Texto Áureo
Na
verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que
eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.
João 14:12
Verdade Aplicada
Uma
igreja viva e atuante traz consigo além de uma poderosa mensagem de impacto,
uma manifestação contagiante que aproxima as pessoas de Deus.
Textos de Referência
I Coríntios 2:4-8
A
minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de
sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa
fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.
Todavia,
falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem
dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus,
oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a
qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca
crucificariam ao Senhor da glória.
A tríplice missão da Igreja
Ekklesia, que na língua
portuguesa se traduz por “IGREJA”, etimologicamente significa “alguém que é
chamado para fora” e no sentido prático, designava uma convocação de homens
para a guerra. Em nosso contexto teológico, trata-se de um grupo específico que
ao receber o chamado do Evangelho de Cristo (chamado este que é universal),
abandonam suas velhas práticas, renunciam a si mesmos, tomam a cruz sobre os
ombros e passam a seguir Cristo, tendo seu modo de agir, pensar e viver
lapidados de acordo com os ensinamentos de Jesus. São pessoas que embora vivam
no mundo, do mundo não são mais; pois vivem a vida baseados na fé do Cristo
encarnado. Viviam num círculo vicioso de pecados, longe da vontade divina, mas
foram “chamados para fora” e agora fazem parte do Reino de Deus. É claro que sem
seu fundador e líder em corpo presente, a possibilidade de perder o foco e ver
a causa minguar até o esquecimento era muito grande; e ficando exclusivamente
nas mãos de homem voláteis a Igreja já nasceria em risco de extinção.
Exatamente por isto, ao ascender ao céu em seu corpo ressurreto, Cristo envia
outro para ficar em seu lugar e assumir o papel de mentor espiritual da
organização, e assim alguns dias depois, quando o remanescente fiel estava
reunido no cenáculo, esse “outro” (PARAKLETOS), chamado de “CONSOLADOR” chega
sem muito alarde, mas provocando um barulho gigantesco, pois agora, cheios do
Espírito, aqueles homens começam a falar em novas línguas, selados com fogo e
revestidos de poder; aptos espiritualmente para realizar a grande obra para a qual
foram separados, capacitados para transformar o mundo através do evangelho. Mas
que proveito existe em se pregar o Evangelho, ganhar milhares de alma e no
final se perder?
Antes de sair ao mundo
e evangelizar, a IGREJA precisa primeiramente adorar. Não simplesmente cantar
canções bonitas no domingo de olhos fechados e mãos levantadas, mas adorar em
espírito e verdade, dia e noite, noite e dia. Adoração não é status ou mero
devocional, é estilo de vida. Questão de escolha. Ser adorador é viver por Deus,
em Deus e para Deus. É entregar a ele o que temos o que somos e o que queremos
e desta forma viver a sua vontade. É sonhar seus sonhos e querer seu querer,
dedicar ao Senhor seus dias, seus atos e sua vida, vivendo de forma que cada
segundo, cada gesto de suas mãos, cada pensamento e palavra que se pense ou
diga seja para honra e Glória do Pai. Este é o dever primário da Igreja, adorar
ao Senhor com toda a força de sua existência. Mas a igreja adoradora ainda não
está completamente apta para impactar e ganhar o mundo. Pois antes de “encarar”
o desafio da evangelização, ela precisa se “EDIFICAR”, e é aí que a ação do
Espírito Santo se torna vital dentro da comunidade eclesiástica.
Por atuar em uma esfera
completamente espiritual, a ação prática do Espírito Santo na congregação
depende exclusivamente das “ferramentas” disponibilizadas a ele no mundo
físico, ou seja, os crentes dispostos a isto. A Edificação é um tema recorrente nas
epístolas paulinas (I Corintos 3:9, II Coríntios 10:15, Efésios 2,21, 3:17, 4:12-16
e Colossenses 2:7) e pode ser entendida como um processo constante pelo qual
Deus mantém ativa e produtiva sua igreja na Terra. Evidentemente, cabe a nós
(humanos) cuidarmos dos aspectos práticos e materiais da obra tais como
templos, equipamentos, suprimentos em geral; sendo que todos estes elementos
são viabilizados através dos dízimos, ofertas e com uma gestão eficiente. Mas a
igreja também tem necessidades espirituais e precisa ser gerida por um ser
espiritual (O Espírito Santo). Essa “capacitação sobrenatural” é a forma que
Deus trabalha em sua igreja buscando o fortalecimento e o aperfeiçoamento de
todos os que estão em Cristo.
O cristão precisa ter a
consciência de que é proveniente do pó da terra. Assim sendo, somos vasos de
barro na mão do oleiro e é necessário que estes vasos estejam desembocados para
que o Espírito Santo os encha com o óleo precioso da unção. O apóstolo Paulo
nos advertiu em II Coríntios 4:7 que a excelência do poder que há em nós vem e
é de Deus, e ele deposita seus tesouros dentro de vasos comuns. Uma vez que o
crente entende que ser cheio do Espírito é uma dádiva concedida e não um mérito
conquistado, ele estará apto a exercer com dignidade as atribuições que o
Espírito lhe conceder. A fim de
capacitar a IGREJA para a grande obra à ela destinada, o Espírito “presenteia”
indivíduos com “poderes” sobrenaturais e os capacita a realizar “obras” além da
capacidade ou compreensão humana. Esse poder concedido não visa engrandecimento
de pessoas, mas sim contribuir para o crescimento e fortalecimento da
comunidade, edificando o Corpo de Cristo. A essa capacitação que os “membros”
da Igreja recebem, chamamos numa forma geral, de “DONS ESPIRITUAIS”. Através de seu Espírito, Deus distribuiu entre
seus servos esses “equipamentos espirituais” que otimizam o trabalho do
Espírito Santo entre nós. Paulo usa quatro termos gregos distintos para
descrever tais “ferramentas” que são entregues a Igreja para potencializar o
cumprimento do “IDE” de Jesus. E através desta capacitação, que a Igreja de
Cristo está apta ainda hoje, para operar milagres em nomes de Jesus.
Por que a igreja carece de Milagres?
Embora
seja dotada de uma revelação progressiva e de um vasto conhecimento teológico,
a igreja do século 21 é carente demais de uma manifestação do poder de Deus
como registrado na Bíblia. Assim, nasce uma pergunta: milagres são possíveis em
nossos dias? Se forem possíveis, como fazê-los emergir? Vivemos um tempo muito
difícil, onde tudo parece ser comum para muita gente, inclusive, para a
comunidade cristã. É num tempo como esse que precisamos assumir nossa postura e
combater não somente com palavras, mas com demonstração de poder (I Coríntios
2:4), esses agentes tão ofensivos a fé cristã. Vejamos por que carecemos de
milagres. Vivemos em uma sociedade violenta onde os jovens deixaram de ser a
esperança da nação para se tornarem o seu terror. Não é a ordem natural os pais
sepultarem os seus filhos. Mas, essa é uma dura realidade em nossos dias. Não
podemos somente culpar a educação de nosso país, sabemos que esse é um fator de
ordem espiritual (II Timóteo 3:1), que não se resolve com alfabetização, é caso
de libertação mesmo. Enquanto as meninas se tornarem mães aos onze anos, os
adolescentes comandarem o tráfico, e os jovens morrerem antes de completar a
maior idade, a sociedade estará fadada ao fracasso. Não vemos em nossos jovens
uma perspectiva do futuro, eles apenas sobrevivem. A Bíblia nos ensina que os
filhos desobedientes, que não honram seus pais, além de serem infelizes, serão
tragados pela morte antes do tempo (Êxodo 2.2; Efésios 6:2-3). Os noticiários
estão repletos de casos onde filhos estão matando seus pais, famílias inteiras
estão sofrendo pela insubordinação dos filhos e por sua maldade cada vez mais
crescente. Chegamos a um ponto em que devemos marcar nossa posição como igreja,
e assumir que somos a luza para aqueles que estão sob as densas trevas da
escuridão do pecado.
O
capítulo primeiro da carta de Paulo aos crentes de Roma traz uma descrição
completa da situação que vivemos atualmente em todas as partes do mundo, a
perversão da sexualidade. Como se não bastasse os altos índices da indústria
sexual (pornografia, prostituição, pedofilia e o turismo sexual) os governantes
tornaram legal no mundo aquilo que Deus declarou ilícito (o homossexualismo),
que é digno de juízo tanto quem o pratica quanto quem o consente (Romanos 1:32).
Nós cristãos não temos que aceitar, nem achar comum esta prática. Embora
tenhamos o dever de amar o próximo, o que é abominação para Deus, deve ser uma
lei para todos nós. Nosso pior problema hoje é que, no mundo espiritual Satanás
tem direito legal para agir nessa área, porque esse direito foi dado por uma
autoridade constituída por Deus (Romanos 13:1-2).
A
corrupção em nosso país já chegou a níveis absurdos. É claro que não podemos
generalizar e dizer que todos são corruptos, mas a grande maioria dos líderes
são os culpados pelo caos da sociedade. A lei se afrouxa diante de pessoas de
alto escalão, os que deveriam nos defender nos oprimem, e não existe segmento
da sociedade em que não haja corrupção, inclusive no meio do povo de Deus, que
traz em seu bojo pessoas em fase de libertação, e muitos, apenas com o desejo
de tornar o evangelho uma fonte de lucro (I Timóteo 6:5, 7-10). A igreja não pode tratar
estes fatores como normais ou comuns, quando não nos comovemos com o pecado da
sociedade que está ao nosso redor é porque o nosso foco perdeu o sentido. Não
fomos salvos apenas para observar o que acontece ao nosso redor, mas para
transformar esse mundo pecaminoso, somos interlocutores de Deus na história.
A força motriz de um Milagre
A força motriz para que
um milagre aconteça é sem dúvida a FÉ. Todo
homem nasce dotado de FÉ, a qual chamamos FÉ NATURAL. Poderíamos definir esta fé mais como “ACREDITAR”
do que propriamente “CRER”. É esta fé que leva grande parte das pessoas a
acreditar em DEUS e até mesmo os ateus nutrem suas próprias crenças, pois o
homem naturalmente precisa crer e se apegar a algo que justifique sua
existência, seja um ser superior ou uma ideologia. Todo cristão, em algum ponto
de sua vida, também desenvolveu uma FÉ SOBRENATURAL em Cristo Jesus, e é esta
FÉ que nos leva a obter salvação através da Graça (favor imerecido) - Pela Graça
sois salvos; mediante a fé... E isto não vem de vós, é dom (presente) de Deus
(Efésios 2:8) - A fé também é identificada como parte do Fruto do Espírito
(Gálatas 5:22). Mas alguns indivíduos do Corpo de Cristo recebem uma
capacitação especial para desenvolver uma fé que excede a da grande maioria, e
foi a esse tipo de FÉ que Jesus se referiu quando disse que: - Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este
monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível.
(Mateus 17:20). Essa
FÉ específica, é a capacidade de se confiar em Deus de uma maneira completa e
sobrenatural e se manifesta apenas em ocasiões especiais, em um número reduzido
de pessoas (portadoras de tal DOM), visando à realização de obras extraordinárias
em tempos de crise, desafios e emergências. A Bíblia está repleta de exemplos
de homens que usaram a fé em situações adversas e através dela foram salvos. Em
Juízes 15:16-19, após matar mil filisteus com uma queixada de jumento, Sansão
precisa buscar socorro em Deus para não morrer de sede. Em I Reis 17:2-6, temos
o profeta Elias confiando sua vida nas mãos (ou garras) de um corvo, que sobre
ordenança divina trazia comida ao homem de Deus. Em Daniel 3:13-30, temos três
jovens hebreus que se negam a adorar uma imagem e como consequência enfrentam a
fornalha flamejante de Nabucodonosor. Lá dentro eles têm um milagroso encontro
com o quarto homem. No capitulo seis do mesmo livro, encontramos o próprio
Daniel realizando orações que o mandaram direto para uma cova cheia de leões
famintos, e de lá, ele saiu ileso. Em Atos 12:1-12, toda a igreja de Jerusalém
está em oração, clamando pela liberdade de Pedro, que já tem sentença de morte
decretada. Durante essa vigília, um anjo precisa “acordar” o apóstolo para
tira-lo da prisão. Em Atos 27:21-26, após sofrer um naufrágio, Paulo garante a
seus companheiros de viagem que mesmo estando à deriva no mar, agarrados apenas
em destroços e enfrentando a maior tempestade de suas vidas, todos vão
sobreviver, e pela manhã o grupo chega sem perdas a ilha de Malta.
Em todos estes exemplos, vemos homens que se lançaram sem medo nos
braços do Senhor, confiando a ele suas vidas. Nós como a igreja de Cristo
hodierna, não podemos nos contentar em apenas “conviver” com as experiências da
igreja primitiva relatadas nas páginas da Bíblia ou nos registros históricos,
mas precisamos viver nossas próprias experiências com Deus, deixar escritas
nossas histórias para impactar as gerações futuras, sentir na pele a Glória que
há nas operações do Espírito Santo, acreditar no impossível e vivenciar
milagres, surpreender a Deus de forma tão positiva que Ele passe a honrar nossa
palavras como se fossem Dele, fazer com que nossos sonhos, desejos e crenças se
tornem em realidade, e tudo isso só será possível através do desenvolvimento
sadio e maduro da nossa FÉ.
Motivos pelos quais precisamos de uma visitação
Precisamos
urgentemente de uma obra sobrenatural da parte do Espírito Santo, que traga
poder à pregação da Palavra para motivar os crentes da nossa nação (I Coríntios
2:4). Com esse impacto a vaidade de nossos dias seria atraída para a oração, e
pelo desejo ardente da presença de Deus. Há centenas de anos, Charles Spurgeon
já havia detectado esse adultério: “Na
atualidade, não conhecemos uma doutrina bíblica que não tenha sido prejudicada
por aqueles que deveriam defendê-las. Existem muitas doutrinas preciosas a
nossas almas que foram negadas por aqueles cujo ofício seria proclamá-las,
necessitamos com urgência de um retorno as nossas antigas origens”. E,
concluiu: As Escrituras têm de se tornar o infalível alicerce de todo o ensino
da igreja, sabemos que se os crentes perderem sua firmeza, a igreja será
arremessada de um lado para o outro, por isso, cada cristão precisa fazer a
diferença, para que a igreja continue viva (Mateus 5:13). O futuro da igreja
depende de pessoas conectadas espiritualmente com Deus, pessoas que não somente
conheçam Sua vontade, mas que sejam capazes de morrer por essa verdade. Pessoas
alicerçadas na Palavra e cheias do Espírito Santo para proclamar Suas verdades.
Essa conscientização precisa começar em nossas próprias casas. A Bíblia nos
ensina que o primeiro lugar onde a vida cristã deve estar alicerçada é no lar
(I Timóteo 3:4-5). Um dos maiores desafios de nosso tempo tem sido a família
cristã. Embora tenhamos tantas pregações e inúmeros seminários e encontros
sobre a família, nosso problema reside na realização do ensino cristão e da
adoração no lar. Não podemos esperar que nossas famílias sejam transformadas
apenas durante um culto. Uma planta necessita ser regada para viver, precisamos
erigir um altar em nossas casas. Como podemos esperar que o reino de Deus
prospere, quando os discípulos de Cristo não ensinam o evangelho a seus
próprios filhos?
A
parábola das dez virgens apresenta um quadro interessante onde havia uma
reserva de azeite trazida pelas prudentes, e nos informa que as néscias
dormiram, certamente confiando que as prudentes iriam lhes emprestar de seu
azeite (Mateus 25:3-9). Até hoje a expressão “dai-nos do vosso azeite” é uma
constante na vida de muitos cristãos que jamais entenderam que cada um dará
conta de si a Deus, que a unção é pessoal, que não se pode viver na dependência
do ministério de outros (Romanos 14:12). Temos uma gama de crentes “caroneiros”,
pessoas que somente possuem vida nos cultos, mas fora deles, não regam suas
vidas espirituais, não leem a Bíblia, e não separam tempo para se dedicar a
oração. Esforcemo-nos para descansar em nossa verdadeira confiança no Senhor
Jesus. Que nenhum de nós caia numa situação infeliz e medíocre de dependência
dos homens! Que sejamos crentes firmes e resistentes, não sejamos crentes
semelhantes a casas de saibro, e sim edifícios bem construídos, capazes de
suportar todas as intempéries e desafiar o próprio tempo.
Escrevendo
aos crentes de Corinto, Paulo expõe claramente a questão da cegueira espiritual
dos judeus e o que está reservado para todos aqueles que são guiados pelo
Espírito de Deus. Até hoje o mundo
relata os fatos acontecidos no Egito na época de Moisés. São feitos
maravilhosos que todos conhecemos, e mesmo não os tendo visto, sabemos que
foram reais ao ponto de anuncia-los geração após geração. Parece que nossos
antepassados vivenciaram um sonho quando lemos as páginas da Sagrada Escritura.
Porém, de forma ousada, Paulo nos afirma que toda essa glória não passava de
uma sombra do que ainda aconteceria em nossos dias, que o que Deus deseja
derramar sobre seus filhos é superior a tudo o que já aconteceu no passado, e
que esteve contido na época de Moisés porque deveria acontecer nos dias da
igreja. Paulo classifica os milagres de Moisés como transitórios, e nos revela
que sobre a igreja existe uma glória permanente (II Coríntios 3:7-12). É difícil imaginar
ou até mesmo crer que realizaremos coisas grandiosas que irão superar as obras
de Moisés, mas é o que a Bíblia nos revela. Sendo assim, corramos para os
braços do Espírito Santo, pois Ele tem todas as respostas para nossas
indagações e para esta geração perversa que nos rodeia.
II
Coríntios 3:11, Paulo é taxativo ao afirmar: - “Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em
glória o que permanece (II Coríntios 3:11). O tempo do verbo nesta passagem
é crítico: “o que se desvanecia”. Paulo o escreveu num período histórico de
sobreposição de eras. Nesse tempo os judaizantes desejavam que os cristãos
voltassem a viver sob o jugo da Lei, que mesclassem as duas alianças. Paulo
está dizendo: “por que voltar ao que é temporário e que se desvanece?”, vivam
na glória da nova aliança que é cada vez maior. A glória da Lei é apenas a
glória da história passada, enquanto a glória da nova aliança é a glória da
experiência presente. Deus preparou algo grandioso para nossos dias, mas o véu
da revelação ainda está encoberto para muitos.
A
glória permanente tem um alvo específico e primordial - “Mas todos nós, com o
rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos
transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor
(II Coríntios 3:18). Paulo nos revela que toda essa glória tem como objetivo
nos tornar em imagem e semelhança de Deus, ou seja, parecidos com Jesus. Lá no
Éden o homem se desfigurou perdendo a semelhança: no calvário, Cristo tomou de
volta o que foi perdido (Lucas 19:10; II Coríntios 15:45-48); e o alvo final do
cristianismo é que todos os filhos de Deus se tornem semelhantes a Ele no dia
do encontro (I João 3:2). SE fizermos tudo e não nos tornaremos semelhantes a
Cristo toda a nossa vida terá sido em vão. Desde a criação, Deus revelou seu poder a humanidade. Ao reconstruir o
mundo do caos, Ele usou apenas a Sua Palavra e tudo passou a existir. Milagres,
sinais e maravilhas são uma credencial da igreja, eles não podem em hipótese
alguma andarem distantes. Uma igreja sem o sobrenatural não passa apenas de
mais uma religião. Se começamos no sobrenatural, terminaremos nele. Acreditemos
no poder dessa palavra! O Senhor reservou todo o seu melhor para
esses últimos dias da igreja, o próprio Jesus nos revelou ser possível realizar
grandes feitos. O princípio ainda é o mesmo: a santidade, a fé, e a separação
de tudo aquilo que se chama pecado. Deus ainda é o mesmo e ainda realiza
grandes feitos (Hebreus 13:8).
Hoje – Um dia propício para milagres
Um milagre pode ser definido como uma intervenção sobrenatural no
curso usual da natureza ou uma suspensão temporária da ordem costumeira através
da intervenção do Espírito Santo, ou seja, toda manifestação espiritual através
dos DONS pode ser considerada um milagre. Logo, se os dons são atuais e
inerentes a igreja moderna, os milagres também o são. Por exemplo, o chamado DOM
DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS, mas que pode também ser chamado de OPERAÇÃO DE
MILAGRES ou OPERAÇÃO DE PODERES, e que no original grego significa “explosões
de onipotência”, tem como propósito demonstrar o poder e a grandeza de Deus de
forma inquestionável, a ponto de “estontear” quem o testemunha, levando o cristão
a participar de uma pequenina parcela do poder de Deus, o mesmo poder usado na
criação do mundo. Josué 10:6-17 nos conta que o exército de Israel avançava
vitoriosamente sobre seus inimigos e a vitória total era certa, mas o cair da
noite já se aproximava e os amorreus poderiam usar a escuridão para fugir da
zona de guerra. Josué então ordena ao sol e a lua que não se movam mais no céu,
e então o dia se estendeu até a derrocada do inimigo e nunca houve na história
um dia tão longo quanto aquele Esta história registra um evento miraculoso de
impacto a nível cósmico, pois para sol e lua não se moverem no céu, Deus
“parou” o movimento de rotação da Terra, e ao mesmo tempo não permitiu que a
gravidade terrestre sofresse qualquer alteração funcional. Muitos estudiosos
acreditam que as 18 horas que faltam para se fechar os 366 dias do ano (daí a
necessidade de um ano bissexto a cada 4 anos), seja de fato uma sequela deste
grande evento bíblico. Eventos deste porte (mar
aberto, chuva de saraiva, água transformada em sangue, pão caindo do céu)
excedem em muito os impactos causados pela cura de um enfermo, pois tem
abrangência em grandes massas e não apenas em indivíduos. Por trás destes
impactantes eventos, temos sempre um homem cheio do Espírito Santo que dá a voz
de comando para que tais feitos portentosos aconteçam. Embora muitos acreditem
que feitos tão grandiosos não tenham lugar no mundo de hoje, devemos nos
lembrar que o homem capaz de ressuscitar mortos e transformar água em vinho
declarou que “aquele que crê em mim
também fará as obras que faço e as fará moires do que estas... (João 14:12)” Podemos
portanto afirmar que os grandes sinais são raros em nosso tempo, mas não estão
extintos, faz-se necessário apenas que um propósito específico exista, e que
alguém esteja disposto a ser um canal de Deus na Terra.
Porém, existem porções diárias de milagre diários em nossa vida.
Livramentos invisíveis, proteção espiritual, folego de vida e curas miraculosas,
embora as vezes imperceptíveis, são exemplos desta grande verdade. Em certa
ocasião, Jesus e seus discípulos, cansados depois de uma longa reunião na
sinagoga, dirigiram-se a casa de Pedro e André. Aquele era um lar hospitaleiro,
onde todos se sentiam confortáveis. Parte deste bem estar vinha do tratamento
solícito e prestativo dado a eles por uma senhorinha muito simpática, da qual
nem sabemos o nome, apenas que era a mãe da esposa de Pedro. Mas naquele dia a
casa estava triste, o fogão fechado e a mesa vazia. No quarto sobre o leito,
Pedro encontra sua sogra, derruba por um mal estar muito intenso, ardendo em
febre. Logo Jesus é posto a par da situação; ele adentra no quarto, pega as
mãos daquela mulher e ela logo fica curada e passa a os servir (Mateus
8:14-15). Esta com certeza não é uma história muito impactante, principalmente
quando a comparamos com Jesus abrindo olhos de cegos, expulsando demônios ou
ressuscitando mortos, afinal, uma febre pode ser tratada com um simples
comprimido de ácido acetíl salicílico ou um belo banho frio, não é? Mas é exatamente aí que reside a beleza dos Dons de Curar, pois sua abrangência é
tão grande que pode prover cura tanto para uma AIDS quanto para um simples
resfriado. Este é o único DOM descrito no plural (Dons de Curar) e trata-se
da atuação sobrenatural de Deus sobre o corpo do homem livrando o de todo tipo
de enfermidade, sem que seja necessária a intervenção de recursos humanos. Todo
cristão pode sim orar pelos doentes, mas alguns indivíduos do Corpo de Cristo
recebem do Espírito Santo uma capacidade especial para orar pelo enfermo, e o
mesmo receber uma cura imediata (seja qual for a enfermidade) e tais DONS são
inerentes, por exemplo, ao exercício do presbitério da igreja (Tiago 5:14-15). Porém, existem alguns elementos que
devem ser observados no instante da oração por cura divina:
- Orar em nome de Senhor
Jesus (João 14:1)
- Impor as mãos sobre o
enfermo (Atos 19:11)
- Dar todo crédito pela cura
ao Senhor Jesus (Salmos 115:1)
Para compreender o cuidado divino através das intervenções milagrosas na história do seu povo, participe neste domingo (28/12/2014), da Escola Bíblica Dominical.
Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 93
Milagres do Velho Testamento : Editora Betel
Revista Jovens e Adultos nº 93
Milagres do Velho Testamento : Editora Betel
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Pb. Miquéias Daniel Gomes
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