Muitos
líderes têm se destacado por ter uma grande equipe ao seu lado. Muitos
coordenadores e gestores, aliás, se beneficiam da autonomia para escolher seus
colaboradores, e com isto elaboram prévios critérios para contar apenas com
profissionais muito qualificados, inclusive, moldando neles sua liderança.
Jesus
se tornou o maior líder de todos os tempos, seguindo exatamente o caminho
inverso. Escolheu para formar sua equipe, homens despreparados, sem virtudes
aparentes e ainda sem um direcionamento definitivo de suas vidas. Ao escolher
seus doze discípulos, o Mestre, agregou fogo e pólvora no mesmo barril, criando
um ambiente explosivo, mas que através de sua liderança, se moldou nos
propósitos previamente estabelecidos.
É
claro que toda a liderança de Jesus foi posta à prova em seu ministério, tendo
que lidar com os dramas familiares de Pedro e André, e com a fogueira de
vaidades que queimava na casa dos irmãos “Trovão”: Tiago e João (Mateus 20:20). Para um ministério que precisava de
expansão, é convocado Felipe, cuja eloquência deixa muito a desejar, e como um dos
ministros do Reino que pregava agregação, é escolhido Natanael, em cujo caráter
é visível traços de xenofobia (João 1:44-47).
Junte-se ainda neste caldeirão a instabilidade de Pedro, o pragmatismo exagerado de Tomé, o materialismo latente de Judas, a rivalidade odiosa existente entre o “publicano” Mateus e o “zelote” Simão, além de um possível ostracismo subjetivo de Tadeu e Tiago.
Entre seus seguidores mais fieis, também estava um grupo de mulheres muito devotadas, sendo que no trato a elas, Cristo confrontava paradigmas e dogmas de uma cultura machista.
Junte-se ainda neste caldeirão a instabilidade de Pedro, o pragmatismo exagerado de Tomé, o materialismo latente de Judas, a rivalidade odiosa existente entre o “publicano” Mateus e o “zelote” Simão, além de um possível ostracismo subjetivo de Tadeu e Tiago.
Entre seus seguidores mais fieis, também estava um grupo de mulheres muito devotadas, sendo que no trato a elas, Cristo confrontava paradigmas e dogmas de uma cultura machista.
Mas,
além de ensinar, o mestre inspirou esses homens. Jesus Cristo quando estava pregando
a sua Palavra, acompanhado dos seus discípulos, influenciou e liderou através
dos seus exemplos, trabalhando, ensinando, incentivando e servindo. Jesus
sempre dava a direção aos seus discípulos e seguidores, agindo com paciência e
amor, dando a provisão necessária para que todos fossem preparados para a obra
do seu ministério, levando-os a uma condição muito melhor do que quando os
encontrou, e em menos de três anos, a liderança incisiva de Jesus foi capaz de
mudar hábitos, forjar caráter e imprimir sua marca pessoal em cada um de seus
pupilos, ao ponto que de tão parecidos, os olhos mais leigos não podiam
diferenciar um do outro (Mateus 26:48, 69-74).
O
estilo de liderança do Senhor Jesus foi além de prático, muito inspirador. Ele
mesmo disse: “eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós
também” (João 13:15). Noutra ocasião também falou: “aprendei de mim, que sou
manso e humilde de coração” (Mateus 11:29). Tais palavras destacam a qualidade
da sua liderança inspiradora. Igualmente, os termos “façais e aprendei” trazem
consigo um apelo de compromisso com o seu exemplo.
Essa é
a nossa missão. Como pastores, líderes de departamento, diáconos e obreiros na
obra do Senhor, devemos agir com amor e paciência para com os novos convertidos
e os cristãos mais fracos, primeiramente dando o exemplo, depois ensinando,
servindo e mostrando a direção a ser seguida, entendendo que alguns atingem a
maturidade cristã mais rápida, enquanto outros demoram muito mais e exigem mais
trabalho.
Quem
conhece Jesus não o segue pelo que Ele faz, mas pelo que Ele é. O que Jesus tem
de mais impactante, em sua liderança, é sua integridade de vida. Suas palavras
transformaram as pessoas, Ele é o homem perfeito, o nosso maior modelo. Sua
liderança para influenciar na melhora das pessoas era extraordinária e com
testemunho (João 5:36). Ele liderava homens e mulheres para uma causa e
propósito comum, através do seu caráter que inspira confiança (João. 13:15).
Liderança
é, acima de tudo, um exercício de relacionamentos. Jesus sabia muito bem como
se relacionar com pessoas. Isento de qualquer vaidade, e munido de carisma e
empatia, Ele conseguia falar a língua de seus liderados, ganhando a confiança
dos mesmos. Jesus não hesitava em entrar na casa das pessoas e visitar locais
onde gente marginalizada se refugiava; mas também não se esquivava de encontros
com nobres e príncipes ou ensinar doutores letrados da lei.
O
grande segredo de Jesus era se nivelar ao seu ouvinte, para depois traze-lo ao
seu próprio nível. Sua vida era moldada por suas palavras e vice-versa, e assim
cada detalhe de seu ministério inspirou, inspira e continuará inspirando a
todos que voltarem seus olhos e ouvidos para Ele.
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