Muitas pessoas tem verdadeira aversão ao 13, tanto que o mesmo recebe o título de "número do azar". Outros consideram a sexta feira como o dia da semana mais propício para maus agouros. Neste contexto, quando ambas se encontram, está formado o pandemônio. Tem gente indo a loucura com tamanho pressagio de falta de sorte.
Mas será que
existe algum subsídio bíblico para a má fama desta data, temida inclusive por
muitos cristãos?
A conjectura
mais plausível para justificar o teórico infortúnio da "sexta feira
13" no contexto bíblico, remonta a famosa ceia que Jesus realizou com seus
discípulos antes de sua paixão. Nela, treze homens se assentaram juntos na
mesma mesa, mas Judas Iscariotes, era na verdade um traidor. Portanto, o 13º
homem, era um agente do maligno ali infiltrado. Some isto ao fato de que os
acontecimentos ocorreram em uma sexta feira e a superstição acha seu
epicentro.
Mas será que este evento realmente respalda biblicamente o temor pela data? A resposta obviamente é NÃO!
A morte de Jesus não está ligada a nenhum tipo de
maldição, muito pelo contrário, Isaías 53:5 nos revela que "o castigo
que nos trouxe a paz estava sobre ele, e pelo seu sofrimento na cruz, nós fomos
sarados."
Um fato histórico que pode “justificar” o temor
pela "sexta feira 13" dentro do próprio cristianismo, teria
acontecido em 13 de outubro de 1307 e está descrito no livro "Tales of the
Knights Templar". Philip IV da França, invadiu as casas dos Cavaleiros
Templários, monges guerreiros durantes as Cruzadas, e aprisionou milhares de
pessoas sob acusações que nunca foram provadas. Centenas de homens morreram e
sofreram torturas, gerando um grande pesar cada vez que a data se repetia.
Já segundo alguns pesquisadores, o mito da
"sexta-feira 13" teria sua origem em duas lendas nórdicas (ou
escandinavas). A primeira conta que houve um banquete em Valhalla, o palácio
para onde iam os guerreiros mortos em batalha, para o qual foram convidadas 12 divindades.
Loki, o deus do fogo, talvez o mais controverso do panteão nórdico, não foi
convidado e, enciumado, apareceu sem ser chamado e armou uma cilada para
Baldur, o deus do Sol ou da luz, o preferido de Odin, deus dos deuses. Deste
relato surgiu a ideia de que ter 13 pessoas à mesa para um jantar era desgraça
na certa. A outra associação com a sexta-feira parece ter vindo da segunda
lenda nórdica, que fala de Frigga ou Freya, a deusa escandinava da paixão e da
fertilidade. Segundo a lenda, quando as tribos nórdicas e germânicas foram
obrigadas a se converter ao cristianismo, as narrativas passaram a descrevê-la
como uma bruxa, exilada no alto de uma montanha. Dizia-se, então, que, para
vingar-se, ela se reunia todas as sextas-feiras com outras 11 bruxas e o demônio,
num total de 13 entidades, para rogar pragas sobre os humanos.
Já em vários outros locais do planeta o número 13
parece ser estimado como símbolo de boa sorte. O argumento dos otimistas se
baseia no fato de que o 13 é um número afim ao 4 (1 + 3 = 4), sendo este um
símbolo de próspera sorte. Na Índia, o 13 é um número religioso muito apreciado
e os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda. Na China, é
comum os dísticos místicos dos templos serem encabeçados pelo número 13. Também
os mexicanos primitivos consideravam o número 13 como algo santo e adoravam,
por exemplo, 13 cabras sagradas.
Enfim, a superstição com a sexta feira 13 é um
fenômeno regionalizado, e que em muitos países foi potencializado pelo cinema
de Hollywood que inseriu no imaginário popular o serial killer "Jason
Voorhees", que tem por hábito assassinar jovens incautos em toda
"sexta feira 13".
Para o cristão, a "sexta feira 13" é um
dia como outro qualquer, devendo ser vivida em santidade e adoração, tendo como
lema o Salmo 118:24, o mesmo tema adotado para todos os outros dias do ano: "Este
é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele!"
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