Existe uma infinidade de fatores que
pode induzir uma pessoa ao erro, tais como incerteza, despreparo, desmotivação,
motivação excessiva, relapso, falta de concentração, excesso de confiança,
medo, receio, prazo apertado, falta de concentração, influências externas,
descuido, ufanismo, parcialidade, emoções e uma gama de variantes tão extensa
que para resumi-la foi forjado o famoso chavão: ERRAR É HUMANO. Basicamente
iremos cometer incontáveis erros ao longo de nossa vida, e podemos sim aprender
lições valiosas com eles. É dito que as pessoas inteligentes aprendem com
seus próprios erros, mas que as pessoas sábias aprendem com o erro de outras
pessoas. Então de alguma forma, o erro faz parte do nosso crescimento contínuo,
nos preparando hoje, para ações acertadas no amanhã. Obviamente, nem todo erro
é igual, e suas consequências também não seguem um padrão, sendo seus efeitos
maximizados ou minimizados pelos fatores “quem”, “quando”, “onde” e “porque”.
Por exemplo, o chamado “Erro Ativo” tem seus efeitos sentidos quase que
imediatamente, e recai diretamente sobre o responsável. Já o “Erro Latente”, é
mais dificilmente sentido, pois vai crescendo em proporção e não é
responsabilidade direta de alguém, mas sim de uma série de fatores.
Um cristão certamente não está isento
de lidar com todo tipo de erros, e inevitavelmente, alguns serão de sua total
responsabilidade. Porem existe uma tendência maliciosa de usar o termo “ERRO”
como um “eufemismo” para “PECADO”, e assim, artificialmente, aliviar o fardo
pesado imposto por uma ação pecaminosa. Embora todo e qualquer pecado seja um
“erro”, nem todo “erro” se caracteriza como um pecado. A definição básica de
pecado no grego é “hamartia”, e significa: “errar o alvo”. Pecar é
desvincular-se do propósito original de Deus, que é alcançar determinado
objetivo. Em se tratando da vida cristã, existem certas atitudes que se opõem a
forma como Deus instruiu aos seus escolhidos a agirem, o que caracteriza uma
desobediência direta a um mandamento divino, incorrendo em pecado.
Com o pecado não se brinca. Quem está
sob a pressão da tentação deve se resguardar orando, resistindo ou até mesmo
fugindo, dependendo da natureza da tentação. O pecado praticado, antes já foi um simples
pensamento. A linha que divide o pensamento e a ação é exatamente o desejo, o
que faz dela tênue e muito frágil. Quando Jesus disse em Mateus 5:17, que veio
não para abolir a Lei, mas para cumpri-la, ele deixou muito claro em seu sermão
que o grande ponto falho daquela legislação era apenas ser punitiva com a
“ação” do indivíduo, mas que agora, deveríamos também coibir maus pensamentos e
extirpar desejos ruins, ou seja, Jesus nos ensinou a cortar a árvore do mal
pela raiz, e não apenas evitar seus frutos. O pecado externo começa
internamente, e assim devemos policiar com rigoroso zelo nossas emoções. Existem
algumas atitudes que são fundamentais para que o cristão possa encarar tais
pecados e evitá-los, a saber: prudência na conduta pessoal, oração, vigilância
e momentos devocionais consistentes para resistir as astutas ciladas do diabo
(Efésios 6:11). O pecado sempre deve ser visto de maneira séria, com efeito
regressivo.
Porém, uma verdade que não devemos esquecer,
é que nenhuma falha, erro ou pecado é maior que o amor de Deus. Nenhuma
maldição tem mais poder que o sangue de Cristo vertido na Cruz. Confiadamente
podemos dizer que por seu imenso amor, Deus é capaz de perdoar até o mais grave
dos nossos pecados, desde que seja respeitado o processo libertador da
remissão, descrito em Provérbios 28:13: Aquele que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que
confessa e deixa, alcança misericórdia. Não se envergonhe por ter pecado,
pois isto é inerente a natureza humana, mas jamais se acomode numa situação
pecaminosa. O crente em Jesus eventualmente peca, mas não pode viver em pecado.
Precisamos, portanto, identificar onde temos errado em nossas vidas, e tomar
imediatamente uma nova postura diante de Deus e dos homens.
O primeiro passo é se “resolver” com
Deus, confessar ao Pai nossas culpas, aceitar humildemente sua correção e mudar
nossa postura espiritual. É fundamental que nos sentimos plenamente perdoados
por Deus, pois somente assim poderemos passar para o próximo passo. Se Deus já
te perdoou, perdoe-se também. Não viva remoendo o passado ou revivendo erros
antigos. Também não se engane achando que estará livre da lei da semeadura,
pois daquilo que se planta, cedo ou tarde experimentará os frutos. Aprenda com
os erros passados e literalmente, faça limonada com os limões azedos. Se não
podemos escolher os frutos que colhemos hoje, podemos escolher as sementes que
plantaremos a partir de agora. Resolva-se com esta verdade, e prepare hoje um
amanhã melhor do que o hoje que você preparou ontem. Finalmente, busque o
perdão de todos os que foram atingidos pelo seu pecado. O homem se revela nobre
ao reconhecer seu erro, e se dignifica ao tentar corrigi-lo. Certamente o líder
que reconhece publicamente sua falha, busca o perdão de seus liderados e muda
sua forma de atuação para melhor, ganha o respeito e a empatia do seu povo, e
sua liderança prospera, sendo avalizada pelo Senhor.
bom conteúdo mas não entendi qual a diferença entre erro e pecado.
ResponderExcluirNem eu!
ExcluirGostaria de ter um exemplo de erro que não é pecado
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