
correnteza da maldade, perseverando em fazer a vontade de Deus. Àqueles que
defendem que a linhagem de Sete era santa, vêem aqui um fator crítico, visto
que ela também se perdeu em meio a corrupção. Noé, porem, conservava a sua
piedade e integridade, influenciava a sua família, tornando-se assim, um
milagre extraordinário de liderança. Jesus nos alertou sobre os dias de Noé, e
o que antecede sua vinda é a corrupção generalizada, crise de integridade,
sodomia e profanação a tudo que se considera sagrado. Noé não se intimidou,
começou e terminou, não teve medo de testemunhar a verdade em meio a corrupção.
De igual modo, o Senhor conta com os justos, somente eles podem brilhar em meio
as trevas (Filipenses 2:15).
O Trabalho de Noé
Não devemos pensar
que somente a justiça de Noé lhe salvaria juntamente com sua família. Sua fé
deveria ser acrescida de obras, ou seja, ele precisava trabalhar por sua
salvação e garantir a vida de tudo quanto Deus lhe confiou (Hebreus 11:7, Tiago
2:14-18). Noé jamais coxeou entre dois pensamentos, ele sempre esteve atento ao
que Deus lhe falou, e trabalhou para que a vontade de Deus se cumprisse,
renunciando aos seus prazeres e tornando-se inimigo dos maus feitores (Tiago
4:4). O registro do Gênesis é tão impressionante que demonstra Noé não apenas
sendo capaz de ouvir a voz de Deus, mas também tendo a habilidade em atendê-la.
Noé ouviu da parte de Deus instruções precisas de como construir uma arca capaz
de salvar a sua família, os animais e algum outro ser humano que estivesse
disposto a crer nesse tipo de salvação. Para ouvir a voz de Deus, devemos
primeiramente, sufocar outras vozes como: a voz do nosso próprio coração que
sempre gosta de se acomodar ao pecado, as vozes da sociedade afastada de Deus.
Essas vozes contrárias a vontade de Cristo, ganham o mundo, porém, perdem a
eterna salvação (Marcos 8:36). Será que isso vale a pena? Claro que não! Por
isso, quem tem ouvidos ouça o que Cristo diz as igrejas, porque hoje vivemos os
dias proféticos anunciados por Jesus (Mateus 24:37-39). Eis diante de nós o
grande exemplo de Noé e das palavras do Senhor Jesus com uma severa advertência.
Ser fiel a Deus de modo integral.
Noé recebeu ordens cuja
obediência representava: a salvação da raça humana, a de diversos animais e também
do plano divino em relação ao Messias. Essa salvação consistiu em obedecer
detalhes minuciosos da construção da arca, como: o acolhimento dos animais, a
provisão de víveres para sua família e para os animais, e por fim, a ordem de
Deus para entrar na arca (Gênesis 6:22, 7:5).
Embora fosse Noé o construtor da arca, a salvação foi um ato de Graça
Divina que se consolidou através de sua completa submissão (Gênesis 6:8). E
aqui cumpre ressaltar essa diligência que é tão aclamada pelo Senhor no sermão profético:
cinco virgens prudentes, dos três servos, somente dois foram fiéis em relação
aos talentos a eles confiados pelo seu senhor, e finalmente, as nações fiéis
que serão tratadas como ovelhas na sua vinda (Mateus 25:1-46).
Entre os vários aspectos
da integridade de Nóe em seus dias, a Escritura o declara como um pregoeiro da
justiça (II Pedro 2:5). Ele denunciava que Deus iria trazer o dilúvio sobre aquele
mundo, e sobre todos aqueles que desprezassem a oportunidade. Isso se daria
porque, de acordo com as palavras de Jesus, os homens comiam, bebiam,
casavam-se e davam-se em casamento, o que traduz com perfeição a palavra: ímpio
ou irreligioso. A postura de Noé como pregador indica nossa responsabilidade e
compromisso em anunciar o juízo de Deus (II Timóteo 4:1-5).
Noé pregou em
um período de desmoralização social, moral e espiritual tão intensa, que Deus
decidiu destruir a humanidade. Entretanto, uma chance de arrependimento seria
dada ao homem, e assim, o velho Noé é escolhido como portador de uma mensagem
de salvação. Durante 120 anos, enquanto trabalhava em sua famosa ARCA, ele
anunciava para toda gente a destruição eminente e apontava sua construção como
o único meio de sobrevivência. Numa análise superficial poderíamos dizer que
Noé foi o pior pregador da história, pois seu “ministério” durou mais de um
século, ele só disponha de um único sermão e ninguém acreditou em sua pregação. Entretanto, quando Deus fechou a
ARCA por fora, toda a FAMÍLIA de Noé estava dentro dela. Nenhum vizinho se
salvou, nenhum compatriota creu, nenhum amigo lhe deu crédito... Mas Noé salvou
toda a sua família, e pela fé de apenas oito pessoas, a humanidade não se
extinguiu (Gênesis 6, 7 e 8). Se na
antiguidade, a arca foi o meio proporcionado por Deus afim de que os que
cressem escapassem da morte, hoje essa “saída” é Jesus, ele é a arca onde
devemos nos refugiar, e esta é a mensagem que devemos pregar, independente de
quem a escute e aceite.
A arca é uma imagem
luminosa de nossa salvação em Cristo (I Pedro 3:18-22). Jesus falou que muitos
estariam desatentos para este evento, que ele viria de forma inesperada como um
ladrão. Noé já estava na arca quando veio o dilúvio, e nós, onde estaremos? Será
que sabemos o valor deste dia? Assim que vieram as águas do dilúvio Noé e sua família
estavam seguros na arca. Ali era o lugar idealizado por Deus para o escape na
hora do juízo. Noé alcançou essa grandiosa salvação através da sua fé, ele
vivia numa terra árida e seca onde a chuva parecia ser uma piada de mau gosto.
Enquanto todos viviam despreocupados e zombando, veio o dilúvio e consumiu a
todos. O mais interessante é que a mesma arca que livra também condena. O tempo
se aproxima, Jesus está as portas, e devemos estar atentos porque como as dez
virgens, muitos estão com as lamparinas se apagando e dormem acomodados desperdiçando
a oportunidade de comprar azeite (Mateus 25:7-10). Devemos correr enquanto é
tempo para que não nos suceda o que aconteceu com a geração de Noé. Quando
deram por si, a porta já havia se fechado, e de igualmente modo, as virgens
néscias também ficaram de fora (Lucas 21:18)
A salvação das águas
do dilúvio significou a eliminação de toda uma civilização. Se fosse nos dias
de hoje, seria a eliminação de oito bilhões de pessoas, e aí muitos pensam: Como
Deus foi capaz de condenar tantos assim? Seriam todos culpados de fato? Não
podemos jamais esquecer que Deus é amor, mas também é justiça e juízo (Deuteronômio
4:24, Hebreus 12:29). No modo de Deus agir, as águas do dilúvio lavariam a
humanidade, que totalmente suja pelo pecado, apenas manchava o mundo que Ele
criou. Todavia, em meio a sujeira, havia no bom sentido da palavra, alguém para
ser aproveitado no recomeço de uma nova história. Desse modo, Deus, usando de misericórdia
deu a Noé um mundo novo e totalmente limpo por causa de sua justiça. O mesmo
Ele fará conosco, sua Igreja. Ele purificará esse mundo perverso e nos
entregará um novo céu e uma nova terra (Apocalipse 21:4-7). Jamais devemos
pensar no dilúvio como um mero evento natural, mas como uma intervenção divina
com propósitos eternos. Alguns cientistas atribuem ao dilúvio meras causas
naturais removendo consequentemente a intencionalidade divina. Ao salvar Noé e
sua família, Deus estava recomeçando a humanidade inteira, pois por ela,
repovoaria o mundo. Foi através de Noé e
Sem, que Deus estabeleceu a linhagem pela qual viria o Messias (Lucas 3:36).
Fica nítido que a corrupção geral humana, foi uma tentativa de Satanás frustrar
a vinda do Messias. O dilúvio foi, portanto, a reação divina para manter a sua
palavra e seu plano de salvação, e nisto reside o eterno valor da salvação. A
justiça de Deus trouxe o dilúvio e também não poupou os anjos que se rebelaram
contra Deus. Assim, Deus os prendeu em
prisões reservando-os para o juízo final (II Pedro 2:4-5). Quando as trombetas anunciarem
a vinda gloriosa do Senhor para sua Igreja, somente os salvos ouvirão. Não
haverá mais tempo para se aprontar, e esse dia será de grandes surpresas.
Devemos vigiar enquanto é dia, pois a noite virá e não haverá mais tempo para
arrependimento (Mateus 24:42).
O dilúvio foi o
antídoto para curar a perversão da humanidade. Durante cento e vinte anos ele
trabalhou para garantir a salvação da raça humana, representada apenas por oito
pessoas. Noé foi o Milagre de Deus para “aqueles” últimos dias, Deus quer que
façamos o mesmo em nosso tempo.
Investigando a Arca de Noé
A história
sobre uma grande arca construída ao longo de 120 anos, com finalidade de salvar
inúmeras vidas de um grande dilúvio, pode sim parecer absurda quando analisada
fora da óptica espiritual. Ao longo dos séculos, muitos estudiosos questionam a
veracidade do relato encontrado em Gênesis, com o intuito de desmistificar a
crença que esta grande embarcação tenha mesmo existido, o que anularia por
consequência, a história do próprio dilúvio, e os relatos que a precedem ou
sucedem. Outros, porém, tem utilizado a ciência moderna para literalmente
“testar” as teorias bíblicas sobre os eventos. Muitos estudiosos acreditam que
a ARCA de fato já foi encontrada em estado de petrificação, em uma área
montanhosa da Turquia, e apresentam algumas evidencias como prova definitiva do
achado, embora não existam provas concretas desta teoria. De acordo
com estes especialistas, a formação rochosa que pode ser vista na imagem acima,
tem a forma de um barco, com uma curva pontiaguda e popa arredondada. O seu
comprimento exato como observado na descrição bíblica, é 516-7 pés ou 300
côvados egípcios, já que o diluvio aconteceu antes de Moisés escrever o
Gênesis. Reclina-se em uma montanha na Turquia oriental, combinando com o
relato bíblico de que "A arca descansou ... sobre os montes de Ararat"
(Gênesis 8:04), conhecido também por Urartu, nome de um antigo país que cobria
a região. Ela contém madeira petrificada, como comprovado pela análise de
laboratório. Contém acessórios com ligas de metal de alta tecnologia, como
comprovado por laboratório independente de análises pago por Ron Wyatt,
realizada mais tarde por Kevin Fisher. Foi encontrado metal de alumínio e metal
titânio nos acessórios que são metais sintéticos. Nervuras de madeiras
verticais em seus lados que compreende a superestrutura do esqueleto de um
barco. Padrões regulares de vigas horizontal e vertical de suporte da
plataforma também são vistos no convés da arca. A arca localiza-se em uma
antiga vila a 1982 metros de elevação e corresponde a declaração de Flavius Josephus.
Seus restos são mostrados lá pelos habitantes até hoje. O Dr. Bill Shea,
arqueólogo, encontrou um caco antigo de cerâmica a uns 20 metros da arca que é
uma escultura em que retrata um pássaro, um peixe, e um homem com um martelo
usando uma touca que tem o nome de "Noah" nela. Nos tempos antigos,
esses itens foram criados pelos moradores da aldeia para vender aos visitantes,
provando que a arca, em tempos remotos já foi inclusive uma atração “turística.
Reconhecido pelo Governo turco como o Parque Nacional da Arca de Noé, essa
região é um tesouro nacional e o comunicado da sua descoberta apareceu no maior
jornal turco em 1987, sendo que o Centro de Visitantes construído pelo governo
para acomodar turistas confirma ainda mais a importância do local. Enormes
âncoras de pedras que eram penduradas na parte de trás da arca para firmar sua
navegação foram encontrados perto da arca e na aldeia Kazan, a 15 quilômetros
de distância. A arca repousa sobre Cesnakidag (ou CudiDagi) Mountain, que é
traduzido como "Doomsday" Mountain, em português, Dia do Julgamento.
O Dr. Salih Bayraktutan da Universidade de Ataturk declarou que a formação
rochosa é de fato " uma estrutura feita pelo homem, e com certeza é a Arca
de Noé", e acrescentou ao seu estudo que o site é imediatamente abaixo da
montanha de Al Judi, chamado no Alcorão como o lugar de descanso da Arca. Fora
estas evidências, varreduras de radar mostram um padrão regular de madeiras no
interior da formação arca, revelando quilhas sobrequilhas, anteparas, câmaras
de animais, sistema de rampa , porta dianteira direita , dois grandes barris na
frente 35cm x 60cm, e um centro aberto que é área para o fluxo de ar para todos
os três níveis.
Tendo
evidenciais praticas ou não a este respeito, cremos incondicionalmente no
relato contido nas páginas do Pentateuco, e obviamente nossa intenção aqui não
é lançar duvidas quando a sua veracidade, mas sim facilitar a compreensão da
funcionalidade da Arca. Para isso, transcreveremos abaixo um artigo cientifico de
Juliana Santos, publicado na edição online da revista VEJA, que deixa bem
claro, o quão minucioso (e até mesmo científico) é o relato bíblico acerca da
Arca de Noé:
As especificações bíblicas para o tamanho da arca
são precisas: 300 côvados de comprimento, 50 de largura e 30 de altura. O côvado
é uma unidade de medida arcaica que se baseia no comprimento do antebraço,
da ponta do dedo médio até o cotovelo, e cada uma das civilizações antigas
adotava uma medida diferente para representá-la. Um grupo de estudantes da
Universidade de Leicester, na Inglaterra, que realizou um estudo sobre a arca
de Noé, estabeleceu um padrão ao fazer uma média entre o menor valor (44,5
centímetros, adotado pelos hebreus) e o maior (52,3 centímetros, dos egípcios),
chegando a 48,2 centímetros.Com base nessa medida, a arca teria 144,6 metros de
comprimento (o equivalente a cerca de um quarteirão e meio), 24,1 metros
de largura (aproximadamente dez carros, lado a lado) e 14,4 metros de
altura (um prédio de quase cinco andares). Curiosamente, as medidas são parecidas
com as de um navio de carga atual, e as dimensões ainda correspondem à
proporção adotada no presente. "O fato de a arca ter essas dimensões é
surpreendente, porque são os parâmetros de um navio da atualidade", afirma
Ricardo Pinto, professor de engenharia naval da Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC). Para saber se a arca flutuaria, é preciso analisar
também o material usado na sua fabricação. O texto bíblico menciona a
"madeira de gofer", que, hoje, seria semelhante ao pinheiro ou
ao cipreste. Como a densidade dos dois materiais é parecida, os estudiosos
ingleses escolheram o cipreste como exemplo.Com essas informações, e
assumindo que Noé teria seguido as instruções o mais literalmente possível,
construindo uma embarcação retangular, em forma de caixa, é possível concluir
que a arca não afundaria na água. "Qualquer objeto, ao ser colocado na
água, provoca o deslocamento de certo volume. Para flutuar, o peso do volume da
água deslocada pelo corpo deve ser igual ao peso do próprio corpo", explica
Pinto. "Esse tipo de madeira leve faria com que a embarcação flutuasse
facilmente."
Essas estimativas referem-se à arca vazia. Para
descobrir o peso que a embarcação teria de suportar, é preciso saber quantos
animais seriam colocados dentro. Pesquisadores que estudaram a história de Noé,
como John C. Whitcomb e Henry M. Morris, autores do livro The Genesis
Flood (O dilúvio de gêneses, em tradução livre), chegaram à conclusão
de que cerca de 35 000 animais precisariam entrar na arca para que o Reino
Animal fosse salvo. Existe uma discussão sobre o fato de que a expressão
"dois animais de cada tipo", contida da Bíblia, pode não significar
exatamente cada espécie, o que reduziria ainda mais o número de
eleitos. Whitcomb e Morris estimaram, também, que a ovelha
representaria a média de tamanho dos animais. A partir desses números, os
cientistas da Universidade de Leicester calcularam que a arca suportaria o peso
correspondente a 2,15 milhões de ovelhas. "Nós observamos que a arca
aguentaria o peso, não como os animais caberiam dentro dela, ou como seriam
armazenados alimentos e água fresca", diz o estudante de física Oliver
Youle, principal autor do estudo, publicado em 2013 no periódico Journal of Physics
Special Topics, da Universidade de Leicester. Além da capacidade do barco de
suportar o peso, mais fatores precisam ser levados em consideração. "Podemos
até assumir que a arca teria flutuabilidade, mas não sabemos sobre sua
estabilidade", afirma Pinto. A estabilidade depende da geometria, ou seja,
do formato da embarcação, e da condição em que a carga foi dividida nela.
"Se todos os animais pesados, como elefantes e leões, fossem colocados de
um lado só, ela provavelmente ficaria desequilibrada." Seria
necessária uma distribuição de peso cuidadosa para manter a embarcação estável,
principalmente devido a seu tamanho. "Quanto mais comprida uma viga, mais
fraca ela é. Um navio funciona como uma viga em termos técnicos, então quanto
mais comprido, mais bem-estruturado precisa ser", explica o professor.
Para ele, a arca seria um navio "muito arrojado" para os padrões da
época — uma construção tão surpreendente quanto as pirâmides do Egito.
Para compreender o cuidado divino através das intervenções milagrosas na história do seu povo, participe neste domingo (12/10/2014), da Escola Bíblica Dominical.
Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 93
Milagres do Velho Testamento : Editora Betel
Comentários Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes
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