Segundo o
dicionário Aurélio, inveja é desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de
outrem, um desejo violento de possuir o bem alheio. Em outras palavras, é um
sentimento que faz com que o indivíduo enxergue o que o outro tem de bom, com
olhos maus. Logo, aquele que nutre um sentimento de mal-estar pela
felicidade dos outros, ou um desejo incontrolável de estar no lugar dessas
pessoas, está sentindo inveja.
A expressão
deste sentimento raramente é verbalizada e se expressa geralmente pelo olhar.
Afinal, quando se deseja algo, o primeiro botão acionado é a visão, e a cobiça
passa primeiramente pelos olhos. Redes sociais, como o Facebook, são
ferramentas ideais para os invejosos, pois potencializam o exibicionismo dos
usuários. E como a inveja raramente é declarada, quem não suporta o sucesso
alheio exposto na internet, pode corroer-se internamente, escondido atrás do
computador. Quem inveja sofre mais do que quem é objeto dela. Contudo, ambas as
partes precisam rever sua postura, já que um expõem desnecessariamente sua vida
e o outro cobiça uma vida que não é sua. Para a
psicologia científica, há duas formas de inveja que se apresentam desenvolvendo
diferentes sintomas: a chamada inveja construtiva/criativa (quando produz no
individuo o desejo de crescimento pessoal para se equiparar ao invejado) e a
“inveja destrutiva”.
Para o
cristianismo baseado na Bíblia, ao contrário do que diz a psicologia, “nenhum”
tipo de inveja pode ser considerada “boa”, benéfica, construtiva ou positiva,
já que é um sentimento desprovido de amor e acompanhado pelo ódio. Biblicamente
a inveja é tratada como um sentimento faccioso e destruidor que, assim como o
câncer, nasce no interior do homem e espalhando-se, o contamina completamente,
tornando-se em podridão para os seus ossos (Tiago 3:14-16 e Provérbios 14.30).
Um exemplo claro deste cenário é descrito em I Samuel 18, quando Saul, por
inveja, ficou tão concentrado em destruir Davi que se esqueceu do próprio
reinado.
No Novo
Testamento, a “inveja” é identificada como um sentimento anticristão, quando o
apóstolo Paulo escreveu em I Coríntios que as dissensões e as invejas são sentimentos
pertinentes a homens carnais, e que não podem existir em alguém que se tornou
espiritual e vive por Deus (3:3). Aqueles que são corroídos pela inveja,
só poderão eliminar este grande mal de suas vidas, quando o amor de Deus
irradiar diariamente em seus corações.
A inveja é uma
grave enfermidade que pode destruir muitas vidas, já que os invejosos
patológicos não medem as consequências de seus atos. A inveja é a arma
utilizada pelos fracos que não sabem lutar pelos seus sonhos e consequentemente
ocupam seu tempo tentando afetar negativamente o sonho de terceiros.
Infelizmente,
em meio aos cristãos, há situações em que ministérios brilhantes são destruídos
em decorrência da inveja. Tais ministérios são interrompidos por
invejosos patológicos que muitas vezes, não precisam ter o que outro possui,
até porque já detêm mais do que o invejado, todavia, permitem serem tomados por
este terrível mal.
O sábio
Salomão classificou a inveja como podridão dos ossos, numa clara explicação que
este mal começa a corroer o indivíduo de dentro para fora agindo como um câncer
silencioso e incrivelmente destruidor (Provérbios 14:30). O tratamento deve ser
buscado imediatamente para que se possam evitar danos ainda maiores.
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