quarta-feira, 14 de junho de 2017

Uma geração de Joelhos



força motriz da geração apostólica estava alicerçada numa vida de oração. Duas palavras faziam toda a diferença naquele período: unidade e perseverança (Atos 2:42).

Era um tempo de perseguição à Igreja. Herodes já havia mandado matar a Tiago, Irmão de João (Atos 12:2). Agora atinge o líder Pedro, que, encarcerado, nada lhe restava, a não ser um milagre. A Igreja entrou em ação e usou sua artilharia mais pesada: a oração. A geração apostólica teve como modelo de oração o próprio Senhor Jesus Cristo. Ele sempre manteve diante de seus discípulos o hábito de orar.

Aquela igreja formada pelos apóstolos não poderia ser diferente, pois herdou do Mestre o acesso à comunhão junto ao Pai (Mateus 6:6-10). Curiosamente, a maioria dos milagres realizados por Jesus Cristo aconteceu apenas com o poder de sua Palavra. Enquanto todos dormiam, Jesus passava noites em oração (Marcos 1:35; Lucas 5:16). Durante a noite, Ele entregava todo Seu caminho e direção ao Pai e, durante o dia, apenas colhia o fruto de seu diálogo noturno (Hebreus 5:7).

A vida vitoriosa de Jesus Cristo influenciou seus discípulos a orar (Lucas 11:1). Em resposta a essa influência. Ele ofereceu o modelo universal da oração dominical e discorreu sobre a perseverança na oração e como o Pai tem a boa vontade de nos ouvir e responder às nossas petições (Lucas 11:2-13). Não era muito comum Jesus orar nos horários rígidos, como manhã, ao meio dia e à tarde (Salmo 55:17; Daniel 6:10). Ele costumava orar sozinho, ia para as montanhas e não era rotineiro, com orações cheias de vãs repetições.

A geração apostólica possuía um eixo fundamental: eles não questionavam a vontade de Deus. Eles eram fervorosos e acreditavam que para Deus todas as coisas são possíveis (Marcos 11:23-24). Seu recurso era poderosíssimo: a oração (Atos 2:42). Para Pedro, não existia alternativa a não ser acreditar no impossível.

Esse recurso também precisa ser utilizado em nossa geração. Estamos muito acomodados com tudo. Estamos passivos e não estamos usando essa tão poderosa arma (II Coríntios 10:4).

Os cristãos daquela geração conheciam muito bem a qualidade da batalha espiritual que enfrentavam. Eles sabiam que a luta que estavam travando não era contra Herodes, mas, sim, contra o que influenciava sua mente (Efésios 6:10-12). O rei Herodes já havia começado a desmontar a organização matando Tiago, e, acabando com Pedro, os discípulos certamente dispersariam. Porém, a Igreja, a Noiva de Cristo, conhecia sua força e sabia muito bem acioná-la. O céu se moveu porque a Igreja clamou. A libertação do apóstolo Pedro foi resposta de oração. Existem coisas que só acontecerão quando clamarmos ao Senhor com toda a intensidade.

Jesus não somente orou, mas também nos deixou o caminho pelo qual alcançamos espantosas vitórias em Deus (Lucas 11:5-8). A persistência na oração alcança objetivos magníficos. A oração nunca tem resposta inútil ou prejudicial (Lucas 11:11).

O relato da libertação de Pedro deixa claro que foi exatamente isso que aconteceu. Enquanto Pedro estava preso, “muitos estavam reunidos e oravam” (Atos 12:12), e o socorro veio da parte do Senhor (Atos 12:7-10). Devemos orar sem cessar (I Tessalonicenses 5:17).

Muitos cristãos fracassam por exercer uma fé desassociada de uma revelação. A fé vai além do natural e vê concreto o que ainda não se materializou (Isaías 46:9-10). Somente através de uma comunicação íntima com Deus, através da oração, podemos entender o tempo, quando e como, o que e o porquê. Jesus Cristo atuava grandemente durante o dia, e, à noite, buscava o Pai em oração, onde a Sua vontade lhe era revelada.

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