Deus levou Ezequiel até um
vale, onde nada havia além de ossos muito secos. A visão era desoladora e terrível,
pois morte e destruição por todo lugar. O Senhor então ordena ao profeta para
que ele ministre “vida” sobre os cadáveres. Mas será que ossos sequíssimos poderiam
voltar a viver?
No ano 606 A.C, o poderoso
reino da Babilônia, após subjugar Judá por longos anos, começou a deportar os
nobres de Jerusalém para os territórios da caldeia. Esta ação se tornou repetitiva,
até que em 586 A.C, o rei Zedequias intentou uma rebelião definitiva contra os
caldeus, confiando numa previa aliança com o Egito. O resultado foi
catastrófico, resultando na deportação final. Nabucodonosor ainda ordenou a
total destruição de Jerusalém, deixando a cidade em ruínas. Entre os nobres
levados cativos estava o profeta Ezequiel, o mesmo que agora tinha a incumbência
de profetizar vida a uma nação morta. Por mais incrível que pareça, quando suas
palavras ecoaram pelo vale, os ossos começaram a se ajuntar, e depois ganharam
nervos, músculos e pela. E então, milagrosamente, um grandioso exército se pôs
de pé (Ezequiel 37).
Setenta anos depois do início
do exílio, a Babilônia já tinha sido conquistada pelos Medo-Persas. Segundo a
tradição judaica, o rei Ciro estava lendo os já centenários textos do profeta
Isaías, e teria ficado espantado ao encontrar uma referência ao seu nome,
dizendo que seria ele o responsável por repatriar os judeus. O monarca, então,
lavra um edito autorizando o retorno dos filhos de Sião para a pátria mãe.
Liderados por Zorobabel, cerca de 50.000 judeus são “despertados” para voltarem
a Jerusalém e edificarem a casa de Deus (Esdras 1:5). Os exilados que
permaneceram na caldeia, doaram cerca de 500 quilos de ouro e 3000 quilos de
prata para financiar a reconstrução do templo. Assim, após quatro meses de
jornada pelo deserto, os judeus estavam novamente na terra prometida, e em
agradecimento edificaram um altar para Deus. O próximo passo foi lançar os
fundamentos do templo, evento que causou grande comoção entre o povo. Dificuldades
surgiram pelo caminho, então Deus levantou os profetas Ageu e Zacarias para
esforçarem o povo, afim de retomarem a reconstrução do templo (Ageu 1:2).
Quando Artaxerxes já era
rei, um escriba chamado Esdras pediu autorização para conduzir um no grupo de
judeus até Jerusalém. Esdras já estava em Jerusalém há doze anos quando Neemias
recebeu notícias da terra de seus pais. Os moradores da cidade estavam sendo
ameaçados por samaritanos e amorreus, enquanto os muros ao redor Jerusalém
estavam queimados e fendidos, sem oferecer qualquer proteção. Neemias se
entristeceu profundamente, e por quatro meses se dedicou a orar por esta causa.
Sua posição estratégica no palácio lhe dava acesso direto ao rei Artaxerxes e
lhe concedia muitos privilégios junto ao monarca. Percebendo o abatimento de
seu homem de confiança, o rei questionou Neemias sobre o motivo de sua aflição.
Neste momento, Neemias informa ao rei sobre a situação de Jerusalém e solicita
autorização para ir à cidade e reformar os muros. O rei não apenas autoriza a
empreitada, como se propõem a financiar parte da obra.
Neemias
reuniu um grupo de israelitas que escoltados por um contingente de soldados
persas, chegaram em segurança na capital de Judá. Ao chegar na cidade, seu
primeiro desafio foi fazer uma meticulosa avaliação das condições da muralha,
onde pode constatar a situação precária das paredes. Em seguida, reuniu os
moradores de Jerusalém e lhes contou com Deus tinha providenciado os meios para
a realização da reforma, o que muito alegrou toda aquela gente, que
imediatamente se esforçaram ao trabalho dizendo: - Levantamo-nos e edifiquemos!
Ao perceber a mobilização dos judeus neste propósito, Sambalate (governador da
Samaria), seu servo amonita chamado Tobias, e o arábio Gesén, se puseram a
tripudiar dos construtores, e insinuar que um povo fragilizado estava tentando
se rebelar contra os persas, tambem os ridicularizavam dizendo que a matéria
prima utilizada era pó e pedra queimada. Diziam que todo trabalho dos judeus
seria inútil, pois até uma raposa derrubaria o muro. Neemias ouvia as afrontas,
mas não deixava se abater. Os reparos
nos muros avançavam cada dia.
Quando
metade da reforma estava concluída, os inimigos de Israel compactuaram para
realizar um ataque maciço contra a construção, aproveitando que os edificadores
aparentavam sinais de cansaço e desgastes. Neemias iniciou um período de
oração, onde não apenas se fortaleceu espiritualmente, como também influenciou
o povo a renovar seu ânimo. Para surpresa de todos, homens cansados e
enfraquecidos se renovaram em forças, determinados a construir e lutar com a
mesma intensidade. Em uma mão, seguravam ferramentas, e na outra empunhavam
espadas (Neemias 4:17).
A última etapa da
construção era o assentamento dos portões, e buscando atrasar a obra, Sambalate
convida os judeus para uma “Conferência de Paz”. Ciente da maliciosidade deste
convite, Neemias retribui com uma das mais antológicas respostas bíblicas: -
Estou fazendo uma grande obra e não parar (Neemias 6:3). Num tempo recorde de
apenas 52 dias, os reparos nos muros foram concluídos, e Jerusalém voltou a ser
uma cidade fortificada, que os inimigos só podem observar de fora (Neemias
6:16).
E foi com uma palavra
abençoada, convocando o povo para viver plenamente a RESTAURAÇÃO, que o Pr.
Marcos Roberto Gomes abrilhantou o primeiro culto especial de missões do ano,
realizado na neste sábado, 02 de janeiro de 2016. Fomos lembrados pelo Senhor
que quando entregamos nossa causa em suas mãos, Ele é capaz de fazer o impossível
em nosso favor... Ossos secos se tornam em exércitos e muros caídos se transformam
em fortalezas impenetráveis!
Apenas faça a sua parte. Profetize sobre os ossos,
trabalhe nas muralhas... Faça o possível e deixe que Deus cuide das demais
coisas!
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