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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

EBD: O agir de um Deus sobrenatural


Texto Áureo
Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não vêem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.
II Coríntios 4:18

Verdade Aplicada
Um milagre é uma ação que acontece dentro da experiência humana onde as operações da natureza se tornam inertes por ocasião de uma intervenção Divina.

Texto de Referência
Salmo 77:11-16
Eu me lembrarei das obras do SENHOR; certamente que eu me lembrarei das tuas maravilhas da antiguidade.
Meditarei também em todas as tuas obras, e falarei dos teus feitos.
O teu caminho, ó Deus, está no santuário. Quem é Deus tão grande como o nosso Deus?
Tu és o Deus que fazes maravilhas; tu fizeste notória a tua força entre os povos.
Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José. (Selá.)
As águas te viram, ó Deus, as águas te viram, e tremeram; os abismos também se abalaram.

Milagres, uma ferramenta do povo de Deus.

Quando Moisés foi convocado por Deus para resgatar o povo de Israel do Egito, ele lançou mão de uma série de argumentos, a fim de justificar sua incapacidade de concluir tão árdua missão. Em determinado momento, por exemplo, Moisés disse ao Senhor que o povo não acreditaria em suas palavras, mesmo elas sendo as PALAVRAS do próprio “EU SOU”. Deus então concede a Moisés uma capacitação espiritual poderosíssima, afim de que ele operasse sinais e maravilhas (Êxodo 4:1-9). Uma vez diante de seus incrédulos ouvintes, que relutavam em aceitar e crer nas palavras do enviado de Deus, Moisés pode usar deste recurso especial, que definitivamente atrai a atenção de toda aquela gente para si. É verdade que a palavra falada é que trouxe toda a diretriz do plano libertador traçado por Deus, mas foram os atos miraculosos promovidos por Moisés (transformar um cajado em serpente, promover uma doença infecciosa no seu próprio corpo e a curar imediatamente, e ainda transformar água em sangue), que lhe trouxe credibilidade junto aos hebreus e provocou temor nos Egípcio. A capacidade de realizar proezas sobre humana é uma das maiores ferramentas que Deus disponibilizou aos seus servos ao longo de toda a história. Patriarcas, juízes e profetas utilizaram em larga escala deste recurso para os fins mais diversos, como livrar Israel de um inimigo, prover sustento ao povo, ajudar pessoas desesperadas, humilhar deuses pagãos e desafiar reinados ditatoriais, visando sempre, a glória de Deus e a oblação do nome poderoso do Senhor.

Com a IGREJA essa realidade não é diferente. Embora muitas acreditem que os milagres não são para os nossos dias, a Bíblia nos diz exatamente o contrario. João registra uma promessa maravilhosa feita pelo próprio Jesus, onde o Messias enfatiza que aqueles que crêem nele, podem sim realizar as mesmas obras por ele realizadas, e ainda avançar para coisas maiores (João 14:12). Considerando que em sua passagem sobre a Terra, Jesus  curou cegos, aleijados, mudos e leprosos, expulsou demônios promovendo libertação, andou sobre o mar, transformou água em vinho e ressuscitou mortos, então podemos concluir que o potencial miraculoso que reside no cristão é extraordinário. Quando comissionou seus discípulos a continuarem a obra por ele iniciada, Jesus concedeu a aqueles homens poder e autoridade, além do respaldo de sua presença divina. Com essa legalidade espiritual e fazendo do nome de Jesus sua "arma", os seguidores de Cristo tornam-se capazes de curar enfermos, expulsar demônios, falar idiomas específicos e sobreviver a investidas mortais de possíveis inimigos (Marcos 16:17-18 / Lucas 10:19). Em sua primeira carta aos coríntios, Paulo lista nove habilidades sobrenaturais, chamadas de “dons do espírito”, que são entregues a membros do corpo de Cristo, visando à edificação de toda a igreja, proporcionando meios de impactar o individuo mediante feitos inumanos, que comprovam a atuação de Deus através deste povo. Dentre as nove capacitações citadas pelo apóstolo, duas delas tem por finalidade a realização de feitos milagrosos para aperfeiçoamento da fé: Dons de Cura e Dons de Operação de Maravilhas (I Coríntios 12:8-9). Se toda a nossa fé esta centrada em Jesus e abalizada pelas suas palavras, temos também que crer na atualidade dos milagres, pois a verdadeira igreja não teve mudanças em sua essência, a obra que lhe foi confiada ainda é a mesma e as ferramentas disponibilizadas aos primeiros cristãos para viabilizar este trabalho, ainda estão em perfeito estado de conservação. A diferença é que pela incredulidade latente nos dias de hoje, preferimos uma zona de conforto, e assim, embora nossa mensagem diga que Jesus opera grandes milagres, na pratica, pouco trabalhamos para que os mesmos acontecem, e com isso perdemos a chance de mudar o pensamento desta geração incrédula, que talvez, se presenciassem a teórica do milagre se tornando em um “fato”, seria realmente impactada pelo evangelho. Pois se contra a PALAVRA, muitos intelectuais e religiosos tecem teorias e levantam dúvidas, contra um Milagre, fica difícil pautar em contrapartida. E esta é sem duvida, é a principal contribuição que a realização de obras miraculosas pela igreja, traz para o Evangelho de Jesus.

A crença nos milagres bíblicos sempre foi uma característica central da fé cristã (João 4.48). Sabemos que milagres não são acontecimentos do passado, pois estão presentes no dia a dia da igreja cristã. Neste trimestre estudaremos apenas alguns milagres registrados no Antigo Testamento a fim de extrair deles grandes revelações para edificação da nossa fé.


Milagres, sua origem e  significado

Por que Deus se apresenta com sinais tão maravilhosos? O que Ele deseja que venhamos compreender quando os realiza? (Romanos 1:19-20). Segundo Tomás de Aquino “quando Deus faz qualquer coisa contrária à ordem da natureza que nós conhecemos e estamos acostumados a observar, nós chamamos de milagre”. Poderíamos definir milagres como: “intervenção sobrenatural no curso usual da natureza; uma suspensão temporária da ordem natural, mediante o agir de Deus”. A palavra milagre encontra sua raiz no latim “miraculum” que significa “ver, olhar”. Para os latinos “miraculum” representava as coisas prodigiosas que escapavam a seu entendimento como: os eclipses, as estações do ano, e as tempestades (Atos 2:20). “Miraculum” provém de “mirari”, que em latim significa: “contemplar com admiração, com espanto, ou com surpresa”. Assim, do ponto de vista etimológico, a palavra milagre não tem necessariamente relação com alguma intervenção divina, ela está ligada ao assombro diante do inefável. Segundo o cristianismo, um milagre é uma intervenção Divina, onde de forma sobrenatural e extraordinária, Deus manifesta sua soberania e amor para com os seres humanos, um ato sem explicação científica razoável. Cada um dos dons do Espírito é milagroso. São todos sobrenaturais. No sentido geral da palavra “milagres”, todos os dons do Espírito são milagres, mas no sentido etimológico o dom de operação de milagres é um ato específico. Por exemplo, quando Eliseu dividiu as águas do rio Jordão com um golpe do seu manto, ocorreu uma operação de milagre! Houve uma intervenção no decurso usual da natureza. Não conheço maisninguém que com um golpe de uma capa abrisse um caminho pelo meio de um rio. (II Reis. 2:14).

No Antigo Testamento, o milagre é definido pelo menos por três termos: “teraton”, indicando prodígio como uma intervenção que reconhece a ação do Senhor; “thaumasion”, que expressa melhor à provocação do assombro; e “paradoxon”, que acentua a dimensão da surpresa inesperada. Em qualquer caso, o milagre é um ato pelo qual Deus se dá a conhecer ao homem, que se encontra maravilhado e espantado diante destes sinais de grandeza (Êxodo 6:6-8). Teologicamente, os milagres têm uma finalidade: eles acontecem para que o crente reconheça a atuação miraculosa como manifestação da Soberania Divina. O objetivo do milagre é antes de tudo, revelar a Soberania Divina, seu amor e misericórdia; ele revela a ação ininterrupta do Pai pela qualidade de vida dos seus filhos, conforme João 20:30-31.

O milagre antecipa a situação de um futuro escatológico, onde não haverá enfermidade, nem sofrimento, nem morte, senão a vida (Apocalipse 21:4). Os milagres são sinais visíveis da antecipação do Reino entre nós (Lucas 10:19; 11:20). Eles possuem, portanto, um valor de revelação, na medida em que expressam o poder e a glória de Deus sobre a criação. Assim, pois, o milagre segue sendo um sinal que provoca a reflexão e o discernimento; ele não é realizado somente na ordem da natureza ou na parte física da pessoa, também se manifesta sobre tudo, no silêncio da transformação do coração humano. O milagre é a intervenção livre de Deus dentro da criação, e no homem para expressar a vitória sobre o mal e a chamada a participação em seu Reino. O milagre se distingue do prodígio: na verdade, ele tende a enfatizar o caráter extraordinário e portentoso de um evento, enquanto que o prodígio é um chamado para que à fé se torne mais genuína e se reconheça a presença de Deus.


Curas, sinais e maravilhas

Uma vez entendido que um milagre pode ser definido como uma intervenção sobrenatural no curso usual da natureza ou uma suspensão temporária da ordem costumeira através da intervenção do Espírito Santo, podemos concluir que toda manifestação espiritual através dos DONS pode ser considerado um milagre. Mas o DOM específico de OPERAÇÃO DE MARAVILHAS, que pode também ser chamado de OPERAÇÃO DE MILAGRES ou OPERAÇÃO DE PODERES, e que no original grego significa “explosões de onipotência”, tem como propósito demonstrar o poder e a grandeza de Deus de forma inquestionável, a ponto de “estontear” quem a testemunha, e é o único DOM que leva o indivíduo que o recebe a participar de uma pequenina parcela do poder de Deus, o mesmo poder usado na criação do mundo. Porém, milagres também são encontrados em escalas menores, em situações mais localizadas e por vezes, chega até mesmo a passar despercebido. Vivenciamos milagres desde a fecundação e nossa vida pode ser definida como uma sucessão constante de milagres. Infelizmente, muitas vezes, nossa megalomania religiosa só valoriza a atuação divina em obras portentosas ou sinais de abrangência cósmica, mas é preciso uma atenção especial para perceber o trabalhar cuidadoso de Deus até mesmo na mais micra das questões. Somente quando nos atentarmos a esse cuidar diário por parte de nosso Deus, que passaremos a desenvolver o senso da gratidão, e com isso atrairemos sobre nossas vidas, bênçãos cada vez maiores. Leitores atentos dos evangelhos irão notar que Jesus revelou seu aspecto divino progressivamente, operando milagres discretos antes dos mais retumbantes, afim de seus seguidores o reconhecessem como Filho de Deus, primeiramente nas coisas pequenas. Essa é a prova de fogo do cristianismo, desenvolver a fidelidade no pouco, para só então ser introduzido no muito (Mateus 25:21). Até mesmo os mais impactantes milagres de Jesus, ou seja, a “ressurreição dos mortos”, se deu de forma estratégica, aumentando a intensidade dos efeitos paulatinamente.  Primeiro, num quarto fechado, Jesus ressuscitou a filha de Jairo, tendo como testemunhas, nada mais que uma meia dúzia de pessoas (Mateus 9:18-26). Depois, diante de uma cidade inteira, Jesus chamou de volta para a vida, o filho morto de uma pobre viúva (Lucas 7:11-15). Posteriormente, a nação de Israel foi impactada com a espantosa história de Lazaro, um homem que após quatro dias, foi retirado com vida da sepultura, por intervenção de seu amigo Jesus (João 11:1-46). Finalmente, Cristo divide definitivamente a história da humanidade quando ressurge vivo, após três dias no seio da terra, provando de forma irrefutável seu poder sobre a morte (Lucas 24:5). Finalmente, num futuro próximo, uma ressurreição em massa trará de volta todos os que dormiram em Cristo, em decorrência do arrebatamento da igreja (I Tessalonicenses 4:13-17). Portanto, independentemente do tamanho da intervenção divina, ou do impacto que ela cause, é preciso sabedoria para entender que milagre é sempre milagre, mesmo que receba nomes ou conotações diferenciadas.

É imprescindível conhecermos as definições de alguns termos para entendermos de forma mais ampla tanto a profundidade do evento quanto a diferença que existe quando nos referimos aos milagres operados pelo Criador. Vejamos:

Cura: O grego do Novo Testamento apresenta muitas palavras que descrevem os processos de cura. Vamos nos deter apenas em três principais. São elas: “iasis” - que descreve o ato de curar (Lucas 13:32); “therapeúo” - que significa curar, honrar. É dessa palavra que se deriva a palavra terapia (Lucas 9.11); “iáomai”- que é um termo muito mais completo, pois não engloba somente a cura física, mas inclui ser livre de pecados, ou ser salvo (Atos 10:38). Neste sentido, a cura se manifesta tanto como um dom na vida dos cristãos, quanto como um direito legal outorgado pelo sacrifício vicário de Jesus Cristo. Um milagre jamais nasce de cálculos racionais, ele sempre está ligado a uma atitude de fé (Hebreus 11:1-3). O Sino Naamã, não mergulhou sete vezes no Jordão porque foi convencido pela medicina; Paulo teve que ver algo extraordinário diante de si para abandonar todo o curso de sua vida e seguir aqueles a quem tinha por hereges.

Sinal Divino: A palavra sinal vem do grego “simeion” que indica a marca do poder sobrenatural de Deus, é o selo pelo qual uma pessoa é conhecida, ou se distingue das demais (Mateus 12:38; 16:1-4). Esse termo “simeion” é usado para exemplificar um prodígio de maneira incomum e que transcende o natural (Atos 6:8). Deus realiza sinais para autenticar a missão daquele a quem enviou. Quando Moisés foi comissionado por Deus para livrar Israel do Egito, ele apresentou para Deus sua dificuldade: “mas eis que não me crerão, nem ouvirão a minha voz” (Êxodo 4:1). Os milagres credenciavam tanto Moisés quanto sua mensagem (Êxodo 3:20; 4:11-21).

Maravilhas: “E disse o SENHOR a Moisés: Quando voltares ao Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão” (Êxodo 4:21). Em grego se utiliza o vocábulo “terás” para maravilhas, esse é um adjetivo que sempre é usado no plural. “Terás” descreve algo estranho, que deslumbra ou assombra ao espectador, e cuja procedência se atribui a um ato Divino. É conhecido de todos os estudiosos que a operação de maravilhas está alicerçada somente na fé de quem tem sobre si esse dom ou qualificação Divina, o qual dispensa a fé do beneficiado. Quem será que não se assombrou ao ver um caminho no meio do mar e dois muros feitos de água, como se houvesse uma mão a segurá-lo até que todos estivessem a salvo?Existem expositores que afirmam que os milagres já se encerraram, e que duraram até a era apostólica. Eles afirmam que hoje não é mais preciso milagres, porque o povo já tem toda a revelação que precisa para crer no Senhor. As Escrituras não ensinam que os milagres cessariam com os apóstolos, Jesus disse que faríamos obras maiores (João 14.12). Tanto os sinais quanto a salvação pertencem à promessa de Jesus no texto de Marcos 16.16-17.


 O poder sobrenatural de Deus

Jesus nos deixou como herança uma igreja que evangelizava e que estabelecia seu reino usando um poder sobrenatural como ferramenta principal e inseparável. Mas infelizmente, com o passar do tempo, algumas idéias humanas foram sendo introduzidas na igreja, e esse poder sobrenatural foi posto de lado (Lucas 10:9-19). No grego a palavra poder é “dunamis”, que também significa: força poderosa, potência ou habilidade inerente ao poder. “Dunamis” é a capacidade de realizar milagres. É o poder de Deus, a Sua habilidade sobrenatural, Seu poder explosivo, Seu poder milagroso. Atualmente, muitas igrejas se mostram negativas a esse poder, porque uma grande soma de cristãos do nosso século jamais presenciou um milagre físico ou uma obra sobrenatural. As metodologias humanas estão substituindo o “dunamis” de Deus, e o resultado é: estamos gerando cristãos sem uma experiência sobrenatural, pessoas enfermas, fracas, e oprimidas em nosso meio. O que nos difere das demais religiões é a mensagem de poder e impacto (Mateus 12:24; Marcos 6:7; Romanos 1:16; II Colossenses 4).Todos os movimentos cristãos, sem importar sua denominação, começaram com uma visitação sobrenatural de Deus, se isso não ocorresse jamais teriam impactado o mundo. Mas onde se encontra esse poder hoje? Quantos ainda desfrutam dele? O que aconteceu? Parece que com o passar do tempo o carnal substituiu o espiritual (Gálatas 3:3).

Quando falamos do sobrenatural devemos ter em mente o nível em que Deus habita. Milagres para Deus são coisas comuns, nós os denominamos como milagres porque nosso nível está totalmente abaixo daquele em que o Criador está. Só existe uma maneira de viver de forma diferenciada, é se ajustando ao nível em que Ele está. Quando o Senhor conduziu Ezequiel ao vale de ossos secos, Ezequiel foi levado em espírito. Deus o colocou num nível elevado para que visse aquilo que aos olhos carnais jamais entenderia. Ezequiel viu o império da morte, mas no nível em que estava proferiu a palavra de vida (Ezequiel 37.1-11). Não podemos discernir Deus com cálculos humanos. Deus é espírito, e é no espírito que Ele se revela, conforme João 4:24.O poder de Deus foi repartido a Sua Igreja para propósitos sérios e específicos que estão diretamente relacionados à propagação de seu Reino na terra (lJoão 2:20-27). Devemos lembrar que a “unção” representa para todos nós uma grande responsabilidade. Quando uma pessoa é investida de autoridade, deixa de ser uma pessoa comum e passa a ser vista de forma diferente pelos demais. Essa “unção” lhe dará uma autoridade que antes não possuía, e caso venha usá-la de forma indevida, tanto poderá trazer sérios danos para si quanto para os demais. Noé foi chamado por Deus para salvar o mundo e sua missão foi construir uma arca. Mais tarde plantou uma vinha, com o vinho produzido se embebedou e amaldiçoou seu filho. Quando foi responsável salvou o mundo, quando foi irresponsável amaldiçoou sua família (Gêneses 6:17-18; 9;21-25). Lembre-se: Unção não é autopromoção é responsabilidade!


Cuidados Especiais

Alguns cuidados devem ser tomados para que este poder seja usado com sabedoria. Impreterivelmente, o cristão deve usar a Bíblia como seu referencial de vida e guia de sobrevivência aqui na terra. É nela que se inicia e se encerra as ordenanças de Deus aos homens, e os preceitos que norteiam nossa fé. I Coríntios 1:18-25, evidencia que a origem do poder que em nós opera esta na PALAVRA DO EVANGELHO, e qualquer operação miraculosa que não seja embasada por ela, é passível de descrédito. Também não podemos esquecer que um milagre genuíno, está intrinsecamente ligado a um propósito específico, pois milagre sem propósito não passa de show de mágica. Obviamente, todo milagre, de alguma forma é espetacular, mas este espetáculo, na atuação espiritual, precisa promover mudanças profundas na espiritualidade do indivíduo, caso contrário, soará banal.  Um belo exemplo está registrado no livro apócrifo chamado “Evangelho da Infância de Jesus”, onde é possível encontrar algumas bizarras histórias de milagres sem nenhum propósito. Uma das mais interessantes narra um “milagre” curioso que “teria” sido realizado pelo pequeno Jesus, que juntando um pouco de barro, modelou caprichosamente um pássaro para depois lhe dar vida e vê-lo sair voando rumo ao céu... Embora seja uma bela história, a mesma não é aceita no cânon sagrado, pois vai na direção oposta de tudo que sabemos sobre Jesus. O Mestre, embora fosse um Deus entre os homens, nunca se utilizou de seus poderes divinos para outros meios, se não abençoar vidas e engrandecer o nome do Pai. Logo é difícil imaginá-lo dando vida a um pássaro de barro, para simplesmente “testar o seu poder”, pois isso não passaria de um grande número de mágica, ou espetáculo pelo espetáculo. Em contra partida, o capítulo sete do evangelho de Lucas, nos conta que ao entrar na cidade de Naim, Jesus se deparou com o cortejo fúnebre, do filho de uma viúva. Ele parou a multidão, dirigiu-se ao menino e o trouxe de volta a vida. Este fato, além de devolver a alegria (e o sustendo) a uma pobre mulher que estava fadada a amargar um imenso sofrimento, ajudou a espalhar o evangelho por toda a Judéia, ou seja, um milagre com propósito. Além da ressurreição de mortos, a Bíblia fala sobre operações maravilhosas para exercer castigo ou juízo (Atos 5:3-11; 13:7-12), como intervenção nas forças na natureza (Êxodo 14:21; Marcos 4:35-41) e como investida contra as ações de Satanás (João 6:2).

Outro cuidado de imprescindível relevância, e as prioridades da igreja em sua atuação através da capacitação espiritual. A PALAVRA DE DEUS é superior a qualquer tipo de milagres. Embora curas, sinais e prodígios devam acontecer com freqüência em nosso ministério, devemos tomar muito cuidado para não supervalorizarmos o milagre e usá-lo como bússola para nortear nossa vida. Sinais e maravilhas são meios que o Senhor usa para se manifestar ao seu povo, tendo como ferramenta as mãos e a boca de alguns indivíduos agraciados, mas não são eles os parâmetros indicativos para o desejo de Deus sobre nós. Logo não podemos nos tornar “reféns” dos milagres, buscando desesperadamente alguém que os realize e nem mudar nossa postura cristã quando um milagre não acontece. Nossa vida deve ser lapidada, regida e conduzida pela “PALAVRA” e não por manifestações megalomaníacas de poder. A revista Ensinador Cristão nº 45 assim define essa questão: “Os sinais seguem aqueles que creem e seguem a Palavra de Deus, e não os que creem e seguem os milagres”. Os que vivem puramente atrás dos milagres e se esquecem de quem os opera, pode se deparar com operações enganosas e fraudulentas, pois Satanás também tem a capacidade de realizar grandes obras. Tomados os devidos cuidados, a Igreja, precisa urgentemente recolocar em pratica a operação de maravilhas em larga escala, pois o tempo urge, a volta do Senhor está próxima e ainda há muitas almas para serem alcançadas. Portanto, “todas” as ferramentas disponibilizadas pelo Espírito Santo à Igreja, devem ser usadas com esmero, e se possível, até a exaustão. 

O poder de Deus está à disposição de todos nós (João 14:12). Milagres não são coisas do passado, eles sempre serão uma realidade na vida de todo aquele que crê (Marcos 16.17). Um dos propósitos mais importantes pelo qual Deus nos ungiu foi para nos tornar testemunhas de Seu poder. Que os sinais nos sigam por onde passarmos (Atos 1:8).




Para compreender o cuidado divino através das intervenções milagrosas na história do seu povo, participe neste domingo (05/10/2014), da Escola Bíblica Dominical.

Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 93  
Milagres do Velho Testamento Editora Betel

Comentários Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes



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