Texto Áureo
Ora, sem fé é impossível
agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que
ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.
Hebreus 11:6
Verdade Aplicada
É muito importante saber honrar
as pessoas, principalmente, honrar aqueles que foram levantados por Deus para
nos revelar Seu intento, Seu caminho e Sua vontade.
Textos de Referência
II Reis 4:16-21
E ele disse: A
este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. E disse
ela: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva.
E concebeu a mulher e
deu à luz um filho, no tal tempo determinado, segundo o tempo da vida que
Eliseu lhe dissera.
E, crescendo o filho,
sucedeu que, um dia, saiu para seu pai, que estava com os segadores.
E disse a seu pai:
Ai! A minha cabeça! Ai! A minha cabeça! Então, disse a um moço: Leva-o a sua
mãe.
E ele o tomou e o
levou a sua mãe; e esteve sobre os seus joelhos até ao meio-dia e morreu.
E subiu ela e o
deitou sobre a cama do homem de Deus; e fechou sobre ele a porta e saiu.
Elizeu e a Sunamita
O Monte Carmelo, local
da famosa Batalha dos Deus, tornou-se um lugar de grande relevância para o
profeta Elizeu, já que periodicamente, ele deixava sua base na cidade de
Samaria, e caminhava cerca de 56 quilômetros para realizar períodos devocionais
no alto daquela montanha, que se localizava na região do vale de Jezreel, uma
área que era conhecida por sua imensa produtividade agrícola. Era ali, naquela região de topografia baixa
que também estava a cidade de Sunem, hoje, Sulam (no original, o nome significa “Declive”), rodeada por seus jardins
de cactos e pomares frondosos, lugar perfeito para um retiro em busca de
sossego e tranqüilidade. Em frente à cidade estava o Monte Carmelo, logo, o
profeta Elizeu fazia questão de caminhar pelas ruas de Suném durante suas
peregrinações. Esta rotina anual, não
passou despercebida por uma das moradoras locais. Percebendo que o profeta
tinha o habito de passar próxima a sua casa e reconhecendo que ele era de fato
um homem santo; essa hospitaleira sunamita, cuja identidade sequer foi
revelada, convidou ao profeta para realizar refeições regulares em sua casa.
Não sendo isto o bastante, ela convenceu seu marido a construir um cômodo
extra, próximo ao muro da residência, para que Elizeu pudesse se hospedar com
conforto ali. De acordo com renomados estudiosos, este quarto foi construído com
muito esmero, no terraço da residência e com uma escada de acesso privativa
pelo lado de fora da casa. Assim, o profeta teria privacidade, ventilação
adequada e baixo ruído da rua. O local ainda foi equipado com cama, mesa,
cadeira e candelabro, proporcionando à Eliseu muita tranqüilidade para realizar
suas preces e meditações.
A mulher de Suném que o texto se
refere, era descendente dos filhos de Issacar, que segundo o registro do
primeiro livro das Crônicas, eram aqueles que aconselhavam o reino e conheciam
a ciência dos tempos (Josué 19:17-18; I Crônicas 12:32). Ou seja, o rei só se
movia debaixo de seus conselhos. A versão espanhola (RV – Reina Valera)
apresenta a sunamita como uma “mulher importante”. O termo “importante”,
significa pessoa com dignidade, que tem méritos; pessoa que tem uma formosa
maneira de ser. Ela era uma mulher rica em todos os sentidos da palavra. Uma
mulher sensível e de fácil entendimento.
Por dom natural, as mulheres são
portadoras de uma sensibilidade muito preciosa. Sem que Eliseu dissesse uma
palavra acerca de si, ela confidência com seu marido acerca do profeta dizendo:
“Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de
Deus” (II Reis 4:9). De uma só vez ela identificou o homem de Deus que o
profeta servia e a qualidade de sua vida espiritual, Santo! Ela não discerne
somente o ministério de Eliseu, mas discerne também o caráter, a autenticidade,
e a identidade desse homem de Deus. Essa sábia mulher decide junto a seu
esposo, construir um aposento para o homem de Deus, atitude que vai desencadear
poderosas bênçãos sobre sua família, inclusive um filho que não podia ter (II
Reis 4:10-14). Nossos lares serão transformados quando construirmos
um lugar de adoração para o Senhor, um lugar onde o Senhor possa estar. O
simbolismo da acomodação de profeta e o que pôde realizar revela simplesmente o
que acontece em nossas vidas quando abrimos a porta para Deus e permitimos que
Ele se torne íntimo a todos nós.
Sementes de Generosidade
Algo moveu o coração daquela
mulher em relação ao profeta que passava a sua porta. Ela chama seu marido e
diz: façamos-lhe, pois, um pequeno quarto (II Reis 4:10). Seu desejo em
abençoar era a chave que abria a porta de seu futuro. Pois, o quarto que
construiu para o profeta foi o local em que seu filho veio a ressuscitar. Pelo
desempenho dessa mulher, seu marido certamente lhe confiava à administração das
coisas do lar, e sabemos que existem mulheres muito sábias na administração,
mulheres que são verdadeiras árvores frutíferas (Salmos 128:3). Esse marido
investia na esposa e lhe deu meios para realização da obra, não foi machista.
Foi tão sábio quanto ela. Biblicamente, a mulher virtuosa, dada por Deus, é
eficaz na administração do lar (Provérbios 31:10-31). Pois a mulher tem o poder
de edificar ou derrubar. Porém, a sábia age como essa mulher, investe nas
coisas santas e edifica seu lar (Provérbios 14:1). A bondade feita sem
interesse sempre será recompensada pelo Senhor. Elizeu estava grato e desejou
recompensar de algum modo aquela família. Geazi lhe informou que aquela bondosa
família não possuía herdeiros (II Reis 4:14). Ela era uma mulher habilidosa,
rica, mas infeliz por ter um lado vazio e um marido já de idade avançada, uma
mulher sem descendência, sem frutos, e sem sucessão. De acordo com Êxodo 23.26, uma mulher israelita não
ter filhos era estar debaixo de maldição. Observe o peso espiritual dessa
palavra: “Ela não tem filho”. Segundo o costume da época, por ser de idade
avançada, seu marido não dormia no mesmo quarto que ela. A palavra “velho”
indica que era um homem de aproximadamente de oitenta anos. Mas sua bondade em trazer a
presença de Deus para sua casa honrando o profeta, lhe abriu as portas dos
milagres, e pôs para sempre um fim em sua esterilidade.
Ou contrário
do que muitos pregadores modernos ensinam em diversos altares, estar em Cristo
e ser fiel, não imuniza ninguém de enfrentar os dias maus, as crises
financeiras e o tempo de escassez. Dizer que o crente não pode passar por privações
é contrariar a Bíblia (Salmo 34:19). Nas horas difíceis, porém, Deus sempre
abrirá uma porta de escape e providenciará um socorro, e esta provisão chegará
através de mãos humanas. Por isso Deus capacita pessoas para desenvolverem
trabalhos sociais dentro da sociedade eclesiástica, a fim de socorrer o
necessitado e alimentar ao faminto. Alguma vez você já recebeu a ligação de
alguém da igreja pedindo sua ajuda para montar uma cesta básica que irá levar
alimento a mesa de uma família carente? Possivelmente do outro lado da linha
havia alguém que até mesmo sem saber, estava fazendo valer um dos mais belos
Dons concedidos a igreja: O Dom de
Socorro. Neste caso, alguém é levantado para liderar essa “esquadra de
salvação”, porem cabe a todo o cristão, a obrigação de contribuir e ajudar,
repartindo o que temos com os irmãos necessitados (Atos 2:42-47). Outro
ministério de grande relevância dentro da igreja é o da Hospitalidade. Ser hospitaleiro significa acolher em casa por caridade ou cortesia pessoas,
sejam conhecidas ou não. Dificilmente alguém abre as portas de sua casa para
dar guarida a um completo desconhecido, e isto nada tem a ver com ser bom ou
não, mas sim com o fato de cuidar e proteger da própria família. Por isso ao
longo da história, Deus tem levantado pessoas que se dedicam a receber e cuidar
dos cansados da viagem (ou da vida), dando lhes guarida, proteção, alimento,
cama e acima de tudo dignidade. Alguns abrem suas próprias casas, outros
dedicam sua vida em albergues, centros de reabilitação, ONG´s e cozinhas
comunitárias, fazendo o bem sem olhar a quem. Pessoas assim, receberem uma
graça especial de Deus, uma capacitação sobrenatural para ver além das
aparências e ajudar a quem os outros desprezam, e isto, é um DOM de Deus. O escritor da carta enviada aos judeus
espalhados pelo mundo deixou um conselho tão revelador, que trouxe uma verdade
surpreendente sobre a importância de se exercer a hospitalidade: “Conserve-se entre vós a caridade fraterna.
Não vos esqueçais da hospitalidade, pela qual alguns, sem o saberem, hospedaram anjos. Lembrai-vos dos
encarcerados, como se vós mesmos estivésseis presos com eles. E dos
maltratados, como se habitásseis no mesmo corpo com eles”. (Hebreus 13:1-3)
O Filho da Sunamita
Em uma época em que
cada israelita se preocupava apenas com suas próprias prioridades e ignorava as
necessidades da casa do Senhor, Deus levanta o profeta Malaquias que conclama a
nação para a prática da voluntariedade e da generosidade. O profeta explica que
os céus estão cerrados sobre Israel em decorrência da mesquinhez e do
egocentrismo de sua gente. Malaquias
aconselha aos israelitas que voltem a ser generosos para com o Senhor, trazendo
para o templo os seus dízimos e suas ofertas, pois somente assim, haveria
subsídios para sustentar os sacerdotes, os levitas e condições de se pagar as
despesas da “casa do tesouro”. Em resposta a liberalidade do povo, Deus promete
uma era de abastança, em que as “JANELAS” do céu seriam abertas sobre a nação.
Ora, sabemos que a Fé tem a capacidade de abrir muitas PORTAS, mas algo
interessante sobre portas, é que elas se abrem dos dois lados. Ou seja, em
muitas circunstâncias, a responsabilidade por abri-las pertence a nós, em
outras, à Deus. Mas JANELAS são abertas apenas pelo lado de dentro, logo, se o
próprio Deus não abrir as janelas do céu, elas estarão permanentemente
fechadas, sem que possamos vislumbrar sequer uma única fresta. Através de
Malaquias, Deus nos dá uma resposta claríssima sobre qual é a única forma de
destrancar essa janela: Trazei todos os
dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois
fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas
do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar
suficiente para a recolherdes (Malaquias 3:10). A generosidade move a mão
de nós em nosso favor!
A mulher sunamita viveu
intensamente esta realidade, pois ao ser generosa com um representante de Deus
na Terra, atraiu as beatitudes do Senhor sobre sua vida. A iniciativa do milagre não partiu dela. Muito pelo contrário, foi o
profeta do Senhor, que consternado com tamanha hospitalidade, sentiu a
necessidade de retribuir o favor. Inicialmente Elizeu pensou em usar sua influência
junto ao rei e ao general do exército para conseguir algum beneficio para
aquela família, mas a mulher não aceitou esta proposta, pois se considerava uma
pessoa do povo, e não deveria ter privilégios diferenciados. Elizeu e seu servo
Geazi gastam algum tempo tentando encontrar um modo de agradecer, e é a partir
de uma observação de seu criado, que Eliseu encontra a resolução perfeita. A
mulher era estéril e nada melhor que um filho para alegrar a casa. A sunamita é
chamada no recinto e ouve do profeta a seguinte promessa: No próximo ano, nesta
mesma data, terás um filho em seus braços! Deus não abriu somente a madre da
mulher, como também abriu a janela do céu sobre ela.
A profecia de Eliseu se cumpriu
no tempo determinado, o “tempo da vida” corresponde a nove meses, o tempo de
uma gestação (II Reis 4.16a). Sua palavra foi tão poderosa que naquela mesma
noite o homem se tornou fértil, e a mulher foi curada de sua esterilidade.
Todas as vezes que uma benção grande nos advém, podemos estar certos de que as
forças opostas irão tentar nos desestabilizar e até roubar nosso benefício se
não estivermos atentos. De forma repentina, o menino teve uma dor de cabeça e
veio a falecer nos braços de sua mãe, que de forma surpreendente, não
desperdiçou uma lágrima, o levou ao quarto que havia construído para o profeta,
e foi até seu marido também sem esboçar nada do acontecido, dizendo estar tudo
bem, e informando que ia encontrar o profeta (II Reis 4.23). Devemos ressaltar
a qualidade dessa mulher. Uma mulher determinada e equilibrada, que sabia
resolver as crises do lar, e que também sabia como e a quem se dirigir nos
momentos difíceis e trágicos da vida (Efésios 6:10-13).O que as atitudes dessa mulher nos remete é uma
segurança sobrenatural, uma confiança em Deus que não a desespera. Qual mulher
pegaria seu filho morto nos braços e apenas o deixaria numa cama, e partiria ao
encontro do profeta? É uma atitude sã e ao mesmo tempo sobrenatural. Pois, nem
a seu marido ela conferiu o ocorrido. Ainda dizem que mulheres são frágeis!
A sunamita sabia que o mesmo que
se tornou fonte para sua alegria portava consigo uma palavra acompanhada de
milagres. Ao chegar ao monte, ela não revelou o motivo de sua chegada Geazi e,
cautelosa, busca apenas a orientação do homem de Deus. Essa mulher nos chama a
atenção exatamente pela maneira como conduz as coisas (II Reis 4:25-27). Ela é
uma pessoa que não fica sofrendo pelos cantos, pedindo orações desesperadas a
um e outro, mas usa o tempo e o modo de forma correta; buscando também as
pessoas a quem deve se dirigir para a solução de seus problemas. Ela não fez
alarde ao marido, não falou com a vizinhança, não andou chorando pelas ruas.
Ela age discretamente, parece estar muito convicta do que faz (Provérbios 24:10).
O Milagre da Ressurreição
Eclesiastes 3:1-8, nos
diz que há um tempo específico para todas as coisas, inclusive sorrir e chorar.
Aquele mulher havia tido uma manhã angustiante, acompanhando sozinha a lenta
morte de seu filho, que agonizava em seu colo. Aquela mulher certamente não
contava com o óbito da criança, pois tinha certeza que Deus não tiraria o
presente que lhe fora dado, sem ao menos que ela tivesse pedido. Mas a tragédia
inesperada bateu em sua porta. Por volta do meio dia, o menino faleceu e com
ele as esperanças de cura. Mas a sunamita não desistiu. Se a cura não era mais
possível, o caso agora era para ressurreição, e ela iria até as ultimas conseqüências.
Sem alarmar ao marido, a mulher leva seu filho já sem vida até o quarto
construído para o profeta (subindo escadas!), enxuga o seu choro, diz ao esposo
para não se preocupar pois “tudo está bem”, e então viaja cerca de 5 quilômetros
até o profeta, que neste dia, fazia suas orações no Carmelo. Ao vê-la se
aproximando, o profeta percebe sua aflição de espírito, mas não recebe de Deus
a revelação do ocorrido. Elizeu ordena que Geazi vá ao seu encontro e a indague
sobre como estão os membros de sua família: Como vai você? Como vai seu marido?
Como vai seu filho? E as respostas: Bem... Muito bem... Vai tudo muito bem!
Aquela mulher entendeu
a necessidade de ser forte, e manter inabalada a sua fé, certa de que nada
estava perdido, e que se Deus lhe havia dado um filho, nem mesmo a morte poderia
tirá-lo dela. Com esta crença ela se manteve inabalável por fora, ainda que
estivesse aflita em seu interior. A sunamita não perdeu tempo com reclamações,
indagações e questionamentos. Tampouco gastou suas lágrimas com inútilidades ou
suas lamúrias com quem nada poderia fazer por ela. Mas diante do profeta, a mulher
descortina seu coração: Ao encontrar o
homem de Deus no monte, ela se abraçou aos seus pés. Geazi veio para afastá-la,
mas o homem de Deus lhe disse: "Deixe-a em paz! Ela está muito angustiada,
mas o Senhor nada me revelou e escondeu de mim a razão de sua angústia". E
disse a mulher: "Acaso eu te pedi um filho, meu senhor? Não te disse para
não me dar falsas esperanças?” II Reis 4:27 -28... Agora o profeta se vê
encurralado e sente a nescessidades de agir mais uma vez em prol de sua
benfeitora.
Elizeu envia Geazi, mas existem
coisas que somente nós mesmos podemos fazer. Enquanto Geazi sai para a
frustrada missão, a sunamita usa diante de Elizeu uma linguagem profética (II Reis
4:30) A palavra usada por ela é a mesma usada por Elizeu diante de Elias (II Reis
2:4). Era como se lhe dissesse: “Eu sei as palavras que você disse a Elias
quando desejou porção dobrada da unção. Se funcionou com você, vai funcionar
comigo também. Eu não te deixarei, e assim como a bênção dele passou para sua
vida, a sua bênção passará para mim. Sei que você é um portador de milagres e
só saio daqui quando o meu acontecer. Lembra! Foi você quem começou a boa obra,
agora termine de concluí-la. Após tal declaração Eliseu não teve outra
alternativa, a não ser tomar uma atitude em relação ao seu caso e resolvê-lo.
Que mulher! Ela possuía uma maneira especial e uma fenomenal habilidade para se
conduzir nas questões da vida. Uma mulher equilibrada, prudente e inteligente.
Ela realmente revela a ciência de Issacar, uma capacidade para entender os tempos
e se mover.
A primeira estratégia
adotada por Elizeu denota a urgência com a qual ele queria resolver aquela
situação. Enquanto caminha rumo à casa da sunamita, ele ordena que seu servo
Geazi corra na frente, e coloque o cajado do profeta sobre o corpo inerte do
menino; mas o servo retorna com a triste notícia: nada aconteceu. Chegando à
casa, Elizeu sobe ao quarto, fecha a porta e ora buscando uma direção. Agora,
sem afobamento e divinamente orientado, o profeta se deita sobre o corpo do menino,
afim de lhe transmitir calor... Olho com olho, boca com boca, mão com mão. Mais
uma vez, nada acontece. O profeta se levanta e começa a caminhar pelo quarto,
até que decide repetir o mesmo procedimento, e desta vez, o milagre acontece. O
menino espirra sete vezes antes de abrir os olhos... Mãe e filho podem se
abraçar outra vez.
Aqueles que se
autodenominados profetas, e usam o Altar do Senhor para markenting pessoal,
clamando para si status de infabilidade, têm muito o que aprender com a
humildade de Elizeu. Primeiro o profeta reconhece que os fatos ocorridos com a
sunamita não lhe foram revelados, depois aceita o fato que sua estratégia estava
equivocada, abrindo mão de seus conceitos para buscar uma genuína orientação do
Senhor. Ao perceber que a estratégia divina não estava funcionando, o
profeta tem a sensibilidade de entender que assim como a fé da sunamita estava
sendo testada; ele passava por um teste também. Manteve-se fiel a vontade do
Senhor, repetiu o procedimento no qual fora instruído e finalmente o milagre
aconteceu. Uma lição para vaidade que impera nos líderes da igreja moderna.
Frutos da Bondade
Ao acolher o profeta em sua casa,
a mulher sunamita não somente teve o benefício de um filho e a experiência
sobrenatural de um milagre, ela viu seu lar totalmente transformado. Agora, uma
fome se estende pela terra, e ela é a única que é avisada. Pessoas que sabem
honrar sempre são honradas por Deus. Uma fome se estende por toda a cidade, mas
só existe o registro de uma pessoa que foi avisada: a mulher de Suném (II Reis
8:1-2). É muito importante entender o que Elizeu diz. Ele está revelando a
sunamita que Jeová era quem estava enviando a fome sobre a terra, e que durante
sete anos (um tempo específico) aquela terra seria visitada pela escassez. No
meio de toda aquela população somente esta mulher foi avisada. Eis a recompensa
pelo que fez ao profeta. “...a terra passaria pela fome, mas ela e sua família
não”. Pessoas conectadas com Deus sabem perfeitamente a origem dos eventos
ocorridos na terra, e são preservadas pela retidão de seus corações (Apocalipse
3:10).O Espírito Santo
chama a mulher e diz: “Jeová mandou a fome sobre a terra”. Ela foi avisada,
poucos o são. Ela tinha ouvidos apurados para discernir a voz de Deus. O
profeta lhe avisa, e ela prontamente avisa sua família e deixa suas terras
segundo o aviso profético.
A sunamita saiu no tempo de Deus,
e agora se move no mesmo tempo profético para voltar às suas terras. Como
Issacar, ela se move com sabedoria, e a direção de Deus. O Senhor viu seu
investimento na vida do profeta, e o milagrosamente cuidou de tudo o que
possuía enquanto esteve ausente (Deuteronômio 6:25). Segundo a Lei judaica se
uma pessoa se ausentasse de suas terras por sete anos, o estado deveria
confiscar seus bens. Legalmente, ela havia perdido sua casa e suas terras.
Porém, como ela saiu no tempo e debaixo de uma revelação Divina, Deus cuidou de
tudo o que lhe pertencia. Enquanto Geazi falava ao rei das proezas de Elizeu, a
sunamita chega a sua presença e exatamente nesse momento é restituída: Então o rei lhe deu um oficial, dizendo:
“Faze-lhe restituir tudo quanto era seu, e todas as rendas das terras desde o
dia em que deixou a terra até agora” (II Reis 8:3-6). O rei aqui é um tipo
de Cristo, aquele que nos restitui de todas asa coisas. Três coisas lhe foram
devolvidas. A casa, suas terras, e todos os valores desses sete anos ausente. O
Estado sabia tudo o que fora arrecadado durante esses sete anos de ausência,
toda a quantidade de frutos produzida pela suas terras, toda a quantidade de
azeite, de cereais, de vinho, e de tudo. Então o rei ordenou um oficial do
palácio dizendo: “faça com que se devolvam a essa mulher todas as coisas que
eram suas e todos os frutos de suas terras, desde o dia em que deixou o país
até agora” (II Reis 8:3-6; Jó 33:26; Tiago 5:16).O Senhor recompensou a
obediência com a restituição de todos os bens. Seu único esforço foi sair e
voltar no tempo certo, foi mover-se no tempo de Deus. Como seria sábio para
algumas pessoas retornarem ao lugar da benção, da revelação, e do livramento!
Para compreender o cuidado divino através das intervenções milagrosas na história do seu povo, participe neste domingo (23/11/2014), da Escola Bíblica Dominical.
Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 93
Milagres do Velho Testamento : Editora Betel
Revista Jovens e Adultos nº 93
Milagres do Velho Testamento : Editora Betel
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Pb. Miquéias Daniel Gomes
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