A Igreja
que supera as crises de unidade, comunhão e ética, e tudo aquilo que compromete
sua missão, certamente possui características de uma Igreja fiel, que vence as
influências mundanas. Um exemplo marcante de Igreja frutífera são os cristãos
tessalonicenses (I Tessalonicenses 1:5-8). Eles levaram a grande comissão de
Cristo a sério (Mateus 28:18-20). Serviram de exemplo para outros cristãos,
pois difundiam o Evangelho por onde quer que fossem (I Tessalonicenses 1.7-8).
Levaram o
Evangelho para toda a cidade, e, muito além de suas fronteiras físicas, para a
região da Macedônia até a região da Acaia. Certamente esses cristãos
discipulavam outros crentes e evangelizavam os incrédulos. Sem dúvida, outras
igrejas foram fundadas graças à propagação do Evangelho que brotou daqueles
irmãos. A Igreja é um enorme celeiro e um grande depositário de vocações,
talentos, recursos e potenciais.
Neste
sentido, seu papel deve ser o de orientar os membros para o serviço à
sociedade. Refletindo o nosso chamado para sermos sal e luz. Temos de avançar
na questão da solidariedade através da conscientização. Como no sentido
original da palavra “igreja” (que vem do grego “ekklesia” e significa
“assembleia de santos”), precisamos recuperar a nossa vocação histórica de
agentes de transformação e esperança.
O
testemunho social da Igreja deve invadir as feiras e praças da cidade, o
ambiente de trabalho, a escola, a universidade, entre outros. A fé cristã não
cabe entre quatro paredes. Quando seguimos a Cristo devemos contextualizar a
verdade, refletindo a imagem de Deus no serviço, na proclamação, na compaixão e
no amor (João 13:15; I Pedro 2:21).
Segundo o
escritor cristão Richard Mayhue, salvo a igreja de Jerusalém, nenhuma outra
igreja esteve tão intimamente ligada à expansão missionária quanto a de
Antioquia (Atos 13:1-4). Ele aponta alguns princípios básicos e eternos que
contribuíram para o sucesso da referida igreja. Primeiramente, a partida de
Paulo e Barnabé foi motivada e direcionada pelo espírito Santo (Atos 13:2),
isto é, estava de acordo com o chamado e vontade de Deus, e não de homens. Em
segundo lugar, a igreja confiou os dois obreiros a Deus e os encarregou de
promover a expansão do Evangelho, ou seja, foram enviados pelo Espírito Santo e
pela igreja local. Entendemos aqui que Paulo e Barnabé estavam debaixo de
cobertura espiritual (Atos 13:3). Outro ponto a ser observado é que a igreja
cedeu de boa vontade seus melhores homens, Paulo e Barnabé, em obediência à
orientação do Senhor (Atos 13:4). Ela não foi mesquinha nem individualista em
reter ou limitar a obra de Deus na vida dos seus servos e permitiu que o
processo no campo missionário tivesse continuidade. Ela não tentou, de forma
egoísta, segurá-los para si.
Sendo
assim, é preciso que a igreja atual reflita e repense sua recente prática
missionária. O nosso Mestre já direcionou o caminho a ser trilhado e não
podemos pensar em missões de forma diferente. Missões, que inclui o evangelismo
local e às nações (Atos 1:8), não é o título, nem cargo. É trabalho sério.
Desse modo, sempre debaixo da orientação do Espírito Santo, urge para pregarmos
a Palavra a todo o mundo (Marcos 16:15), a tempo e fora de tempo (II Timóteo
4:2).
Temos que
conhecer quem é Jesus. Você tem que conhece-Lo e permitir que Ele perdoe seu
pecado e que derrame amor de deus em seu coração. Então você poderá perguntar a
Ele: “Senhor. O que quer que eu faça?”. Não pense que Cristo imporá uma lista
enorme de coisas que não pode fazer.
Quando se
caminha com Cristo, você pode fazer o que quiser, pois Cristo fará você querer
a vontade de Deus. E hoje a vontade de Deus para a Igreja é que estendamos
nossa mão para o próximo. A Bíblia nos ensina que temos de nos tornar pessoas
que se importam com os outros. Nossa prioridade é para com os membros do Corpo
de Cristo, particularmente com a Igreja Perseguida. Quando nos dirigimos a
eles, nós os encontramos abertos para receber o amor de Deus, a única resposta
à perseguição.
A batalha
não será ganha com tanques ou com armas no campo de batalha. A batalha real
será travada por aqueles que estão cheios do Espírito Santo de Deus. Pessoas
que se disponham a ir e proclamar Jesus Cristo. Que levem a Palavra de Deus (Irmão
André, fundador das Portas Abertas).
A missão
da Igreja é tríplice: ela deve ministrar a Deus, aos seus membros e ao mundo.
Compreendemos então sua missão para com Deus, sua missão para consigo mesma e
sua missão para com o mundo. A adoração é essencialmente a missão da Igreja com
Deus. Em Colossenses 3.16, Paulo encoraja a Igreja a cantar “salmos, hinos e
cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão no coração”. A adoração na
Igreja não é meramente um preparo para outra coisa; ela é em si mesma o
cumprimento de um dos grandes propósitos da Igreja, cujos membros foram criados
para o louvor e glória de Deus (Efésios 1:20).
O
ministério da Igreja a seus membros é realizado por meio do fortalecimento
espiritual e da edificação destes para que ela possa apresentar “todo homem
perfeito em Cristo” (Colossenses 1:28). Em Efésios 4:12-13, os líderes com dons
na igreja foram dados para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do
ministério e para edificação do Corpo de Cristo até que cheguemos à unidade da
fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus; ao estado de homem perfeito, à
medida da estatura da plenitude de Cristo.
A missão
da Igreja para com o mundo é realizada pela pregação do Evangelho a todas as
pessoas no mundo, seja por meio de palavras, seja por meio de atitudes. Em
Mateus 28.19, Jesus ordena aos Seus seguidores que façam discípulos de todas as
nações. Para vencer a crise de fidelidade a essa missão, a Igreja deve envolver
não somente no evangelismo, mas também em assistência aos pobres e oprimidos
(Gálatas 2:10; Tiago 1:27), e, consequentemente, todos os membros devem fazer o
bem a todos.
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