quinta-feira, 20 de novembro de 2014

EBD: Eliseu e o milagre da ressurreição


Texto Áureo
Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.
Hebreus 11:6

Verdade Aplicada
É muito importante saber honrar as pessoas, principalmente, honrar aqueles que foram levantados por Deus para nos revelar Seu intento, Seu caminho e Sua vontade.

Textos de Referência
II Reis 4:16-21

E ele disse: A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. E disse ela: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva.
E concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tal tempo determinado, segundo o tempo da vida que Eliseu lhe dissera.
E, crescendo o filho, sucedeu que, um dia, saiu para seu pai, que estava com os segadores.
E disse a seu pai: Ai! A minha cabeça! Ai! A minha cabeça! Então, disse a um moço: Leva-o a sua mãe.
E ele o tomou e o levou a sua mãe; e esteve sobre os seus joelhos até ao meio-dia e morreu.
E subiu ela e o deitou sobre a cama do homem de Deus; e fechou sobre ele a porta e saiu.

Elizeu e a Sunamita

O Monte Carmelo, local da famosa Batalha dos Deus, tornou-se um lugar de grande relevância para o profeta Elizeu, já que periodicamente, ele deixava sua base na cidade de Samaria, e caminhava cerca de 56 quilômetros para realizar períodos devocionais no alto daquela montanha, que se localizava na região do vale de Jezreel, uma área que era conhecida por sua imensa produtividade agrícola.  Era ali, naquela região de topografia baixa que também estava a cidade de Sunem, hoje, Sulam (no original, o nome significa “Declive”), rodeada por seus jardins de cactos e pomares frondosos, lugar perfeito para um retiro em busca de sossego e tranqüilidade. Em frente à cidade estava o Monte Carmelo, logo, o profeta Elizeu fazia questão de caminhar pelas ruas de Suném durante suas peregrinações.  Esta rotina anual, não passou despercebida por uma das moradoras locais. Percebendo que o profeta tinha o habito de passar próxima a sua casa e reconhecendo que ele era de fato um homem santo; essa hospitaleira sunamita, cuja identidade sequer foi revelada, convidou ao profeta para realizar refeições regulares em sua casa. Não sendo isto o bastante, ela convenceu seu marido a construir um cômodo extra, próximo ao muro da residência, para que Elizeu pudesse se hospedar com conforto ali. De acordo com renomados estudiosos, este quarto foi construído com muito esmero, no terraço da residência e com uma escada de acesso privativa pelo lado de fora da casa. Assim, o profeta teria privacidade, ventilação adequada e baixo ruído da rua. O local ainda foi equipado com cama, mesa, cadeira e candelabro, proporcionando à Eliseu muita tranqüilidade para realizar suas preces e meditações.

A mulher de Suném que o texto se refere, era descendente dos filhos de Issacar, que segundo o registro do primeiro livro das Crônicas, eram aqueles que aconselhavam o reino e conheciam a ciência dos tempos (Josué 19:17-18; I Crônicas 12:32). Ou seja, o rei só se movia debaixo de seus conselhos. A versão espanhola (RV – Reina Valera) apresenta a sunamita como uma “mulher importante”. O termo “importante”, significa pessoa com dignidade, que tem méritos; pessoa que tem uma formosa maneira de ser. Ela era uma mulher rica em todos os sentidos da palavra. Uma mulher sensível e de fácil entendimento.

Por dom natural, as mulheres são portadoras de uma sensibilidade muito preciosa. Sem que Eliseu dissesse uma palavra acerca de si, ela confidência com seu marido acerca do profeta dizendo: “Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de Deus” (II Reis 4:9). De uma só vez ela identificou o homem de Deus que o profeta servia e a qualidade de sua vida espiritual, Santo! Ela não discerne somente o ministério de Eliseu, mas discerne também o caráter, a autenticidade, e a identidade desse homem de Deus. Essa sábia mulher decide junto a seu esposo, construir um aposento para o homem de Deus, atitude que vai desencadear poderosas bênçãos sobre sua família, inclusive um filho que não podia ter (II Reis 4:10-14). Nossos lares serão transformados quando construirmos um lugar de adoração para o Senhor, um lugar onde o Senhor possa estar. O simbolismo da acomodação de profeta e o que pôde realizar revela simplesmente o que acontece em nossas vidas quando abrimos a porta para Deus e permitimos que Ele se torne íntimo a todos nós.


Sementes de Generosidade

Algo moveu o coração daquela mulher em relação ao profeta que passava a sua porta. Ela chama seu marido e diz: façamos-lhe, pois, um pequeno quarto (II Reis 4:10). Seu desejo em abençoar era a chave que abria a porta de seu futuro. Pois, o quarto que construiu para o profeta foi o local em que seu filho veio a ressuscitar. Pelo desempenho dessa mulher, seu marido certamente lhe confiava à administração das coisas do lar, e sabemos que existem mulheres muito sábias na administração, mulheres que são verdadeiras árvores frutíferas (Salmos 128:3). Esse marido investia na esposa e lhe deu meios para realização da obra, não foi machista. Foi tão sábio quanto ela. Biblicamente, a mulher virtuosa, dada por Deus, é eficaz na administração do lar (Provérbios 31:10-31). Pois a mulher tem o poder de edificar ou derrubar. Porém, a sábia age como essa mulher, investe nas coisas santas e edifica seu lar (Provérbios 14:1). A bondade feita sem interesse sempre será recompensada pelo Senhor. Elizeu estava grato e desejou recompensar de algum modo aquela família. Geazi lhe informou que aquela bondosa família não possuía herdeiros (II Reis 4:14). Ela era uma mulher habilidosa, rica, mas infeliz por ter um lado vazio e um marido já de idade avançada, uma mulher sem descendência, sem frutos, e sem sucessão. De acordo com Êxodo 23.26, uma mulher israelita não ter filhos era estar debaixo de maldição. Observe o peso espiritual dessa palavra: “Ela não tem filho”. Segundo o costume da época, por ser de idade avançada, seu marido não dormia no mesmo quarto que ela. A palavra “velho” indica que era um homem de aproximadamente de oitenta anos. Mas sua bondade em trazer a presença de Deus para sua casa honrando o profeta, lhe abriu as portas dos milagres, e pôs para sempre um fim em sua esterilidade.

Ou contrário do que muitos pregadores modernos ensinam em diversos altares, estar em Cristo e ser fiel, não imuniza ninguém de enfrentar os dias maus, as crises financeiras e o tempo de escassez. Dizer que o crente não pode passar por privações é contrariar a Bíblia (Salmo 34:19). Nas horas difíceis, porém, Deus sempre abrirá uma porta de escape e providenciará um socorro, e esta provisão chegará através de mãos humanas. Por isso Deus capacita pessoas para desenvolverem trabalhos sociais dentro da sociedade eclesiástica, a fim de socorrer o necessitado e alimentar ao faminto. Alguma vez você já recebeu a ligação de alguém da igreja pedindo sua ajuda para montar uma cesta básica que irá levar alimento a mesa de uma família carente? Possivelmente do outro lado da linha havia alguém que até mesmo sem saber, estava fazendo valer um dos mais belos Dons concedidos a igreja: O Dom de Socorro. Neste caso, alguém é levantado para liderar essa “esquadra de salvação”, porem cabe a todo o cristão, a obrigação de contribuir e ajudar, repartindo o que temos com os irmãos necessitados (Atos 2:42-47). Outro ministério de grande relevância dentro da igreja é o da Hospitalidade. Ser hospitaleiro significa acolher em casa por caridade ou cortesia pessoas, sejam conhecidas ou não. Dificilmente alguém abre as portas de sua casa para dar guarida a um completo desconhecido, e isto nada tem a ver com ser bom ou não, mas sim com o fato de cuidar e proteger da própria família. Por isso ao longo da história, Deus tem levantado pessoas que se dedicam a receber e cuidar dos cansados da viagem (ou da vida), dando lhes guarida, proteção, alimento, cama e acima de tudo dignidade. Alguns abrem suas próprias casas, outros dedicam sua vida em albergues, centros de reabilitação, ONG´s e cozinhas comunitárias, fazendo o bem sem olhar a quem. Pessoas assim, receberem uma graça especial de Deus, uma capacitação sobrenatural para ver além das aparências e ajudar a quem os outros desprezam, e isto, é um DOM de Deus.  O escritor da carta enviada aos judeus espalhados pelo mundo deixou um conselho tão revelador, que trouxe uma verdade surpreendente sobre a importância de se exercer a hospitalidade: “Conserve-se entre vós a caridade fraterna. Não vos esqueçais da hospitalidade, pela qual alguns, sem o saberem, hospedaram anjos. Lembrai-vos dos encarcerados, como se vós mesmos estivésseis presos com eles. E dos maltratados, como se habitásseis no mesmo corpo com eles”. (Hebreus 13:1-3)


O Filho da Sunamita

Em uma época em que cada israelita se preocupava apenas com suas próprias prioridades e ignorava as necessidades da casa do Senhor, Deus levanta o profeta Malaquias que conclama a nação para a prática da voluntariedade e da generosidade. O profeta explica que os céus estão cerrados sobre Israel em decorrência da mesquinhez e do egocentrismo de sua gente.  Malaquias aconselha aos israelitas que voltem a ser generosos para com o Senhor, trazendo para o templo os seus dízimos e suas ofertas, pois somente assim, haveria subsídios para sustentar os sacerdotes, os levitas e condições de se pagar as despesas da “casa do tesouro”. Em resposta a liberalidade do povo, Deus promete uma era de abastança, em que as “JANELAS” do céu seriam abertas sobre a nação. Ora, sabemos que a Fé tem a capacidade de abrir muitas PORTAS, mas algo interessante sobre portas, é que elas se abrem dos dois lados. Ou seja, em muitas circunstâncias, a responsabilidade por abri-las pertence a nós, em outras, à Deus. Mas JANELAS são abertas apenas pelo lado de dentro, logo, se o próprio Deus não abrir as janelas do céu, elas estarão permanentemente fechadas, sem que possamos vislumbrar sequer uma única fresta. Através de Malaquias, Deus nos dá uma resposta claríssima sobre qual é a única forma de destrancar essa janela: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes (Malaquias 3:10). A generosidade move a mão de nós em nosso favor! 

A mulher sunamita viveu intensamente esta realidade, pois ao ser generosa com um representante de Deus na Terra, atraiu as beatitudes do Senhor sobre sua vida. A iniciativa do milagre não partiu dela. Muito pelo contrário, foi o profeta do Senhor, que consternado com tamanha hospitalidade, sentiu a necessidade de retribuir o favor. Inicialmente Elizeu pensou em usar sua influência junto ao rei e ao general do exército para conseguir algum beneficio para aquela família, mas a mulher não aceitou esta proposta, pois se considerava uma pessoa do povo, e não deveria ter privilégios diferenciados. Elizeu e seu servo Geazi gastam algum tempo tentando encontrar um modo de agradecer, e é a partir de uma observação de seu criado, que Eliseu encontra a resolução perfeita. A mulher era estéril e nada melhor que um filho para alegrar a casa. A sunamita é chamada no recinto e ouve do profeta a seguinte promessa: No próximo ano, nesta mesma data, terás um filho em seus braços! Deus não abriu somente a madre da mulher, como também abriu a janela do céu sobre ela.

A profecia de Eliseu se cumpriu no tempo determinado, o “tempo da vida” corresponde a nove meses, o tempo de uma gestação (II Reis 4.16a). Sua palavra foi tão poderosa que naquela mesma noite o homem se tornou fértil, e a mulher foi curada de sua esterilidade. Todas as vezes que uma benção grande nos advém, podemos estar certos de que as forças opostas irão tentar nos desestabilizar e até roubar nosso benefício se não estivermos atentos. De forma repentina, o menino teve uma dor de cabeça e veio a falecer nos braços de sua mãe, que de forma surpreendente, não desperdiçou uma lágrima, o levou ao quarto que havia construído para o profeta, e foi até seu marido também sem esboçar nada do acontecido, dizendo estar tudo bem, e informando que ia encontrar o profeta (II Reis 4.23). Devemos ressaltar a qualidade dessa mulher. Uma mulher determinada e equilibrada, que sabia resolver as crises do lar, e que também sabia como e a quem se dirigir nos momentos difíceis e trágicos da vida (Efésios 6:10-13).O que as atitudes dessa mulher nos remete é uma segurança sobrenatural, uma confiança em Deus que não a desespera. Qual mulher pegaria seu filho morto nos braços e apenas o deixaria numa cama, e partiria ao encontro do profeta? É uma atitude sã e ao mesmo tempo sobrenatural. Pois, nem a seu marido ela conferiu o ocorrido. Ainda dizem que mulheres são frágeis!

A sunamita sabia que o mesmo que se tornou fonte para sua alegria portava consigo uma palavra acompanhada de milagres. Ao chegar ao monte, ela não revelou o motivo de sua chegada Geazi e, cautelosa, busca apenas a orientação do homem de Deus. Essa mulher nos chama a atenção exatamente pela maneira como conduz as coisas (II Reis 4:25-27). Ela é uma pessoa que não fica sofrendo pelos cantos, pedindo orações desesperadas a um e outro, mas usa o tempo e o modo de forma correta; buscando também as pessoas a quem deve se dirigir para a solução de seus problemas. Ela não fez alarde ao marido, não falou com a vizinhança, não andou chorando pelas ruas. Ela age discretamente, parece estar muito convicta do que faz (Provérbios 24:10).


O Milagre da Ressurreição

Eclesiastes 3:1-8, nos diz que há um tempo específico para todas as coisas, inclusive sorrir e chorar. Aquele mulher havia tido uma manhã angustiante, acompanhando sozinha a lenta morte de seu filho, que agonizava em seu colo. Aquela mulher certamente não contava com o óbito da criança, pois tinha certeza que Deus não tiraria o presente que lhe fora dado, sem ao menos que ela tivesse pedido. Mas a tragédia inesperada bateu em sua porta. Por volta do meio dia, o menino faleceu e com ele as esperanças de cura. Mas a sunamita não desistiu. Se a cura não era mais possível, o caso agora era para ressurreição, e ela iria até as ultimas conseqüências. Sem alarmar ao marido, a mulher leva seu filho já sem vida até o quarto construído para o profeta (subindo escadas!), enxuga o seu choro, diz ao esposo para não se preocupar pois “tudo está bem”, e então viaja cerca de 5 quilômetros até o profeta, que neste dia, fazia suas orações no Carmelo. Ao vê-la se aproximando, o profeta percebe sua aflição de espírito, mas não recebe de Deus a revelação do ocorrido. Elizeu ordena que Geazi vá ao seu encontro e a indague sobre como estão os membros de sua família: Como vai você? Como vai seu marido? Como vai seu filho? E as respostas: Bem... Muito bem... Vai tudo muito bem!

Aquela mulher entendeu a necessidade de ser forte, e manter inabalada a sua fé, certa de que nada estava perdido, e que se Deus lhe havia dado um filho, nem mesmo a morte poderia tirá-lo dela. Com esta crença ela se manteve inabalável por fora, ainda que estivesse aflita em seu interior. A sunamita não perdeu tempo com reclamações, indagações e questionamentos. Tampouco gastou suas lágrimas com inútilidades ou suas lamúrias com quem nada poderia fazer por ela. Mas diante do profeta, a mulher descortina seu coração: Ao encontrar o homem de Deus no monte, ela se abraçou aos seus pés. Geazi veio para afastá-la, mas o homem de Deus lhe disse: "Deixe-a em paz! Ela está muito angustiada, mas o Senhor nada me revelou e escondeu de mim a razão de sua angústia". E disse a mulher: "Acaso eu te pedi um filho, meu senhor? Não te disse para não me dar falsas esperanças?” II Reis 4:27 -28... Agora o profeta se vê encurralado e sente a nescessidades de agir mais uma vez em prol de sua benfeitora.

Elizeu envia Geazi, mas existem coisas que somente nós mesmos podemos fazer. Enquanto Geazi sai para a frustrada missão, a sunamita usa diante de Elizeu uma linguagem profética (II Reis 4:30) A palavra usada por ela é a mesma usada por Elizeu diante de Elias (II Reis 2:4). Era como se lhe dissesse: “Eu sei as palavras que você disse a Elias quando desejou porção dobrada da unção. Se funcionou com você, vai funcionar comigo também. Eu não te deixarei, e assim como a bênção dele passou para sua vida, a sua bênção passará para mim. Sei que você é um portador de milagres e só saio daqui quando o meu acontecer. Lembra! Foi você quem começou a boa obra, agora termine de concluí-la. Após tal declaração Eliseu não teve outra alternativa, a não ser tomar uma atitude em relação ao seu caso e resolvê-lo. Que mulher! Ela possuía uma maneira especial e uma fenomenal habilidade para se conduzir nas questões da vida. Uma mulher equilibrada, prudente e inteligente. Ela realmente revela a ciência de Issacar, uma capacidade para entender os tempos e se mover.

A primeira estratégia adotada por Elizeu denota a urgência com a qual ele queria resolver aquela situação. Enquanto caminha rumo à casa da sunamita, ele ordena que seu servo Geazi corra na frente, e coloque o cajado do profeta sobre o corpo inerte do menino; mas o servo retorna com a triste notícia: nada aconteceu. Chegando à casa, Elizeu sobe ao quarto, fecha a porta e ora buscando uma direção. Agora, sem afobamento e divinamente orientado, o profeta se deita sobre o corpo do menino, afim de lhe transmitir calor... Olho com olho, boca com boca, mão com mão. Mais uma vez, nada acontece. O profeta se levanta e começa a caminhar pelo quarto, até que decide repetir o mesmo procedimento, e desta vez, o milagre acontece. O menino espirra sete vezes antes de abrir os olhos... Mãe e filho podem se abraçar outra vez.

Aqueles que se autodenominados profetas, e usam o Altar do Senhor para markenting pessoal, clamando para si status de infabilidade, têm muito o que aprender com a humildade de Elizeu. Primeiro o profeta reconhece que os fatos ocorridos com a sunamita não lhe foram revelados, depois aceita o fato que sua estratégia estava equivocada, abrindo mão de seus conceitos para buscar uma genuína orientação do Senhor. Ao perceber que a estratégia divina não estava funcionando, o profeta tem a sensibilidade de entender que assim como a fé da sunamita estava sendo testada; ele passava por um teste também. Manteve-se fiel a vontade do Senhor, repetiu o procedimento no qual fora instruído e finalmente o milagre aconteceu. Uma lição para vaidade que impera nos líderes da igreja moderna.


Frutos da Bondade

Ao acolher o profeta em sua casa, a mulher sunamita não somente teve o benefício de um filho e a experiência sobrenatural de um milagre, ela viu seu lar totalmente transformado. Agora, uma fome se estende pela terra, e ela é a única que é avisada. Pessoas que sabem honrar sempre são honradas por Deus. Uma fome se estende por toda a cidade, mas só existe o registro de uma pessoa que foi avisada: a mulher de Suném (II Reis 8:1-2). É muito importante entender o que Elizeu diz. Ele está revelando a sunamita que Jeová era quem estava enviando a fome sobre a terra, e que durante sete anos (um tempo específico) aquela terra seria visitada pela escassez. No meio de toda aquela população somente esta mulher foi avisada. Eis a recompensa pelo que fez ao profeta. “...a terra passaria pela fome, mas ela e sua família não”. Pessoas conectadas com Deus sabem perfeitamente a origem dos eventos ocorridos na terra, e são preservadas pela retidão de seus corações (Apocalipse 3:10).O Espírito Santo chama a mulher e diz: “Jeová mandou a fome sobre a terra”. Ela foi avisada, poucos o são. Ela tinha ouvidos apurados para discernir a voz de Deus. O profeta lhe avisa, e ela prontamente avisa sua família e deixa suas terras segundo o aviso profético.


A sunamita saiu no tempo de Deus, e agora se move no mesmo tempo profético para voltar às suas terras. Como Issacar, ela se move com sabedoria, e a direção de Deus. O Senhor viu seu investimento na vida do profeta, e o milagrosamente cuidou de tudo o que possuía enquanto esteve ausente (Deuteronômio 6:25). Segundo a Lei judaica se uma pessoa se ausentasse de suas terras por sete anos, o estado deveria confiscar seus bens. Legalmente, ela havia perdido sua casa e suas terras. Porém, como ela saiu no tempo e debaixo de uma revelação Divina, Deus cuidou de tudo o que lhe pertencia. Enquanto Geazi falava ao rei das proezas de Elizeu, a sunamita chega a sua presença e exatamente nesse momento é restituída: Então o rei lhe deu um oficial, dizendo: “Faze-lhe restituir tudo quanto era seu, e todas as rendas das terras desde o dia em que deixou a terra até agora” (II Reis 8:3-6). O rei aqui é um tipo de Cristo, aquele que nos restitui de todas asa coisas. Três coisas lhe foram devolvidas. A casa, suas terras, e todos os valores desses sete anos ausente. O Estado sabia tudo o que fora arrecadado durante esses sete anos de ausência, toda a quantidade de frutos produzida pela suas terras, toda a quantidade de azeite, de cereais, de vinho, e de tudo. Então o rei ordenou um oficial do palácio dizendo: “faça com que se devolvam a essa mulher todas as coisas que eram suas e todos os frutos de suas terras, desde o dia em que deixou o país até agora” (II Reis 8:3-6; Jó 33:26; Tiago 5:16).O Senhor recompensou a obediência com a restituição de todos os bens. Seu único esforço foi sair e voltar no tempo certo, foi mover-se no tempo de Deus. Como seria sábio para algumas pessoas retornarem ao lugar da benção, da revelação, e do livramento!



Para compreender o cuidado divino através das intervenções milagrosas na história do seu povo, participe neste domingo (23/11/2014), da Escola Bíblica Dominical.

Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 93  
Milagres do Velho Testamento Editora Betel

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Pb. Miquéias Daniel Gomes

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