Material Didático
Revista Jovens e
Adultos nº 98 - Editora Betel
Casamento e Família - Lição 04
Comentarista: Pr.
Valdir Alves de Oliveira
Comentários
Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Texto Áureo
I João 2:16
Porque tudo o que
há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba
da vida, não são do Pai, mas do mundo.
Verdade Aplicada
Devemos preservar
os nossos lares para impedir que não seja desqualificado o que foi criado por
Deus.
Textos de
Referência
I Coríntios 6:19-20 / I Coríntios 10:23 /
II Coríntios 13:5
Ou não sabeis que
o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de
Deus, e que não sois de vós mesmos?
Porque fostes
comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso
espírito, os quais pertencem a Deus.
Todas as coisas me
são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas,
mas nem todas as coisas edificam.
Examinai-vos a vós
mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a
vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.
Mantendo a luz
acessa
(Comentário Adicional)
Em sua famosa obra
“A Arte da Guerra”, o general chinês Sun Tzu escreveu: “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa
temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o
inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não
conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas." Satanás é um
adversário que se dedica a conhecer minuciosamente seus oponentes, descobrindo
suas fraquezas e atacando exatamente os pontos mais vulneráveis de cada um. Em
resumo, podemos dizer que “o diabo faz a lição de casa”. Uma vez que encontra
brechas, Satanás habilmente lança suas setas perniciosas e implanta sementes pecaminosas no coração da humanidade. Então, ele pacientemente aguarda o
resultado de sua semeadura, enquanto o homem sequer percebe a manipulação
diabólica que acontece nos bastidores de sua vida. Deus deu ao ser humano um
presente chamado “livre-arbítrio”, que é a capacidade de realizar escolhas
baseadas em decisões lógicas e racionais. Como a humanidade tem se afastado
cada vez mais de Deus, o inimigo usa de inúmeras artimanhas a fim de
transformar o livre-arbítrio num eficiente aliado. Satanás cria situações
elaboradas e apresenta alternativas rebuscadas de prazeres, e o homem, cuja
mente se cauteriza pelo distanciamento proposital de seu criador, acaba
priorizando escolhas que autorizam a entrada do inimigo em sua vida. Uma vez
dentro, ele não tarda em iniciar seu verdadeiro ofício: roubar, matar e
destruir (João 10:10). A mente do homem é um campo de batalha onde Satanás
mobiliza o primor de seu arsenal. Diariamente somos bombardeados com tentações
que atravessam nossos olhos como flechas, semeando sementes de hedonismo em
nossa imaginação. Satanás trabalha nas sutilezas, pacientemente esperando uma brecha
para adentrar nossa mente, e ali estabelecer pouco a pouco sua fortaleza.
Em decorrência desta investida satânica, é necessária vigilância
constante e irrestrita. Satanás é um adversário sutil, perspicaz e ardiloso,
que embora não deva ser “temido”, jamais pode ser desmerecido, subestimado ou
enfrentado sem a estratégia adequada, pois caso contrário, tem a assustadora
capacidade de “cirandar” com a alma do homem (Lucas 21:31). Neste texto, Jesus
fez menção ao ato de cirandar o trigo, que consistem em “moer” e “peneirar” os
grãos. Para bom entendedor, fica a mensagem clara e objetiva: o diabo não está
de brincadeira. Porém, Satanás é um ser que age nas trevas, e para ter êxito em
sua invasão, precisa primeiro escurecer nossa mente, coração e alma (Mateus
6:23). Escuridão é um conceito abstrato, definida pela ciência apenas como
“ausência de luz”. O inimigo tem plena
consciência que uma vida iluminada impede sua aproximação, então, sua estratégia
é “drenar” toda luz existente. O objetivo do plano é sempre o mesmo, mas os
métodos utilizados podem variar a números incalculáveis. A preguiça não é um
dos defeitos de Satanás, pois ele cuida de habilmente, desenvolver estratégias
específicas para cada pessoa. Seu sucesso, porém, depende de como nós
preparamos para enfrentar suas investidas. A idéia básica do inimigo é ir
apagando pouco a pouco nossos mananciais de luz, que são os momentos de orações,
a leitura da Bíblia, a meditação, nossa comunhão com o Corpo de Cristo, a
vigilância, o louvor, o culto congregacional e a adoração. Cada luz que se
apaga, permite que Satanás avance pela penumbra, chegando perto do próximo
alvo. Se não tomarmos uma atitude de contenção imediata contra o avanço de
Satanás, nossas forças serão cada vez mais minadas, e luz se extinguirá
lentamente, até mergulhar nosso espírito em densas trevas.
O alvo prioritário
de Satanás no século XXI é a família. Inúmeras opções de pecados têm sido
apresentadas a sociedade, embutidas nas mais diversas traquitanas da
modernidade. O avanço tecnológico tem trazido inúmeros benefícios à sociedade,
mas também fornece a Satanás algumas de suas armas mais mortais. A tecnologia,
literalmente, colocou o mundo na porta de cada casa. O acesso a informações é
instantâneo, e com facilidade “digital”, temos a mão conteúdos que deixaram
nossos antepassados de cabelos em pé. Uma porta aberta está sujeita a
visitantes indesejáveis, e é exatamente aí que reside o perigo. O inimigo está
a todo tempo em derredor, espreitando com olhos meticulosos, esperando a hora
certa de atacar. Quando menos esperamos, ele está em nossa porta, e por vezes
nem se quer o reconhecemos, pois, o diabo não se apresenta com rabo e chifres
(II Coríntios 11:14). Satanás tem se
camuflado em programas de TV, redes sociais, páginas de internet, filosofias religiosas,
ONG´s, grupos de apoio, ideologias políticas, e em formas que sequer podemos
imaginar. A questão relevante é que temos escolha. Nem toda forma de fazer
política é corrupta, nem toda boa ação é inocente, a tecnologia pode ser usada
para o bem ou para mal. Satanás conta com nosso livre-arbítrio para lograr
êxito. Ele oferece as opções, mas não escolhe por nós. O poder de aceitar suas
ofertas cabe a cada indivíduo. Uma família unida e compromissada a guardar "a porta", preparada para dizer NÃO as ofertas vindas do inferno, frustra os
planos nefastos do diabo. Se as famílias sucumbirem à escuridão, todas as
instituições posteriores a ela, incluindo a IGREJA, sucumbirão também. A mais
eficaz estratégia contra os planos do inimigo é, em todo tempo, manter as “luzes
acessas” dentro de nosso lar. Satanás investirá com furor contra as nossas
vidas, estudando nossos passos, vasculhando nosso lixo, forçando nossas defesas
em busca de um ponto fragilizado. Não podemos impedir seus rompantes de fúria,
nem limitar seus passeios sistemáticos ao nosso derredor. Ele está fazendo seu
papel, sendo quem ele é. Cabe a cada um de nós estarmos preparados para não
ceder às investidas, guardados e protegidos a Sombra do Altíssimo (Salmo 91:1).
Meios de
comunicação e
redes sociais
Os desafios da
família cristã frente aos ataques constantes e diretos ao casamento e à família
trazem uma ruptura dos valores e quebra de princípios que precisam ser
enxergados com muito cuidado. A tecnologia entrou nos lares trazendo lucros e
prejuízos incalculáveis. Consequentemente, a sociedade moderna mudou o conceito
de família e desqualifica os valores da instituição criada por Deus. A
televisão tem afastado os membros da família, que não se alimentam mais juntos
à mesa. As novelas fazem apologia e ensinam infidelidade conjugal, bigamia,
poligamia, o sexo antes do casamento, o fim da virgindade e o homossexualismo.
A licenciosidade, leviandade e irresponsabilidade têm traduzido decadência
moral para a família. Muitos programas indecentes de pessoas inescrupulosas têm
tirado a atenção dos crentes, que faltam cultos para ficar na frente da
televisão. As mensagens subliminares, que são apresentadas por meio de
palavras, objetos, desenhos animados, filmes, jogos, músicas, gestos e figuras,
como se fossem ingênuas e inofensivas, têm sido trabalhadas na mente das
pessoas, naquilo que são os seus alvos, influenciando inclusive nas atitudes
dos filhos. A televisão é um importante instrumento para a evangelização, mas
deve ser usada com muita cautela, pois os filmes violentos e os programas que
mexem com o psicológico das nossas crianças, adolescentes e jovens podem causar
desvios e danos à formação da personalidade. São verdadeiros efeitos negativos que
as escravizam, viciando-as e tornando-as alienadas. A televisão ainda tem um
poder influenciador de modas e de produzir consumidores compulsivos, por meio
de propagandas, que são bombardeados o tempo todo na mente das pessoas,
levando-as a comprarem coisas que não precisam e a se endividarem além das suas
possibilidades financeiras. Infelizmente, há muitas pessoas sem escrúpulos e
que estão a serviço de Satanás nesse meio.
Através também das
redes sociais, a Internet está viciando os jovens e adolescentes, e até as
crianças. Muitos ficam por horas na frente do computador e celular, entre
outros. São filhos que estão precisando de acompanhamento psicológico pelo
vício que causa depressão e dependência. Os pais estão perdendo o controle
sobre os filhos porque muitos deles se isolam nos quartos e acessam programas
não convenientes para menores de idade. É uma grande dor de cabeça para os
pais, porque muitos não têm acesso à rede e não sabem nem como funciona. A pornografia,
a pedofilia e o envolvimento com pessoas desconhecidas, através das redes
sociais, estão concentrando um perigo iminente para os nossos jovens, que
marcam encontros sem nunca ter visto um ao outro e muito menos conhecem a família.
Os jovens, que começam a namorar via internet, precisam tomar muito cuidado e
conhecer os antecedentes e a família dos pretendentes e procurar não realizar
encontros escondidos. Os desafios da família cristã frente aos ataques
constantes e diretos ao casamento e a família trazem uma ruptura dos valores e
quebra de princípios que precisam ser enxergados com muito cuidado, tanto pelos
filhos quanto pelos pais. A Igreja tem um papel fundamental, que é alertar as
pessoas quanto à conduta a ser adotada diante de um mundo que jaz o maligno.
Por mais que
tenhamos a sensação de avanço e progresso tecnológico que chegou aos nossos lares,
vemos um veneno mortífero que aos poucos está tentando destruir a formação
moral e ética dos nossos filhos, fazendo com que percam os valores cristãos.
Quando não é bem utilizada, a tecnologia traz embutida a iniquidade (Mateus 24:12).
Todo cuidado é pouco, porque vem entrando sorrateiramente nos nossos lares. Estamos
vivendo o século XXI. A pós-modernidade chegou a todo vapor, o progresso é
patente aos nossos olhos, a globalização é real, a informação navega velozmente
pelos canais de fibras óticas e pelos satélites de última geração. No entanto,
diante do avanço tecnológico, há a necessidade de colocar limites. Enquanto os
filhos estão sob a tutela dos pais e os pais conseguem frear os seus impulsos,
se faz necessário colocar limites, além, é claro, de educa-los sobre o perigo
de toda ferramenta de informação e tecnologia.
Uma teia de alcance
mundial
(Comentário Adicional)
A “World Wide Web” (teia de alcance
mundial), é sem duvidas um dos maiores avanços da história da humanidade,
interligando o mundo inteiro em tempo real. Nunca foi tal fácil se comunicar,
obter informações, transferir arquivos, armazenar dados e encontrar pessoas. Através
da grande rede, qualquer um pode observar o mundo por uma janela de poucas polegadas.
A internet nasceu nos laboratórios
militares dos EUA durante os anos 60. Inicialmente, ela foi desenvolvida para
viabilizar a troca de informações entre os computadores do governo, e era chamada
de Aparnet. Em 1989, já nos laboratórios da CERN (organização europeia para
pesquisa nuclear), o físico inglês Tim Berners-Lee desenvolveu as características
do que hoje conhecemos por "www", estabelecendo uma linguagem padrão para a
circulação de dados, permitindo que qualquer computador, independentemente de
onde estivesse no planeta, pudesse ter livre acesso a esse mundo virtual. Desde
então, a internet só evoluiu, fazendo com que as empresas envolvidas com
qualquer tipo de comunicação invistam valores exorbitantes no desenvolvimento
de novas tecnologia,s tanto para melhoria, quanto para facilitar o acesso de
qualquer indivíduo às informações disponibilizadas na Rede. Já em 1969, com o
desenvolvimento da tecnologia dial-up (conexão a internet por redes
telefônicas) e o lançamento da CompuServe (serviço comercial de conexão com a
internet), surgiram os primeiros relatos de socialização de dados. Este era o
embrião das Redes Sociais.
O envio do primeiro email é datado de
1971, sendo que em 1978, dois especialistas em informática de Chicago desenvolveram
o BBS (Bulletin Board System), sistema que utilizando modem e linha telefônica
possibilitava o envio de convites para eventos e a realização de anúncios
pessoais. Em 1984, o Prodigy, um novo serviço comercial de conexão é lançado
nos EUA. Em 1985, a American Online (AOL) passou a fornecer ferramentas para
que pessoas criassem perfis virtuais na rede, bem como o desenvolvimento das
primeiras “comunidades”. Em 1997, a mesma empresa implementou um sistema de
mensagens instantâneas, criando o primeiro “chat”, pioneiro entre os serviços
de “menssegers”. Os primeiros traços de redes sociais surgiram em 1994 com o
lançamento do GeoCities, também da AOL. Mas é em 1995 que surge definitivamente
a primeira rede social da história: o Classmates, que ultrapassou a marca de 50
milhões de usuários. Em 1997, o Six Degrees levou o conceito de “rede social” ao
patamar que conhecemos hoje. Daí em diante, os avanços não pararam mais:
Fotolog (2002), Friendster (2002), MySpace (2003), Linkedin (2003), Orkut (2004),
Facebook (2004) e Twitter (2006). Outras redes que tambem somam milhões de
usuários ao redor do mundo são: Tumbler, Blogger, Instagram, Flickr, Pinterest,
Google+ e o WhatsApp, que segundo seus criadores, chegou em janeiro de 2016, a
marca de 990 milhões de usuários. O grande problema é que as Redes Sociais
podem exercer uma influencia devastadora sobre o indivíduo, capaz até mesmo de
destruir famílias. Ou seja, a chave para o BEM ou para o MAL está na ponta nossos dedos.
Segundo especialistas, o vício em
internet é forte como a dependência química, sendo cada vez mais aceito
nos meios clínicos como uma patologia capaz de gerar, inclusive, transtornos
mentais. Podemos definir o vício como um comportamento compulsivo que leva a
efeitos negativos quando um hábito nocivo é negado. Assim, quando um viciado em
internet fica "desconectado" por longos períodos, pode ter reações
imprevisíveis. A exposição constante as Redes Sociais (seja passiva ou ativa), também podem
desenvolver no indivíduo quadros de baixa estima, fobia social,
isolamento, solidão, inveja, insegurança, vitimização, autopiedade,
insatisfação, sentimento de inadequação, depressão, ansiedade e transtorno de
personalidade narcisista. Além disso, a falta de atividades físicas e a alimentação
desequilibrada (inerentes ao vício), podem colaborar para o desenvolvimento de
doenças como a trombose e a embolia pulmonar.
Outro aspecto alarmante é a criação
de um mundo utópico e o estabelecimento de objetivos inalcançáveis (já que as
Redes Sociais expõem “momentos” que podem ser entendidos como uma felicidade
que de fato não existe), além de um senso competitivo pernicioso. Este fenômeno é chamado por analistas de "Depressão do Facebook", pois jovens tendem a se deprimir ao ver fotos e comentários de outras pessoas, achando que sua vida é inferior à deles. Atualmente, a mesma rede é citada entre os motivos que mais levam casais a se divorciarem na América. Outras patologias associadas ao vício digital são: "Síndrome do Toque Fantasma (pequenos delírios que remetem a vibrações ou toques inexistentes do celular), "Nomophobia" (sensação de desespero ao ficar sem celular, ou até mesmo quando a bateria do mesmo esta acabando), "Náusea Digital" (vertigem provocada por exposição a movimentos na tela, que fazem o corpo reagir como se também se movesse), "Cibercondria" (quando se toma por real qualquer informação divulgada pela internet) e o "Efeito Google" (o cérebro passa a reter menor quantidade de informações em decorrência da facilidade para realização de pesquisas digitais).
O chamado "Transtorno de Dependência da Internet" é tão presente em nossos dias, que especialistas já conseguem medir até mesmo o IMV (Índice de Massa Virtual) de um individuo, processando dados como a quantidade de aparelhos conectáveis que uma pessoa possui e seus hábitos na grande rede. Cabe então, o excelente conselho do sábio rei Salomão, (escrito a milênios num bom e velho pergaminho): Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todas as coisas debaixo do céu (Eclesiastes 1:1). A internet pode ser uma benção ou uma maldição dentro da família, tudo depende do “como”, “quando” e “quanto” escolhermos usá-la. Ao “navegar” por ela, lembre-se sempre que seu nome original é “teia”... Então redobre a vigilância para não ficar preso em suas armadilhas.
O chamado "Transtorno de Dependência da Internet" é tão presente em nossos dias, que especialistas já conseguem medir até mesmo o IMV (Índice de Massa Virtual) de um individuo, processando dados como a quantidade de aparelhos conectáveis que uma pessoa possui e seus hábitos na grande rede. Cabe então, o excelente conselho do sábio rei Salomão, (escrito a milênios num bom e velho pergaminho): Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todas as coisas debaixo do céu (Eclesiastes 1:1). A internet pode ser uma benção ou uma maldição dentro da família, tudo depende do “como”, “quando” e “quanto” escolhermos usá-la. Ao “navegar” por ela, lembre-se sempre que seu nome original é “teia”... Então redobre a vigilância para não ficar preso em suas armadilhas.
Evoluções,
ocupações e amizades
As evoluções são
benéficas ou maléficas? Depende de como as usamos em nossas vidas. Para que
elas sejam bênção e não maldição, as evoluções precisam ser confrontadas com a
Palavra de Deus, pois não podemos abandonar os valores cristãos. O choque de
gerações é uma realidade. O que não se praticava antigamente, hoje está
passando a ser normal. Os pais precisam entender que os filhos não viver a sua
geração, mas também os filhos precisam entender que muitos pais não alcançarão
os níveis que eles chegaram. Neste caso, o equilíbrio é a saída. Só a
compreensão de ambas as partes para se chegar a um acordo. O diálogo, a
aproximação, o respeito e a amizade entre os pais e filhos diminuirão os
prejuízos destas evoluções.
Com a correria dos
grandes centros urbanos e o trânsito, as pessoas passam duas ou mais horas
dentro de um veículo particular ou transporte coletivo. Quando sobra um
tempinho para a família, este tempo é preenchido com as academias, pescarias e
os encontros sociais e a família vai ficando em segundo plano. A necessidade de
estudar, se aperfeiçoar para a concorrência no mercado de trabalho também é outro
agravante. Muitos pais só têm contato com os filhos nos finais de semana, o que
é pouco para quem precisa de mais atenção, carinho e educação.
As amizades do
mundo não podem interferir no casamento e na família (II Coríntios 6:14).
Quando aceitamos a Cristo, o nosso ciclo de amizades precisa mudar. Muitas
amizades conseguidas através das redes sociais têm sido uma dor de cabeça para
os pais e um estrago para as famílias. Muitos jovens cristãos ao namorar com
descrentes pensam que depois de casados conseguirão leva-los para a igreja.
Isto raramente acontece, é uma exceção. O que parecia uma benção pode virar uma
maldição ao abrir as portas e ceder para o jugo desigual. Todos precisamos nos
questionar as vezes. “Quem são meus amigos?”; “Com quem eu ando?”; “Com quem me
relaciono no trabalho, na escola?”. Estas são perguntas que devem ser
respondidas por todos os cristãos. Se você está debaixo de algum jugo desigual
com algum infiel, você está correndo risco. A Palavra de Deus diz em I Coríntios
15.33: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”.
A família na mira
da lei
(Comentário Adicional)
A sociedade brasileira tem seus
direitos assegurados pela Constituição Federal de 1988 e pelo Código Civil (Lei
10.406/02), que também detalham os deveres de cada cidadão. Mas as crescentes
transformações sociais que assombram nosso século, clamam por alterações
profundas em nossos códigos legislativos, afim se garantir certos privilégios
para alguns grupos minoritários. Um dos
pontos mais relevantes é uma reinterpretação do artigo 226, que visa
recepcionar constitucionalmente “todo” e “qualquer” modelo familiar. Neste
caso, a estrutura familiar bíblica estabelecida no Éden e reafirmado na sombra
do Monte Ararate (Gêneses 1:28 / 9:7), deixaria de ser o única definição de "família" reconhecida por lei. Assim, o núcleo familiar composto por pais heterossexuais + filhos, e que por milênios tem sido observado na cultura judaico-cristã,
passa a coadjuvar num cenário que abraça afetuosamente modelos familiares
reprováveis a luz da Bíblia, tais como o concubinato e a homo-afetividade, além
das chamadas uniões estáveis, eudomonistas, livres e plúrimas. Estes novos conceitos de
família estão em desconformidade aos desígnios de Deus, pois são oriundos de
relacionamentos homossexuais, bígamos, ou descompromissados, todos em aversão
aos valores cristãos. Conceitos como a homo-afetividade, (que de forma pontual sempre
permearam a história) agora emergem em escala global, ganhando força midiática
ao lado de novíssimos elementos sociais, tais como “identidade de gênero” e a
“multiplicidade de formações familiares”. No mundo moderno, a “FAMÍLIA” nos
moldes bíblicos se tornou uma instituição ultrapassada e que está fadada ao
ostracismo. Segundo
alguns especialistas da área, a “família tradicional não existe mais”. Uma “Proposta de
Emenda Constitucional” elaborada por uma comissão da OAB (ordem dos advogados
do Brasil), veladamente recomenda ao Superior Tribunal Federal uma verdadeira
ditadura de minorias em prol dos grupos LGBT. Ao todo, o Estatuto da Diversidade Sexual, propõem pelo menos 132 alterações em dispositivos
legais que protegem o modelo tradicional familiar.
Os 109 artigos deste famigerado "estatuto", buscam
legitimar verdadeiras aberrações morais, que seriam impensáveis a alguns anos
atrás. Por exemplo, segundo o “título III - artigo 5”, qualquer instituição,
seja estatal, social ou familiar, ficará proibida de coibir a plenitude de
relações afetivas e sexuais de qualquer indivíduo. Em outras palavras, os pais
não podem interferir, argumentar ou questionar a vida sexual de seus filhos.
Estaria aberta as portas da promiscuidade infantil e da pedofilia. Outros tópicos
que despertam a indignação de grande parte da sociedade estão exatamente
ligados a questão da “multiplicidade de formações familiares”. Podemos
ressaltar aqui o “titulo VI – artigo 32” que prevê a retirada dos domínios
“pai” e “mãe” de qualquer documento de identificação, tais como certidão de
nascimento, RG, título de eleitor, carteira de motorista e passaporte. No
lugar, seria aberto o campo “filiação”, onde poderiam constar sem problemas, o
nome de dois homens ou de duas mulheres. Outro precedente aberto é a extinção
das festividades escolares referentes ao dia das mães e dos pais, para evitar
constrangimento a filhos pertencentes aos “novos” modelos familiares. Com isso, melindrosamente, o conceito “pai e mãe” se enfraqueceria cada vez mais nas próximas gerações.
Outra questão de grande discussão social é a IDEOLOGIA DE GÊNERO, teoria
na qual o indivíduo não nasce com seu sexo definido e deve descobri-lo durante
seu desenvolvimento, podendo inclusive, mudar seu “gênero” diversas vezes ao
longo da vida. O Estatuto da Diversidade Sexual prevê que os educadores devem
estimular seus alunos nesta “descoberta”, visando superar toda forma de
“discriminação”, mas por outro lado, proíbe qualquer tratamento para a
reversão da orientação sexual ou identidade de gênero. Com isso, por exemplo", seria um crime dizer que Jesus pode transformar a vida de um homossexual. E se
tratando deste assunto, não podemos esquecer do Projeto de Lei da Câmara
122/2006, que ficou conhecido como “Mordaça Gay”. Após ser repudiada por diversos seguimentos
da sociedade por seu contexto unilateral e abusivo, que propunha transformar o
Brasil numa ditadura homoafetiva, a PL 122 recebeu um substitutivo e anda
adormecida nas pautas do Congresso Nacional. Seu objetivo, porém, continua o
mesmo, agora mais voltado para a já citada Ideologia de Gênero. Caso estas propostas
fossem aprovadas pelo legislativo, qualquer crime envolvendo homossexuais, correria
em segredo de justiça, fechando os olhos da sociedade a qualquer desvio moral destas
relações. Outro ponto no mínimo curioso é que a divisão de banheiros femininos
e masculinos se tornaria uma mera formalidade, já que o indivíduo poderia usar
qualquer um deles, de acordo com a “identidade de gênero” do dia. Na contagem
de alguns parlamentares cristãos, existem atualmente no Brasil cerca de 867
projetos de leis que ferem vergonhosamente a índole da família cristã e os
estatutos da Palavra de Deus.
Novas leis
concernentes à família
Há projetos de
leis circulando nas comissões, gabinetes e plenários do Parlamento que são
contra os princípios cristãos. A sociedade pós-moderna tem recebido uma
enxurrada de leis que favorecem as práticas pecaminosas, tão combatidas pela
Palavra de Deus. Precisamos ficar atentos e não nos conformamos com este mundo
cheio de iniquidades (Romanos 12:2). Pela compreensão do Estatuto da Criança e
do Adolescente, os pais estão quase impedidos de disciplinar os filhos,
conforme ensina a Palavra de Deus (Provérbios 23:13; 29:15-17). É claro que
tudo deve ser feito dentro de parâmetros aceitáveis, não se pode tirar sangue
dos filhos, mas também não se pode retirar a disciplina da correção. O serviço
dado aos menores de idade é considerado trabalho infantil, mas os filhos
precisam ganhar interesse pelo trabalho desde cedo. A coerência e o equilíbrio
precisam prevalecer. A palavra “disciplina”, no original em hebraico é
reservada tão somente para descrever a punição que Deus impõe para ensinar e
corrigir o Seu povo (Provérbios 29:15). Outra palavra comum para indicar
disciplina na Palavra de Deus, especialmente no livro de Provérbios, é
instrução (Provérbios 19:20). Principalmente para os que são pais, que a boa
fama de uma pessoa depende também da maneira pela qual consegue reger sua
família (Provérbios 31:23 / I Timóteo 3:2-5).
Quem aceita o
aborto simplesmente porque acha que foi um descuido se engravidar, ou porque
acha que não é hora de se ter um filho, e manda retirar o feto, já é
considerado criminoso (Salmo 139:16). A Bíblia diz: “Não matarás” (Êxodo 20:13 /
Romanos 13:9). O aborto não pode ser considerado caso de saúde pública. Uma
gravidez deve ser encarada com dignidade e respeito à criança, e também como um
mandamento bíblico (Gêneses 1:28). Os direitos humanos têm defendido o
casamento de pessoas do mesmo sexo. No entanto, o homossexualismo é combatido
de forma veemente pela Palavra de Deus (Romanos 1:26-27). A possível
legalização da prostituição é uma afronta à família e aos princípios cristãos.
A profissionalização da venda do corpo, defendida por uma parte dos
legisladores, é uma depravação e uma coisa perniciosa para as famílias de bem e
a sociedade como um todo. A Bíblia mostra a vontade de Deus para o cristão,
isto é, abster-se da prostituição e saber possuir o próprio corpo em
santificação e honra (I Tessalonicenses 4:3-4). Lembre-se: “Nem impuros, nem efeminados, nem sodomitas
herdarão o Reino de Deus” (I Coríntios 6:9); “Com homem não te deitarás, como
se fosse mulher; é abominação” (Levíticos 18:22). Há um forte desejo de mudar a
Constituição Federal do Brasil de 1988, Artigo 226, que fala que o casamento é
entre um homem e uma mulher. No caso de legalização da prostituição, assinar a
carteira de trabalho, ter direitos trabalhistas e aposentadoria no exercício da
prostituição é uma aberração sem precedentes.
Pode ser concedida
a regulamentação do concubinato “união estável”, lavrada em cartório, para
divisão de herança e reconhecimento dos filhos. A Igreja precisa preservar o
casamento civil, que é definitivo e não pode ter quebra de acordo, conforme diz
a Bíblia (I Coríntios 7:39). Os contratos temporários, também aceitos pelas
autoridades, mais parecem um teste de adaptação, que, quando não dão certos,
são descartáveis, e, no final do contrato, cada um segue a sua vida. O
casamento não é em caráter experimental, mas definitivo. De acordo com o
escritor Leon Morris, a indissolubilidade do casamento, a não ser pela morte,
está na base deste texto de I Coríntios 7.39. Uma mulher está ligada ao seu marido,
enquanto este viver. Se ele morrer ela fica livre para se casar, se quiser, No
casamento, como em tudo mais, o cristão deve estar cônscio de que age como
membro do Corpo de Cristo.
Conclusão
Vivemos os últimos
dias da Igreja aqui na Terra. As instituições estão sendo fragilizadas e
vulgarizadas diante das inovações e conceitos de homens sem o temor de Deus.
Cabe a Igreja pregar contra estas práticas e não concordar com este mundo, que
a cada dia fica mais distante de Deus.
Casamento e família são os maiores patrimônios que a sociedade tem. Salvar o nosso casamento e a nossa família é algo que não tem preço. O tema é bastante salutar e propício para os dias de hoje, pois o casamento e a família são bombardeados o tempo todo. A Igreja do Senhor Jesus não pode abrir a guarda e se conformar com a concepção deste mundo tenebroso, onde o errado está passando a ser certo. Participe neste domingo, 24 de janeiro de 2016, da Escola Bíblica Dominical, e aprenda também a proteger sua família dos ataques incessantes de Satanás.
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