Texto áureo
E os filhos de
Israel frutificaram, aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos
grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.
Êxodo 1:7
Verdade Aplicada
Mesmo que tudo seja
obscuro e sem sentido, não existe nada neste mundo que o Senhor não veja, não
conheça ou não controle.
Textos de Referência
Êxodo 1:13-16
E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com
dureza; assim, lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em
tijolos, e com todo o trabalho no campo, com todo o seu serviço, em que os
serviam com dureza.
E o rei do Egito falou às parteiras das hebreias (das quais o
nome de uma era Sifrá, e o nome da outra, Puá) e disse: Quando ajudardes no
parto as hebreias, e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas,
se for filha, então, viva.
José – Governador do Egito
As histórias de José e Moisés, são ao mesmo tempo paradoxal no
desenvolvimento e semelhantes nos propósitos. Enquanto José ascendeu da
escravidão ao governo, Moisés parece fazer exatamente o caminho contrário,
deixando para traz o legado dos faraós e assumindo a causa de um povo
escravizado. Entretanto, quando visualizadas numa única perspectiva, estas
histórias paralelas revelam um grandioso projeto divino, minucioso em seus
detalhes. José ainda era um adolescente de 17 anos quando foi
vendido por seus irmãos, e chegou ao Egito junto a caravana de mercadores
ismaelitas. Negociado como escravo, logo se tornou o mais exemplar serviçal da
casa de um militar egípcio chamado Potifar, que o promoveu para mordomo. Porém, a esposa de Potifar, via qualidades em José que iam muito além de
seu primoroso serviço, e tentou, sem sucesso, seduzir o jovem hebreu. Frustrada
pela negativa de José, aquela mulher lhe acusa de assédio e tentativa de
estupro, assim, vitimado por esta enorme injustiça, José é conduzido a prisão,
onde passará os próximos anos de sua vida.
No cárcere, José tem a oportunidade de conhecer dois
funcionários do palácio de Faraó, suspeitos por intentar contra a vida do rei.
Através da interpretação dos sonhos de seus companheiros de cela, José revela
que o padeiro será condenado a morte e o copeiro será libertado e retornará aos
seus afazeres. Em três dias, a previsão se realiza piamente. Os anos seguintes
foram arrastados, mas mesmo numa situação adversa, José impressionava a todos
por sua postura e nobreza, tanto que foi promovido a “auxiliar” de carcereiro.
Alguns anos depois, quando o poderoso Faraó se viu as voltas com um sonho
perturbador e indecifrável que lhe tirava completamente a paz, o seu copeiro se
lembrou do companheiro de cela visionário. Então, José é
retirado da prisão e conduzido a presença do monarca. Ali, o jovem hebreu (já
na casa dos 30 anos), não apenas revela o significado do sonho real (sete anos
de fartura seguidos por sete anos de fome e escassez), como também apresenta um
plano para evitar um desastre nacional. Sem pensar duas vezes, o Faraó ascende
José ao cargo de “governador”, uma mistura de ministro da fazenda com
vice-presidente. Agora, o antes escravo e prisioneiro, é o segundo em comando no
poderoso Egito.
Quando seus irmãos se apresentam a fim de comprar alimentos,
José enfrenta uma intensa batalha contra seus próprios sentimentos, e depois de
uma série de provas impostas, ele perdoa seus irmãos, e pede que Jacó seja
trazido para o Egito. Gênesis 46:27 revela que 70 hebreus chegaram ao Egito,
onde foram regiamente recebidos, e acomodados na terra de Gosén, afim de
apascentar em calmaria os seus rebanhos. José sabia que o Egito não era a terra
que Deus prometerá a seu bisavô Abraão, tanto que fez jurar os seus
descendentes, que quando retornassem para casa, seus ossos deveriam ser levados
dali (Êxodo 13:19).
Um povo pastoril
e numeroso
Neste
trimestre, abordaremos profundos assuntos concernentes à vida de Moisés, um dos
mais importantes personagens da Bíblia. Nesta lição, trataremos do princípio do
cativeiro hebreu no Egito, a poderosa forma divina de administrar os
acontecimentos e a maneira sobrenatural e profética do nascimento de Moisés. O
principal personagem dos últimos capítulos de Gênesis é José. Através dele,
Jacó e toda sua família habitaram na magnífica terra fértil de Gosén. Porém,
com a mudança de governante, uma nova lei foi estabelecida e o povo, que antes
vivia em paz, agora enfrentaria o pior drama de sua vida: a escravidão. José
tinha provavelmente trinta e nove anos quando sua família foi morar no Egito.
Ele viveu 71 anos depois disso e morreu (Gêneses 50:26).
Quando José partiu, a
vida cômoda dos hebreus no Egito também findou. Uma vez que José não podia mais
interceder por seu povo, a população nativa passou a olhar Israel de modo
intolerante e desconfiado. Os egípcios eram muito avançados em cultura e
sofisticação e viam os pastores como parte da ralé da sociedade. Isso para
eles, manchava a imagem imponente da classe nobre (Gêneses 46:31 / 33: 34).
Nesse tempo, a população de Israel já havia aumentado consideravelmente,
tornando-se poderosa no Egito. Outro fato importante é que tanto José quanto
suas realizações foram totalmente ignorados e o novo Faraó passou a desprezar
aquela população crescente (Êxodo 1:8). A sociedade egípcia era regida pelo
sistema de castas. Assim como a pirâmide se constitui de camadas, de igual modo
funcionava aquela sociedade. Quem pertencia a uma casta permaneceria nela até
morrer, diferentemente do capitalismo, em que há a chance de ascensão social.
Naquela época, a sociedade se constituía piramidalmente em: Faraó e sua
família; a seguir, os sacerdotes e a nobreza; depois os escribas constituíam
uma única casta; em seguida, os coletores de impostos e militares; por último,
na base da pirâmide, ficavam os camponeses e escravos vindos de outros povos.
Com
o novo Faraó nasce uma nova política e um novo estilo de vida passa a vigorar
para os hebreus no Egito (Êxodo 1:10-11ª). Uma nova lei foi determinada para um
povo que vivia de forma regalada e esplêndida, e, a partir dali, a vida para
eles jamais seria como antes. É muito claro o discurso feito por Faraó; ele se
sentiu ameaçado com o crescimento do povo e, como não era portador de nenhuma
aliança com o falecido governador, apossou-se da fértil e bem localizada Gosén,
humilhando o povo através da escravidão e da chibata. Porém, antes que fossem
diluídos no pó do Egito, eles clamaram e, após quatrocentos e trinta anos, suas
orações foram enfim atendidas (Êxodo 12:40). É inevitável não nos fascinarmos
pela maneira como Deus, de forma majestosa e grande, domina todas as coisas.
Embora saibamos que o sofrimento do povo hebreu tenha sido cruel e brutal,
vemos também a poderosa mão de deus por trás de tudo, controlando os
acontecimentos e usando os eventos para formar a identidade cultural e o
caráter de uma grande nação. Séculos antes, o Senhor já havia falado a Abraão
sobre o que aconteceria aos seus descendentes e como eles seriam libertos com
mão poderosa (Gêneses 15:13-14). O Senhor afirma para Seu servo o que ocorreria
e também como julgaria seus opressores. Não existe nada debaixo do sol que o
senhor não veja, não conheça ou não controle (Jó 28:24). Deus ouviu esse clamor
anos após anos. Mas, atuou no tempo certo em que o fruto estava maduro pronto
para colher. Às vezes, esquecemos–nos que Deus tem o controle de todas as
coisas. Porém uma coisa é certa: “quando chega o tempo dEle agir, ninguém
poderá impedir que o faça” (Isaías 43:13b).
A escravidão dos
hebreus
Em determinado
momento da história egípcia, a elite religiosa e administrativa da nação,
entrou em rota de colisão com o Faraó, e para enfraquecer seu domínio,
facilitou a entrada de estrangeiros no país. Foi neste contexto que os Hicsos,
povo em constante desenvolvimento, viu a oportunidade de “invadir” o Egito e
ocupar suas férteis planícies. Esta ocupação foi até certo ponco pacífica, mas
o desgaste inevitável veio com o tempo, e o Egito se viu esfacelado em culturas
distintas por quase 150 anos. Para recuperar a hegemonia, os egípcios
precisaram enfrentar pelo menos duas grandes batalhas contra os hicsos. Foi
apenas entre os anos de 1570-1546 a.C, que o Egito foi unificado e os invasores
hicsos (semitas como os hebreus), foram expulsos sob o comando de Amósis, e segundo alguns historiadores, este teria sido o Faraó que não “conhecerá” a José. Aqui, o termo
“conhecer” remete ao fato de que este governante não tinha qualquer empatia por
José e seus descendentes, vendo os como um “inimigo íntimo”, que poderia sim,
virar uma nova “pedra em sua sandália”.
Amósis inicia então
uma pesada campanha publicitária afim de convencer a opinião publica da
nocividade representada pela presença dos hebreus - O qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito,
e mais poderoso do que nós. Eia, usemos de sabedoria para com eles, para que
não se multipliquem, e aconteça que, vindo guerra, eles também se ajuntem com
os nossos inimigos, e pelejem contra nós, e subam da terra (Êxodo 1:9-10).
A estratégia funcionou, e com o apoio popular, o Faraó passou para a próxima
fase de seu plano, isolando os israelitas em sua terra e elevando drasticamente
os impostos cobrados, o que obrigou aos hebreus a trabalharem exaustivamente
afim de pagar seus tributos. O texto original usa a palavra “bepharech”, que
remete a ideia de “trabalho forçado capaz de quebrar o corpo” - E puseram sobre eles maiorais de tributos,
para os afligirem com suas cargas (Êxodo 1:11).
Mesmo com tamanha
opressão, o povo de Israel continuava a crescer e se multiplicar, tornando-se
mais forte a cada dia. A linhagem dos Faraós, temerosa que uma nova “invasão estrangeira”
minasse seu poder, passou a tomar medidas cada vez mais drásticas. Por exemplo, ordenou as parteiras que atendiam as gestantes hebreias, que
assassinassem os meninos hebreus recém nascidos, ordem esta, que não foi
obedecida. Alguns estudiosos (entre eles Flavio Josefo), acreditam que existia
um tipo de “profecia” oriunda dos magos egípcios, sobre um menino que nasceria
e desafiaria o poder do Faraó, mas que este guerreiro, teria na água o seu
ponto fraco. Isto justificaria a próxima ação arbitrária e cruel do Faraó, que
baixou um terrível decreto sobre toda a terra do Egito: - Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que
nascerem lançareis no rio, mas a todas as filhas guardareis com vida. (Êxodo
1:22). É exatamente neste tempo de densas trevas, que nasce Moisés, um
libertador para seu povo.
Moisés - Guardado de forma sobrenatural
O
tempo da liberdade chegou; um libertador viria, um homem escolhido pela mão de
deus, um líder preparado especialmente para lidar com os israelitas e
confrontar o Faraó. Embora houvesse planos terrestres para impedir a ação
divina, o nosso Deus começou a agir da forma como Ele é: Grande. Com o passar
dos tempos, os hebreus se tornaram tão numerosos que passaram a assustar
tremendamente os egípcios. E, por medo de perder a terra, os egípcios foram
impelidos a agir de forma brutal e selvagem contra os hebreus. A insegurança e
ódio dos egípcios tinham uma explicação; o medo (Êxodo 1:13-14). Felizmente, o
plano de Faraó não obteve resultado, pois quanto mais o povo de Deus era
afligido, mais cresciam e aumentavam. Ao perceber que seus fins não eram
alcançados, Faraó aumentou a dose de sofrimento e partiu para o infanticídio
(Êxodo 1:15-16).
Uma inspiração maligna que daria fim ao nascimento do
libertador. No entanto, o que está determinado nos céus jamais poderá ser
sequer abalado por nada terreno. Tal como aconteceu com Israel no Egito, quanto
mais a Igreja é perseguida neste mundo, mais ela cresce e avança. Embora
vejamos maldade e perversidade de forma descontrolada, injustiça social e
opressão agindo em lugar da paz, deveríamos pensar no que Deus está fazendo ao
preparar Sua Igreja para um grande livramento.
Sifrá
e Puá são duas mulheres extremamente importantes no plano divino para o
nascimento do libertador Moisés. O nome Sifrá significa “beleza” e Puá
“esplêndida”. Elas, com certeza deixaram um lindo e esplêndido exemplo para
nossos dias; temer a Deus acima de qualquer circunstância. Elas eram as
parteiras das hebreias, uma tarefa melindrosa, porém gratificante. Essas duas
mulheres receberam um edito muito cruel da parte de Faraó. A ordem era matar os
meninos e deixar viver as meninas. Não cumprir a ordem de Faraó era arriscar a
própria vida. Mas elas decidiram temer somente a Deus e não ser coniventes com
o erro, evitando derramar sangue inocente. A bravura dessas duas mulheres teve
influência direta no nascimento de Moisés.
A
maldade e a crueldade de Faraó não terminaram quando as parteiras recusaram lhe
atender. Ele não conhecia limites para o terror e, assim, expediu outro decreto
ordenando a morte de todos os meninos (Êxodo 1.22). No mesmo tempo de Moisés,
era impossível não identificar uma casa onde houvesse um recém-nascido. A
sabedoria de Joquebede durou três meses e o Nilo, que deveria ser o lugar da
morte dos machos, tornou-se o lugar da Salvação de Moisés. Naquele cesto,
estava a esperança de uma nação e o próprio Egito, que tentara matar o
libertador, foi o lugar onde ele foi cuidado, instruído e qualificado. Não
devemos pensar que Deus está dormindo ou que o inimigo anda vagando pelo mundo
a fazer o que bem entende. Lembremos que o Senhor está acima de todas as
coisas, até mesmo de nossos pensamentos (Isaías 55:8-9). As parteiras
obedeceram a Deus e não a Faraó. Por sua coragem e por optarem pela justiça, o
Senhor resolveu recompensá-las. Nem sempre o que é certo é o mais fácil. Como
elas não foram coniventes com o erro, veio sobre elas a benção de Deus (Êxodo
1:20-21).
Detalhes de um
grande plano
A história de
Moisés revela um engendrado plano traçado antes mesmo de seu nascimento e que
culmina com o retorno a terra prometida. Porém, quando analisamos alguns
detalhes bem específicos, podemos de fato constatar como nosso deus é minucioso
em seus propósitos. O nome Moisés, provavelmente tem sua origem na palavra
egípcia “Mes”, que significa “filho ou criança”, mas quando pronunciado na
língua hebraica, ele tem a fonética alterada para “Mosheh”, que pode ser
interpretado como “tirado”, neste caso, tirado das águas. Mais que apenas um
nome, a nomenclatura “Moisés” é uma síntese perfeita do projeto divino do
próprio Deus. Quando Joquebede decide construir uma cesta de junco, para
colocar seu filho de três meses dentro dela e depois depositá-la no Rio Nilo,
certamente nem fazia ideia que era direcionada pelo próprio Deus. O Nilo é até
os dias de hoje considerado “sagrado” dentro da cultura egípcia, e esta
veneração pelo rio era ainda mais extremada no tempo dos faraós. Quando a
princesa do Egito se banhava no Nilo, avistou a pequena cesta que flutuava pela
correnteza, e ordenou que suas damas a buscassem. Ali dentro estava um menino
hebreu sentenciado a morte, porém, ela se recusou a matá-lo, afinal, aquele era
um presente do “Nilo”, enviado pelos próprios deuses. Nem mesmo a casa real se opôs
a criação da criança , pois não ousava questionar suas divindades.
Ou seja, Deus usou da crença pagã da família real, para salvar a vida de Moisés
e colocá-lo no palácio afim de criar o vínculo familiar necessário, para que
anos mais tarde, ele tivesse acesso irrestrito ao dialogar com o Faraó.
Outro fato
interessante é que enquanto a cestinha boiava no rio, Miriam, a irmã de Moisés
a acompanhava veladamente. Quando percebeu que a princesa se vislumbrará com a criança,
se aproximou e disse conhecer uma excelente ama de leite, já que o menino
precisaria ser alimentado. A filha de Faraó imediatamente ficou interessada na
proposta, pois conhecia a fama das hebreias. Quando as parteiras se negaram a
matar os meninos hebreus, alegaram ao Faraó que as mulheres de Israel davam a
luz com muita facilidade e sem precisar de amparo médico. Assim, dentro do
palácio, correu a noticia que as mães hebreias eram mui prendadas e exímias
parideiras. Miriam indicou Joquebede para cuidar do menino, e a princesa
imediatamente aceitou, pois o curriculum materno de uma hebreia a gabaritava
para amamentar um príncipe do Egito.
Certamente Joquebede aproveitou cada minuto ao lado de seu filho para
ensina-lo acerca de seu Deus e de seu povo, semeando em seu coração a devoção
ao “GRANDE EU SOU”, que se revelaria anos depois. Como um dia disse o seu
antepassado José – “Deus transformou o mau em bem (Gênesis 50:20)
Uma vida com propósitos
Tudo
o que é grandioso passa por sérios tratamentos antes de existir. Não foi fácil
para os hebreus ver a liberdade sucumbir e, do dia para a noite, tornar-se
escravo. Seu clamor durou quatrocentos anos, mas, quando chegou o tempo de ser
livre outra vez. Deus agiu com mão forte e não houve quem pudesse impedir o que
por Ele mesmo foi determinado. Nos momentos de grandes provações, é comum
esquecermos do que o nosso Deus é capaz. Ele sempre sabe tudo o que acontece
conosco (Êxodo 3:7-8ª). Seu livramento pode não chegar de acordo com o nosso
horário ou no momento em que pensamos, mas chegará na hora certa. Por mais
severa e dura que seja a provação que estivermos enfrentando, elas não
diminuirão o interesse de deus. O futuro pode parecer sombrio e podemos nos
perguntar: onde Deus está? Se bem O conhecermos, entenderemos que Ele está a
caminho e, quando chegar, tudo o que parecia ser absurdo se tornará real e
palpável para cada um de nós. O agir de Deus em favor daqueles que nEle esperam
é sempre poderoso e gratificante. Os capítulos sete e oito de Êxodo, revelam
como Ele já poderia ter liquidado a fatura. Mas Ele é tão poderoso que se
revela passo a passo para que, a cada dia, venhamos descobrir como é belo e
maravilhoso.
Moisés
passou por tantos preparos, expectativas e desilusões que, ao deparar-se com
Deus, já não acreditava que poderia ser o homem para o objetivo pelo qual
nasceu (Êxodo 3.10, 11). Ele sempre soube desde o pequeno que sua missão era
libertar seu povo. É muito importante quando sabemos para qual finalidade
vivemos neste mundo. Não foi por acidente que nascemos nesta era específica, na
atual conjuntura da história, em determinado país e neste mundo. Sabia que Deus
está buscando homens e mulheres que obedeçam a Seu propósito. Podemos até nos
sentir incultos, incapazes e até mesmo desqualificados, talvez cheguemos até a
usar as mesmas desculpas de Moisés diante de deus. Mas Deus chamou as coisas
loucas, vis e desprezíveis; o que não é para confundir o que é (I Coríntios 1:28).
Mais
que libertar os hebreus ou punir os egípcios, Deus queria tornar aquele momento
inesquecível em toda a história da humanidade. De uma só vez, o Senhor riscou
para sempre a memória daquela geração de egípcios. Retirando os hebreus do
Egito, o Senhor sabiamente estava pondo um fim na economia daquela nação. É por
isso que Faraó não os queria libertar, pois eles eram os responsáveis por toda
a mão de obra do Egito. Deus, em um só golpe, exterminou os primogênitos do
Egito, que simbolizavam o futuro da nação e, em seguida, libertou Seu povo,
deixando de uma só vez o Egito, sem futuro e sem presente. O último golpe foi a
destruição de todo o exército no Mar Vermelho, mostrando que quando Ele opera
não há quem possa impedir o Seu agir (Isaías 43:13).
Devemos
pensar muito bem sobre nossas vocações. Deus, quando nos chama, não está vendo
o que vemos hoje, Ele já sabe o que vai acontecer. Abrace seu chamado,
alegre-se, você pode ser a esperança de salvação de uma nação. A aflição pode
durar um tempo, mas ela possui prazo de validade. Embora a situação dos hebreus
fosse de total calamidade, Deus estava acompanhando tudo de perto sem perder um
detalhe sequer. Por fim, Moisés nasceu, o povo foi liberto e Faraó morreu. Nada
pôde impedir o agir de Deus. Em tempos difíceis, coloquemos nossa confiança no
Senhor.
Assim como Moisés, venha aprender na escola de Deus para ser líder e profeta, participando neste domingo, (05/04/2015), da Escola Bíblica Dominical.
Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 95 - Editora Betel
Moisés - Lição 01
Comentarista: Pr. Belchior Martins da Costa
Comentários Adicionais (em azul)
Pb. Miquéias Daniel Gomes
A paz do Senhor meu amigo, confesso que fiquei muito feliz com esse entendimento sobre a libertaçao do povo Hebreus no Egito....
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