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segunda-feira, 9 de março de 2015

Devemos temer a Sexta Feira 13?




Muitas pessoas tem verdadeira aversão ao 13, tanto que o mesmo recebe o título de "número do azar".  Outros consideram a sexta feira como o dia da semana mais propício para maus agouros.  Neste contexto, quando ambas se encontram, está formado o pandemônio.  Tem gente indo a loucura com tamanho pressagio de falta de sorte. 

Mas será que existe algum subsídio bíblico para a má fama desta data, temida inclusive por muitos cristãos?

A conjectura mais plausível para justificar o teórico  infortúnio da "sexta feira 13" no contexto bíblico, remonta a famosa ceia que Jesus realizou com seus discípulos antes de sua paixão. Nela, treze homens se assentaram juntos na mesma mesa, mas Judas Iscariotes, era na verdade um traidor. Portanto, o 13º homem, era um agente do maligno ali infiltrado. Some isto ao fato de que os acontecimentos ocorreram em uma sexta feira e a superstição acha seu epicentro. 

Mas será que este evento realmente respalda biblicamente o temor pela data?   A resposta obviamente é NÃO!  

A morte de Jesus não está ligada a nenhum tipo de maldição, muito pelo contrário, Isaías 53:5 nos revela que "o castigo que nos trouxe a paz estava sobre ele, e pelo seu sofrimento na cruz, nós fomos sarados."

Um fato histórico que pode “justificar” o temor pela "sexta feira 13" dentro do próprio cristianismo, teria acontecido em 13 de outubro de 1307 e está descrito no livro "Tales of the Knights Templar". Philip IV da França, invadiu as casas dos Cavaleiros Templários, monges guerreiros durantes as Cruzadas, e aprisionou milhares de pessoas sob acusações que nunca foram provadas. Centenas de homens morreram e sofreram torturas, gerando um grande pesar cada vez que a data se repetia.

Já segundo alguns pesquisadores, o mito da "sexta-feira 13" teria sua origem em duas lendas nórdicas (ou escandinavas). A primeira conta que houve um banquete em Valhalla, o palácio para onde iam os guerreiros mortos em batalha, para o qual foram convidadas 12 divindades. Loki, o deus do fogo, talvez o mais controverso do panteão nórdico, não foi convidado e, enciumado, apareceu sem ser chamado e armou uma cilada para Baldur, o deus do Sol ou da luz, o preferido de Odin, deus dos deuses. Deste relato surgiu a ideia de que ter 13 pessoas à mesa para um jantar era desgraça na certa. A outra associação com a sexta-feira parece ter vindo da segunda lenda nórdica, que fala de Frigga ou Freya, a deusa escandinava da paixão e da fertilidade. Segundo a lenda, quando as tribos nórdicas e germânicas foram obrigadas a se converter ao cristianismo, as narrativas passaram a descrevê-la como uma bruxa, exilada no alto de uma montanha. Dizia-se, então, que, para vingar-se, ela se reunia todas as sextas-feiras com outras 11 bruxas e o demônio, num total de 13 entidades, para rogar pragas sobre os humanos.

Já em vários outros locais do planeta o número 13 parece ser estimado como símbolo de boa sorte. O argumento dos otimistas se baseia no fato de que o 13 é um número afim ao 4 (1 + 3 = 4), sendo este um símbolo de próspera sorte. Na Índia, o 13 é um número religioso muito apreciado e os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda. Na China, é comum os dísticos místicos dos templos serem encabeçados pelo número 13. Também os mexicanos primitivos consideravam o número 13 como algo santo e adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas. 

Enfim, a superstição com a sexta feira 13 é um fenômeno regionalizado, e que em muitos países foi potencializado pelo cinema de Hollywood que inseriu no imaginário popular o serial killer "Jason Voorhees", que tem por hábito assassinar jovens incautos em toda "sexta feira 13".

Para o cristão, a "sexta feira 13" é um dia como outro qualquer, devendo ser vivida em santidade e adoração, tendo como lema o Salmo 118:24, o mesmo tema adotado para todos os outros dias do ano: "Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele!"


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