Texto Áureo
Atos 9:39
Pedro atendeu e foi com
eles. Tendo chegado, conduziram-no para o cenáculo; e todas as viúvas o
cercaram, chorando e mostrando-lhe túnicas e vestidos que Dorcas fizera
enquanto estava com elas.
Verdade Aplicada
Dorcas era tão útil e
importante que seus irmãos de fé não puderam suportar a sua morte. Por isto,
Deus permitiu o retorno à vida de Dorcas.
Texto de Referência
Atos 9:36-37,
40- 41.
E havia em Jope uma
discípula chamada Tabita, que, traduzido, se diz Dorcas. Esta estava cheia de
boas obras e esmolas que fazia.
E aconteceu, naqueles
dias, que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num
quarto alto.
Mas Pedro, fazendo sair
a todos, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita,
levanta-te. E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se.
E ele, dando-lhe a mão,
a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva.
A religião pura e imaculada
Tiago 1:27 afirma que a verdadeira
religião, pura e imaculada, consiste em amparar os necessitados. A igreja
primitiva se empenhava vigorosamente em ser leal a esta vocação, e Lucas, não
apenas ressalta a latente fraternidade eclesiástica (Atos 2:42-47), como faz
questão e citar nominalmente alguns irmãos engajados na pratica da
generosidade, como foi o caso de Barnabé (Atos 4:36-37) e Dorcas (Atos
9:36-39). Sabemos que a salvação não é obtida por boas obras, e sim por fé em
Cristo Jesus, já que é um favor imerecido derivado da graça (Gálatas 2:16).
Porém, é fundamental que o cristão viva uma vida onde a prática de boas obras
seja uma atividade constante, isso porque uma fé que não é colocada em
exercício torna-se letárgica, obsoleta e por fim, acaba morrendo (Tiago
2:24-26). Parte importante de nossa pregação é exatamente aquilo que fazemos, e
Paulo exorta aos irmãos da cidade de Colossos que tanto suas “palavras” e suas
“obras” deveriam ser embasadas no nome do Senhor Jesus, dando por ele graças ao
Deus Pai (Colossenses 3:17). De fato, aquilo que fazemos grita tão alto que as
vezes, nossas palavras sequer são ouvidas.
O cristão é uma carta aberta,
escrita e enviada ao mundo afim de que os homens possam ler sobre o amor e a
misericórdia de Deus (II Coríntios 3:2). É olhando para nossas vidas que o
ímpio poderá ter uma prova clara do poder transformador do evangelho, e
observar como uma vida dedicada ao Senhor é abundante de paz e felicidade.
Jesus nos revelou que aquele que nele cresse, se tornariam em um manancial de
águas vivas (João 7:38). Isso implica em dizer que o cristão deve ser uma fonte
de generosidade e amor, sempre disposto a estender sua mão ao próximo,
independente de quem ele seja. A fé é a estrada que nos conduz ao céu, e nossas
obras são pedras que pavimentam este caminho. A fé de um cristão é como uma luz
intensa que irradia em meio as trevas deste mundo, mas suas obras são como
luzes de neon, que piscam incessantemente, fazendo com que até os olhares mais
dispersos sejam atraídos para ela. A igreja primitiva entendeu está verdade e
transformou a caridade em sua bandeira de luta, tendo a amor a Deus e ao
próximo como o epicentro de sua existência. Neste contexto, Dorcas é apenas a
ponta do iceberg.
Ela era uma mulher generosa, que
mesmo depois da morte, colheu frutos gloriosos por suas excelentes obras, sendo
o primeiro caso de ressurreição depois da ascensão de Jesus. O milagre
aconteceu porque os irmãos da cidade de Jope (principais beneficiados pela
bondade de Dorcas), se mobilizaram em clamor, recorrendo a Pedro para que este
orasse pelo “improvável” milagre. E o milagre aconteceu. Boas obras dão início
a um ciclo glorioso de bem-aventuranças que nem mesmo a morte pode interromper
(I Timóteo 4:7). Pensar no próximo antes de nós mesmos pode ser a chave para as
nossas maiores conquistas. Jó passou cerca de 40 capítulos tentando encontrar
respostas para suas mazelas e tragédias pessoais, e neste tempo, sua situação
continuou caótica e sem solução. Mas bastou “um” versículo orando pelos seus amigos,
para que seu cativeiro fosse virado e a restituição batesse em sua porta (Jó
42:7).
Dorcas - Uma discípula notável
A ajuda prestada a
outros mostra que a Palavra de Deus está na vida do servo de Deus. O cuidado
com as necessidades diárias das pessoas prepara o solo do coração delas para
que a Palavra de Deus crie raízes. Dorcas era fervorosa e abnegada. Para ela,
tudo era fácil. Ela não contava o tempo, nem media esforços. Não barganhava com
a s pessoas, nem com Deus. O que ela tinha não era absolutamente dela e sentia
um prazer tremendo em ajudar os outros, em deixar os outros felizes. Dorcas era
uma pessoa que procurava sempre elevar o espírito e o ânimo daqueles que a
rodeavam. Ela sabia como suprir as necessidades de cada um. Era extremamente
caprichosa e tudo quanto fazia refletia sua beleza interior. Para Dorcas, ser
cristã era uma aventura nova a cada dia. Na verdade, ela não era assim antes de
sua conversão. Foi Jesus que implantou nela essa vida abundante e, todos
aqueles que conviviam com ela, podiam beber dessa fonte de água viva que fluía
do seu interior. Ela era verdadeiramente a mulher virtuosa (Provérbios 31:10).
Ela era uma discípula notável. Onde Dorcas colocava as mãos, ficavam as marcas
de sua graça e beleza interior. Sua dedicação nos leva a uma introspecção sobre
nosso próprio primeiro amor com Jesus. Será que Dorcas não lembra um pouco nós
mesmos? Não sentíamos uma alegria transbordante por ler a Palavra de deus,
orar, poder ir aos cultos, poder estar com os irmãos, ajuda-los em suas
necessidades, poder contribuir, ser consolo e esperança para as pessoas? Tudo
na nossa vida possuía brilho muito intenso e sentíamos um gosto muito grande
pela vida e era verdadeiramente feliz. Essa Tabita ou Dorcas está ainda
conosco?
Em Atos 9:36 a Bíblia
diz que Dorcas era uma “discípula” – uma pessoa da Igreja que se dedicava a
aprender e viver os ensinamentos de Jesus Cristo. Após sua morte, um grupo de
discípulos teve a ideia de mandar chamar o apóstolo Pedro que estava em Lida,
cidade vizinha a Jope, cerca de 14 Km de distância (Atos 9:38). No decorrer do
texto, os discípulos são chamados de “os santos” – separados para Deus (Atos 9:41).
Assim, Dorcas era uma discípula de Jesus, fazia parte de uma comunidade de
santos e tinha o testemunho de todos, especialmente de um grupo de viúvas, do
quão bondosa e prestativa ela era. Dorcas era uma serva de Deus que revelava
compromisso com o Mestre, sendo chamada de
discípula. A palavra que a descreve é “matheria” usada somente no Novo
Testamento e significa discípulo feminino. Dorcas nos desafia a também sermos
servos discípulos de Jesus em nosso tempo e em nossa geração. Como tem sido
nosso modo de vida como servo(a) do Senhor? Temos sido cristãos devotados e
dedicados ao Senhor? O Mestre pode nos confiar como discípulos as tarefas e o
cuidado de pessoas e de sua obra?
Dorcas é um exemplo na
Bíblia de como devemos viver nossas vidas. A Palavra de Deus afirma que há
pessoas de quem “o mundo não é digno” (Hebreus 11:38). Ou seja, gente especial,
útil, que dignifica a existência humana. Prova disto é que a igreja em Jope
decidiu buscar em Deus algo até então inédito: a ressurreição da discípula
morta. Inédito porque, desde que Jesus fora para o céu, este milagre ainda não
havia acontecido. Será que ainda podemos achar pessoas das quais o mundo não é
digno? Sem dúvida, nos nossos dias ainda vivem pessoas que obedecem a uma ética
superior. Elas não vivem o “olho por olho, dente por dente” que tem regido a
humanidade por gerações. Quando ofendidas, perdoam. Quando ameaçadas, decidem
orar. Coisas assim soam como loucura aos ouvidos de uma geração que tem provado
de um mundo perverso. Nem por isso deixam de ser verdadeiras. Este mundo não é
digno dos peregrinos porque eles não andam segundo os seus “brutais costumes”,
mas obedecem à lei do amor.
O exemplo de fé e obras
O cristão não pode viver
uma vida de fachada. O cristão deve incluir em sua conduta de vida a oração, a
Palavra de Deus, as boas obras e a fé. É preciso entender que o exercício da fé
deve ser demonstrado com obras para ser genuíno (Tiago 2:21-22). A irmã Dorcas
nos deixou essa excelente lição: uma vida de fé cheia de boas obras (Tito 2:14).
É bem certo que Dorcas ajudava muito as pessoas que precisavam dela e doou
bastante de si mesmo. Havia muitas viúvas que não tinham agasalhos e roupas e
Dorcas recolhia os tecidos e fazia túnicas ou vestidos para elas. Dorcas também
ajudava os mais pobres, que não podiam comprar nem os tecidos e fazia roupas
para eles. Essa valorosa mulher nos desfia a deixarmos as teorias a respeito de
amar a Deus e amar ao próximo e colocarmos em prática o cuidado pelas pessoas.
O amor ao próximo inclui o esclarecimento fraterno, a todo tempo em que se faça
útil e necessário.
Aprendemos com esta
passagem bíblica que Dorcas era uma serva que ajudava financeiramente os mais
pobres. Ela expressava sua piedade e amor ao Senhor cuidando dos mais
necessitados. Muitas pessoas ganharam de presente de Dorcas as roupas de que
precisavam e gostavam muito dela. Dorcas amava ao Senhor Jesus e fazia tudo com
amor e boa vontade. A lição que podemos extrair da vida desta abnegada mulher é
que, sempre que fazemos alguma coisa, devemos fazer com amor, porque fazemos
para o Senhor. Essa generosa serva do Senhor nos desfia a amarmos mais a Deus e
as pessoas do que ao dinheiro ou aos bens materiais (Mateus 6:33). Como tem
sido o seu ministério como servo(a) do Senhor neste tempo. Você tem se
envolvido regularmente na prática de boas obras? Você tem gasto seu tempo,
recursos e talentos para abençoar os menos favorecidos? AS pessoas que têm
necessidades podem contar com a sua ajuda? Você tem um coração generoso para
ofertar? Você tem um coração obediente para dizimar?
O mundo já se esqueceu
de muitas coisas que aconteceram, mas as obras de Dorcas sempre serão
lembradas, pois são citadas na Palavra de Deus (I João 217). A ferramenta de
Dorcas era uma agulha com a qual trabalhava para vestir os pobres. A discípula
que pregava o evangelho com a agulha era Dorcas e fazia isto porque amava Jesus
e amava os pobres. A nossa pregação somente por meio de palavras pouco vale. Se
amamos a Jesus nunca nos esqueceremos da beneficência (Hebreus 13:16),
principalmente para com os domésticos da fé (Gálatas 6:10). Não importa qual
seja nosso dom. O que importa é saber manejá-lo bem, para o progresso do Reino
de Deus e não para nosso próprio interesse. Dorcas usava seu talento com a
maior graça. Após sua ressuscitação, certamente Dorcas voltou a servir às
viúvas, aos órfãos e todos que necessitavam dela. Ela poderia interromper seu
ministério, mas seu amor pela obra de Deus nos permite concluir que ela
continuou servindo ao Senhor com alegria (Salmo 100:1). Será que as nossas
obras são tais que na nossa saída deste mundo, a Igreja sentirá tanta falta a
ponto de chorar? Entre um pequeno grupo de seguidores de Jesus, um milagre
aconteceu e isto trouxe gozo indescritível para todos. Como será então quando
ocorrer o arrebatamento? A ressurreição de Dorcas foi um milagre de Deus, o
mesmo Deus que servimos. Ele não mudou. Deus fez o choro se tornar alegria.
A beleza do “servir”
Em Romanos
12:3-8, o apostolo Paulo identifica alguns ministérios vitais para a
funcionalidade da igreja. Alguns, por seu exercício público, acabam sendo
erroneamente mais valorizados que outros. Mas quando pesados na balança, todos
têm relevância singular. Por exemplo, é dito que Deus dá a alguns membros do
Corpo de Cristo uma capacitação especial para exercer “serviço” ou
“auxilio”. São exatamente aquelas
pessoas que sentem prazer em servir aos demais, trabalhando para o Senhor e
para a congregação com zelo irrestrito e alegria espontânea. É neste seleto grupo,
por vezes tão injustiçado, que encontramos os voluntários que acordam cedo para
dar plantão na igreja sem receber nada por isto, os que se mobilizam em faxinas
ao templo, os que oferecem seus carros para o transporte dos irmãos, os que nas
festas e eventos são sempre encontrados na coxia, na cozinha ou nas barracas,
são os que nunca aparecem nas fotos, pois estão sempre atrás da máquina
fotográfica. Pessoas que mesmo sem remuneração alguma, se satisfazem em
alegremente contribuir com mão de obra e boa vontade, ainda que seu trabalho
por vezes se quer seja notado pela grande maioria. São pessoas que Deus
capacita para o artesanato, para a música, para o entretenimento, para a
gastronomia e tantas outras atividades que exigem emprego de tempo e
habilidades, mas que por ser exercida em voluntariedade não produz qualquer
lucro, tendo como paga por revertem suas “aptidões” em prol da igreja na qual
servem, apenas o sorriso de uma criança ou o simples “obrigado” de seu pastor.
Como seu trabalho é feito em singeleza e discrição, já que não visa status ou
reconhecimento, por vezes estes “trabalhadores” incessáveis nos passam
desapercebidos, e só os valorizamos realmente quando já não se encontram em
nós.
Outros
irmãos têm usado como ferramenta ministerial o próprio bolso. Obviamente,
ofertar e dizimar são deveres de todo cristão, mas é inegável que Deus tem
usado sobrenaturalmente pessoas específicas que se alegram em ofertar com
regularidade acima da grande maioria. Essas pessoas são facilmente
identificadas, pois encabeçam a lista de doações e “puxam” a fila em campanhas
que envolvem algum tipo de contribuição financeira. Dão sem esperar receber
nada de cunho material em troca e são vitais para o sustento da obra, atuando
com ofertas alçadas para o suprimento das vicissitudes da congregação, com
ofertas voluntárias para amparo dos necessitados e ofertas especiais para ações
empreendedoras da igreja. Paulo
aconselha que estes continuem doando em generosidade, pois quem planta no Reino
de Deus, tem colheitas fartas (Romanos 12:8).
Exercer a
misericórdia também é obrigação de todo cristão, afinal, apenas os
misericordiosos alcançaram misericórdia (Mateus 5:7). Mas existem pessoas na
igreja com afabilidade e sensibilidade acima da média. São pessoas que dedicam
suas vidas a cuidar dos necessitados, pois não conseguem viver em plena
felicidade se há alguém sofrendo ao seu redor. Por isso preocupam-se mais com
os outros do que consigo mesmo e vivem em prol de dessas pessoas, não medindo
esforços para dentro de suas possibilidades (e até nas impossibilidades) salvar
vidas através de gestos fraternais e hospitalidade. Ser hospitaleiro significa
acolher em casa por caridade ou cortesia pessoas, sejam conhecidas ou não. Dificilmente
alguém abre as portas de sua casa para dar guarida a um completo desconhecido,
e isto nada tem a ver com ser bom ou não, mas sim com o fato de cuidar e
proteger da própria família. Por isso ao longo da história, Deus tem levantado
pessoas que se dedicam a receber e cuidar dos cansados da viagem (ou da vida),
dando lhes guarida, proteção, alimento, cama e acima de tudo dignidade. Alguns
abrem suas próprias casas, outros dedicam sua vida em albergues, centros de
reabilitação, ONG`s e cozinhas comunitárias, fazendo o bem sem olhar a quem.
Pessoas assim, receberem uma graça especial de Deus, uma capacitação
sobrenatural para ver além das aparências e ajudar a quem os outros desprezam,
e isto, meus irmãos, é um DOM de Deus. O
escritor da carta enviado aos judeus espalhados pelo mundo deixou um conselho
tão revelador, que trouxe uma verdade surpreendente sobre a importância de se
exercer a hospitalidade: “Conserve-se entre vós a caridade fraterna. Não vos
esqueçais da hospitalidade, pela qual alguns, sem o saberem, hospedaram anjos.
Lembrai-vos dos encarcerados, como se vós mesmos estivésseis presos com eles. E
dos maltratados, como se habitásseis no mesmo corpo com eles”. (Hebreus 13:1-3)
Através da ressuscitação
de Dorcas, muitas vidas foram sacudidas de seu sono interior e se entregaram a
Jesus. Aquele lugar de luto voltou a ser lugar de vida; um lugar de festa. Onde
Deus está operando, torna-se um lugar bom para se viver. Todos querem estar
onde o poder de Deus é sentido. O capítulo 21 do segundo livro de Crônicas
apresenta para nós a história de Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá. Este
monarca foi tão maligno e cruel que morreu sem deixar saudades em ninguém (II
Crônicas 21:20). Em contraste com a história de Jeorão, a virada de Dorcas foi
bem diferente. Ela era discípula, santa e amorosa. Sua morte trouxe profundo
pesar à Igreja. Ela era tão querida e estimada que enviaram emissários até o
apóstolo Pedro para que viesse urgentemente a Jope. Eles criam na ressurreição
daquela serva preciosa. Se havia alguém digno de tal milagre, este alguém era
Dorcas. Como é triste alguém morrer e, simplesmente, os seus familiares,
esquecerem dele. As histórias de Jeorão e Dorcas servem como exemplo para que
possamos avaliar nossos procedimentos, afinal, todos nós temos um legado em
nossa vida. Construímos nossa história todos os dias, seja com boas ou más
obras. Todos nós um dia partiremos. Será que deixaremos saudades?
Pedro foi um discípulo
aplicado de Jesus. Ele procedeu exatamente como o Mestre na casa de Jairo (Mateus
9:25). O apóstolo pediu que todos saíssem do quarto, a fim de interceder e
exercer a fé no nome de Jesus. Ele sabia que a incredulidade impede a obra de
Deus (Hebreus 3:12; 4:11). Para que o milagre seja notório e muitos possam crer
no agir de Deus (Atos 9:42), a incredulidade precisa ser urgentemente afastada
do nosso meio. Somente assim, o Senhor terá a liberdade de manifestar o Seu
poder e a fé de muitos será despertada (Mateus 13:58). A fé é a virtude que mais
nos traz paz de espírito, pois é companheira inseparável da paciência e da
aceitação, imprescindíveis para passarmos pelos sofrimentos e tribulações de
nossa jornada terrena.
Três fatores foram
essenciais para que o milagre ocorresse. Primeiro, o poder da compaixão. Este
fez com que Pedro tomasse uma atitude e assim houve uma reviravolta no
episódio. Se Pedro não tivesse se deixado afetar pela dor daquelas viúvas,
Tabita teria sido sepultada. Segundo, o poder da oração. Por quê? Porque por
melhores que sejam nossos desejos, eles não têm o poder de mudar as coisas. Por
isso, Pedro precisava orar. Pedro mandou que todos saíssem, o sonho era dele e
portanto, a luta em oração era dele. Por último, o agir pela fé. Pedro não orou
e ficou esperando desconfiado para ver o que iria acontecer. Uma vez convicto
de que Deus ouvira sua oração, ele começou a agir, ordenando àquele corpo
inerte que se levantasse. Deixe-se comover pela perda das coisas boas. Não
aceite pacificamente suas derrotas interiores. Deixe-se comover pelo vazio que
a perda do seu primeiro amor por Jesus deixou em você e na vida daqueles que
estão ao seu redor. Que esse sentimento o leve a sonhar uma Tabita
ressuscitando da morte. Sem deseja ter de volta Dorcas dentro de si, ore a
Deus, pedindo que a ressuscite. Não espere que outro faça isso por você. Faça
você mesmo. Somente você mesmo pode sentir exatamente sua compaixão, e
expressar exatamente seu sonho a Deus. Temos o direito de pedir a Deus, que Ele
devolva a vida à discípula, cujo nome era Dorcas e que era notável pelas
esmolas e pelas boas obras que fazia. Você deve fazer isso, porque isso é
agradável a Deus e Ele quer ressuscitar Dorcas dentro de ti. Então, em um passo
de fé, dê a mão a você mesmo e ordene que Dorcas se levante, no poder de Deus.
A Igreja adiou o
sepultamento da amada discípula Dorcas na esperança da intervenção divina. O
apóstolo Pedro havia pouco tempo antes curado o paralítico Enéas e os devotos
cristãos esperavam que ele, através da oração e da fé, restituísse a vida de Dorcas
na autoridade do nome de Jesus.
Estar em
Cristo e ser fiel, não imuniza ninguém de enfrentar os dias maus, as crises
financeiras e o tempo de escassez. Dizer que o crente não pode passar por
necessidades é contrariar a Bíblia (Salmo 34:19). Nas horas difíceis, porém,
Deus sempre abrirá uma porta de escape e providenciará um socorro, e esta
provisão chegará através de mãos humanas. Por isso Deus capacita pessoas para
desenvolverem trabalhos sociais dentro da sociedade eclesiástica, a fim de
socorrer o necessitado e alimentar ao faminto. Alguma vez você já recebeu a
ligação de alguém da igreja pedindo sua ajuda para montar uma cesta básica que
irá levar alimento a mesa de uma família carente? Possivelmente do outro lado
da linha havia alguém que até mesmo sem saber, estava fazendo valer um dos mais
belos Dons concedidos a igreja: O Dom de Socorro. Neste caso, alguém é
levantado para liderar essa “esquadra de salvação”, porem cabe a todo o
cristão, a obrigação de contribuir e ajudar, repartindo o que temos com os
irmãos necessitados (Atos 2:42-47). Dorcas tinha como ferramenta de sua
generosidade suas mãos ágeis e talentosas e uma agulha afiada que nunca cessava
de trabalhar em prol dos necessitados. Quantas noites aquela mulher passou em
claro, sem conseguir dormir antes de cozer túnicas para as crianças de sua
comunidade, por saber que o inverno estava chegando. Sua benevolência e
preocupação com os demais criou entre Dorcas e os irmãos de Jope um vínculo tão
profundo que só pode existir nas melhores famílias.
No grego
neo-testamentário, “fillos” ou “fileo” é o termo que descreve um amor que une
pessoas sem vínculos familiares, tornando-as em irmãos. Sem exercer este amor,
a igreja estaria fadada ao fracasso, pois se desmancharia em intrigas e
vaidades. O apóstolo Paulo sabia que entre tantas pessoas, seria difícil
cultivar um vínculo tão profundo com todos os irmãos de fé, por isso aconselhou
a igreja em Éfeso de que se não fosse possível amar, que “suportassem uns aos
outros em amor” (Efésios 4:2). Isso os levaria a agir em prol um dos outros,
mesmo que entre eles ainda houvesse algum tipo de divergência. Certamente, nem
todos estão inclinados a agir com tamanho altruísmo, então se faz necessário
que os cristãos compromissados com esta causa, de modo algum se deixem
corromper pela omissão, antes sendo zelosos em tudo. Mas além de cuidar de
pessoas, também precisamos zelar pela Casa de Deus.
Ser
remisso é ser negligente, tardio para fazer e vagaroso. Todos devemos ser
zelosos nos diversos aspectos da nossa vida e tal zelo deve ser redobrado ao
lidarmos com a obra do Senhor. Há, porém, entre os membros da igreja, aqueles
que são mais preocupados em zelar pelo “patrimônio” de Deus que a grande
maioria. Pessoas que ao verem, por exemplo, um copo descartável deixado no
banco da congregação correm para retirá-lo, ou procuram logo a vassoura para
limpar uma sujeira no chão que muitos passaram por cima antes. Pequenos gestos
como esses, identificam pessoas que são capacitadas pelo Senhor para zelar de
sua obra em aspectos onde outros são displicentes ou negligentes, e isso é DOM
de Deus. Aqueles a quem o Senhor confiou tal Graça, devem fazê-lo sem demora,
pois provavelmente outros não farão.
Participe da EBD deste domingo, 13/09/2015, e descubra você também o maravilhoso poder de Jesus Cristo e o segredo do sucesso apostólico.
Participe da EBD deste domingo, 13/09/2015, e descubra você também o maravilhoso poder de Jesus Cristo e o segredo do sucesso apostólico.
Material Didático:
Revista Jovens e Adultos nº 96 - Editora Betel
Comentarista: Pr. Abner de Cássio Ferreira
Sinais, Milagres e Livramentos do Novo Testamento
Lição 11
Lição 11
Comentários Adicionais (em verde):
Pb. Miquéias Daniel Gomes
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