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quinta-feira, 23 de junho de 2016

EBD - Temperança: uma vida controlada pelo Espírito



Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 99 - Editora Betel
Fruto do Espírito - Lição 13
Comentarista: Pr. Israel Maia

Comentários Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Pb. Bene Wanderley


Texto Áureo
Gálatas 5:22
Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.

Verdade Aplicada
Temperança é a total moderação desenvolvida por aquele que vive sob o domínio do Espírito Santo.

Textos de Referência.
Tito 2:7-8; 2:11-12

Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós.

Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente.


Uma vida equilibrada
Comentário Adicional:
Pb. Miquéias Daniel Gomes

A ultima característica do Fruto Espiritual listada por Paulo em Galatas 5:22 é EGKRATEIA. Este termo grego tem como raiz etimológica a palavra “kratos”, que literalmente significa “ter domínio ou autoridade sobre algo ou alguém”. No hebraico, a mesma expressão se translitera para APHAQ, e se refere a alguém que consegue controlar suas próprias emoções (Gêneses 43:30-31). Na língua portuguesa, seus equivalentes mais conhecidos são os termos Domínio Próprio e Temperança, que basicamente, expressam a idéia de um indivíduo que tem controle sobre as suas paixões, sobriedade em suas atitudes e decisões, e que consegue evitar os excessos em seus apetites, seus desejos e vontades. Apesar da redundância, podemos dizer de forma resumida, que Domínio Próprio nada mais é que autocontrole. Embora pareça fácil alcançar plenamente o autocontrole, obter domínio próprio é extremamente complexo, e se faz necessária à intervenção auxiliadora do Espírito Santo. Somos constituídos de corpo, alma e espírito. Deus deseja operar nestas três esferas de nossa vida (pensamentos, vontades e ações), mas para que isso aconteça, precisamos entregar esse “pacote” à Ele. Para podermos doá-los ao Senhor, primeiro precisamos ter controle sobre ele e para tal se faz necessário uma amortização da carne, um refinamento de alma e uma constante renovação espiritual. Se tudo isto acontecer, então o homem consegue perseverar em oração, jejuar, meditar na Bíblia e assim encontrar os meios (e a força necessária) para manter seus impulsos e instintos em stand by. O Domínio Próprio não elimina nossas fraquezas e defeitos, mas as tranca em uma caixa espiritual, de onde não podem mais agir, embora continuem vivos e ativos lá dentro.

Outro termo usado para definir esse autocontrole é TEMPERANÇA. Desenvolver esta virtude significa equilibrar seus sentimentos; colocar limites aos próprios desejos; controlar a atração por prazeres; assegurar o domínio da vontade espiritual sobre os instintos carnais e corrigir desvios temperamentais. Relevantes estudos da psicologia cristã revelam quatro tipos básicos de temperamentos individuais, sendo que todos possuem seus deméritos, sendo eles: melancólico, fleumático, colérico e sanguíneo. Um indivíduo que amadureça Frutos Espirituais não eliminará de seu temperamento os aspectos negativos inerentes à ele; mas poderá equilibrá-los com as demais virtudes presentes no Fruto. Por exemplo: Um cristão que tenha o temperamento melancólico terá tendências para a autodepreciarão, tristeza constante e inclinação a um quadro depressivo, mas compensa estas fraquezas com outras virtudes do Fruto Espiritual, tais como amor, alegria e paz. O fleumático tende a ser calculista, materialista e sistemático, mas equilibra suas ações através do amor, da longanimidade, da benignidade e da bondade. O colérico, inclinado ao preconceito, ao rancor e a ansiedade, equilibra seu caráter mediante o amor, a fidelidade e a mansidão. Já o sanguíneo, impulsivo e intolerante, corrige seus desvios de personalidade ao exercer amor, benignidade, longanimidade e mansidão. Exatamente por este motivo, não podemos considerar como genuíno, um fruto onde esteja ausente qualquer uma das características indicadas.

Este fruto pode ser descrito como uma tangerina com nove gomos ou um belo cacho com nove uvas muito viçosas, sendo esta uma condição irrevogável e sem concessões. Um fruto com apenas oito gomos ou um cacho com apenas oito uvas, logo é um fruto defeituoso, produzido por uma árvore de qualidade duvidosa. Uma árvore que produza frutos incompletos será desqualificada, desarraigada e lançada ao fogo. Assim, a avaliação de nosso caráter para fins de juízo ou galardão se dará pelo minucioso exame dos frutos que produzimos ao longo de nossas vidas. A sabedoria de Deus é tão maravilhosa, que uma das características do Fruto do Espírito é responsável por “equilibrar” todas as outras de forma homogênea, linear, cíclica e duradoura.


Vivendo sob o controle do Espírito

A temperança é uma característica do Fruto do Espírito que age diretamente nos sentimentos e desejos mais profundos do indivíduo. Através dela, o homem consegue controlar os seus mais fortes impulsos. Ao final da apresentação das três seções acerca das nove características do Fruto do Espírito, o apóstolo Paulo apresenta a temperança. Esta característica nos mostra como o indivíduo pode ser capaz de viver uma vida abençoada ao permitir ser completamente controlado pelo Espírito Santo. Quando faz esta escolha, o homem aprende a viver e experimentar uma vida melhor (II Timóteo 1:7). Ao escolher ter uma vida controlada pelo Espírito, o indivíduo começa a controlar os seus desejos e paixões, buscando sempre pureza em seus atos. No primeiro capítulo do livro de Tito, Paulo mostra algumas características naturais do homem sem Deus e também qual deve ser a postura daquele que almeja o episcopado. Neste texto. Paulo destaca a importância da temperança (Tito 1:8). O discurso de Paulo está coerente com tudo que se espera de um servo fiel a Deus. A Igreja e a sociedade observam as ações daquele que se diz temente ao Criador. Afinal estamos rodeados por testemunhas e por isso devemos fugir dos embaraços que nos cercam cada vez mais de perto (Hebreus 12:1). Muitas vezes não observamos que as pessoas estão olhando os nossos atos. Entretanto, para aquele que teme a Deus, é importante observar a sua conduta, independentemente das testemunhas que o rodeiam, já que a Palavra de Deus nos ensina que os olhos do Senhor estão em todo lugar (Provérbios 15:3). Destaque para os alunos que Deus incessantemente busca pelos fiéis da terra (Salmos 101:6). Por esse motivo, devemos sempre manter uma postura digna de homens fieis.

Ao criar o homem, o Criador lhe deu uma opção de escolher como iria caminhar sobre a Terra. Conhecida como livre arbítrio, é cercada por um limite estabelecido pelo próprio Deus. É importante ressaltar que nunca será a intenção dEle invadir este limite, pois se Ele quisesse ter o homem como um fantoche em suas mãos, assim teria feito. Deus criou o homem para que O louvasse e o louvor só tem valor se for espontâneo (Salmo 118:1ª). O propósito sempre foi guiar o homem. Sendo assim, Ele providenciou para que recebêssemos o Fruto do Espírito. Ao desenvolver a temperança o homem passa a viver segundo o padrão divino. Viver uma vida segundo o padrão divino passa a ser para o indivíduo extremamente gratificante. Ter uma vida baseada na verdade e no equilíbrio proporciona ao homem momentos inesquecíveis de alegria, paz e amor. Temos aprendido que o Fruto do Espírito Santo, apesar de ser dividido em três seções e contar com nove características, é apenas um; e, seu amadurecimento deve ser inteiro e igualmente. Escolher ser temperante é viver neste mundo de forma irrepreensível com a certeza de desfrutar no futuro das bênçãos celestiais (Tito 2:12-13).

O amadurecimento do fruto do Espírito Santo tem como objetivo garantir ao indivíduo uma vida saudável. Sendo assim, viver sob a orientação do Espírito irá garantir o amadurecimento da temperança ou domínio próprio. Esta característica do fruto age freando os desejos carnais que nos direcionam no sentido contrário ao propósito de Deus para nossas vidas. Quando começamos a promover o amadurecimento do Fruto do Espírito, passamos a andar segundo o Espírito e não mais segundo a carne. Este comprometimento com o padrão divino de viver irá nos livrar de toda e qualquer condenação (Romanos 8:1). A Lei do Espírito de Vida está posta a disposição do homem para o livrar da morte traduzida pelo pecado. Este livramento ocorre através de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Romanos 8:2). Sabemos que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Romanos 3:23). Entretanto, o Senhor Deus providenciou, através de um plano de salvação, um meio pelo qual houvesse uma forma de redenção para o homem. Para conseguir estar incluído neste plano de salvação é necessário que haja o amadurecimento do Fruto do Espírito Santo. Sem ele, infelizmente, o homem volta ao estado inicial que tinha antes de conhecer a Jesus Cristo.


A Carne e o Espírito
Comentário Adicional:
Pb. Miquéias Daniel Gomes

Nenhum trecho da Bíblia apresenta um contraste mais nítido entre o modo de vida do homem cheio do Espírito Santo e de outro controlado pela natureza humana pecaminosa do que o texto de Galatas 5:16-22. O apóstolo Paulo não somente examina as diferenças gerais do modo de vida entre dois tipos de “homens” ao enfatizar que a carne e o espírito estão em conflito, como também inclui uma lista com as obras e frutos produzidos a partir da inclinação para um dos lados. As obras da carne citadas (do grego – SARX), são oriundas de uma natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, que infelizmente continuam no cristão mesmo após sua conversão, tornando-se o arqui-inimigo de seu espírito (Romanos 8:6-13). Aqueles que se deixam controlar por tais impulsos carnais não poderão entrar no Reino de Deus. Exatamente por este motivo, tal natureza carnal precisa ser resistida e mortificada, o que só será possível mediante uma intensa batalha espiritual que o crente trava contra seus próprios instintos pela força do Espírito Santo. Segundo Paulo, a carne cobiça contra o espírito, e o espírito contra a carne. Um dos dois, inevitavelmente sairá vencedor.  As obras do homem “carnal” são manifestas em adultérios, fornicações, impurezas, lascívias, idolatrias, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices e glutonarias. Quem comete tais coisas não herdará o Reino de Deus. Já no homem espiritual, é amadurecido o Fruto do Espírito, composto por amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança. Coisas contra as quais, não há lei. Mas será possível que o homem carnal se torne espiritual?

Quando Nicodemos foi ter com Cristo, buscando respostas para suas dúvidas espirituais, Jesus lhe afirmou que não se pode entrar no Reino de Deus sem que antes experimente-se um novo nascimento (João 3:1-4). Apesar de sua grande sabedoria, aquele homem ficou pasmo diante da tal afirmação, não entendendo como um homem velho poderia retornar para o ventre de sua mãe e reiniciar a vida. Jesus então lhe revelou que o ingresso no Reino dos Céus está condicionado a uma transformação espiritual e a uma mudança radical de comportamento e hábitos. É preciso nascer da Água e do Espírito. Neste contexto, ambos os “nascimentos” mencionados estão intrinsecamente ligados, paralelos um ao outro, complementos de uma mesma ação. Em Ezequiel 36:25, quando Deus propõem a Israel uma Nova Aliança, menciona dois elementos vitais para uma relação profícua entre Deus e Homem, que são exatamente a “Água” e o “Espírito”: Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. - “E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.”

Assim, o nascimento da água pode ser entendido como um processo de purificação, onde o homem, através de sua fé em Cristo, é limpo de todo seu pecado e lavado pelo Sangue de Cristo, símbolo máximo da Aliança Neo Testamentária (I Coríntios 11:25) . Já o nascer do Espírito remete a uma mudança completa na forma de pensar e agir, quando o velho homem é crucificado com Cristo, amortizando assim a vontade da carne e dando vazão ao espírito que desde o princípio clama por Deus. Esta transformação leva a um indivíduo a um novo estado de prioridades, onde elementos terrenos, antes causadores de tristezas e frustrações permanentes, são renegados a um status de inferioridade, sendo nossa mente ocupada por temas “eternais”. Através deste processo de "renascimento" o homem passa de natural a espiritual, dando maior vazão para o Espírito Santo atuar em sua vida.




A tentação não é derrota

Continuamente, Satanás coloca pedras para que tropecemos. Estas pedras são representadas por velhos sentimentos que sempre se levantarão em nossos corações. Em todo tempo, somos tentados por imagens, atos e intenções que nos são apresentadas por meio das infovias (Tiago 1:13). O servo de Deus deve buscar afastar-se de conteúdos ilícitos e imorais que são veiculados pelos meios de comunicação em massa, como sites da Internet e TV a cabo, para que não se deixe levar em seus desejos contidos. O domínio próprio será o responsável por sufocar tais desejos. O servo fiel deverá escolher o que é do agrado de Deus através de uma avaliação racional do que realmente é o melhor para ele, isto é, uma vida pautada nos padrões exigidos pelo Criador. O cuidado deve ser constante. É necessário estarmos sempre vigilantes, pois o nosso adversário nunca se afasta de nós, sempre aguardando uma oportunidade para nos derrubar (I Pedro 5:8). A posição do diabo é e sempre será uma posição de ataque. Sempre que ele notar um deslize, mesmo que pequeno, irá investir com força total. Permanecer na comunhão é a melhor maneira de se manter protegido das investidas do maligno, pois em comunhão somos mais fortes. A comunhão dificulta a ação do maligno em nossas vidas (Eclesiastes 4:12b).

O domínio próprio também é responsável por uma constante vida de santificação, pois, à medida que amadurece, essa característica do Fruto do Espírito Santo produz uma vida disciplinada em acordo com o desejo de Deus para Seus filhos. Em Seus planos, o Senhor separou um lugar especial para a humanidade conviver e se relacionar. A Igreja é um local onde o indivíduo irá buscar conhecimentos que lhe darão subsídios de como enfrentar o diabo e se desviar das astutas ciladas do inimigo. A Igreja também representa o reino do céu estabelecido na Terra (João 1:29), e no céu o poder do diabo está derrotado. Ao encontrar com Jesus, João Batista declarou que estava diante Daquele que tiraria o pecado mundo (João 1:29-36). Naquele momento, ficou esclarecido que haveria sempre um lugar onde o nome do Senhor seria exaltado. Durante o seu Ministério terreno, Jesus Cristo deixou bem claro que onde estivessem dois ou três reunidos em Seu Nome ali Ele estaria (João 18:20). A igreja é onde se manifesta a presença de Deus. Sendo assim, onde Jesus está o pecado não entra. Por isso, é sempre bom valorizarmos a pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo em nossos cultos.

O domínio próprio deve ser exercitado em todas as áreas de nossas vidas, pois atinge os cinco sentidos humanos: visão, audição, paladar, tato e olfato; e, ainda, nossos pensamentos, palavras e obras. Sempre estamos nos deparando com apelos midiáticos e tecnológicos que visam nos mostrar como normais coisas contrárias ao que ensina a Palavra de Deus. É por isso que buscar o amadurecimento do domínio próprio é extremamente essencial para que alcancemos um nível onde os padrões divinos continuem sendo valorizados, para que o homem não perca o foco nem a direção do céu (Filipenses 3:14). Olhar para Jesus é a melhor maneira de desenvolver o domínio próprio, pois só Ele pode finalizar o nosso objetivo de morar na eternidade com Deus. A capacidade de Cristo em nos garantir o acesso ao nosso objetivo se dá pelo fato dEle ter suportado a dor da cruz, desprezando a afronta para assentar-se ao lado do Criador. Tal atitude nos garante participar do gozo que nos foi proposto pelo plano da salvação. O domínio próprio é um dos segredos para alcançarmos a vida eterna (Hebreus 12:2).



Retomando o Controle
Comentário Adicional:
Pb. Bene Wanderley

Falar dessa característica do Fruto do Espírito sempre é de vital importância, em especial, nestes dias marcados por muita agitação humanista e tecnológica, nos quais, a ideologia da pós-modernidade, amplamente divulgada em todos os veículos formadores de opinião é exatamente: “viver a vida sem limites”. Essa frase vem tomando uma proporção gigantesca, como um tsunami hedonista de escala global, causando estragos quase irreversíveis, pois infelizmente, tem atingido o âmago da Igreja do Senhor, causando males incontáveis num ambiente que deveria estar resguardado deste efeito.  Estamos vivendo em meio a uma geração de crentes vazios de Deus, cegos, mudos, surdos, mancos na fé, frios nos relacionamentos. Servos outrora promissores que foram atrofiados pela ação silenciosa e progressiva do pecado. A igreja perdeu o controle sobre si mesma.

A falta do Fruto do Espírito é evidente em todos os lugares por onde andamos. A cada passo dado é possível sentir o latejar da falta do Amor Verdadeiro, que é o vínculo da perfeição divina ativa em nós, mas que tem se esfriando gradativamente, de forma cada vez mais acentuada. O Gozo do Espírito, que é a satisfação e a alegria do servir ao Reino, tem se derretido como gelo. A Paz que é centro do comando da serenidade e da confiança, vem se perdendo como agulha no palheiro. A longanimidade, que é a capacidade de ignorar ofensas sofridas sem merecimento esperando com paciência o tempo oportuno, tem se perdido em uma selva de enganos mortais. A benignidade que é a disposição de fazer o bem sem esperar nada em troca, tem se esvaído como um pingo d`água no oceano. A bondade, que é o amor em exercício (ou seja, é a prática do Amor em si), tem desaparecido do coração das pessoas como uma criança perdida numa floresta de plantas carnívoras, onde o mal suplanta o mais puro gesto de amor. a Fé que nos mantém firmes na presença de Deus e que nos levar a conquistar coisas impossíveis, nos habilitando a romper barreiras intransponível, tem se apagado como a chama de uma vela num dia de grandes tempestades. A mansidão que nos leva a ter uma vida modesta e submissa, tem se afogado no oceano da vaidade e do orgulho, como um débil marinheiro que é levado pelas fortes ondas em um dia de mar revolto.E por fim, temos a temperança, que na pratica deveria ser uma vida totalmente tomada, dominada, controlada e moldada pelo Espírito. Infelizmente, ela tem sido asfixiada pelo pecado da rebelião e esmagada pela desobediência. 

Nesta vida, somos ladeados por pessoas boas e gentis, amigas e afáveis, e que mesmo assim, tem em si a audácia de se rebelarem contra a orientação e direção do Espírito Santo. Não se submetem a Deus, não respeitam os santos homens que o Senhor colocou em sua Igreja para conduzi-los. Querem fazer suas próprias escolhas sem saber se Deus as aprovam. E ainda acham que estão prontos para receber de Deus as suas dádivas. Enfim, se queremos ver o nosso Jesus face a face, teremos que amadurecer em larga  escala o Fruto do Espírito, processo que nos dará de volta o controle de nosso caráter cristão.  A Igreja (instituição) perde o controle de sua própria vocação, quando a Igreja (individuo) não conseguiedominar seus próprios instintos. Que as rédeas volte para nossas mãos através da sujeição ao Espírito Santo de Deus.


Lições práticas

A mídia está sempre recheada de informações absurdas acerca do comportamento humano. Fatos que chocam até o mais liberal dos homens. Tais fatos são apresentados como naturais e sem aparente motivo para repreensão (Mateus 24:12). Notas veiculadas na imprensa valorizam um tipo de comportamento nada ortodoxo de pessoas tidas como celebridades. Casamentos relâmpagos, relacionamentos coletivos, práticas homossexuais, entre outros, são apresentadas como sendo um grito contra o retrocesso, quando, na verdade, visam destruir o que há de mais perfeito na sociedade: a família. A Igreja deve buscar ser temperante para contagiar o mundo em busca de uma mudança de comportamento (Mateus 5:13-14). A família é o maior projeto de Deus para a perpetuação da raça humana e que o maior desejo de Satanás é justamente destruir a coroa da criação (João 10:10). Por este motivo, o maligno sempre irá tentar atingir a família de uma maneira mortal, visando a sua extinção.

O povo de Deus deve se posicionar indo de encontro a todas atrocidades que têm invadido nossas casas, pregando uma conduta modificada pelo amadurecimento da temperança ou domínio próprio. A conduta ideal para o povo de Deus deve ser exatamente contrária à que tem sido pregada através dos apelos midiáticos e tecnológicos. A Igreja deve viver de forma irrepreensível em meio a essa geração corrompida e perversa (Filipenses 2:15), promovendo um modo de vida transformado pela ação do poder do Espírito Santo. Uma das maneiras encontradas pelo inimigo para desestruturar a família é a disseminação do homossexualismo. Não existe outra maneira da raça humana procriar que não seja através da ligação do homem com a mulher. Sendo assim, se os relacionamentos homo-afetivos continuarem a se proliferar, em pouco tempo a humanidade estará extinta e da pior maneira possível, isto é, através do pecado (Romanos 1:25-28).

Estas três características do Fruto do Espírito Santo sugerem que o servo fiel deve sempre estar em consonância com o Criador, agindo de acordo com os mandamentos perpetrados na Palavra de Deus. Uma vida sadia depende em muito do que estamos dispostos a fazer para que ela seja assim. O diabo sempre estará nos apresentando oportunidades diversas para nos fazer cair, mas nunca conseguirá atingir aqueles que estão sob a orientação do espírito Santo (Romanos 8:14).

Conclusão

Neste trimestre tivemos a oportunidade de estudar sobre o Fruto do Espírito Santo (Galatas 5:22). É importante ficar claro que o Fruto do Espírito Santo é apenas dividido em nove características ou, como alguns dizem, gomos. Estas nove características estão divididas em três seções. A primeira seção (amor, gozo e paz) refere-se ao homem consigo mesmo. A segunda seção (longanimidade, benignidade e bondade) refere-se ao homem e seus relacionamentos interpessoais. A terceira seção (fé/fidelidade, mansidão e temperança/domínio próprio) refere-se ao homem e relacionamento com Deus. Os ataques do diabo nunca serão eficazes na tentativa de destruir o projeto de Deus para a humanidade, porque a Igreja será sempre vencedora em Cristo (I Coríntios 10:13) e viverá o amadurecimento do fruto do Espírito Santo em meio aos apelos midiáticos e tecnológicos.



O Fruto Espiritual é uma prova eficaz que estamos progredindo em nosso processo de santificação, tornando nossa maturidade espiritual perceptível.  

Este fruto só será completo se for constituído de amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperanças. 

Para aprender ainda mais sofre o Fruto do Espírito, e a frutificação espiritual na era da pós modernidade, participe neste domingo, 26 de JUNHO de 2016, de nossa EBD. 



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