Texto
Áureo
Disse-lhes, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos
digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do
céu.
João 6:32
Verdade
Aplicada
Jesus é o alimento essencial sem o qual a vida não
pode nem começar, nem continuar, e Sua salvação nos confere dois grandes
privilégios: vida no presente, e no futuro.
Textos
de Referência
Êxodo 16:14-18
E quando o orvalho se levantou, eis que sobre a face
do deserto estava uma coisa miúda, redonda, miúda como a geada sobre a terra.
E, vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos
outros: Que é isto? Porque não sabiam o que era. Disse-lhes pois Moisés: Este é
o pão que o SENHOR vos deu para comer.
Esta é a palavra que o SENHOR tem mandado: Colhei
dele cada um conforme ao que pode comer, um ômer por cabeça, segundo o número
das vossas almas; cada um tomará para os que se acharem na sua tenda.
E os filhos de Israel fizeram assim; e colheram, uns
mais e outros menos.
Porém, medindo-o com o ômer, não sobejava ao que
colhera muito, nem faltava ao que colhera pouco; cada um colheu tanto quanto
podia comer.
Comedores
de Maná
A
peregrinação de Israel pelo deserto rumo à terra prometida, nos dá a exata
dimensão do cuidado que Deus tem pelo seu povo. Durante quarenta anos, quando
sua nação amada esteve mais exposta a toda sorte de perigo e privação, foi sua
intervenção divina que providenciou abrigo, alimentação e vestimenta. Muitos
são os milagres registrados no Pentateuco, dos quais podemos destacar a
presença visível da glória de Deus, os sinais portentosos manifestado contra os
inimigos de Israel, a abertura do mar vermelho, roupas e sapatos que não envelheciam;
a nuvem que proporcionava sombra e
frescor durante o dia e se incendiava a noite para produzir luz e calor, água
saindo de rocha e banquete de carne em pleno deserto. Entretanto, o milagre que
melhor evidência o mecanismo da provisão divina, é exatamente o Maná. A palavra
maná no hebraico significa "man hû", e para alguns autores, sua raiz
etimológica vem da sua analogia devido a aparência da “seiva de tamarisco” que
no hebraico também significa (man hû). Segundo relatado na história israelita,
o Maná parecia uma pequena semente redonda e branca, que ainda sobre a terra,
tinha uma aparência flocosa, semelhante a geada. Outras comparações dizem que o
Maná era parecido com uma semente de coentro, e assim como o bdélio (uma espécie
de resina aromática), tinha a aparência de pequenas perolas. Caía do céu à
noite, entremeada com duas camadas de orvalho, e segundo a tradição judaica, ao
paladar, ela se assemelhava ao sabor do alimento favorito de quem a provava,
embora seja muito comum relatos de que seu gosto lembrasse bolachas de mel ou
bolo doce de azeite. Na culinária, o Maná tinha diversas aplicações, podendo
ser moído, cozido ou assado, dependendo de como seria empregado na “receita”,
mas também podia ser consumido em natura.
Uma das características mais
impressionantes do Maná, é que ele provia a quantia das necessidades
nutricionais da pessoa com tanta precisão, que depois do consumo, o corpo não
precisava gerar resíduos, o que contribuía em muito para a o bem estar
sanitário daquela gente. O Maná também era dado em provisão diária, e não era
permitido a estocagem do mesmo, pois quando guardado, se deteriorava em menos
de 24 horas (exceção feita na passagem da sexta para o sábado). Assim, ninguém
se alimentava de “pão amanhecido”, e a cada dia, uma nova provisão era
derramada sobre o arraial, provando o cuidado diário de Deus com o seu povo. Infelizmente
este fato fez com que alguns dos israelitas ficassem um tanto enjoados com o
chamado "pão do céu", chegando ao cumulo de o renomear com a alcunha “pão
vil”.
Segundo o rabino Yank Tauber, a provisão diária de Maná, deu ao povo
tempo livre para se dedicar a outro tipo de alimentação: A Lei de Deus: Logo
depois que o Maná começou a cair, recebemos a Torá no Monte Sinai. Durante as
quatro décadas seguintes atravessamos o deserto, comendo o maná e estudando
Torá. Isso é basicamente tudo que fizemos (quando não havia problemas). O
Midrash vê uma conexão direta entre nossa dieta e nossa ocupação, declarando
que "a Torá podia ser dada somente a comedores de maná". Partindo
deste princípio, podemos dizer que espiritualmente também somos “comedores de
maná”, usufruindo da provisão diária do Senhor, o que nos permite empregar
tempo e esforços no Reino de Deus, como veremos mais adiante.
Um
Deus supridor
O milagre do maná no deserto, do ponto de vista
humano é o maior e mais extraordinário milagre de provisão Divina. Além do
escopo pessoal de saciar a fome daqueles hebreus recém saídos do Egito, em tal
milagre residem verdades análogas mais profundas, com preciosas lições como
veremos a seguir. Quando o povo saiu do Egito não demorou muito para ter
necessidade de comida e água. Isso para Moisés representou um teste de
confiança na provisão de Deus, ele, porém, não vacilou em sua fé, e o milagre
de provisão foi realmente grande em relação ao seu povo. O significado do nome
maná no hebraico é: “o que é isso?”,
do som desta palavra feito no hebraico é que surgiu o nome “maná”. Essa
designação permaneceu pelo fato deles não conhecerem aquele alimento fornecido
por Deus quando caminhava pelo deserto, logo após a saída do Egito. “O que é
isso?” foi uma expressão que se fixou como designação daquele alimento. Quatros
coisas interessante nos chamam a atenção quando descrevemos o maná:
1) Ele veio do céu, era inexplicável, como o
mistério da piedade Divina (I Timóteo 3:16);
2) Era pequeno, o que nos lembra da humildade de
Jesus (Êxodo 16:14);
3) Era branco, o que nos lembra a pureza e a impecabilidade
dEle. Ele é o Filho Santo de Deus (Êxodo 16:31).
Por quase 40 anos, foi satisfatório e fortalecedor para a nação
alimentar-se do maná (João 6:48-50). Tudo que precisamos como alimento
espiritual é Jesus Cristo. O Pão celestial enviado por Deus. Devemos nos
banquetear com o Pão que nunca nos deixará faminto. A grandeza do milagre da
provisão por meio do maná é impressionante sob o aspecto de sua quantidade,
qualidade e continuidade. Essa alimentação fornecida aos filhos de Israel, que
eram bem numerosos, possivelmente, dois milhões de pessoas incluindo mulheres e
crianças. O maná, rico em nutrientes, caía
diariamente durante seis dias da semana, exceto no sétimo dia que era o sábado.
O Senhor lhes privou de outros alimentos variados que estavam acostumados. Mas
durante quarenta anos nunca lhes deixou faltar o pão do céu (Deuteronômio 8:1-3).
O cuidado de Deus foi demonstrado de maneira grandiosa e contínua servindo de
base para nossa fé (Hebreus 9:4-9). A alimentação não foi variada, mas foi o
que eles precisavam e assim Deus faz conosco ainda hoje.
Milagre é um fenômeno que foge às leis naturais,
logo não tentaremos explicá-lo, mas medir de acordo com Êxodo 16:16. Segundo os
pesos e mediadas do dicionário Almeida, um “ômer” equivale a um décimo de um
“efa”, que possuía 17,62 litros. Isso significa que um ômer possuía 1,76 litros
e que essa porção poderia ser despejada numa tigela. O Senhor Deus determinou
que se apanhasse um ômer diário por cabeça, e quando consideramos o relato de
Número 11:21, concluímos que havia seiscentos mil homens, isso sem contar as
mulheres e as crianças. Logo, se esse número for multiplicado por quatro, então
nos aproximaremos da quantidade de víveres que o Senhor providenciou. O número
da população era em torno de milhões e quatrocentos mil pessoas (2.400,000) e
talvez até mais! Isso é extraordinário, pois essa projeção dá quatro milhões
duzentos e vinte mil litros de maná diários, durante quarenta anos
ininterruptos. Muito maior que a
quantidade desse milagre, era a sua qualidade, ele veio do céu, direto da mesa
do Senhor (Salmos 78:23-25). Como os judeus tinham acesso fácil ao maná! Eles
não tiveram de escalar uma montanha nem atravessar um rio profundo. O maná caiu
onde eles estavam (Romanos 10:6-8).
Lições
aprendidas com o Maná
O maná foi concedido ao povo ao longo dos quarenta
anos. O milagre da provisão pelo maná era transitório e apontava para algo
futuro dentro do plano Divino, tais coisas eram carregadas de lições
espirituais para o povo de Deus de todos os tempos. Para que o ser humano
desfrute de uma boa saúde ele precisa de uma alimentação saudável e variada.
Porém, no deserto a única comida que possuíam era o maná. Lá eles não tinham
essa variação. Incrivelmente, eles se alimentaram durante quarenta anos no
cereal celeste, denominado de: “o pão dos anjos”, isto sem sofrer com qualquer
deficiência alimentar. Pois, o maná tinha em si todos os nutrientes que eles
precisavam (Salmos 78:23-25). Apesar de terem uma única alimentação, exceto
pelas codornizes que foram capturadas duas vezes, eles tinham forças e saúde, o
que aponta para o Senhor Jesus, o verdadeiro pão
que desceu do céu completo em si mesmo (João 6:49-51). O milagre do maná nos
ensina a como depender de maneira única e exclusiva do Senhor. No deserto eles
tinham pão, mas não havia mistura. Deveriam contentar-se e adequar-se aquele novo
sistema de vida, crendo que o mesmo Deus que os libertou, também cuidava deles
e sabia o que precisavam dando-lhes apenas o necessário e não o desejado.
A vida dos filhos de Israel estava impregnada do
estilo egípcio, seus hábitos e devoção receberam forte influência. O maná
representava a desintoxicação espiritual, comida que jamais compreenderam o
significado (Deuteronômio 8:3). O pão dos anjos era fornecido todas as manhãs,
mas era necessário o povo apanhá-los todos os dias, exceto no sábado. Este ir e
vir diário representava um relacionamento com Deus, e ao mesmo tempo, a
disciplina com o alimento Divino. Inserir o maná era como ter Cristo dentro de
si preenchendo todos os espaços da alma e coordenando todas as diretrizes da vida. Guardar era permitir que se
estragasse o que representa uma vida sem ação, apenas religiosa. A porção dupla
da sexta-feira nos fala de descansar na confiança em Sua provisão (Êxodo 16.20;
Mateus 6:25; I Timóteo 6:8).
A orientação que Deus deu acerca do maná era que todos colhessem apenas o
necessário por cabeça, até um ômer por pessoa diariamente (Êxodo 16:19-21). Era
proibido guardar para o outro dia. Isso nos ensina que para cada dia Deus tem
um novo alimento, uma nova revelação. Hoje, muito do desassossego e do pecado
no mundo resulta de uma fonte espiritual não satisfeita. Há pessoas que vivem
com substitutos rejeitando a saudável alimentação que Deus oferece livremente
(Isaías 53:1-3). O maná não caiu sobre mesas ou árvores, mas no chão, e o povo
tinha que inclinar-se para pegá-lo. Muitos pecadores não se humilham. Eles não
se curvam! Não se arrependem nem se volta para o Salvador. Embora não estejamos
no deserto, assim como eles deveriam confiar que teriam a provisão e o cuidado
alimentar de Deus a cada dia, devemos confiar que Deus cuidará, a cada dia, de
todos nós! Mesmo quando hoje trabalhamos com nossas mãos para o nosso sustento,
por trás de tudo, é Ele quem nos dá saúde, nos preserva e nos sustenta.
O Maná do nosso tempo
Sob nenhuma
perspectiva analisada, o Maná pode ser entendido como um simbolismo para a
teologia da prosperidade. A provisão diária era dada sob medida, não era
permitido excessos e nem mesmo estocagem de mantimento. Cada dia bastava por si
só. De uma forma bem pragmática podemos dizer que a porção derramada sobre o
acampamento dos israelitas era tão precisa, que se a porção individual fosse
respeitada, não haveria déficit e nem sobra. Isso acontecia para que o povo
aprendesse a confiar na provisão diária do Senhor, pois se a alimentação do
hoje era garantida, o amanhã estava literalmente nas mãos de Deus. O povo havia
saído do Egito cheio de usos e costumes da cultura egípcia, onde na descrição
de Deuteronômio 8:3, Israel foi humilhado e passou fome. Assim sendo, Deus jamais falhou em fornecer o
suprimento diário, e os israelitas tinham todas as manhãs um Maná fresquinho,
sem haver necessidade de se comer “pão amanhecido”.
Existe porém um outro
aspecto muito relevante nesta sistemática divina: o povo mantinha-se sempre
alerta, e não adentrava a perigosa zona do comodismo. Com a manifestação
sobrenatural do Maná, os israelitas não desenvolviam vínculos com uma terra que
não era sua, e sem estabelecer áreas agrícolas para garantir o sustento, não
havia necessidade de fixar moradia em casas de alvenaria, ou obrigações com os
ciclos do solo. Assim, eles estavam sempre prontos para partir, obedecendo com
agilidade a ordem provinda do Senhor para se mover. Qualquer semelhança com a vida de um cristão
não é mera coincidência. Também somos um povo que necessita estar preparado
para partir no exato momento em que a trombeta soar (I Tessalonicenses 4:17).
Não haverá tempo de preparo e muito menos para desfazer vínculos terrenos.
Exatamente por isso, Jesus nos aconselhou que nos preocupássemos primeiramente
com o Reino, buscando incansavelmente sua justiça, sem se ater a frivolidades
pertencentes a este mundo. É claro que um cristão precisa ter vida social,
trabalhar, estudar, constituir família, ganhar seu suado dinheirinho; mas nosso
Mestre nos deixa inúmeras recomendações sobre buscar todas estas coisas com
“moderação”. Quando ensinou aos seus
discípulos a oração modelo (conhecida como PAI NOSSO), Ele deixa muita clara a
forma como devemos pedir e a “intensidade” proposta é um antídoto a ganancia: O
pão nosso de CADA DIA nos daí HOJE (Mateus 6:11). Nem mais, nem menos. Apenas as necessidades
diárias. Embora o cristianismo moderno
“venda” um evangelho de “lucros” e “ostentação”, Jesus ensinou aos seus discípulos
que o verdadeiro cristão, embora também precise de subsídios para viver, jamais
prioriza ganhos e bens materiais. Lucas 10:1-11 relata o método usado por Jesus
para ensinar na pratica esta verdade: Depois
disso o Senhor designou outros setenta e dois e os enviou dois a dois, adiante
dele, a todas as cidades e lugares para onde ele estava prestes a ir. E
lhes disse: A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Portanto,
peçam ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita. Vão!
Eu os estou enviando como cordeiros entre lobos. Não levem bolsa, nem saco
de viagem, nem sandálias; e não saúdem ninguém pelo caminho. Quando entrarem
numa casa, digam primeiro: Paz a esta casa. Se houver ali um homem de paz,
a paz de vocês repousará sobre ele; se não, ela voltará para vocês. Fiquem
naquela casa, e comam e bebam o que lhes derem, pois o trabalhador merece o seu
salário. Não fiquem mudando de casa em casa. Quando entrarem numa cidade e
forem bem recebidos, comam o que for posto diante de vocês. Curem os
doentes que ali houver e digam-lhes: O Reino de Deus está próximo de
vocês. Mas quando entrarem numa cidade e não forem bem recebidos, saiam
por suas ruas e digam: Até o pó da sua cidade, que se apegou aos nossos
pés, sacudimos contra vocês. Fiquem certos disto: o Reino de Deus está próximo.
O argumento
definitivo que comprova a presença espiritual do Maná na vida do crente, esta
no fato que mesmo sem “regalias” e “comodidades”, o cristão jamais será
desamparado por Deus, que dia após dia suprirá suas nescessidades. Mateus
6:25-34 registra uma das mais impactantes mensagens de Jesus (que de tão
valiosa, também foi registrada em Lucas 12:24-31). Percebendo a aflição de seus
discípulos com o limitado recurso financeiro do grupo, Jesus expõem para eles a
fidelidade de Deus e ao mesmo tempo verbaliza uma das mais belas promessas da
Bíblia:
“Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida,
pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso
corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o
corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem
ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis
vós muito mais do que elas? Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode
acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que
andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem
fiam;contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como
um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é
lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos
inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com
que nos havemos de vestir? {Pois a todas estas coisas os gentios procuram.}
Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro
o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não
vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si
mesmo.
Infelizmente,
muitos não compreendem corretamente este texto, interpretando-o como uma
promessa de prosperidade e sucesso financeiro, mas o contexto fala claramente
sobre as necessidades básicas do ser humano: Comer, beber e vestir. A promessa
aqui feita é muita clara, e consiste no fato de Deus assumir com o crente fiel,
o compromisso de supri-lo em “todas essas coisas”. Agora responda com
sinceridade: Você já comeu hoje? Teve água para beber? Está vestido no momento?
Se a resposta for sim para todas as perguntas, glorifique bem alto. Ele tem
sido fiel em sua vida e o Maná ainda está caindo na sua casa.
Cristo,
o alimento divino
Existe uma relação muito forte entre o maná do
deserto e o Salvador do mundo. Cristo é o pão da vida, o alimento sem o qual a
vida não pode continuar (João 10:10b). A vida é a nova relação com Deus, que só
é possível graças a Jesus Cristo. Sem Ele e separados dele ninguém pode entrar
nessa nova relação com Deus. Em comparação com o maná do deserto, Cristo, nosso
maná espiritual tem poder vivificador (João 6:48-51; Hebreus 9:4-9). O maná
sustentava a vida física, mas Cristo dá vida espiritual a todos os que o
recebem. O maná era apenas para os judeus, mas Cristo oferece a si mesmo ao
mundo todo (João 6:51). Não custou nada a Moisés assegurar o maná a Israel, mas
para Cristo o preço foi de sangue, tendo que morrer na cruz para se tornar
disponível para saciar a fome universal. Como é triste observar que a maioria
das pessoas do mundo caminha sobre Cristo, como se Ele fosse o maná deixado no
chão, em vez de inclinar-se para recebê-lo a fim de poder viver. Deus testava a
obediência de Israel ao fazê-lo pegar o maná o maná diariamente, e isso ainda é
um teste para o povo de Deus (Êxodo 16:4). Infelizmente, muitos cristãos ainda
anseiam pela alimentação carnal do mundo (Êxodo 16:3).Muitos cristãos, em vez
de começar o dia se inclinando em busca do alimento espiritual, esperam que o
pastor ou o professor da escola Bíblica dominical recolha o maná para eles e os
alimente. Este é o teste de nossa caminhada espiritual: eu tenho Cristo e sua
Palavra em alto apreço, a ponto de iniciar meu dia recolhendo o maná?
O maná fora apenas um tipo de sua missão de
satisfazer a fome que o espírito humano tem pela verdade, amor, e esperança;
Ele não veio apenas para satisfazer uma fome passageira, mas para comunicar
vida, e que está à disposição de todos aqueles que desejarem. Vamos recorrer a
Ele, abandonando tudo o mais. Ir a Cristo é deixar de ter fome; confiar nele e
saciar nossa sede. Se Ele tem poder para nos levar aos céus, também tem poder
para nos dar as bênçãos da terra da terra. “Todo o que o Pai me dá virá a mim;
e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (João 6:37). Todos os que
vão a Ele provam que estão incluídos nas dádivas do Pai, dádiva feita antes que
os mundos fossem criados (João 10:28-29; 17:5-6).Nenhuma busca da mente humana
e nenhum desejo do coração do homem pode encontrar a verdade de Deus apartado
de Jesus. O único caminho para alcançar essa nova relação é através de Jesus
(João 1:1-3; 14:6). Jesus é o essencial sem o qual a vida não pode nem começar;
nem continuar (João 3:16). Quando de verdade o conhecemos, e o recebemos, todos
os desejos insatisfeitos, e insaciáveis do coração e da alma desaparecem. A
fome e a sede da situação humana se apagam quando Cristo vive em nós. Todo esse
processo nos dá vida. Isto é, situa-nos em uma nova e bonita relação com Deus
(João 8.32). A possibilidade de obter isto é grátis e universal (Mateus 11:28).
O convite se formula a todos os homens e consiste apenas em curvar-se para
pegá-lo em gesto de humilhação, pois do céu já nos foi dado (João 6:51).
O
grande privilégio de servir a Cristo é que Ele oferece: primeiro, uma nova
satisfação em vida. Onde o coração humano se harmoniza e a vida deixa de ser
uma mera existência tornando-se algo que é motivo de excitação e de paz.
Segundo, Ele nos garante estarmos seguros até além da vida. Ou seja, Ele nos
oferece vida no tempo presente, e vida na eternidade.
A tipologia entre a provisão diária do Maná (O PÃO
DO CÉU) e Jesus (O PÃO VIVO QUE DESCEU DO CÉU) é uma das mais belas metáforas para
a compreensão do grande amor de Deus para aqueles que são seus. O grande
Jeova-Jireh trabalha desde o principio para erradicar a fome de seu povo.
Primeiro ELE envia o Maná, e sustenta milhares de pessoas numa longa jornada
rumo à terra prometida. Depois, ele nos manda Jesus, o pão da vida, que é nosso
sustendo nesta caminhada árdua que nos levará até a Nova Jerusalém. Poesia literal, como a encontrada na letra do
belíssimo hino 328 da Harpa Cristã:
O
pão da vida, descido dos céus,
Dá paz, saúde e vigor;
O pão celeste, mandado por Deus,
É Cristo, o Salvador;
O Redentor, vem sem tardar,
Do pecador o mal sanar!
Se algum perdido buscar Tua luz,
Depressa vem a paz lhe dar;
Não tardes mais, amoroso Jesus,
Ó vem me confortar!
Dá paz, saúde e vigor;
O pão celeste, mandado por Deus,
É Cristo, o Salvador;
O Redentor, vem sem tardar,
Do pecador o mal sanar!
Se algum perdido buscar Tua luz,
Depressa vem a paz lhe dar;
Não tardes mais, amoroso Jesus,
Ó vem me confortar!
Há
gozo santo p'ra quem tem a luz,
Em se lembrar do seu Senhor,
E só falar do amor de Jesus,
O grande Redentor!
Teu jugo é doce, meu Senhor,
Teu fardo é leve, que amor!
Se eu não posso levar minha cruz,
Depressa vem me ajudar;
Não tardes mais, amoroso Jesus,
Ó vem me confortar!
Em se lembrar do seu Senhor,
E só falar do amor de Jesus,
O grande Redentor!
Teu jugo é doce, meu Senhor,
Teu fardo é leve, que amor!
Se eu não posso levar minha cruz,
Depressa vem me ajudar;
Não tardes mais, amoroso Jesus,
Ó vem me confortar!
Por
duras provas e perseguições,
Tu fazes o fiel passar;
E quem vencer há de ter galardão,
Também no céu lugar,
Eu lá verei Teu esplendor,
A Tua glória. Salvador;
Se não puder carregar minha cruz,
Depressa vem me auxiliar;
Não tardes mais, amoroso Jesus,
Ó vem me confortar!
Tu fazes o fiel passar;
E quem vencer há de ter galardão,
Também no céu lugar,
Eu lá verei Teu esplendor,
A Tua glória. Salvador;
Se não puder carregar minha cruz,
Depressa vem me auxiliar;
Não tardes mais, amoroso Jesus,
Ó vem me confortar!
Jesus,
o Teu insondável amor,
Me faz sentir no coração;
O amor de Deus, este santo amor,
E viverei, então;
A Ti, Jesus, eu dou louvor;
Tu me dás graça e vigor;
Tu és o pão que a vida produz;
Minh'alma vem alimentar;
Não tardes mais, amoroso Jesus
O vem me confortar!
Me faz sentir no coração;
O amor de Deus, este santo amor,
E viverei, então;
A Ti, Jesus, eu dou louvor;
Tu me dás graça e vigor;
Tu és o pão que a vida produz;
Minh'alma vem alimentar;
Não tardes mais, amoroso Jesus
O vem me confortar!
Para compreender o cuidado divino através das intervenções milagrosas na história do seu povo, participe neste domingo (19/10/2014), da Escola Bíblica Dominical.
Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 93
Milagres do Velho Testamento : Editora Betel
Comentários Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes
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