O núcleo familiar especificado nas escrituras é formado por pai, mãe e filhos. A própria biologia humana aponta para este modelo específico de família, já que a procriação só acontece na soma “macho / fêmea”, formula que embora já possa ser manipulada pela ciência hodierna, não pode ser substituída. Ainda no Jardim do Éden, o primeiro casal recebeu do criador a incumbência de povoar a terra (Gêneses 1:28). Adão, porém, compreendeu que antes de “multiplicar” era necessário “somar”, e assim que se desposou de Eva, estabeleceu que o homem deve deixar a casa de seus pais, unir-se a uma única mulher, e tornar-se uma só carne com ela (Gêneses 2:23-24).
Quando paramentado nos
princípios divinos, este “cordão de três dobras” oriundo da comunhão de um
marido, sua esposa e o próprio Deus, é um alicerce sólido e inquebrável para a
construção de uma família, que se perpetra nos filhos, herança do Senhor. Por
longos milênios esta tradição tem se mantido, sendo responsável pela
sobrevivência e evolução da espécie humana no planeta. Afinal, sem famílias
solidificadas, nenhuma civilização subsiste. Este sistema norteia a moral
judaico-cristã por inúmeras gerações, sendo ensinado pelos patriarcas
(Provérbios 5:18), ratificado pelo próprio Cristo (Marcos 10:6-8) e instruído pelos
apóstolos (Efésios 5:31).
Estes valores milenares
se mantiveram impávidos ao longo de toda a história, apesar de inúmeras
tentativas para compor “famílias” fora destes princípios, e que sempre
resultaram em efeitos colaterais de grandes proporções. O eterno conflito entre
palestinos e judeus que se iniciou no relacionamento de Abraão com sua serva
Hagar, os graves desvios de caráter nos filhos de Jacó oriundos de uma família
multifacetada e a guerra civil gerada nos haréns do rei Davi, são apenas alguns
exemplos cabais de catástrofes pessoas e seculares resultantes dos “atalhos”
criados pelos homens em seus relacionamentos aquém do estabelecido no Éden.
Mas eis que o Século XXI
chega com muita força, contestando valores antes inquestionáveis. Uma nova ideologia
social que renega a Bíblia e relega as crenças cristãs ao limbo de um arcaísmo
retrogrado. Conceitos como a homo-afetividade, (que de forma pontual sempre
permearam a história) agora emergem em escala global, ganhando força midiática
ao lado de novíssimos elementos sociais, tais como “identidade de gênero” e
“multiplicidade de formações familiares”. No mundo moderno, a “FAMILIA” nos
moldes bíblicos se tornou uma instituição ultrapassada e que está fadada ao
ostracismo. Se amparando nos direitos assegurados a cada cidadão
brasileiro pela Constituição Federal de 1988 e pelo Código Civil - Lei
10.406/02 (onde é assegurada a
dignificação da pessoa humana, resguardando os direitos sociais e individuais
de cada), tem se acentuado o debate entre políticos, educadores, filósofos
e juristas para que haja maior tolerância para os mais diversificados vínculos
familiares. Só no Brasil, já são considerados pelo menos 10 possíveis modelos
de família:
Matrimonial –
família constituída a partir de uma união conjugal oficializada entre homem e
mulher
União Estável –
família constituída a partir de uma união duradoura não oficializada entre
homem e mulher.
Concubinato –
família constituída a partir de uma união entre homem e mulher para a qual não
está autorizada oficialização.
Homoafetiva –
família constituída a partir da união de duas pessoas do mesmo sexo.
Monoparental –
famílias onde apenas um dos pais se mantem atuante junto aos filhos.
Pluriparental –
família formada a partir da união de pessoas que já tenham filhos (famílias
agregadas)
Anaparental –
família formada fora do modelo tradicional, onde pessoas convivem juntas
formando sociedades.
Eudomonista –
união de pessoas com objetivos em comum, mas que não desejam encaixe nas
relações familiares
União Livre –
união de pessoas (hétero ou homossexuais) que buscam relacionamento sem
incidências de obrigações
Uniões Plúrimas –
pratica de união múltipla sob o mesmo teto
A questão da
“Multiplicidade de Formações Familiares” traz em seu bojo uma série de
armadilhas, prontas para minar o modelo familiar bíblico. Por exemplo, no
Congresso Nacional Brasileiro, está hibernando o Projeto de Lei da Câmara
122/2006, que em seu novo texto insere a questão da “IDEOLOGIA DE GÊNERO”, ou a
ideia de que ninguém nasce macho ou fêmea, é que tal descoberta se dará durante
as primeiras fases da vida. Uma “Proposta de Emenda Constitucional” elaborada
por uma comissão da OAB (ordem dos advogados do Brasil), veladamente recomenda
ao Superior Tribunal Federal uma verdadeira ditadura de minorias em prol dos
grupos LGBT. O Estatuto da Diversidade Sexual, propõem 132 alterações em
dispositivos legais que protegem o modelo tradicional familiar. Somando todos
os tramites nos legislativos, a Bancada Evangélica calcula que existam quase
900 projetos de lei que se aprovados, seriam poderosos golpes contra a família
cristã.
A Igreja de Cristo deve ser a salvaguarda da sociedade diante destes ataques maléficos, e a melhor forma de estar pronto para este inevitável confrontamentos moral e estar embasada na Palavra de Deus, regra inquestionável de fé e parâmetro para uma vida de santidade.
A Igreja de Cristo deve ser a salvaguarda da sociedade diante destes ataques maléficos, e a melhor forma de estar pronto para este inevitável confrontamentos moral e estar embasada na Palavra de Deus, regra inquestionável de fé e parâmetro para uma vida de santidade.
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