Baseado em João 6 e livremente inspirado na ministração
realizada pelo Pr. Wilson Gomes no culto de celebração da Santa Ceia em
20/09/2015.
Todo pregador já passou ou irá
passar pela experiência de ter uma de suas mensagens renegada pela grande massa.
Como homem, Cristo também vivenciou algumas situações muito difíceis em seu ministério,
onde foi necessária uma palavra mais agridoce a fim de confrontar o comportamento
popular. Por exemplo, após a multiplicação dos pães e peixes, uma multidão
passou a seguir Jesus, não para alimentar sua alma com as palavras de salvação
que saia dos lábios do mestre, mas sim interessados num desjejum gratuito. Percebendo
esta situação, Jesus realiza um sermão ácido na sinagoga de Cafarnaum, cobrando
uma postura mais espiritual de seus seguidores. Cristo revela o coração de sua plateia
quando diz que estão ali não por causa dos milagres ou da mensagem, mas sim
buscando se refestelar de pão.
Jesus ensinou a seus discípulos que
não tivessem por prioridade trabalhar pela comida que perece, mas que se
dedicassem a buscar o alimento que permanece para a vida eterna, e que só é
conseguida através do Filho do Homem. Logo, os seus ouvintes lhe questionaram
se o tal “alimento” seria o famoso “maná”, dado por “Moisés” aos seus
antepassados, e como resposta receberam uma revelação tão intensa que quase os
lançou ao chão desacordados:
- Somente Deus pode lhes dar o
Pão da Vida... EU SOU O PÃO DA VIDA!
Aquela era uma afirmação densa
demais para ser ingerida por uma geração tão apegada a ritos e religiosidade,
mesmo assim, Jesus continuou a falar:
- Aquele que vem a mim, de modo
algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede... Aquele que vem a mim, de
maneira nenhuma lançarei fora!
Imediatamente os judeus começaram
a murmurar entre si, revoltados com a “petulância” do carpinteiro de Nazaré.
Não podiam aceitar que um trabalhador braçal se autodeclarasse o “pão que veio
do céu”. Imediatamente, a popularidade de Jesus foi esmagada pela indignação de
religiosos sem visão espiritual.
E o sermão, estava apenas
começando...
- Eu sou o Pão Vivo que desceu do
céu, se alguém comer deste pão, viverá para sempre. E este pão é a minha carne
que eu darei pela vida do mundo. Minha carne é verdadeiramente comida e meu
sangue é a verdadeira bebida.... Quem come minha carne e bebe meu sangue
permanece em mim e eu nele.... Terá a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último
dia!
A lei mosaica proibia a ingestão
de sangue, e os judeus, não entendendo a espiritualidade daquelas palavras,
começaram a dar as costas para Jesus, indignados com tamanha afronta aos preceitos
da lei. A incredulidade não os deixou enxergar além das aparências, e um a um
se retiraram da sinagoga, deixando para traz, o autor de nossa salvação.
Jesus, voltando-se para seus doze
discípulos, perguntou a eles se também gostariam de se retirar... Porém, tomando
a frente dos demais, Pedro com os olhos marejados pela emoção, lhe respondeu:
Senhor, para onde nos iriamos
agora? Só tu tens as palavras de vida eterna...
Ainda hoje, Jesus continua nos
convidando a tomar parte deste banquete, onde o “Pão da Vida” é servido
gratuitamente e em abundância. Felizes são aqueles que tomam parte do seu
corpo, participando da celebração da Santa Ceia, comendo e bebendo em memória
do Cristo Ressurreto. Afinal, não pode existir aliança maior do que o próprio
sangue, nos unindo em espírito com Deus.
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