Texto
Áureo
II
Coríntios 4:11
E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de
Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal.
Verdade
Aplicada
A provação é a porta de uma grande oportunidade para os que estão na
direção de Deus.
Textos de
Referência
Atos 27:9;
11; 20-21
E, passado muito tempo, e sendo já perigosa a navegação, pois, também o
jejum já tinha passado, Paulo os admoestava,
Mas o centurião cria mais no piloto e no mestre do que no que dizia
Paulo.
E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo
sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos
salvarmos.
E, havendo já muito que não se comia, então Paulo, pondo-se em pé no
meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó senhores, ter-me ouvido a mim
e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perda.
De perseguidor a perseguido
Saulo era
um proeminente fariseu, nascido na cidade de Tarso (Ásia Menor), onde hoje se
localiza o sul da Turquia. Membro destacado do sinédrio e mestre da lei
instruído aos pés de Gamaliel, desde muito cedo tomou parte dos rituais e
costumes judaicos, já que sua família descendia da tribo de Benjamim (embora
tenha herdado de seu pai o título de cidadão romano). Zeloso pela lei mosaica e
defensor irredutível da religião judaizante, Saulo viu no crescente da “seita
dos nazarenos” uma ameaça real aos preceitos que acreditava. Motivado pelo
precedente aberto com a morte de Estevão e valendo-se de seu prestígio junto a
elite religiosa de seu tempo, Saulo conseguiu a autorização de perseguir,
prender e até matar os cristãos, alegando que os mesmos blasfemavam contra a
lei e contra Deus. Porém, esta iniciativa bárbara, partiu de um coração determinado
a defender sua fé até as últimas consequentes, e, portanto, Saulo empenhava-se
virtuosamente em sua missão, certo que estava realizando um trabalho para o
próprio Deus, eliminando da terra uma ideologia perniciosa e herética. Saulo
descobriu que um grande contingente de cristão estava atuando na cidade de
Damasco, e imediatamente solicitou permissão para intervir ali. Porém, no meio
do caminho, Ele teve sua vida transformada por um encontro glorioso, já que o
próprio Cristo lhe interceptou. O jovem rabino avistou uma luz tão intensa, que
não apenas o fez cair de seu cavalo, como também cegou seus olhos. Do meio do
clarão, ouviu uma voz que lhe questionou: - Saulo,
Saulo... Por que estás me perseguindo? Ele, atônito e assustado procurou
imediatamente saber quem lhe falava, e a resposta que ouviu o surpreendeu
grandiosamente: - Eu sou Jesus.... Aquele
que você persegue!
Assim que
tomou conhecimento que o Jesus dos cristãos, era o Deus que tanto amava, Saulo
sujeitou sua vida a vontade de seu Senhor, seguindo passa a passo cada
ordenança recebida. Por três dias continuou cego, sendo acolhido na casa de um
cristão chamado Judas. Manteve-se em jejum e oração, até que Ananias foi
enviado para lhe impor as mãos, e neste mesmo instante, além de recuperar sua
visão, Saulo foi batizado com o Espirito Santo. Imediatamente começou a
pregar o mesmo evangelho que tanto buscou destruir. Isso causou uma grande
turbulência na cidade, e o perseguidor passou a ser perseguido, tendo que fugir
de Damasco. Apenas três anos depois de sua conversão ele voltaria a Jerusalém
por indicação de Barnabé, sendo discipulado por Pedro e Tiago, o irmão de
Jesus. Retornou a sua cidade natal, onde permaneceu pregando naquela região,
até que Barnabé o convidou para trabalhar com ele na igreja de Antioquia.
Antioquia
era uma igreja diferente, pois abrigava centenas de “gentios” convertidos. Foi
a primeira comunidade “missionária” subsidiando as viagens missionárias de
Saulo, que agora, assumindo definitivamente o ministério de “apóstolo dos
gentios”, passou a usar a grafia romana de seu nome: Paulo. Ao todo, ele
realizou três viagens com propósitos missionários, onde fundou grande parte das
igrejas neo testamentárias, sendo que seus escritos para algumas delas estão no
canon sagrado. Levar a palavra de Jesus ao máximo de pessoas possível se tornou
o lema e o objetivo da vida de Paulo, que não media esforços para alcançar as
almas nas regiões mais longínquas da terra. Nos anos em que atuou como
missionário, Paulo enfrentou todo tipo de afronta e perseguição, experimentou
privações extremas, vivenciou desprezo, solidão e escárnio. Em II Coríntios
11:23-28, um breve resumo de suas agruras é realizado durante a defesa de seu
apostolado ante a caluniadores: São
ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito
mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte,
muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três
vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri
naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em
perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em
perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no
mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias
muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez. Além das coisas exteriores, me oprime cada
dia o cuidado de todas as igrejas. Em tudo, porém, Paulo se sentia
fortalecido em Deus e combatia o bom combate da fé. Depois de ser preso em
Jerusalém, Paulo abriu mão de sua liberdade pela chance de pregar em Roma, um
antigo desejo seu, mesmo que para isso, tivesse que chegar ali algemado como
um prisioneiro.
Os ventos
e a vontade de Deus
A poderosa pregação de Paulo feriu o ego dos religiosos judeus de sua
época. Por esse motivo, eles o levaram a prisão e lá se amotinaram para acabar com
sua vida. Mas Paulo testemunhava aos grandes com graça e unção. Não existe nada
que não esteja sob o controle e a direção do Altíssimo. Mesmo quando algo dá
errado para nós, Deus jamais perde a rédea. Quando ainda estava preso, o Senhor
apareceu a Paulo e lhe disse para não temer porque como testificou em
Jerusalém, o faria em Roma (Atos 23:11). Paulo estava tão decidido a cumprir a
ordem do Senhor que pôs em jogo a própria vida para consegui-lo. Ele teve a
oportunidade para ser liberto. Mas a recusou em troca da oportunidade de
aparecer diante de César, a quem havia apelado. Foi uma escolha que ele fez
unicamente em prol do Evangelho (Atos 26:31- 32). Para ele não havia perigo em
sofrer dano algum em qualquer tempestade. A vontade de Deus era que testificasse
em Roma e Deus estava no controle. Do ponto de vista humano, Paulo era um
prisioneiro no navio. Para Deus, o apóstolo era o capitão e os demais eram os
prisioneiros (Atos 27:21-26, 30, 31-34). Félix foi substituído por Festo e,
vendo que Paulo não lhe oferecia propina para ser liberto da prisão, o deixou
confinado por mais dois anos para ganhar prestígio entre os judeus (Atos 24:26-27).
Paulo não sabia o que enfrentaria para executar a missão, mas Deus já lhe
assegurara que estava com ele. Ressalte para eles que a experiência era como um
símbolo de que Paulo vivia desde que foi preso em Jerusalém. Ele navegava num
mar tempestuoso de aflições havia dois anos! Deus, porém, estava ao seu lado
nessa tempestade como em todas as demais (Atos 23:11 / 27:22- 23).
Não é de hoje que as pessoas confiam mais nas conclusões de peritos e
nas ciências do que nas advertências de homens de visão espiritual (Atos 27:11).
Devemos ter em mente que a ciência, divorciada do temor de a Deus, pode
destruir sociedades civilizações inteiras. Paulo já havia passado por três
naufrágios (II Coríntios 11:25), tinha sensibilidade e discernimento, sabia que
algo não estava bem e alertou para o problema. Se existe uma coisa que jamais
seremos privados é de sinais de aviso. Podemos viver coma desculpa de que o
inimigo nos enganou ou com a certeza de que lhe abrimos a porta. Mas uma coisa
é certa: “Deus não nos deixara enganados” (Salmo 25:3 / Amós 3:7 / João 7:17). Há
muitos anos, o mundo está confiando totalmente nas ciências. De maneira geral,
o povo tem confiado mais em conclusões de peritos nas ciências do que nas
advertências dos homens de visão espiritual. Porém, tem sido comprovado que a
ciência, divorciada do temor a Deus, pode destruir sociedades e civilizações
inteiras.
Comparando a ambos, vemos que Jonas fugia de uma chamada; Paulo viajava
para cumprir uma missão. Jonas se escondeu e dormiu durante a tempestade; Paulo
dirigia as operações e encorajava os passageiros. A presença de Jonas no navio
era a causa da tempestade; o navio em que Paulo viajava seria preservado de
todo dano se os tripulantes respeitassem seu aviso (Atos 27:9-10). Jonas foi
disfarçado a dar testemunho acerca de Deus (Jonas 1:8-9); Paulo, com boa
vontade e coragem, falou acerca da sua visão e do seu Deus. A presença de Jonas
no navio ameaçava vida dos gentios; a presença de Paulo era uma garantia para a
vida dos seus companheiros de viagem. Há muita diferença em atravessar uma
tempestade dentro e fora da vontade de Deus! A tempestade os impedia de ver o
sol e as estrelas, de modo que era impossível determinarem sua posição. A
situação parecia perdida e a razão de tudo isso foi porque um homem se recusou
a ouvir o mensageiro de Deus. Há momentos na vida em que, espiritualmente
falando, passamos por tempos sem “sol nem estrelas” (Atos 27:20) Ou seja, um
período de trevas espirituais. No entanto, seja qual for a causa, podemos ter
ânimo: o sol da espiritualidade voltará a brilhar.
O paradoxo com Jonas
Sem
dúvidas, a história de Jonas - “o profeta fujão” – é uma das mais conhecidas de
todo Velho Testamento. Desde a mais tenra idade, aprendemos em classes de EBD,
como este mensageiro de Deus, após ser incumbido de pregar a destruição de
Nínive, embarcou num navio que ia na direção contrária, fugindo para Tarsis.
Porém, no meio do caminho, enquanto Jonas dormia tranquilamente no porão, uma
tempestade de proporção épica se abateu sobre a embarcação. Os tripulantes
desesperados consideraram a tormenta como um presságio dos deuses e iniciaram
uma investigação entre os embarcados para saber quem havia causado tamanho
furor em sua divindade. Lançando sorte, chegaram a Jonas, que acuado, assumiu a
culpa pelo sofrimento de todos, e os aconselhou a lançarem-no no mar. Ali, um
grande peixe o engoliu e depois de três dias, lançou o profeta na praia que
tanto quis evitar, onde finalmente ele anunciou a mensagem de juízo. Saiu da
cidade, sentou se sobre uma pedra e ficou esperando a destruição. Mas não foi o
que aconteceu. Os moradores da cidade
temeram aquelas palavras e o rei ninivita conclamou um jejum de
arrependimento, afim de que o poderoso Deus de Israel tivesse misericórdia.
Homens, mulheres, crianças e até os animais deixaram de se alimentar, num
sacrifício vivo ao Senhor, buscando seu perdão e graça. Em resposta a esta ação
voluntária, Deus poupou a cidade.
Muitos
associam a fuga de Jonas ao medo, afinal, aquela não era uma cidade famosa por
dar um tratamento agradável a visitantes indesejáveis. Nínive foi uma das
maiores cidades da Ásia, tornando-se a capital do poderoso império Assírio.
Ganhou fama de sanguinária, pois era habitual que seus moradores invadissem e
saqueassem outras regiões, matando com requintes de crueldade seus
prisioneiros. Alguns métodos de tortura usais na cidade eram o decepamento de
membros (mãos, pés, orelha), o vazamento dos olhos, o escalpo (retirado do
couro cabeludo) e o depelamento (retirada da pele com a vítima ainda viva).
Matavam seus inimigos os serrando ao meio ou jogando sobre eles óleo
fervendo. Realizavam sacrifícios humanos
a deuses pagãos e viviam imersos em feitiçaria, erigindo pirâmides com a cabeça
de suas vítimas para demostrar seu poder. Mas, apesar de tudo isto, Jonas não
sentia “medo” de Nínive, mas a “abominava” com todas as forças de sua alma.
Quando Deus decidiu poupar a cidade, o profeta finalmente revelou o motivo de
sua negativa a ordem divina: - Ah! Senhor! Não foi esta minha palavra, estando
ainda na minha terra? Por isso é que me
preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus compassivo e
misericordioso, longânimo e grande em benignidade, e que te arrependes do mal. Peço-te,
pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver (Jonas
4:2-3).
Jonas se
negou embarcar para Nínive não por “temer” a maldade dos homens, mas sim por
ter certeza da misericórdia de Deus. Sua aversão pelos ninivitas era tão intensa,
que a simples ideia de que haveria uma chance de redenção, foi o suficiente
para leva-lo na direção oposta. Ele queria ver a cidade em ruínas e seu povo
exterminado, sem que qualquer possibilidade de perdão lhes fosse oferecida.
Como consequência desta atitude egoísta, Jonas quase naufragou, e só foi salvo
exatamente porque Deus é misericordioso. Em paradoxo, Paulo embarcou num navio
que o levaria para um calabouço frio em Roma, enfrentou uma tempestade que
levou o barco a pique e passou uma noite inteira no mar, exatamente para levar
a mensagem de salvação a uma terra que o condenaria a morte. Mas seu amor a
Deus e pelas almas, era maior que seu amor pela própria vida (Filipenses 1:21).
Perderemos
o navio, as almas jamais
Uma pessoa cheia do Espírito Santo pode ser a diferença até mesmo em um
naufrágio e Paulo foi esse homem. Ele estava ali para encorajar e comunicar a
maneira correta de como salvar toda a tripulação daquele navio. A crise não faz
a pessoa, a crise mostra do que a pessoa é feita e, normalmente, faz aflorar a
verdadeira liderança. Paulo repreendeu o centurião, o piloto e o capitão com
brandura por ignorarem a sua advertência. Em breve, descobriram que Deus
poupara todos eles somente por causa do Apóstolo. Às vezes, nos colocamos em
meio às tempestades pelos mesmos motivos: ficamos impacientes (Atos 27:9);
aceitamos conselhos abalizados, porém contrários à vontade de Deus, seguindo a
maioria e nos fiando nas condições “ideais” (Atos 27:13). Os tripulantes só
seriam salvos por causa da presença do apóstolo Paulo (Atos 27:22-24). O
teólogo inglês Joseph Parker disse que Paulo começou como prisioneiro, mas
terminou como capitão. O apóstolo “assumiu o controle” da situação quando ficou
evidente que ninguém mais sabia o que fazer. Paulo encorajou a tripulação e os
passageiros, ajudando-os de maneira sábia. Paulo compartilhou com eles a
revelação divina (Atos 27:22-26); e coordenou o evento de maneira correta e
calma (Atos 27:27-31).
Enquanto todos estavam vendo a morte, Paulo estava vendo anjos. Como a
fé nos acalma! Podemos dormir profundo no meio do rugido da tempestade e sonhar
com os anjos quando nosso coração está apoiado em Deus (Atos 27:24). Seus
mensageiros podem abrir caminhos por céus fechados e através de tempestades
violentas para socorrer aqueles que necessitam de seu auxílio (Atos 18:9, 10;
23:11). O navio e a carga se perderiam, mas os passageiros seriam poupados
porque Paulo tinha uma missão (Atos 27:23). Não se esqueça de lembrar aos
alunos os seguintes versículos, pois são uma bela confissão da demonstração de
confiança em Deus e de sua poderosa mão agindo. “Porque esta mesma noite o anjo
de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não
temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos
quantos navegam contigo” (Atos 27:23-24).
Como é gratificante estar na posição que Deus quer (Ezequiel 22:30).
Paulo, andando segundo o querer de Deus, em comunhão com Ele, tornou-se benção
para todos quantos atravessavam o perigo com ele. O navio, finalmente, encalhou
na praia de Malta, perto da Itália, onde começou a ser despedaçado pelas ondas.
Os soldados queriam matar os prisioneiros para evitar que fugissem, pois era
costume romano. A mão de Deus, porém, estava com o seu mensageiro. Júlio foi
impulsionado a poupar a vida de todos. Nenhum poder, nos céus ou na terra,
acabaria com Paulo enquanto Deus tivesse um plano especial para sua vida. Ele
pregaria o Evangelho em Roma (Atos
23:11; 27:24, 25). Conforme Paulo anunciou, todos escaparam ilesos. Havia
uma grande preocupação dos soldados para com os prisioneiros, pois, se um
prisioneiro escapasse, o soldado seria responsabilizado e passível de execução.
Mais uma vez, a presença de Paulo que salvou a vida deles. Como o Senhor havia
prometido, todos chegaram à praia em segurança e ninguém se
perdeu.
Vencendo
as tempestades
Existem situações que o Senhor nos coloca para fazer aflorar em nossas
vidas algumas qualidades e ações que, seguindo uma vida de fé simples, jamais
alcançaríamos. O mais importante nessas horas é em quem confiamos; esse é o
alicerce para que em meio à tempestade vejamos a luz da vida em vez da sombra
da morte. Podemos perder a visão durante a tempestade (Atos 27:20). Mas nem
mesmo as piores tempestades podem esconder a face de Deus ou frustrar Seus
planos. Há momentos na vida em que não existe sol para nos aquecer, nem
estrelas para nos guiar. Ou seja, um período de trevas espirituais. As causas
podem ser variadas como: esgotamento físico, a não utilização dos meios da
graça, opressão por espíritos malignos ou provação da fé. Mas, seja qual for a
causa, não podemos perder o ânimo e, mesmo não sentindo o calor espiritual,
obedecer a Deus é de vital importância para a sobrevivência (Atos 27:22-24). Um
mensageiro visitou o apóstolo Paulo durante a noite, revelando que o navio e a
carga se perderiam, mas os passageiros seriam poupados. Mais uma vez, o Senhor
deu-lhe uma palavra especial de ânimo no momento certo (Atos 18:9-10; 23:11).
As adversidades podem ser a porta das grandes oportunidades. O Senhor
disse que Paulo iria testemunhar em Roma, mas não lhe disse como chegaria lá.
As adversidades fazem parte de vida humana. Mas, uma coisa é estar nela porque
escolhemos o caminho errado e outra porque o Senhor nos comissionou. Deus pode
consentir que fiquemos em situações vergonhosas e difíceis como fez com Paulo e
tantos outros ao longo da Bíblia. Todavia, nesses casos, a finalidade é nos
transformar em bênçãos para pessoas que, de outra forma, nunca teríamos
conhecido. Podemos até lastimar o fato de vivermos determinadas situações, mas
se estivermos na visão, o problema será a porta de uma grande oportunidade (Salmo
119:157 / I Coríntios 16:9). Embora Paulo soubesse que enfrentaria
dificuldades, ele não sabia que forma assumiriam. No entanto, ele não deveria
permitir que sua alegria no ministério fosse sufocada por ansiedades causadas
por coisas que estavam além de seu controle (Mateus 6:27-34). Paulo sabia que a
vontade de Jeová era que ele aproveitasse toda oportunidade para pregar as boas
novas do Reino de Deus às pessoas, mesmo às autoridades seculares (Atos 9:15).
O Apóstolo Paulo estava decidido a viver à altura de sua comissão,
independentemente do que acontecesse. Essa também deve ser a nossa
determinação.
A nossa identidade não pode ser nada além de Cristo (I Coríntios 11:1).
Ela deve ser ancorada no que Ele fez por nós, não no que fazemos para Ele. Isso
significa que temos de fazer segundo a Sua voz nos orienta, não segundo aquilo
que os “especialistas do barco” nos dizem, É comum encontrar no navio um
aconselhamento especializado, mas devemos enfocar o destino traçado por Deus
(At 27.11). O nosso navio é apenas uma ferramenta para chegarmos lá e o Senhor
pode fazer com o navio o que Ele quiser. Paulo se manteve calmo durante todo o
tempo porque nunca tirou os olhos do seu chamado. Havia 276 almas a bordo e
Deus lhe revelou que cada uma delas seria poupada. O navio de alguém afundaria,
mas o plano divino jamais (Atos 27:44). “E, temendo ir dar em alguns rochedos,
lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia” (Atos 27:29). As
tempestades da vida nos submetem a tremendas sobrecargas. Em tais ocasiões,
precisamos de realidades espirituais sólidas, como âncoras para a alma. Confiar
em Deus, por exemplo, é uma âncora que nos traz firmeza em meio às tempestades
(Hebreus 11:1 / Salmos 37:5). Quando precisarmos de firmeza em meio às
tempestades, devemos lançar as âncoras da oração, coragem, comunhão e confiança
para sustentar nossa vida e nos salvar do naufrágio. Não importa quão grande
sejam as grandes realidades eternas segurarão nossa alma. As tempestades da
vida servem para revelar o caráter do cristão. Há ocasiões em que todo o
ambiente pode ser mudado se tão somente crermos em Deus. Independentemente de
qual seja o destino final, a fé nos permite ver as tempestades como
oportunidades e não como provações.
Atravessando mares
Grandes
ajuntamentos de água sempre fascinaram a humanidade, seja pela impetuosidade
dos rios ou pela grandiosidade dos mares. Este fascínio vem seguido por um
grande temor, afinal, diante das “muitas águas” temos plena consciência de
nossa pequinês. As águas têm simbologias distintas dependendo de cada contexto,
e por vezes, representam o desconhecido, a incerteza e o ameaçador. Deus nunca
prometeu que iria nos livrar das águas, mas sim que as atravessaria conosco,
impedindo que sucumbíssemos a elas (Isaías 43:2). Isto quer dizer que enfrentar
mares, lagos e rios será sim uma constante na vida cristã, mas que o Senhor
garante nossa travessia para o outro lado, independentemente do meio utilizado.
Moisés conduziu uma nação a pés enxutos por uma estrada aberta em meio ao Mar
Vermelho. Josué, Elias e Elizeu, em épocas distintas e com métodos diferentes
abriram o poderoso Rio Jordão. Jesus caminhou sobre as águas. Pedro chegou a
praia nadando. Paulo e seus amigos, agarrados a destroços do próprio navio,
depois de enfrentar uma terrível tempestade. O mar, por sinal, foi um elemento
protagonista na vida de Paulo. Por ele, o apóstolo “deslizou” de cidade em
cidade, pregando o evangelho a todo tipo de pessoas, independentemente de sua
origem e cultura. O mar que lhe servia de porta para as nações, também foi
responsável por muitos momentos de agruras, já que Paulo passou pela
experiência de naufragar nada mais que três vezes. O mais impressionante, é que
sua coragem jamais foi atingida e seu ímpeto nunca diminuiu.
No final
de sua terceira viagem missionária, enquanto retornava para casa, Paulo visitou
seu amigo Felipe e ali recebeu do profeta Ágabo um alerta dizendo que se
voltasse a Jerusalém seria preso. Ansioso por concluir sua tarefa missionária,
o apóstolo dos gentios continuou sua jornada, alegando que estava pronto para
morrer por Cristo. Como predito, Paulo viveria naquela cidade o mais
desafiador momento de seu ministério, enfrentando uma série de acusações que culminaram
em seu linchamento público, onde só não morreu em decorrência da intervenção da
guarda romana. Foi levado aos líderes da religião judaica para responder pelas
acusações que pesavam contra ele, onde se mostrou brilhante na própria defesa. Percebendo
a fragilidade do sinédrio, fez valer sua cidadania romana e apelou para ser
julgado em Roma. Com isto, além de um julgamento neutro, ainda teria a
oportunidade de evangelizar a capital do império, onde ainda não havia estado
como cristão.
A
burocracia fez com que Paulo ficasse em Cesária por alguns meses, sob escolta
de soldados romanos, tendo audiências e sendo sabatinado por todo tipo de autoridade, entre eles, Claudio Lísias , Félix e
Festo, sem nunca renunciar sua fé ou
mudar uma vírgula de sua mensagem. Depois de muitas indas e vindas, noites na
prisão e incessantes interrogatórios, finalmente Paulo é absolvido pelo rei
Herodes Agripa II, mas ao invés de desfrutar da liberdade concedida, opta por
seguir prisioneiro, embarcando numa viagem cheia de contratempos pelo Mar
Mediterrâneo. Na décima quarta noite, o navio naufragou. Mas a grande lição que
tiramos dos naufrágios de Paulo, é que independentemente das condições do mar,
ou do meio utilizado, ele tinha plena certeza que Deus o levaria em segurança
até o outro lado, afinal, tudo lhe era possível, naquele que o fortalecia
(Filipenses 4:13).
Participe da EBD deste domingo, 20/09/2015, e descubra você também o maravilhoso poder de Jesus Cristo e o segredo do sucesso apostólico.
Material Didático:
Revista Jovens e Adultos nº 96 - Editora Betel
Comentarista: Pr. Abner de Cássio Ferreira
Sinais, Milagres e Livramentos do Novo Testamento
Lição 12
Lição 12
Comentários Adicionais (em verde):
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Gloria a Deus por mensagem tão maravilhosa
ResponderExcluirCONTOS DE FADAS PARA IDIOTAS.
ResponderExcluirGlorias glorias amo essa passagem
ResponderExcluir