Élita Pavan
Estudante de Fisioterapia
O AVC (acidente vascular cerebral), conhecido popularmente
como derrame cerebral, não é mais um mal exclusivo de idosos. Dados do
Ministério da Saúde mostram que 62 mil pessoas abaixo dos 45 anos morreram no
Brasil entre os anos 2000 e 2010. No entanto, o cenário é ainda pior: jovens,
adolescentes e até crianças passaram a engrossar a lista. Estatísticas mostram
que, em 2012, quatro mil pessoas entre 15 e 34 anos foram internadas por causa
do problema no país.
As causas mais comuns do AVC em
jovens diferem pouco das causas de outras faixas etárias e são: hipertensão
arterial, tabagismo, uso de drogas (particularmente cocaína, anfetaminas e
excesso de álcool), uso de anticoncepcional (principalmente em fumantes), e
doenças hematológicas ou do coração. Tem chamado atenção da área médica,
algumas causas mais recentes de hipertensão arterial e AVC, como o abuso de
energéticos (alguns chegam a ter 500 mg de cafeína por frasco).
Outra causa que vem sendo
investigada é o consumo de hormônios anabolizantes, encontrados em muitos
suplementos de academia. Os anabolizantes provocam, entre outros males,
hipertensão arterial.
Os sintomas do AVC em jovens não
diferem muito dos de outras faixas etárias. Os mais frequentes são: diminuição
ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo; alteração
súbita da sensibilidade, com sensação de formigamento na face, braço ou perna
de um lado do corpo; alteração aguda da audição, fala, incluindo dificuldade
para articular; dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente; síncopes
(desmaios).
Como
ocorre?
Existem dois tipos de AVC:
AVC
Isquêmico: 80% dos casos, é
causado pela falta de sangue em uma área do cérebro por conta da obstrução de
uma artéria.
AVC
Hemorrágicas: 20% dos casos, ocorre quando um vaso sanguíneo no
cérebro sofre rompimento, provocando sangramento no cérebro.
Prevenção
Muitos fatores de risco
contribuem para o seu aparecimento. Alguns desses fatores não podem ser
modificados, como idade, raça, constituição genética e sexo. Outros fatores,
entretanto, podem ser diagnosticados e tratados, tais como a hipertensão
arterial (pressão alta), diabetes mellitus, doenças cardíacas, enxaqueca, uso
de anticoncepcionais hormonais, ingestão de bebidas alcoólicas, tabagismo,
sedentarismo e a obesidade. A adequação dos hábitos de vida diária é primordial
para a prevenção do AVC.
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