Quando eu tinha 12
anos de idade, um jovem da igreja leu para mim o texto de João 14:27, e naquela
hora, ouvi a voz de Jesus me dizendo que tudo o que eu pedisse a Deus no nome
Dele, Ele me atenderia.
Nos anos seguintes,
apesar de todas as minhas falhas, posso afirmar que Deus nunca me abandonou, e
isto se tornou muito mais evidente 15 anos atrás, em decorrência do nascimento
de meu primeiro filho. Houve muita complicação no parto, ele foi retirado a fórceps
(ferro) e ficou dez dias hospitalizado. Mas apesar das dificuldades, Deus me deu a
vitória e meu filho saiu deste processo sem nenhuma sequela.
Passados cinco
anos, engravidei pela segunda vez. Fiquei preocupa em decorrência de meu
histórico, mas todos me diziam para ficar calma e não ter medo, pois o parto
não seria igual ao da primeira vez. E eles tinham razão. Foi muito pior.
No final da
gestação, acabei indo parar no hospital em decorrência de um sangramento, mas
ainda não sentia nenhuma dor. Os médicos então me colocaram no soro, e ali
permaneci até avaliarem que eu deveria ser levada para a sala de parto. O
problema é que no meio do procedimento, as contrações se interromperam, e mais
uma vez foi utilizado o método fórceps para retirá-la.
Ao nascer, minha
filha não reagia a nenhum estímulo, e alguns equipamentos da sala cirúrgica,
simplesmente pararam de funcionar. Percebi o desespero do médico, e ali,
sozinha, comecei a falar com Deus: - “Senhor,
foi tu quem me deu, não a leve agora. O Senhor permitiu que chegássemos até
aqui, permita que eu tenha a alegria de ver os olhinhos dela”. Foi então
que ouvi o médico dizer que estava tudo bem, e no momento em que uma enfermeira
a levou para outra sala, ouvi pela primeira vez o chorinho dela.
Quando o médico
veio dar minha alta, ele me disse que em hipótese alguma eu poderia engravidar
outra vez, pois corria o risco de tanto eu, quanto a criança, morrer por
complicações no parto.
Tive muito medo,
mas creio que Deus queria me dar mais uma prova de sua grandiosidade em minha
vida, pois passados exatos cinco anos, engravidei novamente.
No primeiro
pré-natal, contei minha história para o médico e o alertei que para não correr
riscos seria preciso realizar uma cesárea. Porém, fui informada que para ser
submetida a este tratamento, teria que pagar um valor muito alto, para o qual não
tínhamos condições. Passei nove meses chorando escondida e pedindo ao Senhor
para ter misericórdia de minha vida, pois não queria morrer deixando para trás
minha família com meus filhos ainda pequenos.
Conforme os meses
passavam, o meu medo só aumentava, e nesta angustia, cheguei a 41ª semana de
gestação, sem nenhum sinal que o bebê estava pronto para nascer. Fui ao
hospital numa sexta feira, e o médico me deu um encaminhamento que se até o
domingo eu não sentisse nada, deveria ir a Santa Casa que o plantonista saberia
o que fazer.
Era o dia 25 de
julho de 2010, quando eu e meu esposo adentramos na Santa Casa. O médico de
plantão me examinou e constatou que não havia nenhuma dilatação, mas em decorrência
do tempo da gestação, me pôs no soro, para tentar um parto normal. Das 10:00 as
18:15 horas, fiquei ali sem sentir dor alguma. Neste período, orava incessantemente
pedindo a Deus que me permitisse voltar para minha família com meu filhinho nos
braços. Então, o médico mandou me levar para o centro cirúrgico, e naquela hora
clamei: - Meu Deus! É agora! Ajude-me
Senhor.
Enquanto a cesárea
estava sendo feita, mantive os meus olhos fechados, orando sem parar. Foi então
que senti uma mão tocando a minha testa, e abri os olhos para ver se era algum
dos médicos, mas para minha surpresa, não havia ninguém perto da minha cabeça.
Fechei os olhos
novamente, e voltei a sentir aquela mão macia em minha testa, e pelo toque dos
dedos, dava para perceber que era a mão direita de alguém. Fechei ainda mais
meus olhos, e então ouvi uma voz suave me dizendo: - Você pediu que eu estivesse aqui, então, Eu estou aqui!
Compreendi que
aquela era a mão do meu Jesus a me guardar, e a voz de meu Senhor confortando
meu coração. Imediatamente o medo foi embora, e enquanto minha alma se enchia
de paz, pude ouvir o choro do meu bebê, que inundou minha vida de alegria. Eu
só tenho que agradecer a Deus por tudo que Ele tem feito em minha vida, pois
Ele esta presente mesmo quando não percebemos. Sou grata pela família que Ele
me Deus, pela vida dos meus filhos, pelo meu esposo, e pela vida que ele me
permitiu viver. Obrigado, meu Deus, por tudo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário