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terça-feira, 8 de setembro de 2015

Biografias: Alexander Duff




Alexander Duff (1806-1878) foi um missionário presbiteriano escocês enviado à Índia. Ele foi o primeiro missionário enviado além-mar pela Igreja da Escócia e que se notabilizou porque, na evangelização de hindus e muçulmanos, criou uma estratégia que, mesmo tendo sido mal compreendida inicialmente, terminou sendo popularizada por missionários de todo o mundo.

O missionário escocês era um homem que havia se preparado teológica e secularmente para servir a Deus. Era piedoso e um exímio ensinador. Porém, ao chegar à Índia em 1830, encontrou dificuldades para ganhar vidas para Cristo. As comunidades hindus e muçulmanas eram, à época, extremamente fechadas e Duff não sabia como penetrá-las com a mensagem do Evangelho. Até que, depois de perceber que as crianças indianas não estavam recebendo ensino adequado nas escolas Bengali, ele orou a Deus e sentiu da parte do Senhor a aprovação para criar uma escola diferente para hindus e mulçumanos na Índia. Nela, eles teriam educação de qualidade, aprendendo as ciências de forma a não deixar a desejar a nenhuma instituição de ensino européia, e também seriam apresentados a princípios da fé cristã.

A escola de Duff começou com cinco alunos, mas chegou rapidamente a 300. Ela atraía principalmente pais da elite indiana desejosos a dar a seus filhos uma educação de melhor qualidade, mas sem precisar enviá-los à Europa. A educação era em inglês. Na escola, os alunos primeiro aprendiam o inglês para depois estudarem as demais matérias.

Apesar do sucesso da instituição, que influenciou o governo indiano a mudar a sua política educacional no país, investindo em um ensino de melhor qualidade, Duff chegou a ser criticado por seus irmãos em Cristo na Escócia porque sua estratégia de envagelização por meio de uma instituição de ensino secular dera poucos resultados. Em três anos de fundação da escola, só quatro indianos haviam se convertido. Mas, Duff prosseguiu. Sua visão era de que suas escolas (em pouco tempo, abriria outras) acabariam minando a resistência entre os hindus e muçulmanos aos ocidentais e, assim à mensagem do Evangelho.

Depois de anos de ensino e milhares de alunos, o missionário voltou à Escócia deixando na Índia uma igreja com 33 membros. Aos olhos humanos, foi considerado, por muitos, ineficiente. Entretanto, os anos seguintes provariam o contrário. Depois da morte de Duff, alguns de seus alunos, por serem de alta classe social, pessoas de grande influência na sociedade indiana, começaram a ganhar muitas vidas para Cristo. Assim, o Evangelho começou a se propagar na Índia, conquistando milhares de vidas, e o aparente fracasso se mostrou, mais à frente, uma vitória. Tanto que outros missionários passaram a imitá-lo mundo afora, acrescentando à sua atividade evangelizadora a fundação de instituições de ensino nos países onde eram enviados para evangelizar.

O missionário escocês na índia, Alexander Duff, regressou à sua pátria para morrer lá, depois de uma árdua luta. Em uma reunião em sua igreja, pregava, e apelava aos seus patrícios que se apresentassem para o prosseguimento da obra. Ninguém atendia ao seu apelo. Insistia. Nada. Empolgado, desmaiou e foi levado para fora.

0 médico que o atendeu examinava o seu coração, quando repentinamente, Alexandre abriu os olhos, dizendo:

- Eu preciso voltar ao púlpito. Preciso continuar o apelo.

- Fique calmo - aconselhou o médico. O seu coração está muito fraco.

Mas o velho missionário não se conformou. Voltou ao púlpito e continuou o apelo:

- Quando a rainha Vitória convidou voluntários, centenas de jovens se apresentaram. Mas quando o rei Jesus chama, ninguém quer atender. Será que a Escócia não tem mais filhos para atender ao apelo da Índia? - frisou ele.

Esperou um pouco em silêncio e  não houve resposta. Depois disse:

- Muito bem. Se a Escócia não tem mais jovens para enviar para a Índia, eu mesmo irei novamente, para que o povo dali saiba que pelo menos um escocês ainda se preocupa com eles.

Quando o veterano soldado de Cristo deixou o púlpito, o silêncio foi quebrado por uma multidão de jovens que se apresentaram:

- Eu vou! Eu vou! Eu vou!

Depois do falecimento de Duff, muitos daqueles jovens foram para a Índia, dedicando suas vidas à obra missionária.




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