Com o casamento pagão de Acabe, a idolatria ganha legalidade no Reino do
Norte. Jezabel, agora Rainha de Israel, passa a exercer grande influência nas
decisões mais relevantes do país, tendo seu marido em total sujeição. Ela usa a
fraqueza emocional de Acabe para impor suas vontades, e assim oficializa o
culto ao deus Baal no território israelita. Além disto, Jezabel promove uma
verdadeira matança, assassinando todos os profetas que se posicionam contra as
suas ações. Apenas um pequeno grupo remanescente é salvo da chacina, mediante a
providencial ajuda de um alto funcionário do palácio por nome de Obadias que
esconde e alimenta esses homens durante o período de perseguição. Com a nação
imersa na idolatria e a mercê de falsos profetas; Acabe e Jezabel não enfrentavam
resistência ao seu modo nefasto de governar, já que seus potenciais inimigos
estavam mortos ou exilados. Mas é exatamente aí que Deus decide intervir e
castigar a terra com uma grande seca. Para avisar ao rei sobre este castigo,
Deus envia um profeta do Senhor remanescente e fiel, que se tornará uma pedra
no sapato da casa real: ELIAS. Após tal
sentença, o Senhor resolveu esconder seu servo para treiná-lo no anonimato (I
Reis 17.2-3).
Com a terra sendo castigada pela seca, Jezabel mobilizou uma força tarefa
para “caçar” e prender Elias, considerado pela coroa, o grande responsável da
calamidade. Então Deus o conduz até o ribeiro de Querite, onde o profeta
encontra água limpa e fresca em abundância. Além disto, Deus lhe envia todos os
dias carne e pão por intermédio de corvos. Passada algumas semanas, aquele
ribeiro também secou em decorrência da ausência de chuva, e mais uma vez Deus
ordena que ele fosse até a cidade de Serepta. Aquele seria o ultimo lugar para
Elias se refugiar, mas foi ali que o profeta permaneceu por três anos, sendo
sustentado por uma viúva pobre, que experimentou em sua casa o milagre da
multiplicação (I Reis 17:1-24).
Finalmente,
depois de três anos de anonimato, Deus fala a Elias: “Vai, apresenta-te a
Acabe” (I Reis 18:1-2). Elias confronta primeiro o povo para que tome uma
posição, em seguida convoca 900 falsos profetas para um duelo onde o Deus que
respondesse por fogo seria o “Deus Verdadeiro”. Elias zombou deles, mostrou que
para Deus nos ouvir não é preciso berrar, se cortar, nem fazer malabarismo, é
somente ter intimidade, coisa que os
profetas de Baal e os sacerdotes de Asera não possuíam (I Reis 18:37-39). A
resposta à oração não trouxe apenas fogo, ela trouxe de volta a Deus os
corações das pessoas, e livrou o país dos profetas de Baal. Quando a rainha Jezabel foi informada dos
acontecimentos no Monte Carmelo, onde seus novecentos sacerdotes pagãos foram
mortos ao fio da espada por enfurecidos israelitas, irrompeu-se numa profunda
ira contra o profeta Elias, e o jurou de morte. Ao ouvir tal ultimato, o profeta mais
uma vez temeu por sua vida e rapidamente fugiu para Berseba, caminhou durante
todo o dia através do deserto, e já exaurido, assentou-se sobre a sombra de um
zimbroeiro e pediu para que o Senhor acelerasse sua morte. Imerso em seus
pensamentos, o profeta adormeceu, mas passado algum tempo, foi acordado por um
anjo que lhe trouxe pão assado e água. Elias se alimentou e voltou a deitar,
entretanto o anjo ordena mais uma vez que ele se levante, coma um pouco mais e
coloque o pé na estrada, pois sua jornada ainda era muito longa. Com a força
daquele alimento, Elias caminhou por quarenta dias, até chegar a Horebe, o
Monte do Senhor. Ali, o profeta se refugiou em uma caverna, e mais uma vez
pôs-se a lamentar sua sorte. Então, Deus o ordena que saia da caverna, e com
voz mansa e delicada, dialoga com o profeta: - Que fazes aqui Elias? –
O profeta então expõe as suas temeridades, ressaltando que embora ele
mesmo tivesse preservado a sua fé, Israel insistia em quebrar a aliança,
derrubar os altares do Senhor e matar seus profetas. Elias argumenta que agora
estava sozinho e que mesmo assim, ainda era perseguido e ameaçado de morte (I
Reis 19:13-14). Deus então encoraja o profeta, dizendo que ele não estava só,
pois ainda havia em Israel sete mil homens que não se curvavam para Baal, e
incumbe Elias de três importantes tarefas: ir até Damasco e ungir Hazael como
rei da Síria, ir à casa de Ninsi e ungir seu filho Jeú como novo rei de Israel,
e finalmente, ungir um profeta para ser o seu sucessor, Elizeu, um discípulo
fervoroso que recebeu porção dobrada do poder de seu mentor, quando Elias foi
levado ainda em ida para o céu.
E foi usando como exemplo a vida do profeta Elias, que o jovem pregador Caio Nunes, ministrou uma poderosa
palavra sobre o “Kairós de Deus” na Quarta Forte deste dia 07/10/2015. Kairós é
o tempo perfeito onde o Senhor trabalha
minuciosamente em nossas vidas, nos preparando para coisas cada vez maiores.
Deus usa nossas crises como uma escola preparatória, nos forjando no fogo. Ele
está no controle de tudo, e se formos obedientes a sua voz, chegaremos a lugar
apenas sonhados. Vale a pena ser fiel!
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