Texto Áureo
O Senhor é quem dá
pobreza e riqueza; ele humilha e exalta.
I Samuel 2:7
Verdade Aplicada
Conhecer a Deus e
não reverenciar as coisas sagradas pode ser tão perigoso quanto ignorar Sua
presença.
Textos de Referência
I Crônicas 13:10,
12, 13; II Samuel 6:11
Então se acendeu a
ira do Senhor contra Uzá, e o feriu, por ter estendido a sua mão à arca; e
morreu ali perante Deus.
E aquele dia temeu
Davi a Deus, dizendo: Como trarei a mim a arca de Deus?
Por isso Davi não
trouxe a arca a si, à cidade de Davi; porém a fez levar à casa de Obede-Edom, o
giteu.
E ficou a arca do
Senhor em casa de Obede-Edom, o giteu, três meses; e abençoou o Senhor a
Obede-Edom, e a toda a sua casa.
A Arca da Aliança
A Arca da Aliança, (aróhn hab-beríth, no original hebraico),
era um objeto sagrado que representava a presença de Deus no meio de seu povo,
e fazia parte dos utensílios desenvolvidos para compor o Tabernáculo. Era
composta por uma caixa com tampa, com um metro e onze centímetros de comprimento
e sessenta e sete centímetros de largura e altura, feitas de madeira de Acácia
e revestida com ouro por dentro e por fora, inclusive nas bordaduras. Sobre a
tampa, também chamada de “Kapporeth”
ou “Propiciatório”, foi esculpida uma peça em ouro puro, formada por dois anjos
querubins ajoelhados um de frente para o outro, com as asas esticadas para
frente, ao ponto de se tocarem nas extremidades, como se protegessem o que
estava dentro da caixa. A posição dos anjos também remete a um estado de
adoração permanente, já que ambos se curvavam em direção à tampa, em reverência
e devoção. Para o seu transporte foram construídas quatro argolas de ouro nas
laterais, que eram transpassados por varas de Acácia também recobertas de ouro,
que permitiam a condução do objeto com facilidade, já que segundo o registro
mosaico, a Arca da Aliança tinha a capacidade de “flutuar”. Dentro da Arca, foram depositados três
elementos de grande importância da fé judaica e de simbolismo expressivo para
todo cristão: a tábua contendo os dez mandamentos, o cajado de Arão que
milagrosamente floresceu e produziu amêndoas, além de um jarro contendo porções
do maná. Segundo as especificações
divinas, apenas os sacerdotes levitas podiam transportar a Arca. Uma vez por
ano, no “Dia da Expiação”, quando a Shekná se manifestava sobre a ela, somente
o sumo sacerdote podia adentrar no Santíssimo Lugar, local onde a Arca ficava
alocada, e ali, prestava expiação ao Senhor pelo povo. Porém, a santidade
daquele ambiente era tão acentuada, que o sacerdote era fulminado, caso
estivesse em pecado. Qualquer pessoa que ousasse tocar ou até mesmo olhar para
dentro da Arca, era sumariamente executado também. Exatamente por este motivo,
a Arca era transportada pelas já citadas varas e ficava repousada sobre um
altar de madeira revestido de ouro e com uma coroa de ouro ao lado.
A arca da aliança
era feita de Acácia, a madeira mais nobre e mais resistente, e de ouro, o metal
mais precioso, símbolos da eternidade e da glória de Deus. Em toda batalha
travada por Israel, a arca ia adiante como um símbolo de que Deus estava
presente e que garantiria a vitória. A história de Obede-Edom é riquíssima, ela
apresenta a transformação de um homem que aparece do nada, e que é favorecido
pela presença da arca em sua casa. Ela mostra um contraste gigantesco do agir
de Deus, onde uns em nada são abalados, e outros são extremamente transformados
e abençoados. Durante muitos anos a arca foi para o povo israelita um símbolo
da presença de Deus, era como se o próprio Deus, era como se o próprio Deus
estivesse em pessoa entre eles, a pelejar suas guerras. Essa mesma arca havia
sido levada pelos filisteus, após a morte de Eli (I Samuel 4:10-18). Posta no
templo, a arca trouxe grande terror ridicularizando seu deus Dagom, que diante
dela teve sua cabeça e braços decepados. O povo também foi punido com
hemorroidas e uma praga de ratos, tendo que fabricar ratos e hemorroidas de
ouro para aplacar a ira do Senhor. Por onde a arca passava trazia terror, até
que, finalmente, chegou à casa de Abinadabe, e lá se estabeleceu por um período
de vinte anos, após consagrarem Eleazar, seu filho, como guardião da arca (I Samuel
5:1-12; 6.1-27; 7.1-2). A arca de Deus se tornou um símbolo de tragédia na vida
de pessoas que jamais puderam entender seu verdadeiro sentido. Uns ela feriu,
outros ela matou. Enfim, ela encontra um local preparado para habitar, onde a
ira do Senhor foi aplacada. Todavia, durante o período que passou na casa de
Abinadabe nada aconteceu além de um silêncio profundo.
ICABODE: Foi se a glória de Israel.
Quando era autorizada
por Deus, a simples presença da Arca fazia com que os adversários temessem
grandemente o exército israelita. Porém, com o passar dos anos, Israel
transformou a Arca da Aliança num verdadeiro “amuleto”, levado à revelia para
campos de batalha, afim de assegurar vitórias milagrosas sobre seus inimigos. Este ritual adentrou os anos, chegando aos dias do jovem profeta
Samuel. Neste período, Eli, e seus filhos Hofni e Finéias exerciam um
sacerdócio displicente e corrompido, provocando a ira do Senhor. Naqueles dias, Israel subiu a peleja contra os
filisteus, sem ao menos consultar os profetas para conhecer a vontade de Deus.
Próximo a Ebenezer, o exército de Israel foi surpreendido por um ataque
filisteu, que culminou na morte de quatro mil israelitas. Imediatamente, os
anciões concluíram que a grandiosa derrota era em decorrência da ausência da
Arca no campo de batalha. Os filhos de Eli se encarregaram de ir até Siló, e
mesmo com a objeção de Eli, e sem a autorização do Senhor, conduziram a Arca ao
campo de batalha. A chegada da Arca trouxe louvor ao arraial dos israelitas e
tremor aos filisteus, que chegaram ao consenso que a única forma de ter uma chance
contra o “Deus de Israel” era realizando um ataque imediato enquanto Israel
ainda festejava a chegada da Arca. A estratégia deu muito certo e em poucas
horas, cerca de trinta mil israelitas foram mortos, incluindo Hofni e Finéias.
Os sobreviventes fugiram em desespero e para piorar a situação, a Arca da
Aliança foi tomada pelo inimigo. Um benjamita com “vestidos rotos e com terra
sobre a cabeça” foi o encarregado de trazer as más notícias até Siló. O velho
Eli, já cego e cansado, estava recostado em sua cadeira, e ao tomar
conhecimento da morte de seus filhos e do roubo da Arca, se desequilibrou, caiu
da cadeira, fraturou o pescoço e morreu. Naquele instante de angústia, uma de
suas noras (esposa de Finéias) entrou em trabalho de parto e colocou na criança
o nome de ICABODE, que significa “Inglório”, e declarou com voz moribunda: Foi-
se a Glória de Israel.
Os filisteus,
orgulhosos por sua vitória, levaram seu espólio mais preciso para a cidade de
Asdode, e colocaram a Arca da Aliança no templo de seu deus Dagon, um híbrido
de homem e peixe. Pela manhã, a imagem de Dagon estava caída defronte a Arca da
Aliança. O misterioso evento voltou a acontecer no dia seguinte, mais desta
vez, a imagem do deus fenício estava aos pedaços. Assustados, os filisteus
retiraram a Arca do templo e a colocaram em um edifício adjacente, porém os
moradores de Asdode foram atingidos com enfermidades muito aflitivas, mais
precisamente, terríveis hemorroidas. A
Arca então foi enviada para Gade, porém a praga também se alastrou por aquela
cidade, e a Arca é imediatamente mandada para Ecrom, onde uma infestação de
ratos arrasa toda a terra.
Durante sete meses, a
Arca percorre a Filistía, cujos moradores estão em polvorosa para se livrar
dela, porém, não existe registros de qualquer mobilização israelita para
recuperá-la. Os sacerdotes pagãos elaboram um plano engenhoso para dar a
correta destinação a Arca de Israel. Ela é colocada em um carro novo, que por
sua vez é atrelado a duas vacas, que não deveriam ser guiadas, mas sim escolher
o próprio destino. Os animais tomam o caminho de Bete-Semes, e ali, a Arca é
recebida com muita alegria pela família de um homem chamado Josué. Esta ação
fez com que a praga cessasse sobre os filisteus e colocou os bete-semitas em
estado de total empolgação com a presença de objeto tão imponente. Porém, no
afã de ver o que havia dentro da Arca, os moradores daquela cidade removeram a
tampa e olharam para o interior da caixa, atitude esta que causou a morte de
muitos habitantes da região. Assustados, os sobreviventes enviaram uma mensagem
à Quiriate-Jearim, oferecendo para eles a oportunidade de hospedar a Arca. Foi
um levita chamado Abinadabe que recebeu a Arca em sua nova morada, e escolheu
seu filho Eleazar como o guardião da mesma. Ali, a Arca ficou guardada por muitos anos.
Davi e a Arca do Senhor
Durante o tempo que
a arca ficou na casa de Abinadabe, Deus preparou o jovem Davi para reinar em
Israel, e após a sua ascensão, ele resolveu buscar a arca e levar a Jerusalém.
Segundo a Lei, a arca deveria ser conduzida nos ombros dos sacerdotes, e jamais
em carro de bois (I Crônicas 15:15). Davi anelava por Deus, queria sua
presença, queria que Jerusalém fosse inundada de graça. No entanto, ele agiu da
mesma forma que os filisteus; ele a puxou numa carruagem. Se ao menos
observasse o currículo de Abinadabe saberia que em vinte anos ele apenas
guardou a arca e nada mais. A morte de Uzá é uma prova que a irreverência mata,
e mesmo que houvesse boas intenções, seguir o modelo errado é sempre incorrer
em juízo (I Samuel 2:6-7). Uma razão pela qual temos a dificuldade em
compreender a morte de Uzá é que nós próprios temos “o ponto de vista de Uzá” a
respeito de Deus. Pois, tendemos a reduzir o Senhor a um símbolo de boa sorte,
numa caixa. Uzá conhecia a pena de morte, era um levita, um coatita
especificamente encarregado de tomar conta da arca (Números 4:4-20). Tratar as
coisas sagradas com leviandade é como tocar na arca, Uzá foi irreverente, não
santificou o nome do senhor. Uzá cresceu olhando para a arca, para ele a arca
era apenas uma religiosidade, um culto como outro qualquer. Durante vinte anos
nada aconteceu em sua casa, nada aconteceu em sua vida, não existe registro
algum de que aquela presença possa ter alterado alguma coisa em sua família. O
resultado de conduzir a presença erroneamente é “morte” e não “vida”. A
presença de Deus também mata. Mata quem? Quem está fora de seu padrão tentando
segurá-la. Uzá Pagou um alto preço, morte tragicamente. O texto diz que ouve
uma rachadura em seu corpo, que ele caiu fulminado. Tudo isso por causa de uma
coisa: “a falta de reverência” (II Coríntios 11:29-30). Ele havia esquecido que
a arca só poderia ser transportada nos ombros dos sacerdotes (I Crônicas 15;13-15).
Há um ditado
popular que diz: de boas intenções, o inferno está cheio. De fato, as boas
intenções não justificam ações impensadas, levianas ou displicentes. Basta
lembrar do caso de Saul, que recebeu do Senhor a ordem de subir contra os
amalequitas e aniquilar tudo que encontrasse pelo caminho. Ele reuniu um
poderoso exército com 210 mil homens e subiu contra Amaleque, mas contrariando
a instrução divina, poupou a vida de Agague, rei dos amalequitas e ainda tomou como
espólio de guerra os seus rebanhos de vacas, ovelhas e carneiros. Esta atitude
de Saul acendeu a ira do Senhor contra ele, e Samuel foi enviado para
repreende-lo. O rei tentou justificar seu erro com um argumento que convenceria
a maioria de nós: trouxe estes animais para sacrificar ao Senhor. Mas a
resposta de Saul a essa justificativa foi a celebre frase: É melhor obedecer do
que sacrificar (I Samuel 15:22).
O amor e o zelo estão
intrínsecos em Deus, fazendo parte de sua personalidade. Logo, o Grande "Eu Sou"
vela pela sua palavra e sempre a fará se cumprir. Uzá, ao tentar segurar a
Arca com suas próprias mãos, negligenciou o zelo de Deus. Como sacerdote, ele
sabia exatamente como proceder, mas foi conivente com desleixo demonstrado na tentativa de levar a Arca para Israel. Todas as intenções eram boas... Davi
ansiava pelo retorno da presença de Deus. O povo desejava que a Arca voltasse
para casa. Os sacerdotes se apressaram para que nenhum minuto fosse
desperdiçado. Mas todos se esqueceram que não basta desejar a presença de Deus... Antes é exigido preparo,
cuidado e santificação. Deus não visita casa bagunçada. Ele vem até seu povo, mas é
necessário atender os pré requisitos. Deus faz suas exigências e homem que deseja
compartilhar de sua presença precisa atender. Uzá se esqueceu disso, assim como
nós nos esquecemos também. A Arca não poderia ser guiada por bois, Uzá estava
do lado da carroça... Quando a Arca pareceu estar em risco de queda, ele se
prontificou a ampará-la, mas se esqueceu que Deus não necessita de mãos humanas
para estar de pé. Deus é bom, mas é justo... Deus é amor, mas também é zelo... É preciso se atentar a estes detalhes, afim de preparar o ambiente para a
chegada de Deus. Caso contrário, colocamos nossa vida em perigo. Certa vez, ao
ser questionado sobre porque Deus matou Uzá, um rabino respondeu: A pergunta
correta não é porque Deus matou Uzá, mas sim porque nós continuamos vivos.
Abalado pela morte
de Uzá, Davi temeu e disse: “Como trarei a mim a arca de Deus?” (I Crônicas 13:12).
Sua preocupação era: se Deus está matando o que vamos fazer? Então, guiado por
Deus, ele conduz a arca para a casa de Obede-Edom e volta com sua comitiva
frustrada para Jerusalém. A tragédia que trouxe morte para Uzá produziu vida
para Obede-Edom. Parece que Deus havia tomado uma decisão: “Ele nem habitaria
na casa do sacerdote e nem tampouco habitaria com o rei”. Era como se estivesse
enojado com o sistema e a maneira cega que lhe conduziam. Deus resolveu habitar
na casa de alguém sem “status”, alguém que estava fora de alcance para todos.
Deus deixou de habitar com os nobres, para transformar aquele que para todos
era um anônimo. Obede-Edom significa: servo de Edom. Os edomitas eram
descendentes de Esaú, os quais Deus mandou exterminar da terra e os amaldiçoou.
A tragédia favoreceu toda a sua casa, um exemplo de graça onde jamais houve uma
perspectiva de mudança. Aquele era um momento de grande responsabilidade e
extrema oportunidade. A presença do Senhor que por tanto tempo estivera longe,
agora estava ali, disponível. Um avivamento estava prestes a acontecer em
Jerusalém, mas quem pagaria o preço por ele?
Quando ninguém
queria arriscar-se num compromisso tão radical com Deus, ele abre as portas de
sua casa e decide ser o modelo que aquela nação precisava. Obede-Edom teve
coragem, pois qual homem que assistindo ao funeral de alguém fulminado pela
arca a colocaria em sua casa? Obede-Edom arriscou sua vida e a de sua família,
e, é exatamente isso que acontece quando a presença de Deus entra em nossa
casa. Nós corremos risco (Salmos 44:22; Romanos 8.36). Evangelho nunca foi
fácil, sempre trouxe marcas, perseguição, e sangue (Marcos 13:12). Hoje é que
as coisas mudaram. Não se sabe mais quem é ou quem não é; quem realmente serve
ou quem apenas guarda a arca. Tudo está tão misturado; tão comum, e tão fácil,
que a graça se tornou engraçada para muitos. Obede-Edom não somente arriscou,
mas teve a rotina de sua vida alterada. É impossível Deus entrar em uma vida e
as coisas continuarem do mesmo jeito. Foram três meses apenas, mas três meses
que marcaram a história. Poderíamos até conjecturar dizendo que: no primeiro
mês houve a restauração da vida sentimental de Obede-Edom, pois sua mulher
engravidou e gerou filhos; no segundo mês aconteceu a restauração financeira,
onde seu gado e sua hortaliça produziram absurdamente; no terceiro mês sua vida
espiritual deu uma guinada, e ele desejou deixar tudo para seguir o caminho da
arca. A morte de Uzá foi a porta de entrada para Obede-Edom, e a benção na casa
de Obede-Edom foi a causa de um avivamento em Jerusalém (II Samuel 6:12).
Sede de Deus
Enquanto Davi se
preocupa em descobrir a maneira correta para trazer a arca para Jerusalém, a
notícia da prosperidade de Obede-Edom se estende por toda a cidade (2Sm 6.12).
Porém, Obede-Edom toma uma grande decisão, deixar tudo para seguir a arca por
onde quer que ela fosse, e se torna uma figura de destaque na história de Israel.
escolha de Deus foi perfeita, Ele viu algo no coração daquele simples homem que
vivia à beira do caminho. O que jamais aconteceu na casa de Abinadabe, e que
havia sido maldição para todos, se revela como bênção frutífera na casa de
Obede-Edom. Não basta estar na presença, é preciso desfrutar da presença! Para
Obede-Edom a presença de Deus era mais importante do que os milagres derramados
sobre sua vida. Ele segue para Jerusalém, abandona sua residência, deixa tudo e
se torna porteiro do Santuário. Ele queria ficar perto da presença, mesmo que
fosse pelas frestas da porta; com o desejo de entrar mais nessa presença ele se
tornou músico; em seguida é visto como um guardião da arca ele anelava por mais
e mais de deus (); de guardião ele se tornou um ministro de adoração, liderado
por Asafe; de repente, o incansável adorador que era liderado por Asafe, deixar
de ser somente um ministro de adoração e se torna um líder de sessenta e oito pessoas
(I Crônicas 15:17-24, 16.4-38).O que mais nos chama atenção na vida desse
simples homem é o desejo de querer sempre crescer na presença do Senhor. Isso
deveria ser lição de vida para muitos cristãos que a semelhança de Abinadabe,
nada de novo acontece em suas vidas, e que em vez de ao menos se manterem,
declinam na vida espiritual a cada dia que passa.
O mesmo Davi que
designou a arca para a casa de Obede-Edom, também o promoveu como homem de
confiança do tesouro do Santuário (II Crônicas 25:24). Segundo alguns estudiosos, o
tesouro do Santuário do Senhor que estava sob a responsabilidade de Obede-Edom
corrigidos para os nossos dias chegaria a cerca de três bilhões de dólares. A
grande lição da presença de Deus na vida desse homem está em como se conduzia diante
d’Ele. Para Obede-Edom sua maior riqueza era estar na presença de deus. Que
esse seja o caminho para um avivamento em nossos dias. Desde aquele dia em que
a arca do Senhor passou a fazer parte da vida de Obede-Edom, ele jamais deixou
de ser um homem ligado ao Senhor, e para cada momento vivido, um filho
expressava o conteúdo de sua amizade com Deus. Vejamos seus nomes (I Crônicas 26:4-5):
1) Semaías – Ouvido
por Jeová
2) Jozabade – Jeová
quem me deu
3) Joá – Jeová é
meu irmão
4) Sacar –
Ordenado
5) Natanael – Meu
amigo é Deus
6) Amiel – existe
recompensa
7) Issacar –
Portador do salário
8) Peuletai –
Salário
Toda a geração de Obede-Edom
foi alcançada pelo Senhor, e todos se destacaram nas páginas Sagradas como como
valentes e de força para o ministério (I Crônicas 26:6-8). Qual a diferença entre nós
e Obde-Edom? Também estávamos como ele à beira do caminho, e o Senhor resolveu
parar e entrar em nossa casa. Não podemos deixar que essa oportunidade passe e
que nada de novo deixe de acontecer em nossas vidas. É impossível ter o Senhor
e nada ser transformado.
Da mesma forma que
muitas pessoas estão abrindo suas portas para a presença de Deus, e sua sede
por Ele tem produzido mudanças generalizadas, alguns estão enveredando pelo
caminho de Abinadabe, não passando o temor divino aos seus filhos, e permitindo
que morram não somente de forma espiritual, mas literal (Provérbios 22:6). É
tempo de buscar ao Senhor (Isaías 55:6).
Onde está a Arca da Aliança?
Antes de mais nada, é
preciso deixar claro que esta é uma pergunta impossível de ser respondida, já
que a localização deste artefato sagrado é um mistério que fascina teólogos,
estudantes da Bíblia e arqueologistas por vários séculos, sem nunca ser
elucidado. Tudo que podemos fazer é listar uma série de possibilidades históricas e
literárias e deixar com que cada um tire sua própria conclusão. O livro de II
Crônicas 35:1-6, faz um registro que no décimo oitavo ano do reinado de Josias
em Judá, o rei ordenou que os responsáveis por cuidar da Arca retornassem ao
templo de Jerusalém, e esta é a última citação história registrada na Bíblia
sobre tal objeto. Sabemos que quarenta nos depois, o rei da Babilônia, Nabucodonosor,
subjugou a cidade, saqueou o templo e ateou fogo em toda Jerusalém. Porém, o
paradeiro da Arca permaneceu um segredo.
Uma das primeiras
teorias é que o Faraó Sisaque teria roubado a Arca durante o reinado de Roboão
e ela teria permanecida escondida no Egito. Já no livro apócrifo de II
Macabeus, é registrado que antes da invasão babilônica, Jeremias teria tido uma
revelação especial, e escondido a Arca em uma caverna situada no Monte Nebo. Os rabinos Shlomo Goren
e Yehuda Getz defendem a ideias que a Arca está escondida embaixo da montanha
do Templo, local onde foi enterrada para que Nabucodonosor não pudesse
encontrá-la. Já o explorador Vendyl Jones acredita que um artefato encontrado
entre os pergaminhos do Mar Morto, o misterioso “Pergaminho de Cobre da Caverna
3”, é na verdade um mapa que detalha o local onde estão escondidos vários tesouros
retirados do templo antes da invasão babilônica, incluindo a Arca da Aliança.
Um antigo correspondente do jornal “O Economista” chamado Graham Hancock, que
trabalhou por muitos anos na África Oriental, publicou no ano de 1992 um livro
chamado “O Sinal e o Selo: A busca da Arca da Aliança”, no qual argumentou que
a Arca tinha sido armazenada numa igreja da cidade de Askum, na Etiópia. Esta mesma
tese é defendida pelo famoso explorador Robert Cornuke. Já o arqueologista
Michael Sanders, acredita que a Arca está escondida em um templo primitivo do
Egito na vilagem israelita de Djaharya. Uma tradição irlandesa,
acredita que a Arca está enterrada sob o Monte de Tara, na Irlanda. Ron Wyatt
afirmou que já viu a Arca da Aliança enterrada sob o Monte Calvário, e Crotser
que já a visualizou no Monte Pisgah, perto do Monte Nebo. Ainda existem os que
acreditem que a Arca da Aliança tenha sido levada para Roma, e faça parte dos
tesouros ocultos dos lendários “Cavaleiros Templários”. Outros apontam a
própria Babilônia como o destino da Arca.
Porém, uma das mais aceitas explicações para o destino da Arca, vai
muito além de teorias humanas e posições geográficas, e está baseada em uma das
visões de João, na ilha de Patmus. Nela, o apóstolo relata ter visto a Arca da
Aliança no Templo de Deus no céu. Esta tese parte do princípio que, sendo a
Arca de grande importância e detentora de objetos preciosos, Deus teria a levado para um lugar onde nenhum ser humano tivesse acesso. O relato de João está em Apocalipse 11:19: "E abriu-se no céu o templo de Deus, e a
Arca do seu concerto foi vista no seu templo..."
Para compreender o cuidado divino através das intervenções milagrosas na história do seu povo, participe neste domingo (14/12/2014), da Escola Bíblica Dominical.
Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 93
Milagres do Velho Testamento : Editora Betel
Revista Jovens e Adultos nº 93
Milagres do Velho Testamento : Editora Betel
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Pb. Miquéias Daniel Gomes
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