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segunda-feira, 27 de julho de 2015

A Bíblia fala sobre "SEXO"?

Podemos sem nenhum receio afirmar que a Bíblia é o manual do povo de Deus. Ela estabelece as diretrizes a serem seguidas por aqueles que desejam viver enquadrados na vontade do Senhor, nos norteando em todas as situações da vida. E obviamente, um assunto tão inerente ao nosso cotidiano e vital para a existência humana como o sexo, não ficaria sem detalhadas orientações.  A mais relevante recomendação bíblica em relação ao sexo está registrada em Hebreus 14:4 - “O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros”. Este texto deixa muito claro que o sexo praticado dentro do casamento tem a benção de Deus, e que a expressão “leito sem mácula ou puro”, fala diretamente sobre a fidelidade conjugal. Infelizmente, muitos acabam interpretando este texto sob uma ótica legalista, e com isto desenvolvem o conceito de que o “sexo” deve ser “santo”, mas na pratica essa santidade consiste em conotar como pecaminosa qualquer prática sexual que não esteja relacionada à fecundação. Com isto, muitos casamentos se deterioram já que o sexo passa a ser encarado pelos cônjuges como uma “obrigação”, tornando a relação sexual em um ato pesaroso, capaz até mesmo de provocar repulsa e promover culpa. A Bíblia, em nenhum momento condena o prazer sexual dentro do casamento, pelo contrário, ela o apresenta como um presente do criador, que ao presenciar a relação macho e fêmea testificou que aquilo “era muito bom”.
Em I Coríntios 7:3, Paulo aconselha aos casais que nunca privem seu cônjuge do prazer sexual, e em Provérbios 5:18-19, é recomendado que “o homem se alegre com a mulher de sua mocidade (virgindade), que em todo o tempo seja inebriado pelos seios dela e que constantemente se extasie com o seu amor”. E obviamente, aqui, a recíproca também é verdadeira. Em Gênesis 26:8, encontramos mais uma evidência do conceito bíblico para o sexo conjugal.  Quando Isaque peregrinou por Gerar, temendo represálias dos moradores locais, mentiu que Rebeca era sua irmã. Isso despertou o interesse do rei Abmeleque para aquela mulher, que decidiu sonda-la pela janela do quarto. Mas para sua surpresa, presenciou a intimidade do casal, que de acordo com o texto, estavam “brincando”, ou em outras palavras, “se divertindo durante a ato sexual” (versão sociedade bíblica britânica).
Porém, mesmo os cristãos mais liberais entre quatro paredes, ainda são incomodados pela dúvida de quais são os limites do sexo no casamento. Obviamente, esta é uma questão de cunho pessoal, e os parâmetros sobre o que “pode” ou “não pode”, varia de casal para casa, sendo necessário um diálogo efetivo e sincero, para que ambos exponham seus necessidades e limites, afim de chegar a um sendo satisfatório para os dois lados. Para ser abençoado, o sexo precisa ser benéfico para ambos os cônjuges, e qualquer ato que provoque mágoa, culpa ou constrangimento a um deles, deve ser sumariamente abolido. Um excelente exercício para os casais que desejam levar a “Bíblia” para a “cama” é a leitura conjunta e sistemática de Cantares. Este livro gerou muitas controvérsias na história do cristianismo, pois muitos se negavam a aceitar sua espiritualidade, mas hoje já se entende a importância da obra dentro do cânone sagrado. Cantares de Salomão foi escrito por alguém que amava e era amado, falando explicitamente de amor, companheirismo, sexo, romance e poesia. Muitos terapeutas cristãos aconselham que a leitura conjunta seja realizada da seguinte forma: 
Crie uma tabela, associando as metáforas usadas no poema, com os elementos reais a que se refere (Por exemplo, no capítulo 7, Palmeira = corpo / cacho de uva = seios, / vinho = boca). Depois, realize a leitura substituindo a linguagem figurada pela literal, e assim, aprenda a desfrutar de todo o prazer que o sexo pode fornecer, sem fugir das diretrizes bíblicas: “Dizia eu: Subirei à palmeira, pegarei em seus ramos; e então os teus seios serão como os cachos na vide, e o cheiro da tua respiração como o das maçãs” Cânticos 7:8.

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