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domingo, 20 de novembro de 2016

Verdades e Mentiras


O termo “FIDELIDADE” vem do latim “fidelis”, e faz alusão a atitude de quem é leal, honesto, confiável e verdadeiro nos compromissos que assume, sendo constante em sua conduta. Numa definição mais pragmática, podemos dizer que a FIDELIDADE é uma observância rigorosa e exata da verdade, ou ainda, firmeza e lealdade.

Todas estas características estão presentes na composição do caráter divino, e é exatamente por isso que Ele não desiste de nós, seu projeto mais auspicioso. É claro que Deus deseja uma reciprocidade desta relação, por isto, Ele leva muito a sério nossas ações e palavras. Na atmosfera habitada pelo Senhor, não existe mentira e nem engodo, logo a verdade predomina absoluta. Deus exige (e cobra) de nós a mais pura verdade.

Entenda: Na presença de Deus a mentira simplesmente deixa de existir, é portanto não existe a possibilidade de se mentir ou omitir até o mais escuso pensamento, já que Ele mesmo se revela assim ao homem espiritual: Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas (Hebreus 4:12-13).

Deus jamais se engana e portanto não pode nos enganar também. Suas promessas são respaldadas na total certeza de que Ele tem o poder de torná-las em realidade. Não existem palavras ditas no afã do momento ou verbetes lapidados por sentimentos deturpados e sazonais. Deus é pontual e preciso, zeloso por honrar cada vírgula de sua Palavra. Assim, Ele espera que honremos nossas palavras, votos e promessas com o mesmo esmero.

Precisamos entender que Deus leva o homem muito a sério. Quando Esaú, entorpecido pelas circunstâncias, trocou sua primogenitura por um prato de lentilhas, certamente não estava considerando aquela promessa como válida, mas Deus estava. Como resultado, Esaú perdeu o direito de herdar as bênçãos patriarcais que lhe eram de direito (Gêneses 25:34). Portanto, precisamos refrear nossa língua, pesar cuidadosamente nossas palavras e medir milimetricamente nossas ações diante de Deus, pois a fidelidade Dele é tão intensa, que elevará ao quadrado nossas ações, dando a elas uma conotação muito mais intensa, o que acarreta maior cobranças sobre elas.  

Na maioria das vezes não somos capazes de corresponder a estas expectativas divinas sobre nós, pois nossa natureza humana ainda se inclina para o mal, com suas mentiras frequentes e desculpas esfarrapadas, que minam e por vezes implodem, a nossa fidelidade para com Deus. Mas nossa infidelidade não compromete a fidelidade de Deus, que continuará verdadeiro e leal independentemente de nossas atitudes, pois como disse Paulo em II Timóteo 2:11-13, “fiel é esta palavra”:

Se, pois, já morremos com ele, também com ele viveremos; se perseveramos, com ele também reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; se somos infiéis, ele permanece fiel; porque não pode negar-se a si mesmo.


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