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quinta-feira, 10 de julho de 2014

EBD - Maturidade, exigência para líderes cristãos


Texto Áureo
Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
I Timóteo 3:1

Verdade Aplicada
A maturidade e a experiência com Deus são imprescindíveis no ato de liderar.

Texto de Referência
I Timóteo 3:2-7

Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?); não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.
Convém, também, que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta e no laço do diabo.

Líderes VS Líderes

A cada quatro anos, na Noruega, toda a colônia de lemingues migra em busca de comida enquanto os outros permanecem no local. Eles migram pelos lagos e rios, atravessam cadeias de montanhas e comem toda a vegetação que encontram em seu caminho. Por fim, alguns alcançam o mar. Eles se afogam, ao tentar nadar no mar como se fosse um lago ou rio e morrem. Por outo lado, o “salmão” nada oceano e rio acima, por cerca de cento e sessenta quilômetros para cumprir a programação alojada profundamente em seu DNA. No outono, em Nimbus Dam, no norte da Califórnia, você pode ver centenas dessas criaturas corajosas batalhar contra a corrente debatendo-se para transpor os obstáculos e vencer feras para chegar até onde depositarão suas ovas para, a seguir, morrerem. O custo da jornada não os detém, e a forte correnteza contra a qual eles têm de nadar não representa um obstáculo intransponível. Eles seguem na direção que foram designados a ir, contra a corrente, indiferentes ao preço que têm de pagar e assim depositam milhares de ovas e defendem sua prole gerando milhares de novos seguidores (filhotes).

Esta metáfora com peixes ilustra bem os dois tipos de líderes que iremos estudar. Os líderes-lemingues triangulam o mundo à sua volta e cumprem a verdade sábia do provérbio: "Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte" (Provérbios 14:12). Os líderes-salmão são modelos de liderança cristã fiel. O lemingue busca satisfação pessoal e assim como muitos líderes; não têm visão espiritual, mas buscam glórias efêmeras; não dão atenção as recomendações de Jesus. São convencidos de que o sofrimento é desnecessário e sem atrativos. Eles parecem não ter consciência de que não conseguem ouvir o Senhor, pois estão ensurdecidos pelo vozerio da cultura à sua volta “o ter para ser”; buscam reconhecimento e bens materiais. Querem satisfação física em detrimento do espiritual. Em total contraste está a viagem anual e heróica do salmão, e a determinação dos líderes-salmão, afinal para a igreja e para o Rei dos reis, não importa o que terão de enfrentar – seu alvo é o futuro glorioso com Cristo e seu objetivo é zelar por este Reino Celestial.

A Liderança é uma necessidade para a vida de qualquer grupo ou organização. Tanto as organizações eclesiásticas quanto as seculares clamam por líderes devotos. Não há nenhuma instituição mais poderosa que a Igreja de Cristo na terra (Mateus 16:18). Ela conta com os maiores recursos existentes, sejam eles materiais ou espirituais. Mesmo assim, carece de liderança espiritual autêntica que faça a diferença no mundo. Vejamos que tipos de líderes ela precisa.

Líderes com Aspiração

Martinho Lutero, o ardente reformador do século XVI, foi um homem de muita coragem. Ele desafiou a igreja daquela época, o papa e outros líderes religiosos e seculares. Em 1521 apareceu diante da Dieta Germânica, na cidade de Worms, e, embora tivesse a promessa de ser protegido, sabia muito bem que estava arriscando a vida. A mesma promessa tinha sido feita a João Huss um século antes, e ele tinha sido queimado na fogueira. Os líderes da igreja prometeram a Lutero perdoá-lo caso se arrependesse dos “erros” e voltasse à “fé verdadeira”. Lutero sabia que essa promessa tinha pouco valor, porque para eles uma promessa feita a um herético não precisava ser cumprida. Ele conhecia a história dos dois séculos anteriores, quando mulheres de cristãos tinham sido torturadas, e muitos outros mortos durante a infame Inquisição Espanhola. Lutero conseguiu chegar à corte em segurança, mas foi-lhe negada a oportunidade de defender suas teses. Em vez disso, apresentaram-lhe uma lista dos “erros” nelas contidos. Mesmo sabendo que a corte podia decidir sobre sua vida ou morte, quando instado a dizer se se retrataria, sua resposta foi: “A menos que eu esteja convencido do erro através do testemunho das Escrituras (já que não deposito fé na autoridade insustentável do papa e dos concílios, porque está claro que eles tem errado muitas vezes e que, também, muitas vezes tem entrado em contradição uns com os outros), e com as Escrituras para as quais apelei, não poderei me retratar e nem me retratarei de nada, porque agir contra a própria consciência não é certo, nem nos é permitido. Por isso mantenho minha posição. Não posso agir de outra forma. Que Deus me ajude. Amém”. Através dos séculos homens de Deus tem assumido seu posicionamento. Mantiveram-se firmes em nome da verdade, da integridade e da justiça, qualquer que tenha sido o seu campo de trabalho.

Aspiração é o desejo profundo de atingir uma meta, um sonho, um desígnio. Nenhum sonho de se alcançar uma liderança no campo espiritual e eclesiástico deve ser desestimulado (I Timóteo 3:1), ao contrário, deve ser visto com cuidado e apontada as duas vertentes: das carências e das exigências, como fez Paulo. Vejamos então algumas:

Aspiração Priorizada
O aspirante a liderança religiosa como qualquer outra, pode ter boas ou más motivações. Há aqueles que desejam liderança por vaidade pessoal, como mero desejo de sucesso e reconhecimento (Filipenses 1:15). Outros gostariam de ostentar um título com suas credenciais, salário, etc. Esse desejo é impuro e como tal precisa ser purificado pelo sangue de Jesus, e pelo fogo da Palavra de Deus. Jesus ensinou o que deve motivar a liderança no Reino de Deus: O desejo sincero de ser servo, e de compartilhar a própria vida (João 15.13). Quando alguém se destaca com tais qualidades podemos deduzir que tal pessoa possui uma autêntica chamada ministerial, para a liderança. A Igreja precisa de edificadores de almas. Liderar é mentorear; edificar pessoas, e não prédios. O próprio Jesus não deixou nenhuma edificação, como herança, mas discípulos para darem continuidade à sua missão. Então, o mais importante é encontrar a pessoa que vai substituí-lo e treiná-la. Se tudo o que o líder fez desaparecer quando ele morrer, então a liderança dele foi um fracasso.

Aspiração Resignada
Se alguém deseja servir a Deus como bispo ou pastor, excelente obra almeja (I Timóteo 3:1). Vemos que o desejo de servir como líder é historicamente incentivado na igreja local. E claro o apreço no Novo Testamento por parte daqueles que têm tal aspiração, todavia, devemos lembrar que, na época em que Paulo escreveu a primeira carta a Timóteo, já havia indícios de uma perseguição generalizada à igreja. Candidatar-se à liderança ministerial era um sério risco pessoal e para a própria família (I Coríntios 7:26,27,32). Isso nos deixa claro que, diferente de hoje, na época, desejar ser líder não traria recompensas materiais, nem tampouco projeção, visto que a igreja cristã no mundo pagão era hostilizada e perseguida (Atos 8:1).

Aspiração inquebrantável
Esse tipo de aspiração traz consigo um desejo ministerial capaz de suportar todo tipo de provação possível. Quem almeja se tornar ministro de Cristo e liderar na obra de Deus, deve suportar os desapontamentos, as frustrações, e os desencantos da chamada (II Timóteo 3:12). “Não entre no ministério se puder passar sem ele” foi uma citação de Spurgeon, para depois dizer: “Se alguém neste recinto puder ficar satisfeito sendo redator de jornal, fazendeiro, médico, advogado, senador ou rei, em nome do céu e da terra, siga o seu caminho”. Por outro lado, servir como líder no Reino de Deus, implica em sofrer tribulações (II Timóteo 3:11). Todo aquele que se candidata a líder será observado e provado até finalmente ser aprovado. O preço, na verdade, é bastante elevado para o encargo na liderança eclesiástica. Liderança espiritual tem o preço de resignação em muitos sentidos. O salário não é o que se imagina. Lidar com o ser humano exige paciência, sensibilidade e fé no chamado que se recebe. Assim, somente alguém bem consciente de seu chamado suportará as provações peculiares ao encargo.


Líderes com Caráter

Falaremos agora do significado da liderança espiritual. Uma liderança espiritual é servidora tanto ao Reino de Deus como aos homens, segundo os dons concedidos por Ele (Romanos 12:6-8). Todavia essa liderança anexada aos dons é governada pelo Espírito Santo, visando glorificar a Cristo. Aquele que se submeter ao Espírito será impregnado pelo caráter de Jesus Cristo, chamado de fruto do Espírito, o que veremos a seguir. O primeiro atributo, e o mais expressivo de um líder, é o seu exemplo. Na verdade, é o exemplo que demonstra a veracidade de todas as outras qualidades do líder, nele se resume o seu amor, a sua autoridade, a sua motivação, a sua habilidade. É o exemplo como uma joia, provada pelo tempo, de onde provém todo o brilho do sucesso ministerial do líder cristão. Um líder que demonstra exemplos de vida, muitas vezes até sem usar palavras, ensina melhor do que aquele que apenas teoriza conceitos.  Mas, infelizmente, há dentro das igrejas, líderes autoritários, exploradores, que lançam mão do seu cargo até mesmo para lesar o seu próximo. Igualmente, no meio dos ímpios, o líder deve agir com amor, e não pode ser omisso, levar a igreja a fazer diferença no meio em que vive.

Caráter Exigido
Se os homens na terra procuram para serem seus diretores, funcionários com caráter digno de confiança, o que se dirá de Cristo para sua igreja na terra? Com certeza, ele procura homens de caráter sublime, íntegros e que possam inspirar a outros o seguir. Os encargos de liderança estão aí à disposição daqueles que provarem que são dignos dele. Se alguém analisar as exigências paulinas (I Timóteo 3:1-14) e, ainda assim, continuar desejando engajar-se no ministério cristão, deverá enquadrar-se nelas. Liderança cristã vai além de estar bem informado, ter formação superior, ser bem relacionado na igreja onde serve, etc. Líder cristão além de possuir essas qualidades deve ser alguém de caráter ilibado e dirigido pelo Espírito, como a Bíblia recomenda no capitulo 6 de Atos.

Caráter Amadurecido
Um neófito não deve servir como líder. Neófito significa literalmente, recém-plantado e se refere aos cristãos novos na fé... Logo, está implícito que um novo convertido ainda não teve tempo suficiente para provar o seu caráter e exercitar os seus dons devidamente. Ainda que um novo cristão pareça ter tais qualificações, é precoce e precipitado chegar a essa conclusão. Facilmente um neófito se envaidecerá e, diante de seu narcisismo, sucumbirá e, ainda, no seu orgulho, tornar-se-á estúpido e confuso. A isso Paulo chama de incorrer na condenação do diabo, (I Timóteo 3:6). Quem pensar que o diabo não passa de doutrina, logo perceberá, na prática, o seu engano ante a realidade das provações e tentações. Vale aqui a ressalva, que ao escrever para seu discípulo e amigo Timóteo, o apóstolo Paulo não se referia a imaturidade proveniente da juventude. Idade não é garantia de maturidade, mas é bom um homem dar a si mesmo tempo para estudar e crescer antes de aceitar uma igreja, embora alguns homens comprovadamente amadurecem mais rapidamente do que outros.

Caráter Atestado
Toda liderança cristã deve trabalhar com cuidado e não impor as mãos precipitadamente sobre ninguém (I Timóteo 5:22). Não obstante, alguns líderes no afã de crescimento e sob a pressão de alcançar sucesso imediato, impõem as mãos para sua própria decepção e dão legalidade no mundo espiritual para que os tais perturbem a paz do Reino. É comum esses tais novatos se envolverem em escândalos, abandonando seus precursores, vindo a desejar formar um ministério próprio. Tudo isso sem possuir qualquer experiência. Leva tempo para um caráter assertivo ser reconhecido (Gálatas 1:18;2:1). Nesse aspecto da chamada ministerial os candidatos deverão ser pacientes, e até o momento do reconhecimento público, permanecer na vocação que foram chamados. É triste, mas, em nossos dias, estamos vendo um número incontável de pessoas despreparadas e de dúbio caráter. É muito sério eleger alguém como um líder; está comprovado que o candidato ao ministério ainda precisa passar pelo fogo depurador da experiência com Deus. Um chamado não acontece da noite para o dia. Moisés passou longos anos, e, mesmo sabendo que era o escolhido para a função, quase se perde por sair antes do tempo. Quando Deus o chamou ele já tinha oitenta anos, todavia, tudo foi mais fácil, porque Deus estava com ele, e era chegado seu tempo de agir.


Líderes Aptos

O líder deve saber que não possui todas as habilidades necessárias ao seu ministério, por isso deve descobrir qual dom Deus lhe reservou adquirir conhecimento para melhor desempenhar este dom, e ter um quociente emocional equilibrado para saber relacionar-se com as pessoas. Entretanto, algumas aptidões são fundamentais para o exercício da liderança cristã. Embora elas sejam também exigidas no campo secular para determinados tipos de liderança, são de igual forma exigidas na igreja. O líder deve saber que não possui todas as habilidades necessárias ao seu ministério, por isso deve descobrir qual dom Deus lhe reservou adquirir conhecimento para melhor desempenhar este dom, e ter um quociente emocional equilibrado para saber relacionar-se com as pessoas. Por não ter todas as habilidades necessárias, ele deve aprender a "delegar poderes", sendo esta a função primordial do líder. Por outro lado, o líder precisa ter o desejo de sempre melhorar e evoluir, tendo a consciência que essas aptidões requeridas (e não latentes no momento), poderão ser desenvolvidas, exercitadas e amadurecidas ao longo de toda uma vida.

Mas existem algumas aptidões primárias que identificam um líder nato, e quem exerce qualquer tipo de liderança precisa possui-las, sem exceção. Vejamos as principais:

Aptidão para Liderar
Parece imprópria e repetitiva esta exigência, mas a verdade é que nem todos desejam e talvez possuam aptidão para algum tipo de liderança. Por exemplo: algumas pessoas foram chamadas para servir apenas como diáconos. Elevar sua função poderá influir tanto em sua vocação, que em vez de destacar-se, irá se anular completamente. Será que alguém sabe que destino tomou Matias, o que havia sido escolhido para ocupar o lugar Judas? (Atos 1:26). Devemos ter cuidado, porque nem sempre a vontade dos homens é a escolha de Deus. Até apóstolos erram! Isso é um sinal para que pensemos melhor antes de impor as mãos sobre alguém. Aqueles que têm o dom de liderar devem fazê-lo com diligência (Romanos 12:8). O contrário de diligência é desleixo e quanto a isso Jeremias escreveu: “maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente” (Jeremias 48:10). Liderar com diligência é o empenho dedicado em atingir metas, é a dedicação solícita em relação aos liderados, própria de um pastor em relação ás suas ovelhas.

Aptos para ensinar e doutrinar
Junto à aptidão de liderar é importante que um líder seja apto a ensinar. Como tal, dependendo do tipo de liderança que exerce e as necessidades apresentadas, deverá ensinar em muitas áreas diferentes da igreja. Por exemplo, ao abrir uma nova frente de trabalho, esse líder precisará ensinar a novos convertidos e a crianças acerca da fé. Numa igreja já estabelecida também, desempenhará muitos papéis no ensino, como também num culto doutrinário, escola dominical, curso para obreiros, seminário, etc. Não existe evangelho genuíno sem ensino bíblico (Mateus 28:20), e quanto a este se deve convergir todas as energias por causa dos falsos ensinos e ensinadores que a Bíblia nos adverte (I Timóteo 4:1-2).

Habilidade para disciplinar
Intimamente ligado ao ensino, está o ato de disciplinar. Na verdade, disciplinar é uma forma de ensinar, mas também de colocar ordem (Tito 1:5) Contudo, o ato de disciplinar quando se faz necessário é uma forma de amar, ainda que quem esteja sob a vara da disciplina não goste (Hebreus l2:10-11). Em toda e qualquer organização a disciplina é imprescindível (I Tessalonicenses 5:14). Mas disciplina deve ser sempre motivada pela verdade, misericórdia e autovigilância (Gálatas 6:1). Observe que Paulo escreve a Timóteo no tocante ao assunto nos seguintes termos: “Não repreendas ao homem idoso; antes, exorta-o como a pai; aos moços, como a irmãos; às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza” (I Timóteo 5:1-2). A verdadeira disciplina não é nem desagradável nem cruel. É uma questão de amor - amor a Deus, amor à santidade, amor à verdade, amor ao testemunho de Cristo na igreja, amor aos irmãos, e amor aos não salvos que estão observando o testemunho da Igreja e que podem tropeçar e serem ofendidos e, portanto, não serem salvos se o pecado não for disciplinado. “Enquanto as igrejas falharem em preservar uma membresia pura, e se recusarem a purificar os pequenos pedaços de fermentos óbvios, haverá pouca esperança para qualquer melhoria na condição das igrejas, e boas razões para esperar que as igrejas se movam no sentido oposto”.

A autêntica liderança espiritual é a que fará diferença onde for desenvolvida. Para que isso aconteça, é necessário respeitar o desejo daqueles que aspiram ao ministério, orientando e encaminhando-lhes ao treinamento. A preparação, nesse sentido, deve acontecer, até que, finalmente, cheguem ao pleno exercício da função. Na verdade, muitos são ocultamente por Deus, preparados. 


Para conhecer com maior profundidade o perfil bíblico de um líder, participe neste domingo (13/07/2014), da Escola Bíblica Dominical.


Texto compilado das seguintes fontes:
Revista Jovens e Adultos nº 92 - 
Liderança Cristã Editora Betel

Blog da EBD - www.ebd316.com



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