Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº
99 - Editora Betel
Fruto do
Espírito - Lição 02
Comentarista: Pr. Israel
Maia
Comentários Adicionais
Pb. Bene Wanderley
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Cp. Lucas Passarelli Gomes
Texto Áureo
Isaías 55:6
Buscai ao Senhor enquanto se pode
achar, invocai-o enquanto está perto.
Verdade Aplicada
Não podemos permitir que nada
seja mais suficiente para nós do que uma vida verdadeiramente em Cristo.
Textos de Referência
Salmos 128:1-6
Bem-aventurado aquele que teme ao
SENHOR e anda nos seus caminhos.
Pois comerás do trabalho das tuas
mãos; feliz serás, e te irá bem.
A tua mulher será como a videira
frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à
roda da tua mesa.
Eis que assim será abençoado o
homem que teme ao Senhor.
O Senhor te abençoará desde Sião,
e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.
E verás os filhos de teus filhos
e a paz sobre Israel.
Licitude e Conveniência
Comentário Adicional
Pb. Bene Wanderley
Estamos felizes por
termos em nossas mãos, esse material tão precioso e benéfico, não somente para
nossa vida cristã diária, mas também para nosso crescimento individual com uma
maior compreensão de nosso papel como “igreja” junto à sociedade. O fato é que
estamos sendo bombardeados pelo inferno, caminhando por um perigoso campo
minado de perniciosidade. Em meio aos vários tipos de perigos aos quais estamos
expostos, salta aos olhos as armadilhas presentes nas redes sociais, com as
quais, inegavelmente, estamos intimamente ligados em nosso dia a dia. Com o avanço
desenfreado da corrupção, da libertinagem e do hedonismo, aliados a uma
crescente falta de interesse pelo sagrado, assistimos de camarote a degradação
moral e espiritual das pessoas. Como bem sabemos, a pós- modernidade e a
tecnologia presente em seu contexto, não são maléficas em si, mas tem sim, potencial
para ser usada por mãos malignas. Infelizmente as pessoas têm super valorizado às
coisas criadas, e renegado com suas vidas, ao Criador de todo e todos. A
grande verdade é que nosso conceito de prioridade (pessoas, bens, igreja, família,
relacionamentos, ambições, trabalho, satisfações, ministério...), é o real
problema desta era tão atarefada e escassa de horas... E as redes sociais vêm ocupando um espaço
cada vez maior numa agenda já apertada. Isto tem sim, tornado-se um problema gravíssimo,
com consequências quase irreversíveis, até mesmo dentro das famílias
cristãs.
A internet não
pertence a Satanás. Isto é um fato. Mas astuto como o inimigo é, ele tem usado
as redes sociais como parte vital de seu plano diabólico, que consiste
basicamente em destruir a coroa da criação de Deus, levando um número de almas
cada vez maior para o inferno. Satanás não descansa, não vacila não se distrai
e com isso, não perde seu foco. Infelizmente, esta “determinação” não é
encontrada em muitos crentes, que constantemente são atraídos por pontos de
falsa luz, caindo nas garras do tentador e praticando todo tipo de pecado, do mais sútil ao abominável, que em essência são igualitariamente danosos. E parte
significativa da causa raiz de toda essa desgraça, vem do uso indevido e
exagerado das redes sociais. Seria uma grande incoerência de nossa parte, demonizar
o Facebook, o Watsapp e qualquer outra mídia social, pois elas são excelentes
meios de comunicação, e tem servido de apoio à divulgação do evangelho. Mas se Satanás
não criou as redes sociais, ele fez sim perfis em todas elas, e diariamente nos
envia solicitação de amizade.
É preciso urgentemente
erguer nossas vozes para despertar as pessoas sobre o perigo do uso "indevido e
exagerado" desses meios; pois é estarrecedor o volume de caso de famílias
inteiras sendo destruídas pelo descontrole digital. As escrituras ensinam o cristão a como se
comportar quando estão fazendo uso das redes sociais: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém. Todas as
coisas me são lícitas, mas por nenhuma eu me deixarei dominar (I Coríntios
6:12) Devemos orar nesses dias tão difíceis, em busca da capacidade de produzir o Fruto do Espírito,
para assim, vencer esses ataques ininterruptos das hostes malignas, que tentam nos sufocar
sutilmente, até que espiritualmente estejamos mortos. É preciso imediatamente por em prática a
mansidão e o domínio próprio, citados por Paulo em Gálatas 5:23, é que estão
presentes no Fruto Espiritual. Se buscarmos em Deus estas virtudes espirituais,
seremos capazes de vencer todos esses obstáculos, que visam nos afastar da
caminhada cristã.
Teia de Alcance Mundial
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes
A “World Wide Web”
(teia de alcance mundial), é sem duvidas, um dos maiores avanços da história da
humanidade, interligando o mundo inteiro em tempo real. Nunca foi tão fácil se
comunicar, obter informações, transferir arquivos, armazenar dados e encontrar
pessoas. Através da grande rede, qualquer um pode observar o mundo por uma
janela de poucas polegadas. A internet nasceu nos laboratórios militares
dos EUA durante os anos 60. Inicialmente, ela foi desenvolvida para viabilizar
a troca de informações entre os computadores do governo, e era chamada de
Aparnet. Em 1989, já nos laboratórios da CERN (organização europeia para
pesquisa nuclear), o físico inglês Tim Berners-Lee desenvolveu as
características do que hoje conhecemos por "www", estabelecendo uma
linguagem padrão para a circulação de dados, permitindo que qualquer
computador, independentemente de onde estivesse no planeta, pudesse ter livre
acesso a esse mundo virtual. Desde então, a internet só evoluiu, fazendo com
que as empresas envolvidas com qualquer tipo de comunicação invistam valores
exorbitantes no desenvolvimento de novas tecnologias, tanto para melhoria do
serviço, quanto para facilitar o acesso de qualquer indivíduo às informações
disponibilizadas na Rede. Já em 1969, com o desenvolvimento da tecnologia
dial-up (conexão a internet por redes telefônicas) e o lançamento da CompuServe
(serviço comercial de conexão com a internet), surgiram os primeiros relatos de
socialização de dados. Este era o embrião das Redes Sociais.
O envio do primeiro
e-mail é datado de 1971, sendo que em 1978, dois especialistas em informática de
Chicago desenvolveram o BBS (Bulletin Board System), sistema que utilizando
modem e linha telefônica, possibilitava o envio de convites para eventos e a
realização de anúncios pessoais. Em 1984, o Prodigy, um novo serviço comercial
de conexão é lançado nos EUA. Em 1985, a American Online (AOL) passou a
fornecer ferramentas para que pessoas criassem perfis virtuais na rede, bem
como o desenvolvimento das primeiras “comunidades”. Em 1997, a mesma empresa
implementou um sistema de mensagens instantâneas, criando o primeiro “chat”,
pioneiro entre os serviços de “menssegers”.
Os primeiros traços
de redes sociais surgiram em 1994 com o lançamento do GeoCities, também da AOL.
Mas é em 1995 que surge definitivamente a primeira rede social da história: o
Classmates, que ultrapassou a marca de 50 milhões de usuários. Em 1997, o
SixDegrees levou o conceito de “rede social” ao patamar que conhecemos hoje.
Daí em diante, os avanços não pararam mais: Fotolog (2002), Friendster (2002),
MySpace (2003), Linkedin (2003), Orkut (2004), Facebook (2004) e Twitter
(2006). Outras redes que também somam milhões de usuários ao redor do mundo
são: Tumbler, Blogger, Instagram, Flickr, Pinterest, Google+ e o WhatsApp, que
segundo seus criadores, chegou em 2016, a marca de 990 milhões de usuários. O
grande problema é que as Redes Sociais podem exercer uma influencia devastadora
sobre o indivíduo, capaz até mesmo de destruir famílias. Ou seja, a chave
para o BEM ou para o MAL está na ponta nossos dedos.
O começo de tudo
Nos últimos anos, as redes
sociais se transformaram no maior meio de contato virtual. Porém, também
contribuíram para o afastamento de muitos do seu convívio social. Abordaremos
nesta lição este polêmico, mas real, tema. O conceito de redes sociais teve seu
início na segunda metade dos anos 90 do século XX com a criação dos chamados
chats de bate papo. As pessoas começaram a se relacionar via Internet e a se
conhecerem virtualmente. Em meados de 1995, foi criado o Mirc, site com a
proposta de colocar as pessoas em contato através da rede mundial de
computadores. A partir daí, foi dada a largada ao que chamamos de relacionamentos
virtuais. O Mirc viria a ser substituído no início da década seguinte pelos
chamados mensageiros instantâneos, como o MSN.
Ao contrário do que muitos
pensam, as redes sociais, como conhecemos hoje, não são algo novo, elas também
tiveram as suas primeiras inserções na rede em meados de 1990. Na segunda
metade da década, surgiu aquele seria considerado o precursor do Instagram, o
Fotolog. Assim como a popular rede social de hoje, o Fotolog era utilizado para
postagens de fotos com pequenos textos e também começava a tornar popular
aqueles que criavam o seu perfil naquela rede. Nesta época, surgiram também o
Flogão e ainda as páginas pessoais gratuitas, como Geocities, HPG e Kit Net. A
grande diferença hoje é a exposição instantânea, devido ao acesso acelerado dos
smartphones e à internet móvel. A chegada da internet móvel e o avanço da
tecnologia dos aparelhos de telefone celular, as redes sociais ganharam grandes
aliados, pois os usuários de tais meios de comunicação puderam ter um acesso
quase que imediato à Internet. Na época do Fotolog e Flogão, o usuário tinha
que tirar as fotos em máquinas fotográficas, leva-las até um computador e assim
coloca-las em seu perfil ou página. Isso, dependendo de cada usuário, poderia
levar dias ou até semanas. A internet rápida aumentou a possibilidade de
exposição imediata, fazendo crescer a procura pelas redes sociais.
Ainda falando dos anos noventa,
podemos destacar que a grande novidade desta época eram as salas de bate-papo,
pois elas proporcionavam contato rápido com parceiros virtuais. Isso foi uma
grande oportunidade para adolescentes tímidos que tinham dificuldade de se
relacionar, principalmente com adolescentes do sexo oposto, Em 1996, surgiu o
ICQ que, em menos de uma ano, já contava com mais de um milhão de usuários, se
tornando o veículo de mensagem rápida preferido desta faixa etária de
internautas. O ICQ se manteve na liderança até o inicio dos anos 2000, depois
de conquistar cerca de 160 milhões de usuários, quando perdeu a primazia para o
MSN. As salas de bate-papo e os sites de relacionamento não serviam apenas para
encontros amorosos. Antes das grandes redes sociais serem criadas, estes meios
de contato foram largamente utilizados por muitos empresários como espaço para
realização de negócios. Muitos professores se utilizaram deles para darem aulas
particulares a alunos com necessidade de reforço escolar e também serviu como
porta de entrada de muitas igrejas no mundo virtual. A utilização destes meios
de comunicação não é de todo ruim.
Ao longo das últimas três
décadas, o comportamento humano vem sendo modificado pela influência deste tipo
de acesso à Internet. Enquanto, foi na primeira década do século XXI que a
exposição virtual apresentou um maior impulso. Em 2004, chegou à rede aquele
que seria o grande inovador do conceito de rede social, o outrora maior site de
relacionamento da Web, o Orkut. Este site, durante 10 anos, dominou o
inconsciente dos internautas, tendo sido extinto pelos seus criadores em
setembro de 2014, pela vertiginosa perda de espaço para redes que ofereciam
melhores opções de acesso: o Twiter e o Facebook. O Orkut influenciou os
comportamentos e os relacionamentos durante os dez anos que permaneceu no ar.
Através desta rede social, os indivíduos começaram a se expor, postando fotos e
comentários em seu perfil e deixando transparecer sua maneira de pensar. Outros
postavam coisas que não condiziam com sua verdadeira personalidade, criando assim,
uma ideia falsa a seu respeito. O Orkut influenciou até no vocabulário diário
das pessoas, criando novas palavras e dando significados diferentes a outras já
existentes.
A ilusão da falsa realidade
Comentário Adicional
Cp. Lucas Passareli
Você já percebeu
que os pequenos momentos de prazer oferecidos pelas mídias sociais - quando
alguém “curte” o seu post, por exemplo -
podem não nos fazer bem? Pessoas que usam as redes sociais com muita frequência
têm uma probabilidade maior de manter seu foco no prazer e na fama, e uma
probabilidade menor de valorizar coisas mais importantes, como a família.
Quantos deixam de dialogar com pessoas que estão ali do lado para enviarem
mensagens para os amigos, conhecidos, paqueras que estão do outro lado da sua
tela. Neste mundo digital podemos ser quem quisermos, pois não estamos expressando
nada, apenas digitando ou fazendo post nas redes sociais de nossos momentos
felizes. Pesquisas afirmam que o uso em excesso poderia levar a dificuldades na
construção de relacionamentos e no aprendizado acadêmico. Pesquisadores da
Universidade de Windsor, no Canadá, entrevistaram 149 voluntários e descobriram
que as pessoas que usam as redes sociais frequentemente, mas em pequenas
“explosões” rápidas de mensagens (tipo 10 minutinhos), curtidas e comentários,
tendem a ser “moralmente superficiais”. Logan Annisette, psicólogo da
Universidade de Windsor, disse: - “O uso
frequente e ultra-breve das mídias sociais está associado a efeitos negativos na
forma como o usuário reflete e em alguns indicadores que comprometem o
julgamento moral, isso pode potencialmente levar a um declínio na performance acadêmica e
aumentar a dificuldade de formação de relacionamentos sociais – duas tarefas
extremamente importantes para adolescentes e jovens adultos, os grupos etários
que enviam mensagens de texto e usam as mídias sociais com mais frequência.”
Além do mais, olhar
o Facebook dos outros pode nos deixar mais tristes. Amigos postando fofocas de festas animadas das quais você não
participou; conhecidos registrando em fotos uma viagem para algum destino
paradisíaco; celebridades mostrando seu cotidiano de luxo e agito. Se você
passa seu tempo observando, passivamente, esse tipo de conteúdo no Facebook
talvez já tenha experimentado uma sensação de tristeza. E não está sozinho. Alguns estudos têm mostrado como a rede social
pode afetar negativamente nosso bem-estar e provocar sentimentos como inveja. Uma recente pesquisa da Universidade de
Michigan (EUA) com a Universidade de Leuven (Bélgica), publicada no "Journal of
Experimental Psychology General", analisou 84 estudantes universitários, que
foram instruídos a usar o Facebook por dez minutos dentro de um laboratório e,
em seguida, responder um questionário a respeito de suas emoções. E os que usaram o Facebook
passivamente, meramente observando as atividades e fotos de seus conhecidos ou
pessoas famosas, se sentiam significativamente mais tristes e mais invejosos ao
longo do tempo. Sabemos que a vida
nos traz dificuldades; nos sentimos bem e nos sentimos mal. Se você está
constantemente vendo como a vida das outras pessoas vai bem, vai se sentir pior
quanto a sua vida, porque, em comparação, ela parece não ir tão bem. Mais esta sensação é puro ilusionismo digital.
O jornal "The New
York Times" chamou atenção para um fenômeno no recém-terminado verão americano, em meio às milhares de postagens de celebridades nas redes sociais exibindo
suas glamourosas rotinas, em fotos de corpos perfeitos, cenários deslumbrantes
e companhias igualmente famosas. A exposição foi tanta, a ponto ter sido
popularizada a hashtag "medo de estar perdendo" ("fearofmissing
out" em inglês, ou #FOMO), usada nas redes sociais por pessoas chateadas
por não estarem aproveitando as férias com a mesma intensidade. Mas a verdade é
que poucos estão. É preciso lembrar que as redes sociais mostram uma versão "editada"
de nossas vidas. Quando as pessoas postam no Facebook e redes sociais, tendem a
postar coisas boas, como fotos bonitas delas em férias. Se você está usando
passivamente o Facebook, o que você vê constantemente são esses acontecimentos
positivos das vidas dos outros que não são um retrato fiel de suas vidas nem de
suas rotinas. Todos fazem de tudo para mostrar o seu melhor (na rede social).
Quem teve um dia absolutamente banal não vai contar no Facebook ou em qualquer outra rede social. A vida comum (a que de fato vivemos) não é popular na internet
A infelicidade nas
redes sociais
Nosso estudo não tem a intenção
de demonizar nem a Internet, nem as redes sociais, mas mostrar o que de bom e
ruim temos tanto em uma, quanto em outra, já que essas têm servido de maneira
satisfatória à pregação do Evangelho. O problema está no exagero. Pesquisas
realizadas por universidades através do mundo comprovam que o tempo de
exposição às redes sociais vem causando infelicidade em muitos indivíduos.
Alguns usuários têm se desesperado em busca de atenção nas redes e são capazes
de divulgar os mais terríveis posts em busca de curtidas. Fotos extravagantes,
e até mesmo íntimas, têm povoado a timeline (linha do tempo) de muitos
internautas. Só isso já é suficiente para refletirmos sobre que tipo de valores
têm permeado a nossa família e sociedade. Atualmente, são realizados alguns
testes pelas redes sociais, que visam descobrir até onde os indivíduos podem
ser afetados por aquilo que é colocado em sua “timeline”. A ideia é saber se há
algum tipo de mudança no comportamento diante de determinado conteúdo. Isso é
medido por aquilo que eles irão postar depois de expostos a conteúdos positivos
ou negativos, uma espécie de "teste de Pavlov*" virtual.
* Nota:
O fisiologista russo Ivan Petrovich Pavlov foi premiado
com o Nobel de Fisiologia / Medicina em 1904, por suas descobertas sobre os
processos digestivos de animais. Ele entrou para a história por sua pesquisa sobre
o papel do condicionamento na psicologia do comportamento (reflexo
condicionado). A ideia básica do condicionamento clássico consiste em que
algumas respostas comportamentais são reflexos incondicionados, ou seja, são
inatas em vez de aprendidas, enquanto que outras são reflexos condicionados,
aprendidos através do emparelhamento com situações agradáveis ou aversivas
simultâneas ou imediatamente posteriores. Através da repetição consistente
desses emparelhamentos é possível criar ou remover respostas fisiológicas e
psicológicas em seres humanos e animais.
Pesquisas comprovam que os
brasileiros chegam a passar quatro horas diariamente nas redes sociais. Isso
tem sido tremendamente nocivo para o seu crescimento individual, pois, quando
confrontados acerca do porquê não estudar ou esforçar-se mais em busca de uma
melhora profissional, muitos alegam falta de tempo. Esse tempo cedido às redes
sociais pode, inclusive, afetar o crescimento espiritual. Parte desse tempo
poderia ser utilizada com a meditação da Palavra e contemplação das bênçãos
recebidas do Senhor. O texto de Isaías 55:6 nos adverte a buscar o senhor
enquanto está perto. O uso exagerado das redes sociais promove o nosso
afastamento de Deus, afetando a nossa comunhão com Ele. O grande mal que as
redes sociais têm provocado está na mudança radical do comportamento humano.
Muitos têm se tornado narcisistas, agindo desrespeitosamente em relação a
opinião dos outros e com um comportamento extremamente reativo, repleto de
respostas prontas. Essa nova maneira de se relacionar tem se tornado, em alguns
casos, um tanque de roupa suja. Reforce para os alunos que, infelizmente, essa
mudança de comportamento tem provocado algumas desavenças entre os próprios irmãos
em Cristo. Estamos deixando de observar as Escrituras (I Coríntios 6:1-11).
Uma vida de fantasia tem levado
muitos indivíduos a um estado de depressão. Geralmente, quando descobrem
algumas farsas plantadas por sites inescrupulosos, ou então têm suas
intimidades expostas por pessoas que outrora tinham com íntimas, passam a ter
uma vida reclusa, com medo da discriminação da sociedade. Esse tipo de atitude,
a exposição de intimidades, tem se multiplicado, causando a infelicidade de
muitos usuários, pois inocentes têm tido seus perfis invadidos. A invasão de
perfis tem sido responsável por muitas desavenças. Ao acessar a rede, os menos
avisados podem se tornar presas fáceis para invasores, que irão utilizar seus
perfis para fins promíscuos, como divulgar pornografia infantil, por exemplo. Existe
uma rede gigantesca especializada na prática de invasão de perfis e que
qualquer um que acessa a Internet está sujeito a um ataque de hackers
(invasores). Por isso, é importante que, ao se receber de alguém qualquer tipo
de conteúdo suspeito, antes de julgar, procure informar-se com tal amigo para
não fazer juízo temerário. As redes sociais podem sim criar muitas armadilhas,
principalmente para quem não tem um bom domínio do uso da Internet. Por isso, é
sempre bom buscar ajuda de quem tem conhecimento.
Patologias Modernas
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Segundo especialistas,
o vício em internet é forte como a dependência química, sendo cada vez mais
aceito nos meios clínicos como uma patologia capaz de gerar, inclusive,
transtornos mentais. Podemos definir o vício como um comportamento compulsivo
que leva a efeitos negativos quando um hábito nocivo é negado. Assim, quando um
viciado em internet fica "desconectado" por longos períodos, pode ter
reações imprevisíveis. A exposição constante as Redes Sociais (seja passiva ou
ativa), também pode desenvolver no indivíduo quadros de baixa estima, fobia
social, isolamento, solidão, inveja, insegurança, vitimização, autopiedade,
insatisfação, sentimento de inadequação, depressão, ansiedade e transtorno de
personalidade narcisista. Além disso, a falta de atividades físicas e a alimentação
desequilibrada (inerentes ao vício), podem colaborar para o desenvolvimento de
doenças como a trombose e a embolia pulmonar.
Outro aspecto
alarmante é a criação de um mundo utópico e o estabelecimento de objetivos
inalcançáveis (já que as Redes Sociais expõem “momentos” que podem ser
entendidos como uma felicidade que de fato não existe), além de um senso
competitivo pernicioso. Este fenômeno é chamado por analistas de
"Depressão do Facebook", pois jovens tendem a se deprimir ao ver
fotos e comentários de outras pessoas, achando que sua vida é inferior à
deles. Atualmente, a mesma rede é citada entre os motivos que mais
levam casais a se divorciarem na América. Outras patologias associadas ao
vício digital são: "Síndrome do Toque Fantasma (pequenos delírios que
remetem a vibrações ou toques inexistentes do celular), "Nomophobia"
(sensação de desespero ao ficar sem celular, ou até mesmo quando a bateria do
mesmo esta acabando), "Náusea Digital" (vertigem provocada por exposição
a movimentos na tela, que fazem o corpo reagir como se também se movesse),
"Cibercondria" (quando se toma por real qualquer informação divulgada
pela internet) e o "Efeito Google" (o cérebro passa a reter menor
quantidade de informações em decorrência da facilidade para realização de
pesquisas digitais).
O chamado
"Transtorno de Dependência da Internet" é tão presente em nossos
dias, que especialistas já conseguem medir até mesmo o IMV (Índice de Massa
Virtual) de um individuo, processando dados como a quantidade de aparelhos
conectáveis que uma pessoa possui e seus hábitos na grande rede. Cabe então, o
excelente conselho do sábio rei Salomão, (escrito a milênios num bom e velho
pergaminho): Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todas as
coisas debaixo do céu (Eclesiastes 1:1). A internet pode ser uma benção ou
uma maldição dentro da família, tudo depende do “como”, “quando” e “quanto”
escolhermos usá-la. Ao “navegar” por ela, lembre-se sempre que seu nome
original é “teia”... Então redobre a vigilância para não ficar preso em suas
armadilhas.
O uso contínuo das redes sociais
vem, ao longo do tempo, comprometendo os relacionamentos. Hoje em dia, temos um
número sem fim de amigos nas redes, mas com quantos poderíamos contar em caso
de real necessidade? As redes sociais criaram um novo conceito acerca de
amizade. Hoje, muitas amizades são pautadas em relacionamentos superficiais, os
quais não oferecem nenhuma segurança. Em busca de amigos virtuais acabamos por
perder a amizade de Jesus, o nosso melhor amigo (João 15:15). Relações
insípidas e impessoais promovem um vazio interior, pois o indivíduo acaba
descobrindo que ninguém está realmente se importando com ele. Infelizmente, o
que tem valido cada vez mais é o individualismo. O que parece ser maravilhoso,
ter muitos amigos na rede, termina com uma grande sensação de abandono, levando
muitos a sofrerem com a depressão.
Muitas crises conjugais têm sido
atribuídas às redes sociais. “Amizades” entre homens casados e moças solteiras
têm causado muitas brigas entre casais. O esfriamento do contato com o cônjuge
também tem sido a reclamação de muitas pessoas, principalmente as mulheres, que
se sentem abandonadas por seus esposos. A Bíblia ensina que o homem deve deixar
pai e mãe e unir-se a sua mulher, fazendo com ela uma só carne (Gêneses 2:24 /
Marcos 10:7 / Efésios 5.31). Então, por
que não deixar um pouco de lado os relacionamentos virtuais e valorizar o
casamento, que Deus criou para realização de seu maior projeto: a família? Em
muitos casos, vemos a atenção aos filhos sendo negada em favor de uma vida
voltada para o contato diário nas redes. Lembre-se de que os filhos são herança
do Senhor e o cuidado deles é o nosso compromisso (Salmo 127:3). A Internet não
pode ser totalmente culpada pelo término de um casamento, mas ela pode
funcionar como desculpa. Então devemos vigiar para que não sejamos traídos por
nossas ações. O apóstolo Paulo nos adverte a não abandonarmos nosso cônjuge em
longos períodos de oração e consagração (I Corintos 7:5). Entretanto, muitos
têm abandonado seus cônjuges por longas horas na Internet. Cuidado, a atenção
negada pode ser oferecida por um enviado do diabo.
Podemos ter acesso a todas as
coisas, entretanto não podemos nos deixar dominar por elas (I Coríntios 6:12).
Quando percebermos que o uso das redes sociais está fugindo do nosso controle,
invadindo a nossa privacidade, afastando do nosso cônjuge e da nossa família,
devemos imediatamente buscar o amadurecimento do fruto do Espírito, que nos
garantirá o retorno a uma perfeita comunhão com o Senhor e esse retorno
resgatará o que tivermos perdido. Quanto mais aproximarmos do Senhor menos
interesses teremos em querer saber o que está “rolando” nas redes sociais. Uma
comunhão perfeita com Deus produz em nós um desejo de ter uma vida real, com
relacionamentos reais e duradouros. “O que Deus ajuntou não separe a Internet”.
É possível viver sem Facebook?
Comentário Adicional
Cp. Lucas Passareli
Aparentemente o Facebook
substituiu a TV em termos de consumo passivo e pode fazer as pessoas perderem
seu referencial. Se você vê sempre todas as pessoas muito felizes enquanto você
está se sentindo frágil por qualquer motivo, aquilo vai deixá-lo triste - é
instintivo. É como se você estivesse constantemente cercado por um grupo de
pressão, que só te mostra o que faz de melhor. Usuários de Facebook por períodos
mais prolongados acreditam que as outras pessoas são mais felizes e tem uma
vida melhor do que a delas. Uma dica boa é, que quanto mais você interagir
diretamente com outras pessoas"offline", mais seu humor melhorara ao
longo do tempo. Uma forma de se proteger da tristeza causada pelas redes
sociais é tentar ao máximo tomar consciência dos efeitos que elas provocam. O
Facebook é algo relativamente “novo” e muito intenso. Primeiro, precisamos
aprender a utilizá-lo em relação a seu ambiente social e seu conteúdo. Como
muita gente moveu seu grupo social para dentro dele, o perigo é que passem a
acreditar que o que acontece ali seja um retrato fiel do que acontece na vida
real. E se você se sente mal (com os estímulos recebidos das redes sociais),
uma sugestão é largá-las por um tempo, tirar um período de férias das redes
sociais. Há vida fora do Facebook. E essa não é uma pergunta. É uma afirmação. O silêncio tende a lhe dizer coisas, entre
elas, que o barulho é desnecessário.
A grande questão
aqui é tempo, Ou melhor, priorizar as coisas que realmente são importantes.
Quando você deixa de fazer todas as atividades típicas de um usuário de
Facebook, tais como curtir fotos, postar atualizações, checar as atualizações
dos outros ou jogar Farmville (ufa...), você ganha tempo, que pode utilizar para fazer o
que realmente importa, como, por exemplo,
praticar exercícios físicos, caminhar pelo parque, ler livros, brincar com seus filhos, sair com
os amigos, e ainda mais: estudar a Bíblia, orar, meditar na mensagem ouvida, frequentar
reuniões na igreja... Você pode até escrever em um blog... (aham). Embora sejamos
criaturas sociais, o fato é que a socialização online é ainda muito superficial.
Conversar com alguém durante duas horas no Facebook não se equivale a alguns minutos de
conversa olhos nos olhos. Talvez a necessidade de se socializar se deva ao fato
de ficarmos com medo de estarmos sozinhos. E será que isso não seria bom?
Experimente se desconectar num sábado, ou qualquer outro dia da semana, sem
e-mail, sem Facebook, sem Twitter ou qualquer outra rede social. Um dia sem Internet.
Sem vida digital. Desligue, e apenas crie, reflita, faça um “braistorm*”, ande,
sente-se sozinho, medite, leia um livro.
Esta solidão pode ser assustadora, mas com o tempo podemos aprender a ser o nosso próprio companheiro, e tornar-se em uma ótima companhia. Às vezes é preciso desconectar-se do mundo, para se reconectar a você mesmo. E finalmente se ligar sem reservas em Deus. E este é exatamente o aconselhamento de Paulo em I Coríntios 11:28: Avalie o homem a si mesmo. Definitivamente, vivemos a era da distração. São tantas as coisas a nos perturbar, mensagens de SMS, mensagens no Whatsapp, novos emails, novas atualizações no Facebook, telefonemas, notícias de última hora, que a tarefa mais difícil seja mesmo a de se manter concentrado em uma única atividade. Sair do Facebook (ou permanecer fora dele, para quem nunca entrou) tem implicações, pois não estaremos mais em “sintonia com o resto do mundo”. Isso não é necessariamente uma coisa ruim, na medida em que a menor quantidade de ruído exterior lhe permitirá dar “mais ouvidos” ao seu “eu interior”. Você aprenderá a andar em seu próprio ritmo. Você aprenderá a estabelecer seus próprios objetivos, ao invés deles serem estabelecidos pelos outros. Acima de tudo, você terá mais tempo para refletir e para ter, e sobretudo viver, comportamentos mais alinhados aos seus próprios interesses, e não aos interesses dos outros.
Esta solidão pode ser assustadora, mas com o tempo podemos aprender a ser o nosso próprio companheiro, e tornar-se em uma ótima companhia. Às vezes é preciso desconectar-se do mundo, para se reconectar a você mesmo. E finalmente se ligar sem reservas em Deus. E este é exatamente o aconselhamento de Paulo em I Coríntios 11:28: Avalie o homem a si mesmo. Definitivamente, vivemos a era da distração. São tantas as coisas a nos perturbar, mensagens de SMS, mensagens no Whatsapp, novos emails, novas atualizações no Facebook, telefonemas, notícias de última hora, que a tarefa mais difícil seja mesmo a de se manter concentrado em uma única atividade. Sair do Facebook (ou permanecer fora dele, para quem nunca entrou) tem implicações, pois não estaremos mais em “sintonia com o resto do mundo”. Isso não é necessariamente uma coisa ruim, na medida em que a menor quantidade de ruído exterior lhe permitirá dar “mais ouvidos” ao seu “eu interior”. Você aprenderá a andar em seu próprio ritmo. Você aprenderá a estabelecer seus próprios objetivos, ao invés deles serem estabelecidos pelos outros. Acima de tudo, você terá mais tempo para refletir e para ter, e sobretudo viver, comportamentos mais alinhados aos seus próprios interesses, e não aos interesses dos outros.
Nota:
Brainstorming significa tempestade cerebral ou tempestade
de ideias. É uma expressão inglesa formada pela junção das palavras
"brain", que significa cérebro, intelecto e "storm", que
significa tempestade. No sentido literal seria para você fazer uma reflexão de
tudo aquilo que você tem feito, sendo bom ou ruim.
Conclusão
Muitos relacionamentos têm
sofrido pelo mau uso dos meios de comunicação, contudo, pudemos observar que
existem meios de controlar esse uso e nos mantermos ligados à modernidade,
sem nos afastar do que realmente tem valor para o homem: Deus e a
família.
O Fruto Espiritual é uma prova eficaz que estamos progredindo em nosso processo de santificação, tornando nossa maturidade espiritual perceptível.
Este fruto só será completo e de qualidade inquestionável se for constituído de amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperanças. Para aprender ainda mais sofre o Fruto do Espírito, e a frutificação espiritual na era da pós modernidade, participe neste domingo, 10 de abril de 2016, de nossa EBD.
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