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sábado, 1 de março de 2014

EDB - Wicca: Um nome moderno para a velha bruxaria


Existe em nossa língua portuguesa uma figura de linguagem chamada Eufemismo que é utilizada para empregar um termo “mais agradável” a fim de suavizar uma expressão. Por exemplo, ao invés de dizer que uma pessoa “morreu”, podemos atenuar o impacto dizendo que o falecido “passou desta para uma melhor.

Identificar alguém como praticante de bruxaria pode ser considerado ofensivo e até mesmo causar repulsa nos demais em relação ao possível bruxo, mas esses efeitos serão massivamente atenuados se nos referirmos a esta mesma pessoa como um Wiccano, ou seja, um seguidor da Wicca.  Muda-se o nome, mas a essência continua a mesma.

Ocultismo e feitiçaria são práticas muito antigas das quais encontramos referências em toda a história bíblica ou secular. Geralmente os praticantes das chamadas “artes ocultas” eram hostilizados e sua figura sempre foi associada a maldade. Desenhos, filmes e livros sempre se utilizaram da figura cartunesca da bruxa para elaborar seus vilões (Branca de Neve, A Bela Adormecida, O Magico de Oz). Ultimamente esta abordagem tem sido substituída por bruxos e feiticeiros associados ao bem, defensores da ordem e da verdade (quem nunca ouviu falar sobre Harry Potter?); e pouco a pouco a prática da magia (eufemismo para feitiçaria) tem se tornado muito atrativa.

Essa é a grande contribuição do Wiccanismo para os intentos nefasto de Satanás, inserindo seus bruxinhos do bem, sua magia branca e conceitos naturalistas para dentro das famílias mundo afora.

Origem
Wicca é uma religião neo-pagã influenciada por crenças pré-cristãs e práticas religiosas da Europa Ocidental que afirmam a existência de um poder sobrenatural sobre os elementos físicos e espirituais que integram a natureza, sendo o mesmo dividido em masculino e feminino. Celebram os chamados ciclos da vida em festivais sazonais  chamados de SABBATS.

A popularização desta seita passa primeiro por Gerard Brosseau Gardner (13/071884-12/02/1964); inglês fascinado por ocultismo e que teve contato com muitas seitas ao redor do mundo, agregando um vasto conhecimento em ciências ocultas e desenvolvendo sua crença na bruxaria. Gardner foi membro da Maçonaria e da Rosa-Cruz; e embora seus praticantes neguem qualquer vínculo com o Satanismo, é inegável que seu principal expoente foi grandemente influenciado por um amigo chamado Aleister Crowley, um homem mundialmente conhecido pela prática e divulgação do culto satânico (Raul Seixas e Paulo Coelho,  fazem uma associação entre o Satanismo e a Wicca em sua música "Sociedade Alternativa" ao citar - O numero 666 chama se Aleister Crowley - e depois uma das ideologias wiccanas - Faz o que tú queres, há de ser tudo da lei).

Com a publicação de seus livros “A Bruxaria Hoje” em 1954 e “O Sentido da Bruxaria” em 1959, Gardner resgatou o termo “WICCA”, que era uma nomenclatura usada para os bruxos da Ingalterra antiga e significa “sabio”. O termo se origina da palavra inglesa “Witchcraft” que podemos traduzir por “Bruxaria”.

Deus
A Wicca não crê no Deus da Bíblia, sendo uma religião politeísta (crença em vários deuses) ou panteísta (tudo e todos formam deus) dependendo do tradição praticada. Existem duas deidades dominantes na doutrina Wicca, uma masculina e outra feminina, que são representados por diversos deuses e deusas em culturas distintas.


O DEUS CORNÍFERO
Os wiccanos desassociam seu deus chifrudo de Satanás, embora existem registros de tradições  que se referiam a ele como Lúcifer ou Diabo. Em geral esta deidade pagã está associada com a natureza selvagem, a sexualidade, a caça e o ciclo da vida. Ao deus cornífero é dado vários nomes incluindo  Cernunnus, Pã, Atho e Karnayna. Em outras ocasiões, o deus é visto como o "Homem Verde", uma figura tradicional na arte e da arquitetura europeia, e muitas vezes interpretado como sendo associado com o mundo natural. Ele é frequentemente descrito como um Deus Sol. Outra representação deste mesmo deus é a do Rei Carvalho e o Rei Azevinho, aquele que governa  a primavera e o verão , esse que governa o outono e o inverno.

A DEUSA MÃE
A deusa é geralmente retratada como uma deusa tríplice, sendo assim uma divindade triádica composta de uma deusa virgem, uma deusa mãe e uma deusa anciã, cada uma com associações diferentes, ou seja, a virgindade, a fertilidade e a sabedoria. Ela também é comumente descrita como uma Deusa Lua, e muitas vezes é dado a ela o nome de Diana (uma divindade romana). Alguns wiccanos, especialmente a partir da decada de 1970, têm visto a deusa como a mais importante das duas divindades, pois ela contém e concebe tudo. A este respeito, o deus cornuto é visto como a centelha de vida e inspiração dentro dela e ao mesmo tempo seu amante e seu filho. 

Doutrina
Não existe nenhum dogma moral ou código ético universalmente seguido pelos wiccanos (que se subdividem em tradições), no entanto a maioria segue um código conhecido como a Wiccan Rede que afirma que "sem ninguém prejudicar faz o que tu quiseres". Geralmente, essa frase é interpretada como uma declaração de liberdade para atuar na vida, juntamente com a necessidade de assumir a responsabilidade por aquilo que resulta de nossas ações e minimiza danos a si mesmo e aos outros.
Outro elemento típico da moralidade wiccana é a Lei Tríplice onde se diz que qualquer ação malévola ou benéfica retornará ao autor três vezes mais forte, ou com igual força no nível do corpo, da mente e do espírito.
Muitos wiccanos também procuram cultivar um conjunto de oito virtudes mencionadas na Carga da Deusa (poema escrito por Doreen Valiente que são: alegria, reverência, honra, humildade, força, beleza, poder e compaixão.
Na verdade, todo  o principio ético do Wiccano é baseado em puro hedonismo. Uma busca constante pela liberdade sem limites que pode levar o individuo a ações irresponsáveis e inconsequentes já que o conceito de bem e mal é completamente interpretativo, podendo variar de pessoa para pessoa. Segundo os ensinamentos Wicca existe maldade no bem e bondade no mal e ambos precisam coexistir. A Bíblia Sagrada porém ensina ao homem que ele deve praticar o bem e fugir do que é mal e não tentar concilia-los em harmonia (I Tessalonicenses 5:22)

Rituais
Segundo o alto sacerdote wiccano e historiador Aidan Kelly, as práticas e experiências da Wicca são atualmente mais importantes que suas crenças e que a Wicca é uma religião ritualista, e não teológica. Ou seja, o ritual vem primeiro e o mito (crença)  vem em segundo.
Existem muitos rituais na Wicca que são usados para celebrar os Sabás, adorar as divindades ou fazer feitiçaria. Geralmente são realizados em lua cheia, ou durante a lua nova, que é conhecida como Esbate. Nos ritos típicos, os bruxos reúnem-se dentro de um círculo mágico. Pode ocorrer a evocação  dos "Guardiões dos Pontos Cardeais”, ao lado de seus respectivos elementos clássicos que são Ar, Fogo, Terra e Água. Com esse  círculo já traçado, pode ocorrer um ritual sazonal, orações ao Deus e a Deusa, e/ou feitiços à algum tema em especial.
Estes ritos incluem ferramentas mágicas como uma faca chamada "athame”, uma varinha, um pentagrama, um cálice, às vezes um cabo de vassoura, um caldeirão mágico, velas, incensos e uma lâmina curva conhecida como "bolline". Na maioria das vezes, o altar é obrigatório dentro do círculo, onde todas ou parte das ferramentas citadas são colocadas e, às vezes, junto a representações do deus cornífero e da deusa mãe. Antes de entrar no círculo, algumas tradições se banham. Depois de um ritual terminado, os adeptos agradecem os deuses e o círculo é fechado.
O círculo magico é de suma importância para a magia e é considerado um lugar de reunião, de amor, de alegria, de verdade e é um escudo contra o mal, além de  servir  também para preservar e conter o poder mágico.  O Círculo Mágico é traçado às vezes com giz, carvão ou mesmo simbolicamente com a vareta, no chão, e pode ser considerado um baluarte que inclui figuras que correspondem ao triângulo, ao quadrado, ao pentágono e ao hexágono. 
Em grandes círculos, o Mago pode incluir os nomes das entidades a serem evocadas, ao passo que nos círculos menores, que correspondem aos quatro pontos cardeias , muitas vezes são postas figuras da cabala e no centro,mantras ou signos, cujo valor símbolo devem estar de acordo com a potência evocada. O Mago nunca deve sair do Círculo Mágico antes do término da operação e geralmente atua com as costas voltadas para o oriente.
Em algumas tradições Wicca  é  costume despir-se e fazer o ritual com todos os membros do grupo nus, numa  prática conhecida como skyclad. Outras tradições usam roupas com cordões amarrados na cintura ou até mesmo vestimenta normal. Em certas tradições, a magia sexual  é realizada sob a forma do Grande Rito onde o Alto Sacerdote e a Alta Sacerdotisa invocam o deus cornífero e a deusa mãe, que se apossam deles, antes de realizarem uma relação sexual a fim de aumentar a energia mágica da feitiçaria. Em outros casos, essa relação sexual é feita simbolicamente , usando o “athame” como o "falo ” do deus e o “cálice” como a vulvada deusa.
Para se tornar um wiccaniano, o candidato passa por diversas etapas, sendo que muitas delas incluem ritos sexuais que vão de relações heterossexuais com um Auto Sacerdote ou uma Sacerdotisa, até praticas homossexuais.

Conclusão
A seita Wicca vem ganhando um sólido espaço entre as múltiplas religiões no Brasil. Embora ainda carente de algumas definições e bastante associada ao esoterismo, está sendo disseminada através da Internet, nos inúmeros títulos nas livrarias e mesmo em publicações populares distribuídas nas bancas de jornal, trazendo heresias que devem ser refutadas, visto que é uma crença baseada, principalmente, na magia, prática condenada por Deus.

Para conhecer com maior profundidade uma das mais expoentes seitas da atualidade, participe neste domingo (02/03/2014) da Escola Bíblica Dominical.

TEXTO AUREO

“Abandonaram o Senhor Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses dos povos que havia ao redor deles, e os adoraram; e provocaram o Senhor à ira, abandonando-o, e servindo a baalins e astarotes”. 
Juízes 2.12,13

VERDADE APLICADA

Baal, Astarote, Duendes, Fadas e “Bruxinhos do Bem”, são nomes utilizados pelo paganismo, no decorrer da história da humanidade, para camuflar a verdadeira identidade da velha serpente: Lúcifer.


TEXTOS DE REFERÊNCIA
(Juízes 2:11-14)

Então os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, servindo aos baalins; abandonaram o Senhor Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses dos povos que havia ao redor deles, e os adoraram; e provocaram o Senhor à ira, abandonando-o, e servindo a baalins e astarotes.
Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra Israel, e ele os entregou na mão dos espoliadores, que os despojaram; e os vendeu na mão dos seus inimigos ao redor, de modo que não puderam mais resistir diante deles.


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