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domingo, 31 de janeiro de 2016

A Fornalha - Chamas e Milagres



Livremente inspirado na ministração realizada pelo Pb. João Garcia no Culto da Família realizado no dia 31/01/2016

A megalomaníaca estátua idealizada por Nabucodonosor e erigida na planície de Dura, província da Babilônia, era uma impressionante peça de ouro com absurdos 29, 4 metros de altura e aproximadamente 3 metros de largura. O aspecto e a forma da escultura não foram descritos no texto bíblico, mas supõe-se que pode ter sido uma homenagem a Nabopolassar (pai de Nabucodonosor), um ídolo de Bel (o deus oficial da Babilônia) ou ainda, como acreditam a maioria dos estudiosos, uma representação do próprio monarca.

No ápice de seu orgulho e altivez, o rei convocou para a inauguração de sua obra prima, toda a população da Babilônia, incluindo os sátrapas, juízes, políticos, tesoureiros e régulos de todas as províncias. Durante a cerimônia, a grande orquestra executaria uma música especifica (provavelmente composta em honraria ao próprio rei), e ao final da mesma, quando as buzinas tocassem, todos, sem exceção, deveriam se ajoelhar perante a estátua. Quem desobedecesse tal ordem, seria lançado imediatamente em uma fornalha ardente. Contrariando as expectativas, enquanto todos se curvaram, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego se mantiveram irredutíveis em pé, firmes como rocha.

Imediatamente, os três jovens foram denunciados: - Há uns homens judeus, que tu constituíste sobre os negócios da província de Babilônia: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; esses homens, ó rei, não fizeram caso de ti. - O rei ficou furioso, mas consumido pelo orgulho próprio, Nabucodonosor se negou a aceitar uma negativa ao seu decreto, e ordenou que o ritual fosse repetido, pois certamente os retardatários haviam perdido o “tempo” correto para se prostar.

Para espanto geral, quando todos se curvaram pela segunda vez, os três jovens hebreus continuaram em pé, mais firmes do que nunca: - "Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti. Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das suas mãos, ó rei. Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer".

O rei ficou enfurecido ao saber que seu decreto foi desobedecido. Ele deu outra chance aos jovens. Mas eles preferiram antes enfrentar o fogo a ter que se curvar a seu ídolo. Assim, eles foram lançados na fornalha amarrados com as próprias vestes. Mas quando o rei olhou para as chamas, se assustou ao ver quatro homens andando tranquilamente por entre as labaredas... E o quarto tinha era semelhante a um ser divino...

Três promessas se destacam nessa história. Vejamos:

Seguir ao Senhor não nos isenta de uma fornalha: 

Não existe evangelho fácil. Ser um autêntico cristão é conviver com diversas formas de fornalha. Todo aquele que se dedica ao Senhor não está isento da provação. Nós estamos no mundo, más não somos amigos dele, somos a contramão de um sistema que a cada dia tenta nos absorver e nos desvincular de nossa profissão de fé (João 15:18-20; Filipenses 1:29). Esses três jovens desafiaram o sistema, envergonharam o rei diante de todos, eles preferiram morrer a negar seu Deus. Eles são um exemplo para todos aqueles que creem; que ainda não se deixaram levar pelo sistema; que não negaram a fé. Mesmo sabendo que a fornalha seria aquecida além do normal, eles confiaram no Senhor, acreditaram que pela vida ou pela morte o Senhor não os deixaria. Esses três jovens destilaram uma mescla de fé unida a uma audaciosa coragem. Eles enfrentaram a morte e como prêmio encontraram a vida. É o medo de perder que nos impede de conquistar grandes vitórias e altos níveis de comunhão como o nosso Deus.


O Senhor jamais nos abandona durante a provação:

Fogo que Deus se faz presente sempre tira de nós o que nos impede de caminhar. Eles foram lançados no fogo amarrados, de repente, foram vistos passeando dentro do fogo. O que nos prova que somente as cordas se queimaram (Daniel 3:25). Nabucodonosor avistou uma pessoa a mais com eles a passear, Deus nunca abandona os seus quando passam por provações aterradoras. Ele pode não impedir que entremos na fornalha, mas entrará conosco e nos preservará para sua glória (Is 43.2). Os homens que lançaram eles no fogo morreram queimados instantaneamente, eles, porém, além de não sofrerem nenhuma lesão, nem cheiro de fogo passou sobre eles (Daniel 3:22-27). Deus sabe preservar os que lhe são fiéis (Hebreus 11:30-34).

A fornalha produz um nível de crescimento:

Somente quando atingimos o fogo é que nos tornamos cônscios da presença do companheiro Divino andando ao nosso lado, mostrando aos nossos inimigos sua grandeza. Que privilégio para esses jovens! Eles receberam uma revelação pessoal do Cristo Salvador antes mesmo dEle revelar-se para o mundo. O que uma fornalha não pode nos revelar? O fogo os livrou de suas amarras da mesma forma que sofrer por Cristo, hoje, nos liberta jubilosamente do pecado e do mundo. A experiência deles glorificou a Deus diante dos outros (I Coríntios 6:19-20), e o rei os promoveu e deu-lhes honras. Primeiro, o sofrimento; depois, a glória (I Pedro 5:1,10-11). Esses moços não poderiam ter permanecido de pé, se não fossem sustentados por uma fé inabalável e sobrenatural. Eles não pensaram em si defender, estavam prontos a morrer se Deus assim desejasse. Eles tomaram uma atitude de fidelidade ao Deus soberano e a mantiveram independente de qualquer expectativa de libertação (Daniel 3:16-18).




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