A
batalha emocional é diária e constante. O campo de guerra é exatamente nossa
mente. As peças que se posicionam para este embate são muitas e diversificadas:
divagações, ansiedades, dúvidas, temores e mágoas... O tiroteio é ferrenho, e a
tragédia anunciada logo se concretiza...
Alguém
é mortalmente ferido... Não a carne e nem o sangue, mas sim uma parte de nós
subvalorizada, e por vezes esquecida, mas que é determinante para quem somos e
para onde vamos...
A
guerra que acontece em nossa cabeça pode decretar a “falência de nossa alma”.
O
homem é um ser triuno, formado por corpo, alma e espírito. Nosso corpo interage
com o mundo que vivemos e nosso espírito se liga com Deus, com quem queremos
viver. Mas a alma, por ser sútil e silenciosa, por vezes passa desapercebida, e
acaba vitimada pela nossa omissão. Protegemos corpo e espírito, mas nos
esquecemos que é a alma quem mais influência no resultado da batalha. Ela é o
ponto de equilíbrio do homem, e sua falência decreta uma derrota sumária e
quase irreversível.
Os
reflexos se notam no corpo de no espírito.... Perde-se o brilho no rosto e a
luminosidade do olhar. Os sonhos morrem e as emoções são sepultadas numa cova
tão profunda quanto o inferno. Quando a alma enfrenta a falência, o coração se
fecha sem data para reabertura, e geralmente, as chaves são jogadas num pântano
de frustração, sendo difícil encontrá-las outra vez.
Com
isso, nos tornamos rudes e insensíveis, pois a doçura no trato e no falar, é
proveniente exatamente nos nossos sentimentos mais nobres, os mesmos que
ficaram inacessíveis, esquecidos, empoeirados e enclausurados dentro de um
coração impenetrável. Já não se pode amar, pois ninguém consegue oferecer
aquilo que não tem.
Neste
ponto, as verdades do indivíduo são: “ é cada um por si”, “não confie em ninguém”,
“a opinião dos outros não me interessa”, “sou mais eu”...
Que
situação triste é essa... Não enfrentamos a batalha da mente com a determinação
necessária, e agora temos como únicos recursos o escapismo, o vitimismo e a
omissão, fugindo para um deserto onde cada grão de areia é feito de decepção.
Fugitivos que correm na direção oposta da liberdade...
Jesus
tem o poder de reverter o quadro da falência e reabrir o coração, revelando que
guardado no porão da nossa existência, ainda tem algo de muito bom.
Cristo
entra na batalha por nós, e seu escudo forte nos protege das setas de Satanás.
Com um espírito reto, quebrantado e fortalecido, o corpo se torna um recipiente
para o melhor de Deus.
A
alma se valoriza e enriquece... O brilho volta para o rosto e a luz enche os
olhos mais uma vez. Como é bom o coração pulsar novamente, vívido e apaixonado.
No
leito de morte, alguém exclamou: - “Deus, como eu queria começar tudo de
novo... “ Não deu... A morte decreta o fim de tudo... Mas enquanto há vida, há esperança.
Existe
uma música secular que diz: “o pulso ainda pulsa”... Então, aproveite a
oportunidade... Se jogue nos braços de Deus, abra seu coração novamente para
viver as mais intensas emoções de sua vida!
Ame e seja amado!
Ame e seja amado!
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