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domingo, 10 de maio de 2015

Culto Especial Dia das Mães



Jhonatan Wilson Gomes

Chovia a cântaros na cidade de Estiva Gerbi, quando as primeiras mães começaram a adentrar o templo, muitas delas, já com os cabelos encharcados e o rosto respigado pelas preciosas perolas que se precipitavam do céu.... Talvez fosse um ensaio para as lágrimas que verteriam dos olhos de muitas delas durante a cerimônia que lhes fora preparada... Dia das mães é assim mesmo... evoca sentimentos e lembranças que de alguma forma precisam se exteriorizar... Daí vem o choro emocionado ou o riso nervoso, latente a cada palavra ou gesto que já fora anteriormente (e propositalmente), elaborados para emocionar... Claro que as vezes o inesperado apronta das suas, e aí, até quem é filho entra na dança das lágrimas... Chuvas e lágrimas, coisas que se completam perfeitamente nesta noite tão especial, onde mães revisitaram a infância de filhos já crescidos, ou vislumbraram o amadurecimento de suas pequenas crianças, seja num vídeo melindrosamente engendrado para comover, ou no detalhe "deliciosamente cruel" de ver estampado em cada criança o nome de sua mãe enquanto cantavam com a pureza somente pertinente aos anjos que “quando você chorar, estarei aqui para te abraçar”... Tudo isso me faz nostálgico... Me faz pensar e viajar em lembranças esquecidas, mas nunca perdidas..

Sinto falta de brincar com os anjos, sinto falta da minha pureza. Sinto falta de muitas coisas. Principalmente de ter 8 (e poucos) anos.... Hoje em dia abro álbuns de fotografia guardados na gaveta e me encaro na minha imagem do que um dia fui.... Eu cresci.... Não me lembro de ninguém ter me perguntado se era isso o que eu queria. Em exceção a minha mãe que sempre me aconselhou a aproveitar a meninice: “Tudo em seu tempo, meu filho. Tudo em seu tempo! ”

A única coisa que eu não perdi da infância até aqui foi o colo da minha mãe. Toda vez que estou em apuros é ela o primeiro socorro, o primeiro abraço, o primeiro beijo, a primeira advertência (por que não) e também a última (mãe sempre avisa quando algo dará errado... que sensibilidade é esta?). É no dia das mães que estamos dispostos e cheios de vontade de presentear quem irá para sempre nos amar. Homenageá-la, nem que seja in memoriam, pois, mãe, mora no coração, “ELE” e “ela” estão dentro de você...

Li uma frase que diz: “Mãe, ah! Se por um descuido Deus lhe fizesse eterna”. E eu concordo. Sempre digo para Deus fazer as coisas segundo a vontade dEle, mas se tem algo que eu imploro é que os dias da minha mãe sejam ampliados aqui na Terra... Na verdade, quero orar em nome de todos os filhos, porque aqui nesta igreja eu encontrei muitos irmãos, e muitas mães...

“Senhor, multiplicai os dias destas mulheres em nosso meio. Acompanhe-as em todo riso e em toda lagrima, todo trabalho e toda prece, todo dia e toda noite. Que tua benção cubra de luz a vida destas mães para que, cheias do teu Espírito, elas nos sejam mais presença de ti, que elas nos deixem o legado da sabedoria de viver! ”


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