Texto
Áureo
Lucas
19.10
Porque o
Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.
Verdade
Aplicada
Ao
evangelizar grupos que estavam à margem da sociedade, Jesus não somente nos deu
um exemplo, como também nos confiou um legado.
Textos de
Referência
Lucas
19.1-5
E, tendo
Jesus entrado em Jericó, ia passando.
E eis que
havia ali um varão, chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos e era
rico. E procurava ver quem era Jesus e não podia, por causa da multidão, pois
era de pequena estatura.
E,
correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver, porque havia de passar
por ali.
E, quando
Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce
depressa, porque, hoje, me convém pousar em tua casa.
O joio e o trigo
Quando
Jesus se revelou como “aquele que haveria de vir”, a religião judaica entrou em
colapso. Milhares de pessoas eram atraídas pelos ensinamentos do Rabi de
Nazaré, e se admiravam com seus sinais e milagres gloriosos. Cegos enxergavam,
mudos cantavam e aleijados bailavam desengonçadamente. Desesperados, os líderes
religiosos de Israel atuavam em duas frentes. Na primeira, confrontavam Jesus
publicamente, criticando duramente sua postura agregadora. Enquanto isto,
confabulavam em salas secretas, arquitetando planos ardilosos para sentenciar
Cristo a morte. E Jesus Cristo não se importava em colocar munição na arma que
estava apontada para si. Pelo contrário, uma única alma salva, tinha mais valor
que toda a casta religiosa perdida no próprio egocentrismo. Para homens que
reverberavam santidade, pureza e separação, testemunhar Jesus Cristo abraçando
leprosos, jantando com publicanos e sendo carinhosamente tocado por mulheres
difamadas, era um pedido explícito de condenação. Se aquele “militante” realmente
tivesse qualquer vínculo como Deus, certamente saberia separar o “joio e o
trigo”, e se negaria a andar em companhia tão comprometedora.
E, de
fato, Jesus aparentemente, tinha o dedo podre para amizades. Seu círculo mais
íntimo era formado por homens xucros, pescadores iletrados, políticos radicais,
e até mesmo por um “traidor” da pátria. Se aplicássemos em Cristo o famoso
“diga-me com quem andas, e te direis quem és”, certamente, o excluiríamos de
nossa lista de contato. João 4 nos relata o encontro a sós entre Jesus e uma
mulher samaritana cuja vida transbordava em luxúria. Em Lucas 19, Cristo se
hospeda voluntariamente na casa de um homem cercado por indícios de corrupção.
Mateus 9 nos revela que Jesus, intencionalmente, permitiu que uma mulher impura
tocasse em suas vestes. Já Marcos 5, nos conta sobre a visita de Cristo as
dependências de um cemitério perigosamente avizinhado por um criadouro de
porcos. Tudo errado. Situações inconvenientes. Lugares inadequados. Jesus não
frequentava ambientes convencionais. Estava sempre fora da zona do conforto
estabelecida pela religiosidade. Prato cheio para os críticos de plantão. As
serpentes cravavam suas presas nos discípulos e destilavam o veneno legalista: -
Por que ceia o vosso mestre com publicanos e pecadores? (Mateus 9:11) Jesus
tinha a resposta para esta pergunta estampada na essência de seu ministério. -
Eu não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento. (Mateus 9:13)
Jesus
estava onde precisava estar. Seu faro por pecadores o afastava dos ambientes
religiosos, onde o pecado usava o perfume falsificado da santidade. Jesus
descia ao esgoto, para de lá, retirar o miserável. Cristo sujava suas mãos, sem
que seu coração se contaminasse. Esta era a diferença. Quando Jesus se viu
sozinho com uma prostituta que lhe “devia” favores, olhou em seus olhos e
perdoou os seus pecados. Quando se encontrou na alfandega com um cobrador de
impostos, fez dele um discípulo abnegado. Nem um centavo de lucro. Nenhuma
vantagem pessoal. Cristo abominava o pecado na mesma intensidade que amava o
pecador. Então, não media esforços para tirar uma alma do lamaçal pecaminoso.
Os
fariseus não aceitavam isto. Se sentiam mais espirituais que as pessoas
simples. Se consideravam mais santos que os cegos e aleijados curados por
Cristo. Estavam errados. Homens pomposos revestidos de religiosidade vazia.
Jesus os chamou sepulcros caiados. Aparência sem conteúdo. Amor sem bondade. Hoje,
fariseu é um termo pejorativo. No vocabulário cristão, geralmente faz
referência a alguém que se promove sem ter algo a oferecer. Hipocrisia.
Falsidade. Dissimulação. Nos chamem de “Filhos de Satanás”, mas, nunca de
FARISEUS. Ofensa tem limite. Porém, sugiro aqui, um rápido exercício de
imaginação. E se ao invés de ter nascido na Galileia do primeiro século, Jesus
Cristo fosse um brasileiro, originário do sertão pernambucano. Um agricultor de
pouca renda chamado José, frequentador de nossa igreja.
Será que o
aceitaríamos como Messias? E qual seria a nossa análise, quando o
encontrássemos dentro dos bares, assentado junto aos cachaceiros que tanto
evitamos? Lidaríamos bem com suas visitas as boates suburbanas? Aceitaríamos
seus encontros “escusos” com homens de moral dúbia e mulheres de vida
pregressa? Tenho a ligeira sensação, que todas estas situações hipotéticas
seriam tratadas como escândalos vexatórios ao evangelho. José (ou Jesus),
certamente seria excluído de nossos rol’s de membros, banido dos altares e
catapultado ao limbo eclesiástico. Sim, paradoxalmente, Jesus Cristo seria
considerado uma vergonha para a Cristandade. Não é tão fácil assim, compreender
a urgência de um socorro. Quando preciso, Cristo nunca faz cerimonias ou ritos.
Ele simplesmente desce ao inferno para resgatar uma vida. Nós, evitamos até
mesmo a roda dos escarnecedores, mesmo que por vezes, nosso coração já esteja
lá a muito tempo.
O IDE já
foi dado. As estratégias já foram ensinadas. Jesus determinou a abrangência da
mensagem. Todo o mundo. Sem acepção. Sem escolhas pré-determinadas. Não temos o
direito se sermos seletivos. Escolher a quem destinar a palavra de salvação.
Julgar merecimento. Até, porque, ninguém merece, mas, todos precisam. E é isto
que Jesus nos revelou em suas ações. Estava presente quando uma alma gritava
por Ele. E, enquanto isto, os fariseus apontavam o dedo é diziam: -
Este tipo de pecador não pode se encontrar com Deus. Certamente,
endossaríamos a estática dos não “salváveis”. Louvado seja Deus, pelo fato de
Jesus ter uma queda por gente imprestável. Caso contrário, pobre de mim.
Todo aquele que crê
Pb. Bene Wanderley
Quero
começar esta reflexão com um texto bíblico que é um dos meus favoritos- João 3.16: - "Porque Deus amou o mundo
de uma tal maneira que deu seu filho unigênito para que todos que nele crer não
pereça mas tenha a vida eterna". Creio ser este o texto, que responde toda
e qualquer dúvida sobre a evangelização dos povos, raças, tribos, línguas e
nações. No coração de Deus, não há limitações quando o assunto é "salvar
almas". Quando analisamos as ações da igreja através dos séculos, nos
deparamos com uma triste realidade que vem se intensificando a cada dia mais:
" corrupção moral e espiritual ". A história comprova a veracidade
dos fatos. O sintoma desta situação é patente em nossos dias. A corrida pelo
poder centralizado em um só é a mais desvalida descaracterização imposta ao
verdadeiro evangelho de Cristo Jesus. Os fatos mostram isso.
Sinto algo
no meu coração, (e não desejo que as
pessoas se junte a mim nesse pensamento, pois sei que muitos não assumiriam tal
postura por mil motivos); mas, eu sei que estamos vivendo dias cruéis, onde
os homens não dão a mínima importância para as coisas espirituais (I Tm 4).
Quando olho para este texto de João 3:16, me sinto envergonhado, minúsculo,
vil, errante e perdido. Minhas lágrimas já se derramam em minha face, pois não
sei como responder a inquietação de minha alma. Ao analisar a lição estudada,
dó a alma saber que muitos dos crentes que estão nas nossas igrejas, nunca
falaram de Jesus Cristo aos seus amigos, vizinhos, parentes, e nem se interessaram
por evangelização. Outros, até em algum momento falaram, mas hoje estão atados,
amordaçados pelos cuidados dessa vida, e pelo sistema que infelizmente se vive
nos dias atuais.
A maior
influência dessa realidade é de muitos líderes religiosos que só respiram
poder. Por essa e outras situações que a obra de evangelização tem sido um
fiasco em maior parte em nossas igrejas. Creio que há um remanescente de filhos
e filhas do Grande Rei Jesus Cristo, que não se dobraram diante de baal. Ainda
há aqueles que não se venderam ao preço das seduções do diabo, ainda há aqueles
que tem em suas veias o sangue quente que fora derramado no calvário. A
evangelização neste tempo, requer de cada um de nós. Alguns requisitos necessários,
tais como amor, coragem, renúncia e uma boa dose de humor. A lição nos dá vários
exemplos de grupos específicos a serem alcançados e entre esses temos uns mais
do que outros grandes desafios. Temos um grupo de grande risco, que são as
comunidades carentes que a cada dia cresce mais. Se não houver um preparo
esmerado, e um planejamento imbuído de oração e ação, não conseguiremos nos
equiparar com a miséria crescente, que engole muitas almas a cada minuto que
passa. Os problemas sociais, econômicos e educacionais é uma triste realidade
nestas comunidades. E a igreja, também foi chamada para agir no social.
Não
podemos nos esquecer, que além desses fatos ainda temos de enfrentar as hostis
maligna que dominam com sagaz força. Temos também, a desafiadora obra de
evangelizar as nossas crianças e adolescentes, que têm sido um dos alvos
infernais dessa última hora. Satanás tem achado um vasto campo de semeadura
maligna nesta faixa etária. Os meios são os mais sutis possíveis e imagináveis.
Se faz necessário uma atenção a essa realidade, e tomarmos uma posição de
combate contra o mal.
Outro
grupo aqui abordado é o grupo da terceira idade ou melhor idade. A população de
idosos cresceu assustadoramente em nosso Brasil. A cada geração, a população
idosa cresce, e com isso os problemas se somam em uma avalanche. Esse grupo
deve ocupar um lugar de destaque em nossos grupos de evangelização. Preparar
pessoas capacitadas para interagir com estes idosos. Outro grupo em destaque
são os encarcerados e presidiários e ex-presidiários. Esse grupo requer maior
atenção e deve ocupar nossa frente de evangelização. Temos outros grupos que
devem está na mira da igreja pois todos os homens devem saber que Jesus Cristo
os ama, e tem um plano de paz eterna e vida plena.
Material Didático
Revista
Jovens e Adultos nº 104 - Editora Betel
Evangelismo,
Missões e Discipulado – Lição 5
A evangelização de grupos específicos
Comentarista: Bp.
Oídes José do Carmo
Introdução
A graça de
Deus que se manifestou trouxe salvação a “todos os homens” (Tt 2.11), indicando
assim o caráter universal do Evangelho. Na evangelização, não há lugar para
preconceito e discriminação.
1. O
inspirador amor de Jesus
Jesus
compartilhou a mensagem do Reino de Deus com pessoas que eram discriminadas,
como por exemplo, os publicanos e as meretrizes. O amor do Senhor não via
empecilhos, mas oportunidade de pregar-lhes a salvação.
1.1. O
amor que busca o pecador
Zaqueu era
um funcionário público, coletor de impostos para Roma. Porém. Era judeu, e pela
qualidade do serviço que fazia era tratado de maneira discriminada por seus
conterrâneos. Por prestar serviços de arrecadação a uma nação pagã, que fazia o
seu povo tributário, era desprezado e odiado pelos homens. Ele ouviu a respeito
deste Jesus que acolhia os coletores de impostos e os pecadores, e seu coração
se encheu de esperança. Ele se esforçou, desejou ver Jesus e o resultado foi
maravilhoso, porque Jesus o chamou pelo nome (Lc 19.5). O amor de Jesus pelos
perdidos é inigualável, vai além do que podemos imaginar (Rm 5.8).
Existem muitas
pessoas como Zaqueu, que possuem um desejo muito grandioso de mudar. Mas como
essas pessoas serão alcançadas, se não caminharmos em sua direção? A razão que
nos motiva a ir em busca dessas almas é o amor de Cristo, que vê muito além de
práticas humanas e de rótulos impostos pela sociedade. Quando a Palavra de deus
diz que Jesus Cristo nos amou e morreu por nós, mesmo sendo pecadores, isto
inclui todo o tipo de pecados e erros que a humanidade possa cometer (Rm 5.8).
Ninguém é tão ímpio que Cristo não possa salvar e não há pessoa tão boa que não
necessite nascer de novo. Zaqueu, um publicano rico, tornou-se discípulo de
Cristo. Vemos um camelo passando pelo fundo de uma agulha e um rico entrando no
Reino de Deus. É uma prova concreta de que para Deus todas as coisas são
possíveis. Nesta passagem bíblica, vemos um avarento coletor de impostos sendo
transformado em um cristão generoso.
1.2. O
amor misericordioso
Zaqueu
acolheu Jesus em sua casa alegremente, mas todos os que viram isso murmuraram
contra o Mestre. As pessoas estavam tão insensíveis às necessidades espirituais
de Zaqueu que não conseguiam vê-lo como um homem carente de salvação. Mas Jesus
viu, e, por isso, entrou em sua casa (Lc 19.9; Ap 3.20). O arrependimento de
Zaqueu foi instantâneo, e, diante disso, ele tomou diversas resoluções para
demonstrar sua mudança. Quando Jesus anunciou que ficaria em sua casa, Zaqueu
descobriu que tinha encontrado um amigo novo e maravilhoso. Deus sempre vê o
que há no coração humano, mesmo que por fora venhamos aparentar algo diferente.
Ele sabe quem somos e como nos alcançar (1Sm 16.7).
Nosso Senhor
Jesus Cristo demonstrou misericórdia pelos marginalizados, estigmatizados e
socialmente rejeitados. Nosso dever como cristãos é seguir esses mesmos passos
(Mt 10.25ª). Como igreja, devemos demonstrar misericórdia, nos compadecendo da
miséria alheia, principalmente a espiritual. Zaqueu mudou de vida porque foi
alcançado pelo amor que rompe barreiras e vai além dos olhos humanos. O Senhor
Jesus nunca muda. O que Ele fez por Zaqueu Ele é capaz e está disposto a fazer
por qualquer outra pessoa.
1.3. O
amor perdoador
Ainda há
muito a se fazer em prol das pessoas carentes de afeição, amizade e de perdão
divino. Para isso, devemos nos inspirar no amor oferecido por Jesus aos
pecadores. Quem diria que Levi, um cobrador de impostos, viesse a se tornar o
escritor do primeiro evangelho? O amor divino enxerga algo precioso naqueles que,
aos olhos humanos, são desprezíveis e sem futuro. Existem pessoas que irão
muito além do que podemos pensar, por isso, precisamos alcança-las (Is 12.3-4).
Não devemos
jamais duvidar daquilo que Deus pode realizar na vida de uma pessoa. Esse
critério não cabe a nenhum de nós. Fomos chamados para testemunhar de jesus
Cristo, e, se o fizermos com amor, dedicação e fé, os resultados serão
gratificantes para o Reino de Deus. Calados, nada realizamos, mas, proclamando,
Deus, com certeza, agirá. Devemos oferecer o Evangelho com ousadia, mesmo que
seja o pior e o mais ímpio dos pecadores (Is 1.18). Os médicos, às vezes,
consideram alguns casos de pessoas como incuráveis. No entanto, não existem
casos incuráveis para o Evangelho. Qualquer pecador pode ser curado, isto é,
restaurado, transformado se tão somente vier a Jesus Cristo e recebe-lo como
único e suficiente Salvador.
2. Os
grupos dos nossos dias
A
identificação de diversos grupos sociais contribuirá na contextualização da
mensagem do Evangelho e no estabelecimento de estratégias buscando promover
ações inclusivas, pois todos os segmentos sociais devem ser alcançados pela
evangelização.
2.1. Comunidades
carentes
As
comunidades carentes, além do abandono social, sofrem bastante por causa da
pressão espiritual. O morador tem que conviver diariamente com a baixa
moralidade, o uso de drogas ilícitas e o tráfico. Muito já se foi feito, mas
ainda há muito o que se fazer para melhorar as condições de vida e segurança
dessas pessoas (Ec 4.1). O tempo não nos espera. Como Igreja, devemos agir
urgentemente. Onde houver uma alma, ali há um campo missionário.
Nas
comunidades carentes normalmente há um alto grau de receptividade ao Evangelho.
Os discípulos de Jesus Cristo precisam anunciar nestas comunidades que o Senhor
Jesus chama, também, os pobres e pecadores a fazerem parte do Seu Reino (Lc
19.10). A presença da Igreja é uma esperança, pois encontramos na Bíblia que,
durante o ministério terreno de Jesus, Ele salvava e libertava, mas também
supria as necessidades físicas das pessoas.
2.2.
Crianças abandonadas
No que diz
respeito às questões familiares, nunca a sociedade brasileira viveu tempos tão
difíceis como os atuais. Além de um número sem fim de casamentos dissolvidos, a
sociedade conta ainda com a prostituição infantil e o abandono de crianças (Mt
19.13-14). É muito comum ver crianças vendendo balas, doces e outros produtos
para ajudarem seus pais na renda familiar. Isso também acontece nos sinais de
trânsito, onde muitas crianças são manipuladas pelos adultos para pedir
dinheiro aos motoristas. Essas crianças deveriam estar na escola, ou sendo
cuidadas pelos pais, mas, infelizmente, a falta de planejamento familiar, o
desemprego e a miséria são a causa dessa tragédia.
Sabendo o
perigo que rondaria as crianças de serem desprezadas e desvalorizadas, o Senhor
Jesus deixou-nos uma advertência em Mateus 18.6. Quanto mais cedo a ação
evangelizadora alcançar as crianças, maiores as possibilidades de as mesmas não
serem atingidas por perigos físicos, morais e espirituais. As igrejas precisam
investir mais para alcançar as crianças com a Palavra de Deus, capacitando
professores, equipando as salas e providenciando material didático apropriado.
Em 1780, o inglês Robert Raikes iniciou um trabalho de evangelização dos
menores que viviam nas ruas da cidade. Além da evangelização, ele ensinava as
crianças a ler e escrever. Assim, começou a Escola Bíblica Dominical.
2.3.
Anciãos
A Igreja
de Cristo deve ser um lugar de acolhimento e de companheirismo para as pessoas
idosas (Is 1.17). Há igrejas que reúnem seus idosos para um tipo de culto
chamado “culto da terceira idade”, ou “melhor idade”. Muitos anciãos vivem uma
terrível solidão dentro de suas casas, por vários motivos: os filhos já
casaram; um dos cônjuges faleceu, doenças, etc. Por isso se faz necessário
planejar cultos evangelísticos visando alcançar pessoas dessa faixa etária
também. Certamente, anciãos da igreja ainda podem cooperar muito no Reino de
Deus.
“Ouve a teu
pai, que te gerou, e não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer” (Pv
23.22). As ações de evangelização junto a terceira idade precisam respeitar as
características inerentes à faixa etária e criar um ambiente favorável, onde
poderá haver compartilhamento e valorização das experiências vividas, promoção
de encontros e reunião, realização de passeios, entre outros.
3. Outros
grupos a serem evangelizados
Evangelizar
grupos específicos é reflexivo, desafiador e nos conduz a uma vida cristã
prática. Se não fizermos algum tipo de trabalho em prol de nosso próximo, tudo
mais será perda de tempo.
3.1. Alcoólatras
e dependentes químicos
O álcool e
as drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, etc.) têm feito muitas vítimas e
destruído muitas famílias ao redor do mundo (2Co 4.4). Algumas igrejas
trabalham em conjunto com centros de recuperação e outras já possuem tais
centros. É um trabalho que exige amor, paciência e muita determinação, porque
pessoas que são dependentes químicos sofrem abstinências e uma série de
problemas psíquicos, físicos e espirituais. Existe todo um processo até que
possam ser reintegrados à sociedade. Muitos perdem suas famílias, emprego e
autoestima. Felizmente, a igreja tem atuado junto a este grupo e realizado um
bom trabalho, mas ainda há muito a fazer, porque novas drogas surgem a cada
momento e os mais atingidos são os jovens.
A medida que a
igreja vai crescendo, as possibilidades de ajudar grupos como esses também
surgem. Qual seria a pessoa mais qualificada para falar a um dependente
químico? Aqueles que se preparam para trabalhar com este projeto específico.
Por esse motivo, é mais do que importante evangelizar sem discriminação ou
preconceito. Precisamos entender que são almas carentes que estão nas ruas
sendo arruinadas pelo vício (Lc 4.18).
3.2.
Encarcerados e ex-presidiários
O número
de pessoas presas no Brasil cresceu, intensificando uma tendência que fez o
Brasil um dos três países do mundo com maior aumento da população carcerária
nas últimas duas décadas (Mt 25.42-43). Essa é outra oportunidade que nos surge
para anunciar o Evangelho. No entanto, é preciso se preparar, pois só aqueles
que são qualificados em capelania carcerária possuem livre acesso para falar de
Cristo nos presídios. Quando a igreja local cumpre o seu papel, ela também
ajuda na reestruturação da sociedade (Lc 5.32; 15.4). Essas pessoas precisam
voltar à sociedade. Com Cristo em suas vidas, elas se transformarão em agentes
a serviço do Reino de Deus.
Existem várias
formas e lugares onde podemos anunciar a Cristo. O evangelismo urbano se
preocupa em alcançar a todos numa cidade, e isso inclui os encarcerados e
ex-presidiários. A maioria dos criminosos procede de uma família
desestruturada. Muitos deles são vítimas da violência doméstica e urbana. A
Igreja deve exalar o amor paternal de Jesus, Deve ser de fato uma família que
alcance também essas pessoas.
3.3. A
batalha contra o mal
A
evangelização é a tarefa mais importante e urgente da Igreja: “E apiedai-vos de
alguns...E salvai alguns, arrebatando-os do fogo...” (Jd 22-23).
Existem grupos de famílias desamparadas. Há homossexuais e prostitutas que
precisam ser evangelizados. Há várias áreas onde podemos atuar. Cabe à
liderança da igreja local, junto com a membresia, orar e buscar em Deus
orientação sobre o assunto. Depois, então, traçar metas de evangelização junto
a grupos específicos. Não devemos nos deixar levar pela emoção, mas pedir
direção a Deus sobre qual grupo (ou grupos) a igreja evangelizará de modo
efetivo.
A missão da
Igreja é evangelizar a todos onde ela está plantada. A Igreja deve sair e
espalhar a semente do Reino de Deus aos quatro cantos de seu território. No
entanto, no que diz respeito a evangelização de grupos específicos, é
necessário buscar a orientação de Deus para realizar um trabalho mais efetivo.
O que não se pode é ficar parado enquanto vidas vão para o inferno (Ez 33.6).
Conclusão
Busquemos
conhecer os diversos grupos sociais que estão presentes na região da igreja
local. Apresentamos ao Senhor em oração e peçamos a direção e capacitação
necessárias do Espírito Santo, pois todos os segmentos sociais precisam ser
alcançados pela mensagem da salvação.
Neste trimestre, estudaremos sobre a
missão primordial da Igreja! As treze lições enfocarão evangelismo, missões e
discipulado. Será uma oportunidade para lembrar que a responsabilidade no
cumprimento da missão não está restrita aos pastores, missionários e
evangelistas, mas, sim, que pertence a todo discípulo de Cristo (Mt 28.19-20).
Trata-se de continuar a obra iniciada por Jesus Cristo, que estava prevista
desde o princípio. Ainda há povos, tribos e nações não alcançados pelo
evangelho de Jesus. E, mesmo no Brasil, muitos são os desafios para cumprirmos
o mandamento do Senhor, em diversos ambientes e com diferentes grupos sociais.
Para aprender como alcança-los, participe neste domingo, 30 Julho de 2017 da
Escola Bíblica Dominical.
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