quinta-feira, 29 de setembro de 2016

EBD - Entendendo o que é adoração


Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 101 - Editora Betel
Louvor e Adoração - Lição 01
Comentarista: Pr. José Elias Croce













Comentários Adicionais
Pr. Wilson Gomes
Pra. Márcia Gomes
Ev. Lucas Gomes











Texto Áureo
João 4.24
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.

Verdade Aplicada
Adorar em espírito e em verdade é obedecer ao padrão de Deus para a adoração.

Textos de Referência
João 4:19-23

Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.
Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.


A igreja e a adoração
Comentário Adicional
Ev. Lucas Gomes

Geralmente, as pessoas vão a igreja para receber algo do Senhor, mas se esquecem que na verdade, deveriam “entregar”. A ordenança de Jesus para os seus discípulos foi para que eles pregassem o Evangelho a toda criatura, em todos os cantos da terra. Assim, a Igreja foi gerada com um DNA evangelístico e missionário. Porém, antes de sair ao mundo para evangelizar, a IGREJA precisa primeiramente adorar. Não simplesmente cantar canções bonitas no domingo, de olhos fechados e mãos levantadas, mas adorar em espírito e verdade, dia e noite, noite e dia. Adoração não é status ou mero devocional, é estilo de vida. Questão de escolha. Ser adorador é viver por Deus, em Deus e para Deus. É entregar a ele o que temos o que somos e o que queremos e desta forma viver a sua vontade. É sonhar seus sonhos e querer seu querer. Dedicar ao Senhor nossos dias, nossos atos e nossa vida, vivendo de forma que cada segundo, cada gesto de nossas mãos, cada pensamento e palavra que se pense ou diga, seja para honra e Glória do Pai. Este é o dever primário da Igreja, adorar ao Senhor com toda a força de sua existência.

Mas a igreja adoradora ainda não está completamente apta para impactar e ganhar o mundo. Pois antes de “encarar” o desafio da evangelização, ela precisa se “EDIFICAR”. E é aí que a ação do Espírito Santo se torna vital dentro da comunidade eclesiástica. Por atuar em uma esfera completamente espiritual, a ação prática do Espírito Santo na congregação depende exclusivamente das “ferramentas” disponibilizadas a ele no mundo físico, ou seja, os crentes dispostos a isto. A Edificação é um tema recorrente no Novo Testamento e pode ser entendida como um processo constante pelo qual Deus mantém ativa e produtiva sua igreja na Terra (I Corintos 3:9, II Coríntios 10:15, Efésios 2,21, 3:17, 4:12-16 e Colossenses 2:7). Evidentemente, cabe a nós (humanos) cuidarmos dos aspectos práticos e materiais da obra, tais como templos, equipamentos, suprimentos em geral, sendo que todos estes elementos são viabilizados através dos dízimos, ofertas e com uma gestão eficiente. Mas a Igreja também tem necessidades espirituais e precisa ser gerida por um ser espiritual (O Espírito Santo). Essa “capacitação sobrenatural” é a forma que Deus trabalha em sua igreja buscando o fortalecimento e o aperfeiçoamento de todos os que estão em Cristo.

O cristão precisa ter a consciência de que é proveniente do pó da terra. Assim sendo, somos vasos de barro na mão do oleiro e é necessário que estes vasos estejam desembocados para que o Espírito Santo os encha com o óleo precioso da unção. O apóstolo Paulo nos advertiu em II Coríntios 4:7 que a excelência do poder que há em nós vem e é de Deus, e ele deposita seus tesouros dentro de vasos comuns. Uma vez que o crente entende que ser cheio do Espírito é uma dádiva concedida e não um mérito conquistado, ele estará apto a exercer com dignidade as atribuições que o Espírito lhe conceder.


Definindo adoração

Em II Reis temos a narrativa de pessoas sendo estraçalhadas por leões pelo fato de não saberem cultuar a Deus. A solução foi chamar um sacerdote do Deus de Israel para que os ensinasse a adorar ao Senhor. Toda a cadência do texto bíblico é registrada pelo compasso da adoração. A Bíblia é um livro de adoração. Para alcançarmos uma visão clara sobre a adoração, é necessário examinar cuidadosamente as Sagradas Escrituras. O Novo Testamento destaca 58 vezes a palavra “adorar” (proskynéo), bem como suas correspondentes dentre cinco mil termos relacionados com o culto. Originalmente significa “beijar”. Entre os gregos era um termo técnico que significava “adorar aos deuses”, dobrando os joelhos ou prostrando-se. Beijar a terra ou a imagem em sinal de adoração acompanhava o ato de prostrar-se no chão. Colocar-se nessa posição comunicava a ideia básica de submissão. O gesto de curvar-se diante de uma pessoa e ir até o ponto de beijar seus pés quer dizer: “reconheço a minha inferioridade e a sua superioridade; coloco-me à sua inteira disposição. ” (II Crônicas 7:3). Adoração é um ato de rendição ao Eterno Senhor Deus. É o Espírito Santo que habita o cristão a adorar, pois Ele conhece nossa interioridade pelo ângulo mais profundo, do ponto de vista do Criador (Efésios 5:18-19).

O culto implica em serviço (latreia), termo usado por Jesus para responder ao diabo (Mateus 4:1). Esse segundo termo é empregado frequentemente na Septuaginta (90 vezes), especialmente em Êxodo. Deuteronômio, Josué e Juízes, mas apenas uma vez nos profetas. Moisés várias vezes pediu a permissão da parte de Faraó para deixar os israelitas partirem para servir a Deus. Trata-se de cultuar e oferecer atos de adoração que agradem ao Deus da aliança (Êxodo 4:23; 8:1; 20; 9:1). No contexto de II Reis 17, os novos dominadores da nação de Israel começaram a povoar a terra conquistada com pessoas de diversos lugares, principalmente com babilônios. Entretanto, mesmo estando na terra de YAHMEH, eles não sabiam tributar louvores a Ele. E impressionante notar que a razão da ira divina sobre os novos habitantes de Samaria consistia em que eles estavam na terra do Maravilhoso Deus, mas não sabiam adorá-Lo. Porventura não será também está a realidade da Igreja no século XXI? A diferença é que hoje não existem leões, mas ainda vemos multidões que frequentam a casa de Deus sem saberem cultuá-Lo.

Em terceiro lugar, o Novo Testamento utiliza o vocábulo “sebein” (reverenciar). As palavras que derivam desta raiz (seb) são muito frequentes na língua grega fora da Bíblia. Transmitem o quadro característico do grego como homem religioso devotado a seus deuses para evitar as nefastas consequências do azar (Atos 17). A conotação religiosa grega impediu que esses vocábulos fossem muito usados para designar o culto, na tradução do Antigo Testamento. A adoração requer uma reverente preocupação com o que agrada a Deus (II Timóteo 3:12). Consequentemente, devemos reconhecer que a vida de temor a Deus não pode ser isolada duma piedade (eusebeia) prática de seguir a Cristo, como não vale qualquer culto separado do sacrifício do Filho. Vale a pena destacar que adorar é reconhecer, no íntimo, a soberania de Deus sem considerar secretamente outras opções. É adorar a Deus sem rivais. É adorar a Deus sem “segundas intenções”. Adoramos pela sua essência, não apenas pelas evidências.


Mantenha o Foco
Comentário Adicional
Pr. Wilson Gomes

FOCO é a clareza da visão; é um objetivo bem definido, olhar diretamente para o centro do alvo. Às vezes, perdemos o foco e isto é muito ruim, porém, ainda pior é quando o nosso foco está errado. Então é preciso uma autoanalise sistemática, para que a cada momento avaliemos a nossa teleobjetiva espiritual? Para onde estamos olhando e com que olhos estamos enxergando seus alvos? Sua visão é carnal e só enxerga prognósticos, lógicas e evidências humanas, ou é uma visão espiritual, apta para entender o trabalhar sobrenatural de Deus em nós? A adoração passa primeiro para o lugar onde nos focamos. Que possamos ver pelos olhos do Santo Espírito... Que nosso Foco seja Cristo... E que nossos ouvidos estejam atentos para ouvir a voz do grande “Eu Sou”.

Em seu livro “Ouvindo Deus na tormenta”, o escritor Max Lucado nos conta uma história que muito revela sobre o nosso papel na adoração genuína: Era uma vez um homem que desafiou Deus a falar. Faz a sarça ser consumida como fizeste através de Moisés, e eu te seguirei. Derruba os muros como fizeste por Josué, e assim Deus, eu lutarei. Acalma a tempestade como fizeste na Galileia, e assim eu te ouvirei. E o homem sentou-se perto de uma sarça, junto a um muro, perto do mar; e esperou Deus falar. E Deus ouviu o homem, e portanto respondeu. Enviou fogo não para uma sarça, mas para uma igreja. Derrubou um muro, não de tijolos, mas de pecado. Acalmou uma tempestade, não do mar, mas de uma alma aflita. E Deus esperou a resposta do homem... Esperou, esperou, esperou...

No entanto, por estar olhando para sarças não para corações, para tijolos não para vida, para mares não para almas; o homem concluiu que Deus não havia feito nada. Finalmente ele olhou para Deus e perguntou: Perdestes o teu poder? E Deus olhou para o homem e disse: Perdeste tua visão? ”


Os pré-requisitos da adoração

É necessário que aquele que se aproxima de Deus, comporte-se adequadamente, isto é, esteja imbuído pelo ato de adorar (João 4:23). Isto requer experiência e conhecimento. Para entrar na presença de Deus, supõe-se que o adorador saiba o que está fazendo e tenha legitimidade para isto. Basta lembrar-se de Uzias, que entrou no templo sem legitimidade e sem competência levando sobre si a lepra como fruto da desobediência e rebeldia contra Deus (II Crônicas 26:16-21). A experiência pessoal do novo nascimento é requisito fundamental para os que procuram adorar (João 3:3). Em hipótese alguma a adoração dispensa esse encontro com o Calvário. É preciso submeter-se a uma experiência com Jesus Cristo, a quem dirigimos o louvor. A experiência não se compra, não se vende, não se negocia; experiência se vive. É isso que ocorre na vida do adorador genuíno. Ele teve uma experiência transformadora com Deus, cujo resultado foi uma mudança em toda a sua forma de ser e agir. É extremamente válido ressaltar que a adoração é o brado de júbilo de alguém que foi liberto e liberto para adorar (Salmo 142:7ª). O Deus Todo-Poderoso não pode apreciar o louvor de uma vida que está presa ao pecado, já que está presa ao pecado, já que este elimina a base para a legítima adoração. Assim, os lábios não regenerados estão impossibilitados de cultuar ao Senhor. A regeneração é a credencial essencial daquele que adora. Os ímpios poderão elevar suas súplicas a Deus e até poderão obter respostas. Entretanto, não terão os seus louvores aceitos por Deus, exceto se caírem ao pé da cruz. É esse ato que marcará o rompimento com o pecado e, consequentemente, abrirá as cortinas do santuário do Altíssimo. Deus não pode endossar a adoração prestada por alguém que continua distante da cruz; dessa cruz que era nossa e que nosso Senhor Jesus Cristo tomou para si de tal modo que ela o qualificou para receber toda a honra, gloria e domínio. Portanto, antes de nos chegarmos ao trono da adoração, devemos passar pela cruz da remissão.

Existe um teste que pode avaliar muito bem o nosso culto: ele está projetando Deus ou o homem? Desta resposta dependerá toda a validade de nossa adoração. Esse homem pode ser qualquer personagem que esteja ocupando o lugar de Deus, ou talvez um objeto que estamos colocando acima dEle, mas esse homem pode ser ainda você próprio. Infelizmente, não são poucos os que têm caído na egolatria. São pessoas que estão a idolatrar o seu próprio ego. Além dos glutões, dos depravados e dos sensuais, que são homens “cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre; e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas. ” (Filipenses 3:19), existem aqueles que fazem de sua aparência, do seu intelecto e mesmo dos seus dotes naturais o seu próprio deus. Afinal, o que é um ídolo? Tudo que desvia nossa atenção de Deus torna-se um ídolo. Somos propensos, em razão de nossa natureza adâmica, a idolatrar até mesmo os nossos sentimentos mais nobres. Por certo, foi pensando nisto que João, o discípulo amado, exortou: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém.” (I João 5:21). Um louvor absoluto a Deus exige a quebra dos ídolos.

Pior que cultuar a outro deus é estar cultuando a si próprio. O homem arrogante, cheio de si mesmo raramente dará lugar para Deus. Ele retém consigo aquilo que pertence ao Senhor e todo espaço fica ocupado por sua presunção. O seu orgulho acaba aprisionando a sua devoção, a vaidade pessoal lhe amordaça os lábios impedindo-o de bendizer a Deus. A ênfase ao ego é a causa da esterilidade na adoração. Despojemo-nos de toda autossuficiência. Que toda plataforma de egocentrismo seja destruída! Quando o nosso ego se apaga, a adoração se inflama. De fato, a gênese de nosso tributo acontece quando depomos a nós mesmos e permitimos que o Senhor seja o soberano inquestionável de nossas vidas. Deixar de dobrar-se diante do nosso ego para nos dobrarmos única e exclusivamente diante do Senhor significa juntar-se aos genuinamente humildes de espírito. Com efeito, quem almeja subir aos píncaros do louvor deve passar pelo vale da humildade na adoração? É, sem dúvida, aquela sujeição deliberada em reverência à majestade divina. O princípio da submissão governa a vida e as atitudes do verdadeiro adorador visando sempre a glória de Deus.

Na bagagem do adorador não pode faltar um coração sincero. O louvor é para os retos de coração (Salmos 32:11; 119:7). O que não proceder de um coração sincero não encontrará aceitação divina. O louvor deve envolver o coração por ser ele o centro de nossas emoções e uma adoração comovida comoverá o coração de Deus muito mais facilmente. Por outro lado, somente com um coração sincero é que poderemos prestar um culto de forma lógica, equilibrada e racional. Certamente, não há dúvidas de que carecemos também de um coração sincero porque a sinceridade “é o cimento no concreto do louvor”. Se não houver sinceridade, nosso louvor simplesmente deixará de ser adoração, por mais belo que seja.


Um hino de Gratidão
Comentário Adicional
Pra. Márcia Gomes

O mundo é cada vez mais voraz e a sociedade de hoje se tornou frívola e hedonista. Assim, vivemos em prol do capitalismo, buscando obter cada vez mais, afim de padronizarmos nosso estilo de vida as comodidades hodiernas. A necessidade de possuir coisas novas constantemente inibe nosso senso de gratidão por tudo que já temos. Almejamos mais potência, mais beleza, mais interatividade, maior capacidade de armazenamentos de dados, melhor sinal de satélite, maior cobertura de rede, 4G, wi-fi, tv a cabo, wireless... São tantas novidades para consumir que na verdade acabamos consumidas por elas e nem percebemos. Num mundo que se comunica com imediatismo, as pessoas quase não se olham nos olhos. Movemos-nos cada vez mais rápido e a cada ano, um número maior de pessoas não consegue, sequer, chegar ao seu destino. A agilidade nos tirou a paciência, o imediatismo nos roubou a esperança, e o consumismo matou nossa gratidão. Até o Evangelho puro e simples tem sido deturpado por líderes gananciosos que constroem impérios megalomaníacos pregando mensagens recheadas de revanchismo, egoísmo e ambições. Fé virou moeda de barganha e o Reino Espiritual passou a ser medido em bens materiais. Somos bombardeados com promessas de prosperidade, riqueza e fartura, e por falta de maturidade espiritual, acabamos decepcionados com “DEUS” quando as coisas não estão bem. A grande verdade é que vivemos em uma geração espiritualmente fraca, teologicamente rasa e miseravelmente ingrata.

Davi começa o Salmo 103 conclamando sua alma para bendizer ao Senhor com todas as forças do seu ser. O motivo desta adoração é citado já no verso abaixo: “Não se esqueça de nenhuma de suas bênçãos” (Salmo 103:2). Deus está inabalável no seu Santuário e nenhuma ação humana pode desestabiliza-lo. Ele é o dono do universo e tem cada fragmento da imensidão sobre seu controle. Deus não tem nenhuma obrigação para com o ser humano, já que este tem lhe voltado as costas e traído sua confiança desde os primórdios do tempo. Mesmo assim, o Senhor tem cuidado de nós desde quando ainda éramos informes (Salmo 139:15-16). Deus move suas mãos em nosso favor sem que haja qualquer obrigação nisto. Ele cuida de nós simplesmente porque assim o deseja. De uma forma inexplicável, Deus nos ama acima de tudo. Dele provem a vida, o ar que respiramos, o alimento que nos sustenta, a água que sacia nossa sede, a força vital que nos mantem em pé. Se Deus decidisse cessar seus cuidados para conosco no dia de hoje, poderíamos viver outros cem anos, que ainda faltariam dias para agradecer pelo que ele já nos tem feito. Porém, nossa ingratidão fala sempre mais alto, e tratamos Deus como um gênio da lâmpada com a obrigação de atender nossos desejos mais mesquinhos. Se isso não acontece, o substituímos em nosso coração. Mas ao contrário do homem, tão reciproco em suas relações, Deus se mantem fiel apesar de nossas infidelidades, e seu cuidar nunca cessa (II Timóteo 2:13 / Salmo 103:17).

Ser grato é demostrar reconhecimento por alguém que prestou um benefício, favor ou auxilio. É uma dívida de honra que deve ser quitada para não manchar a índole ou o caráter de um indivíduo. É um ato de nobreza obrigatório e uma virtude que ressalta aos olhos de Deus aqueles que o amam de coração. A verdadeira gratidão não é aquela mostrada quando conseguimos um bom emprego, conquistamos a casa própria, trocamos de carro, fazemos a viagem dos sonhos ou obtemos uma promoção ministerial. Apesar de também precisamos ser gratos por cada benção alcançada (bem como pelas que ainda não conseguimos ou sequer vamos alcançar), devemos primeiramente ser gratos a Deus pelo que Ele “é” e não pelo que Ele “faz”. No Salmo 103, Davi não conclama sua alma para ser grata pelas vitórias alcançadas, pelas riquezas acumuladas, pelo palácio luxuoso ou pelo crescimento monumental de Jerusalém. Ele quer que sua alma louve ao Senhor por coisas muito mais valiosas, que transformam as preciosidades da terra em latarias enferrujadas: - Bendiga ao Senhor a minha alma! Bendiga ao Senhor todo o meu ser! É ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças, que resgata a sua vida da sepultura e o coroa de bondade e compaixão.  O Senhor faz justiça e defende a causa dos oprimidos. O Senhor é compassivo e misericordioso, mui paciente e cheio de amor. Não acusa sem cessar nem fica ressentido para sempre; não nos trata conforme os nossos pecados nem nos retribui conforme as nossas iniquidades, ele afasta para longe de nós as nossas transgressões. Como um pai tem compaixão de seus filhos, assim o Senhor tem compaixão dos que o temem. (Salmo 103:1-14 – NVI ‘resumo’).


Elementos indispensáveis 
à adoração

Adoração não é um estilo musical. É o resultado do encontro da alma com seu Criador, exposto na forma de música ou não. Muitas vezes uma oração é uma tremenda adoração (Salmo 90). Outras vezes, o silêncio se transforma no lugar da adoração mais intensa. No Salmo 8:3-4, Davi diz: “Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; que é o homem mortal, para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? ”. Numa época de tanta confusão, correrias e ansiedades, contemplar é quase loucura. Poucos ainda ousam adorar a Deus através da contemplação de Sua obra. Poucos meditam. Esquecem que o silêncio nos leva para o lado de dentro de nossa intimidade, onde habitam nossos medos e inquietações. O grande problema da atualidade é que encarceramos a adoração no cativeiro do ritual formal, com seus protocolos específicos, seu vocabulário meloso e sua gesticulação própria e restrita a determinadas horas e lugares. Contemplar é gastar tempo meditando na inerrante, infalível, completa e soberana Palavra de Deus e deliciando-se em Sua maravilhosa presença. Quando aprendemos a contemplar, qualquer e lugar se transformam em um prazeroso convite ao mergulho nas dimensões insondáveis da adoração.

Muitos “adoradores” não conseguem fazer a conexão certa entre o domingo e a segunda-feira; entre o culto e a vida. O que exprimem no altar termina quando sentam em seus lugares. Seus sorrisos só se abrem quando soam os acordes. A adoração vai muito além de um sorriso profissionalmente fabricado. Ela invade a vida. Ela restaura a alegria que não é apenas sorriso. Ela restaura a alegria como aspecto do fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22). A alegria da adoração verdadeira é uma alegria que desafia a tristeza. Uma alegria pelo que Deus já fez em mim. Nosso sorriso precisa se elevar para além do simples prazer provocado pela musicalidade, precisa se elevar como característica fiel do encontro com o Deus da verdadeira alegria.

Incondicional significa que, ainda que no silêncio, somos chamados a adorar. Nossa adoração não pode ficar refém de alguns minutos de um culto semanal. Ela precisa ter vida em casa, na rua, na alma. Se a adoração ficar restrita ao som das bandas, fecha-se numa sufocante cela do costume. Naqueles dias onde nenhuma música consegue fluir através da angústia, a adoração consegue brotar como lágrima, como oração embargada, como abraço amigo no aflito, como olhar para a esperança. Há dias em que “as harpas ficam penduradas nos salgueiros” (Salmos 137:2). Nesses dias extremamente difíceis, quando somos verdadeiros adoradores, produzimos os mais belos salmos, pois compreendemos que não é a música que entoamos, mas a música que o Espírito Santo de Deus nos ministra para entoarmos que faz realmente a essência do adorador.

Conclusão

A adoração reconhece a majestade de Deus, engrandece-O, exteriorizando este reconhecimento através de uma rendição completa à Sua vontade, servindo-o com atitudes corretas em um viver santo, cultivando o amor, regado com reverência à Sua Pessoa.




Vivemos para adorar. Deus criou o homem para que este O adorasse. O combustível da adoração é a comunhão com Deus. Uma comunhão verdadeira e despretensiosa começa em um lugar secreto. Adoração é decidir investir a vida no Eterno. É quando nos redescobrimos em Deus e todas as demais coisas são periféricas diante de tão grande descoberta. Deus não procura adoração, mas adoradores. Para compreender ainda mais os princípios da verdadeira adoração, participe deste domingo, 02 de outubro de 2016, da Escola Bíblica Dominical.




domingo, 25 de setembro de 2016

EBD - Louvor e Adoração



No próximo domingo, 02 de outubro de 2016, iremos iniciar o um novo trimestre da Escola Bíblica Dominical. O tema escolhido para o fechamento do ano letivo foi:

ADORAÇÃO E LOUVORA excelência e o propósito de uma vida inteiramente dedicada a Deus.

O material didático será a edição nº 101 da “Betel Dominical Jovens e Adultos”, comentada pelo Pr. José Elias Croce, que é Presidente da AD Guacuri-SP, Diretor do IBP (Instituto Bíblico Pentecostes), Mestre em Teologia, Escritor, Articulista e Conferencista.

Em nossa igreja, IEAD Estiva Gerbi, o corpo docente será formado pelos seguintes professores: Pb. Miquéias Daniel Gomes, Pb. Abdenego Alves Wanderley, Pb. Paulo Gonçalves Oliveira e Pr. Wilson Gomes, com as aulas sendo ministradas nas manhãs de domingo, sempre as 9:00 horas.

Toda quinta-feira, as 8 horas da manhã, nosso blog disponibilizará um estudo completo para a lição da semana, com comentários adicionais dos nossos professores. Nosso blog também possui uma página especial da Escola Bíblica Dominical, com uma biblioteca de estudos para consulta e auxilio didático. Confira no link: EBD.


Palavra do Comentarista

Vivemos para adorar. Deus criou o homem para que este O adorasse. O combustível da adoração é a comunhão com Deus. Uma comunhão verdadeira e despretensiosa começa em um lugar secreto. Adoração é decidir investir a vida no Eterno. É quando nos redescobrimos em Deus e todas as demais coisas são periféricas diante de tão grande descoberta. Deus não procura adoração, mas adoradores. Deus procura o ser que O adora, não o produto. Ainda existem os verdadeiros adoradores, um remanescente. Gente que caminha por fé. Gente que faz da vida um louvor a Deus, e da Bíblia a luz que ilumina o caminhar. Gente que não se vende no balcão da banalidade consumista. Gente que adora por natureza. Uma natureza transformada à luz da Palavra e do encontro com o Cristo das Escrituras. Quando a adoração é feita assim, reencontra sua razão de ser e fazer. Neste trimestre, meditaremos nesse tema, de suma importância para a Igreja. Fomos chamados para adorar a Deus em tudo que fizermos; nossas atitudes devem ser transformadas em adoração.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

EBD - A morte e ressurreição de Jesus Cristo



Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 100 - Editora Betel
Mateus - Lição 13
Comentarista: Bp. Manuel Ferreira















Comentários Adicionais
Pr. Wilson Gomes
Pb. Bene Wanderley
Ev. Lucas Gomes










Texto Áureo
II Coríntios 5:19
Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação.

Verdade Aplicada
Cristo se entregou de maneira obediente, voluntária e sacrificial, para demonstrar à humanidade a grandeza e a profundidade do amor divino.

Textos de Referência
Mateus 20:17-19; 28

E, subindo Jesus a Jerusalém, chamou à parte os seus doze discípulos e, no caminho, disse-lhes: Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, e condená-lo-ão à morte.
E o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o açoitem, e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará.
Bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos.


Uma síntese sobre a missão de Cristo
Comentário Adicionais compilados
Corpo docente da EBD  
IEAD Estiva Gerbi

Os evangelhos não apresentam apenas um quadro das atividades de Jesus, nem tampouco são biografias técnicas.  Mateus escreveu para uma audiência hebraica, por isso fez questão de destacar a genealogia de Jesus e o cumprimento das profecias do Velho Testamento, que comprovavam o fato de Cristo ser o tão esperado Messias. Mateus é enfático ao indicar a linhagem real de Jesus, identificando-o como o “Filho de Davi” que ocuparia para sempre o trono de Israel (Mateus 9:27; 21:9). Sabemos que o Evangelho segundo Mateus foi escrito para os crentes judaicos, com a finalidade de mostrar que de fato Jesus era o Messias esperado.  Para isso, Mateus apoia-se nas revelações, promessas e profecias do Antigo Testamento. É a Bíblia testificando a própria Bíblia. Outro fato interessante neste Evangelho é o uso da genealogia, onde Mateus faz a linhagem de Jesus retroceder até Abraão.  O evangelista declara repetidas vezes que Jesus é o "Filho de Davi" (1:1; 9:27; 12:23; 15:22; 20:30-31; 21:9-15; 22:41-45). em resumo, o Jesus dá história também é histórico.

Neste Evangelho, encontramos com detalhes o ministério de Jesus desde o seu nascimento até sua ressurreição. Temos no próprio livro o registro do encontro de Mateus com o "Mestre dos mestres", evento que mudou sua vida. De cobrador de impostos à discípulo de Jesus. Nele também conhecemos o homem chamado de precursor do Messias - "João Batista". Mateus nos dá informações preciosas da vida e mensagem desse grande homem de Deus. Os milagres de Jesus registrado neste livro possuem minuciosos detalhes que nos impressionam mesmo depois de repetidas leituras. Mateus tem uma vibrante conotação didática e ao mesmo tempo linguagem simples que facilita nossa compreensão acerca do Reino de Deus.

Deus esteve por quatrocentos anos preparando o mundo para a chegada de Jesus, e agora o cenário estava pronto. Antes, porém, um mensageiro deveria ser enviado, uma voz que clamaria no deserto preparando o caminho do Senhor e aplainado a estrada para Deus (Isaías 40:3). Por séculos, os profetas estiveram extintos, mas Deus volta a se manifestar exatamente para anunciar o nascimento do maior deles, e o seu nome era João (Mateus 11:11). Logo em seguida, por intermédio de um anjo, Deus revelaria a uma jovem chamada Maria que ela daria à luz ao Salvador do Mundo. Maria, sua mãe estava desposada com José. Jovem de boa índole e moral elevada, achou- se grávida pelo Espírito Santo. Quando José tomou  ciência dessa situação tentou deixar Maria em segredo, mas logo, sendo visitado por um anjo em sonhos, resolveu receber Maria como sua mulher. Um ato de grande abnegação pessoal. Um decreto de César obrigava que os homens fossem à sua cidade natal para se alistarem. Dessa maneira, José teve de ir a Belém, levando consigo a Maria. Ao chegarem lá, não conseguiram lugar adequado numa hospedaria por já estar lotada. Quando estas lotavam, os hóspedes acomodavam-se no estábulo da hospedaria e foi assim que Jesus nasceu, cumprindo a profecia acerca do lugar de seu nascimento.

O primeiro testemunho público sobre a divindade de Jesus foi proferido por João Batista, assim que Cristo passou pelo teste da provação no deserto. Ele não apenas relatou a visão que tivera no momento em que estava batizando Jesus, como também afirmou aos seus ouvintes que Cristo era o Cordeiro de Deus que iria tirar o pecado do mundo (João 1:29-37). Mas nem todos compreenderam de imediato esta revelação, afinal, conforme profetizado 700 anos antes por Isaías, nada de “muito especial” seria percebido naquele homem em um primeiro olhar. Seu jeito era simples, seu rosto era familiar demais para ser percebido. Ele havia nascido em uma pequena cidade e sido criado em uma região sem maiores relevâncias.

Sua profissão não era nobre e seu nome extremamente comum. Enfim, aparentemente, nada se via naquele carpinteiro de Nazaré que despertasse grande curiosidade em conhecê-lo melhor. Mas Jesus tinha algo especial, que o fazia ser melhor que seus autodenominados inimigos. Ele era o Filho de Deus, e suas palavras jamais soaram vazias ou pragmáticas, pois eram acompanhadas de sinais e prodígios maravilhosos. Seus feitos percorriam toda a terra, despertando o interesse de um número cada vez maior de pessoas para a mensagem do "Rabi Carpinteiro".

A encarnação do Filho do Homem entre nós teve como objetivo principal expiar os pecados da humanidade na cruz, reconciliando os pecadores e salvando todos os que haviam se perdido (João 1.14). Portanto, enfatizaremos a seguir o teor da fidelidade de Jesus no cumprimento dessa incumbência intransferível. A maneira de viver que Jesus partilhou com os que estavam à Sua volta foi suficiente para influenciar as demais gerações que sucederam depois d’Ele (Tiago 1:18). Mesmo ainda jovem ocupou a sua mente e seu tempo em cumprir estritamente os propósitos do Pai que o enviou para uma obra incomparável (Lucas 2:52). Os passos do Mestre neste mundo foram marcados pela maneira fiel com que se relacionou com o Altíssimo. A submissão de Jesus em concretizar o plano de salvação designado por Deus implicou-O a tornar-se humano. Isso o condicionou a conviver com pessoas influenciadas pelo cumprimento da vontade romana em manter o domínio cultural e territorial de seus súditos.

Jesus submeteu-se à vontade do Pai, carregando sobre Si mesmo os pecados da humanidade para que pudesse redimi-la e reconciliá-la com o Pai. Dessa forma, Jesus foi enviado voluntariamente, como um sacrifício perfeito, imaculado, realizando um ato de expiação na cruz, reconciliando o homem com o Criador (II Coríntios 5:18,19).


O propósito da vinda de Cristo

A cruz de Cristo é o maior evento já realizado na Terra. Jamais deixará de ser um assunto atual, pois, na cruz Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo (II Coríntio 5:19). Jesus veio ao mundo com um propósito definido (Mateus 20:28 / Lucas 19:10). Ele jamais fugiu de seu objetivo, mesmo sabendo que este o levaria à morte. Ele falou porque nasceu, quem era, como morreria e como ressuscitaria ao terceiro dia. Nada do que aconteceu com Jesus nesse mundo foi obra do acaso. Deus enviou o Seu Filho para morrer, a fim de consumar a nossa salvação (João 3:16). A paixão de Cristo foi planejada por Deus desde antes da fundação dos séculos (Apocalipse 13:8b). Deus anunciou o fim antes do começo. Jesus sabia que todos os eventos que lhe sobrevieram faziam parte de um propósito eterno. Ele estava consciente de sua paixão, morte e ressurreição (Mateus 17:22-23; 26.56 / Atos 4:27-28). Ser humano algum poderia estar ao mesmo tempo em tantos eventos a não ser Jesus. NEle se cumpriram aproximadamente 66 profecias literais em seu corpo, com riqueza de detalhes, como: lançar sortes sobre suas vestes; ser perfurado por uma lança; não ter as pernas quebradas; ser traído; por um amigo; por trinta moedas; ser entregue as autoridades; ser flagelado; crucificado; e tudo o que mais lhe aconteceu, tudo isto foi planejado pelo Pai e predito nas Sagradas Escrituras (Atos 27-28).

Mesmo sendo um plano elaborado na eternidade, não existe dúvida alguma que Cristo se submeteu a ele de forma desejosa (Lucas 22:42). Se por um lado Jesus se submeteu à vontade do Pai, por outro, Ele prosseguiu no plano por Sua autoridade divina. Ele assim afirmou: “Por isso o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a toma-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a toma-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (João 10.17-18). Que outra autoridade esboçou tal poder para anunciar de forma antecipada que voltaria de entre os mortos? Está claro que Ele sabia o que estava fazendo. Ele escolheu morrer. Seu Pai ordenou. Ele aceitou. Um ordenou todas as coisas, o outro obedeceu. A autoridade estava nas mãos de Deus e estava nas mãos de Jesus, porque Jesus é Deus. Também nascemos destinados a algo. Assim como Jesus, ninguém nasce sem propósito. Todos nascemos com um fim. Precisamos compreender que tudo o que Deus diz a nosso respeito há de se cumprir, assim como em Jesus Cristo se cumpriu (Isaías 46:9-10).

Deus é Amor, mas Ele é também Justo, Santo e Perfeito. Esses atributos não podem, em hipótese alguma permitir que um indivíduo pecaminoso esteja em sua presença. Foi isso que aconteceu no jardim do Éden com Adão. Ele perdeu essa condição e, como era o pai de todas as gerações, as contaminou com sua imagem decaída (Romanos 5:12). Todavia, isso já estava claro na presciência de Deus e essa imagem deveria ser restaurada, não com sacrifícios de animais, mas de um homem capaz de morrer por todos os outros e que vivesse de maneira incontaminável e santa (Isaías 53:6; I Pedro 1:18-19). Então foi tomada uma decisão nos céus: enviar o Filho, para se tornar carne e satisfazer a exigência divina (I Coríntios 15:49). A santidade de Deus se contrastava com o pecado da raça humana e éramos, por natureza, réus de morte, pois esse é o salário do pecado (Romanos 6:23). Ensine para os alunos que os sacrifícios de animais no passado apenas amenizavam a ira de Deus contra os homens, eles eram sombras do que Cristo realizaria através de Sua morte na cruz (Hebreus 9:11-15). Comente com os alunos que, sendo 100% homem e 100% Deus, Jesus foi capaz de cumprir a exigência divina e ainda retornar triunfante de entre os mortos. Deus tratou com a humanidade em amor, sem ter que destruir o homem pecaminoso, pois, através da morte de Jesus na cruz, a natureza reta de Deus foi satisfeita. Em vez de inimigos, por Jesus Cristo, nos tornamos amigos.


Um olhar sobre a cruz
Comentário Adicionail
Pb. Bene Wanderely

Romanos 5 nos traz uma visão amplificada do propósito da vida, morte e ressurreição de Jesus. Os pontos são bem salientes (se sobressai, é notável, evidente e visível ). O texto nos informa que justificado mediante a fé, em Cristo Jesus, temos paz com Deus. Essa paz só foi possível através do sacrifício da cruz. Não haveria outra forma de o homem caído e destituído da graça de Deus voltar ao seu estado original. (Romanos 3.23), o homem perdeu a comunhão quando pecou contra Deus o desobedecendo no jardim. Com a morte de Jesus, a porta da justificação foi aberta. Essa realidade deve nos mover para frente, para o impossível, para o inacreditável. Hoje vivemos uma crise de identidade, no meio dos cristãos, perdemos os nossos referenciais bíblicos e históricos, olhamos para traz e parece que não os temos; isso fere o cristianismo puro e verdadeiro. O perigo está diante de nós. 

O perigo de esquecermos quais remos devem ser usados em nosso barco espiritual, afim de nos levar ao encontro com o Deus Eterno. Deixar de olhar para a cruz é deixar todos os valores trazidos até nós pelo sacrifício salvífico de Cristo, e voltar ao estado de condenados ao inferno. É rasgar as vestes da salvação com que Cristo nos vestiu quando deu o brado lá no Calvário. Precisamos voltar a pregar nos nossos púlpitos a mensagem da cruz, despejar, derramar sobre os ouvintes a mensagem de sangue. Mostrar que quem não toma parte na morte não pode tomar parte na vida e glória de Cristo. Que Deus nos ajude a ver quão rasos e inertes estamos em relação ao sacrifício de seu filho.


A paixão e morte de Cristo

A agonia, a vergonha, o desprezo e o martírio foram reais. Cristo viveu tudo isso em sua carne e não podemos fugir dessa realidade. Todavia, a cruz se revela muito além do sofrimento e reflete a glória de uma tarefa cumprida (João 19:30b). A cruz está repleta de eventos significativos para a humanidade. Jesus estendeu o seu perdão para aqueles que o estavam crucificando (Lucas 23:34). Eles o maltrataram, o fizeram gemer, rasgaram seu corpo com chicote, mas jamais puderam fazer com que lhes odiasse. Mesmo dilacerado e agonizante, na cruz, Jesus revelou seu incomparável amor e sua poderosa autoridade ao declarar que um dos ladrões estaria assegurado em seu Reino (Lucas 23:42-43). Era o momento mais importuno para ver um reino ser estabelecido. Mas, ali, estava a autoridade daquele que decide quem entra ou não na eternidade. Quando disse: “Está consumado”, revelou claramente que havia terminado com êxito a Sua missão salvadora (João 19:30b). Nos tempos de Jesus Cristo, a crucificação era vista como maldição. Por esse motivo, o criminoso era crucificado no alto, entre o céu e a terra, significando que não era digno nem do céu, nem da terra. Para nós o sentido é outro. Jesus está entre o céu e a terra como nosso mediador (Gálatas 3:13 / I Timóteo 2:5-6).

Perto da hora nona. Jesus começou a exclamar e alguns até pensavam que clamava por Elias. Mateus assinalou que, antes de render seu espírito, Jesus clamou com grande voz. Esse clamor marcante aparece nos quatro evangelhos (Mateus 27:50 / Marcos 15:37 / Lucas 23:46). Porém, João nos diz que Jesus morreu com um grito: “Está consumado!” (João 19:30). Em grego e em aramaico essa frase se diz em uma só palavra: “Tetelestai”. Essa palavra é a exclamação do vencedor; de um homem que completou sua tarefa; de quem venceu a luta; de quem saiu da escuridão à glória da luz e tomou posse da coroa. Jesus morreu vitorioso e conquistador, com um grito de triunfo nos lábios. Enquanto todos viam o fim. Cristo mirava para o princípio. Com essas palavras, Ele dizia muito mais do que o fim da vida. Ele queria dizer. “Cumpri de maneira plena e satisfatória a obra que meu Pai me confiou”. Ele viveu uma vida inteira de obediência imaculada a Deus, a qual findou com uma vergonhosa e horrenda morte de cruz. Jesus Cristo cumpriu cabalmente cada etapa daquilo que fora escrito a seu respeito (Atos 4:27-28). Finalmente, o motivo pelo qual Ele veio estava consumado.

Quando Cristo rendeu seu Espírito ao Pai, outro evento sobrenatural ocorreu: o véu do templo se rasgou de alto a baixo (Mateus 27:50-51). A consumação de sua obra foi simbolizada pelo novo acesso de intimidade. Na morte de Jesus vemos o amor de Deus e o caminho, que uma vez esteve fechado a todos os homens, agora está aberto para que todos possam dEle se aproximar. No Santíssimo, somente o sumo sacerdote poderia entrar, no Dia do Perdão. Mas, em sua morte, o véu que ocultava Deus dos homens foi rasgado. A morte de Cristo abriu o caminho para se ter uma íntima, santa, pessoal, perdoada e alegre comunhão com o Pai. Ele se tornou o único Mediador necessário entre os homens e Deus (Hebreus 10:19-) O véu guardava o Lugar Santíssimo, onde morava própria presença de Deus, ao qual ninguém podia entrar, salvo o sumo sacerdote, somente uma vez ao ano, no Dia da Expiação. Era um caminho que até o momento esteve fechado a todos os homens. A ideia que temos é como se o coração de Deus, escondido até esse momento, se despisse perante os homens. A chegada de Jesus, Sua vida e morte rasgam o véu que tinha separado o homem da pessoa de Deus. Na cruz os homens viram o amor de Deus como nunca tinham visto.


Ele escolheu a cruz
Comentário Adicional
Ev. Lucas Gomes

Na noite de sua paixão, enquanto Cristo orava no Getsemani, o Pai lhe revelou os terríveis detalhes de como seria sua morte, e Jesus tomou ciência do grande preço que pagaria por nossos pecados. Como descrito por Davi no profético e messiânico Salmo 22, na cruz, Jesus enfrentaria não apenas uma dor física extrema, como também a angustia da solidão. Seria escarnecido por uma multidão de demônios, seu corpo se derramaria como água e seu coração se derreteria como cera. Seus olhos espirituais se abrem, e ele visualiza cena a cena... Após ser preso por centenas de soldados romanos e condenado por uma corte judaica arbitraria, ele seria enviado para Pilatos, onde enfrentaria a mais sangrenta de suas flagelações. O flagelo seria executado por meio de um açoitamento, realizado com tiras de couros sobre as quais eram feitos nós nas pontas ou fixado pequenos pedaços de ossos ou chumbo. Os carrascos iniciariam o espancamento; e neste processo sua pele seria dilacerada e se romperia, fazendo o sangue espirrar. A cada golpe Jesus reagiria num sobressalto de dor. As forças iriam se esvair, o suor frio desceria pela face, a cabeça giraria em uma vertigem de náusea e calafrios percorreriam ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia numa poça de sangue.  Com longos espinhos, os algozes teceriam uma espécie de capacete e o apli­cariam sobre sua cabeça. Os espinhos iriam penetrar seu couro cabeludo fazendo-o san­grar copiosamente. Pilatos, após exibir seu corpo dilacerado para a multidão, se acovardaria, e o entregaria para ser crucificado.

Sobre seus ombros seria colocado o braço horizontal de uma cruz, pesando cerca de cinquenta quilos. A estaca vertical já estaria o esperando no calvário. Je­sus iria caminhar com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular cheio de pequenas pedras, e num percurso com aproximadamente seiscentos metros, fatigado pela dor e cansaço, ele arrastaria um pé após outro, frequentemente caindo sobre os próprios joelhos. A esta altura, seus ombros já estão cobertos de chagas e quando cai por terra a viga lhe escapa e escorrega pelo dorso, esfolando-o ainda mais. Quando chegasse ao Calvário, os soldados iriam retirar suas vestes, porém, sua túnica estaria colada nas chagas e a fricção produziria uma dor atroz, pois cada fio do tecido já estaria aderido à carne viva. Com a retirada da túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto e as chagas se laceram. Os carrascos dão um puxão violento e o sangue começa a escorrer. Então, ele seria deitado de costas sobre o braço horizontal da cruz, e suas chagas se incrustariam de pedregulhos.  Os carrascos pegariam um longo prego pontiagudo e quadrado, apoiariam sobre  seu pulso e com golpes de martelo, o plantariam e rebateriam sobre a madeira. Nesta hora, seu rosto se contrairia assustadoramente. O nervo mediano seria lesado, uma dor aguda se difundiria pelos dedos e se espalharia pelos ombros, atingindo o cérebro. A lesão dos grandes troncos nervosos quase o fariam perder a consciência, mas ele se manteria firme. O nervo estaria destruído só em parte, a lesão permanece em contato com o prego. Ao ser suspenso pela cruz, o nervo se esticaria como uma corda de violino, e a cada movimento ou solavanco, vibraria, desper­tando dores dilacerantes. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos pene­trariam no crânio e a cabeça inclinaria-se para frente em razão da coroa ter um diâme­tro que impede de apoiar-se na madeira.  Então seus pés seriam pregados, provocando os mesmos efeitos nos membros inferiores.

Ao meio dia, ele teria sede. Uma máscara de sangue cobria seu rosto, a garganta seca lhe queimava, mas não poderia engolir. Os músculos dos seus braços se enrijeceriam em uma contração que iria se acentuando, os deltóides, os bíceps esticados seriam levantados, os dedos de curvariam. A respiração iria se fazendo pouco mais curta, o ar entrando com um sibilo, mas não conseguindo sair. Ele respiraria com o ápice dos pulmões. Tendo sede de ar semelhante a um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se tornaria vermelho, transformando logo após num violeta purpúreo e, enfim, cianótico. Ele seria envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podiam mais se esvaziar.  A fronte estaria cheia de suor e os olhos saindo da órbita. Lentamente com um esforço sobre humano, Ele tomaria um ponto de apoio sobre o prego nos pés, esforçando-se a pequenos golpes e se elevaria, aliviando a tração dos braços. Os mús­culos do tórax se distenderiam, a respiração tornaria-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziariam e o rosto recuperaria a palidez inicial. Logo após o corpo começaria a se afrouxar de novo e a asfixia recomeçaria. Cada vez que quiser falar, deveria elevar-se, tendo como apoio o prego dos pés.  Ele já estaria há seis horas na cruz. A temperatura corporal diminuindo, todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos lhe arrancariam um angustiante lamento. Ele se sentiria completamente sozinho

De sobressalto Jesus, retorna ao Jardim. A angustia pelo sofrimento vindouro faz seu suor se transformar em gotas de sangue, um fenômeno raro que só acontece em condições excepcionais. Para provocá-lo é preciso que o indivíduo se encontre em um estado de fraqueza física, acompanhado de abatimento moral, causado por violenta emoção e grande medo. Esta tensão provocou em Jesus o rompimento das finíssimas veias capilares que ficam sob as glândulas sudoríparas. O sangue misturou-se ao suor e se concentrou na pele, escorrendo por todo o corpo. Jesus está em choque profundo. O medo aflige sua alma. Por um instante ele hesita, não deseja passar por tanto sofrimento. Então pede ao Pai que mude os planos e não o faça beber daquele cálice amargo. Mas então se recompõem. Agarra-se a sua missão: Pai, seja feita a sua vontade e não a minha! Neste momento, Jesus escolhe a vontade de Deus . A vontade de Deus é salvar o homem de seus pecados. Isso só será possível se Jesus morrer. Então tudo está nas mãos dele. Sim ou não? - Jesus escolhe a cruz.


A glória e exaltação do Rei

Jesus terminou com honra o trabalho de redenção. O preço exigido por Deus para a reconciliação com homem foi pago. Agora, Deus confirmaria essa consumação ressuscitando Jesus dos mortos. Fato que Jesus predisse e planejou (Lucas 18:31-33). A ressurreição é um milagre que Deus cercou de provas por todos os lados (Mateus 12:38-40; 27:62-63 / Marcos 8:31; Lucas 9:22). É o grande sinal que comprova a autenticidade das palavras de Cristo (João 2:22). Religião alguma é capaz de afirmar ou provar que seu fundador teve o privilégio de regressar do mundo dos mortos. O cristianismo, porém, é o único capaz de afirmar que sem a ressurreição de Jesus não há cristianismo. O sacrifício de Jesus foi único e toda a fé cristã repousa em sua ressurreição (I Coríntios 15:14). Jesus foi até o fim. Ele concluiu o trabalho inigualável que o Pai lhe dera para fazer e que a ressurreição, como resposta, foi a prova de que Deus ficou satisfeito. Abriram-se os sepulcros. Esse acontecimento reflete a vitória de Jesus sobre a morte. Ao morrer e ressuscitar, Jesus destruiu o poder da morte. Devido à sua vida, sua morte e sua ressurreição, o sepulcro perdeu o seu poder, a tumba perdeu seu terror e a morte sua tragédia, porque agora estamos seguros de que, porque Ele vive, nós também viveremos (Atos 17:28)

O apóstolo Paulo nos ensina que, sem a ressurreição de Cristo nossa fé seria vã (I Coríntios 15:17). A nossa pregação seria inútil e a nossa esperança seria vazia. Nosso testemunho seria falso e nossos pecados não seriam perdoados. Seriamos os mais infelizes de todos os homens. Sem a ressurreição de Cristo, o cristianismo seria o maior engodo da história, a maior farsa inventada pelos cristãos. Os mártires teriam morrido por uma mentira e uma mentira teria salvado o mundo. Glórias a Deus porque Jesus ressuscitou e hoje temos vida abundante. Louvado seja Deus por Seu amor em nos conceder a vida eterna (João 3:16). A ressurreição de Cristo é a demonstração do supremo poder de Deus. É o fato mais extraordinário da História. Sem a ressurreição de Cristo, o cristianismo seria uma religião vazia de esperança, um museu de relíquias do passado. Sem a ressurreição de Cristo, a morte teria a última palavra e a esperança do céu seria um pesadelo (I Coríntios 15:17).

Existem muitos outros significados que a cruz de Cristo nos revela, mas existe um que não podemos jamais deixar de apontar: Jesus quis fazer o que fez. Ele sabia no que implicava sua vinda. Sabia que o único preço para a nossa salvação era sua morte. Ele poderia evita-la. Ele disse que poderia (João 10:17). A ressurreição de Cristo é o brado de Seu amor pela humanidade (João 10:11). Se Ele desejasse, chamaria seus anjos, devastaria seus inimigos e escaparia da cruz, mas não. Ele escolheu. Ele foi até as mais baixas profundezas para que nenhum de nós tivesse que se perder. Ele nos perdoou, nos aceitou e nos amou de maneira inexplicável (Romanos 5:1-11). Qualquer pessoa que tentar afirmar o que disse Jesus Cristo será considerada mentalmente perturbada. Ele disse que tinha autoridade como homem sobre a morte para retomar a sua vida. Jesus literalmente estava dizendo que poderia controlar a vida e a morte. Que tremendo!


O Cordeiro e o Leão
Comentário Adicional
Pr. Wilson Gomes

Na tradição judaica, um documento escrito de ambos os lados, indicava que alguém estava em posse de algo que não era originalmente seu. Por exemplo, uma pessoa que tinha um pedaço de terra, deveria ter em mãos um documento lavrado e assinado que validava seu direito de propriedade. Se por uma questão financeira, ele fosse obrigado a se desfazer desta terra, o contrato de venda era escrito na parte de traz do documento original, e o novo individuo passava a ter “posse” daquela propriedade. Pela lei, se um parente do proprietário original desejasse “resgatar” aquela terra, o “posseiro” era obrigado a venda-la novamente, desde que o preço justo fosse pago. João se deparou com um documento deste no céu. Um rolo escrito por dentro e por fora, lavrado e selado, com sete selos. Ele representava todas as coisas confiadas ao homem na criação, é que infelizmente, o ser humano entregou para Satanás, que por sua vez se tornou o um “posseiro” cruel e maligno. Era preciso um parente remidor disposto a pagar o preço da redenção (Apocalipse 5).O problema, é que, aparentemente, não havia ninguém no céu, na terra ou debaixo dela, que pudesse abrir o livro ou desatar seus selos, revelando os seus segredos eternais. Os anjos se angustiavam, pois conheciam as consequências deste livro não ser aberto, e por um instante desesperança brotava dos olhos do velho discípulo amado. João se pôs a chorar... De repente o céu se cala, o louvor se silencia, um ser iluminado desce ao encontro de João, coloca a mão em seus ombros diz: - Não chores mais João. Aqui está o “Leão da Tribo de Judá”... Ele é capaz de abrir o livro e desatar os selos! João levanta seu olhar à procura do Leão, mas para a sua surpresa, avista um “cordeiro” como que se tivesse sido morto; e por um instante seus pensamentos ficam turvos e confusos. Onde está o Leão?

Muitos anos antes, uma jovem chamada Maria, recebeu o sopro do Espírito Santo, e em seu ventre, o verbo se faz carne. No céu um trono ficou sem rei e na terra nasceu um rei sem trono. Dos céus desceu um Leão e na terra ascendeu o Cordeiro. O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.  Esse homem chamado Jesus,  ensinou o caminho de volta para Deus, e redefiniu os padrões morais e espirituais da sociedade; incomodando gente muito poderosa. Ele foi injustamente preso, julgado e condenado a morte por crimes que não cometeu. Como um cordeiro mudo ele foi conduzido ao madeiro, sem abrir sua boca. Foi martirizado, escarnecido e crucificado, entregando seu Espírito para Deus. A Terra se abalou, os céus se escurecem e os homens mais atentos reconhecem que naquela cruz, morria o Filho de Deus; para três dias depois ressuscitar em Glória, recebendo nas mãos todo o poder existente no céu e na terra. Então, ele voltou para casa, e os anjos o receberam jubilosos. A Criação estava restaurada e o homem tinha acesso ao trono de Deus.

Nossos olhos humanos enxergam apenas o Cordeiro, mas os céus conhecem sua verdadeira identidade... Ele é onipotente, onisciente e onipresente... Os seres celestes irrompem o silêncio com um louvor: “Bem aventurado é Cordeiro, que foi morto e reviveu... E com seu sangue comprou para si povos, tribos, línguas e nações. Ele é digno de abrir o livro”.  Milhares e milhares de anjos começam a cantar também: “Digno é o Cordeiro que morreu e reviveu, e tem nas mãos todo o poder, glória e louvor”. E então toda a criação se curva para o adorar, pois seu nome é sobre todo nome que há. O Cordeiro nunca deixou de ser Leão! Agora, temos assentado a direita de Deus um poderoso Leão, detentor de todo honra e glória. Ele também é o Cordeiro que se sacrificou em nosso lugar, que nos ama e está disposto a perdoar nossos pecados. Ele entende nossas falhas, mas deseja que busquemos sua face, e o honremos com uma vida integra, de santificação e arrependimento genuíno, aguardando ansiosamente o retorno de se Rei.

Jesus voltou para seu Reino, mas fez uma promessa que em breve voltaria para buscar seu povo, e leva-los para a Santa Cidade.  Que vivemos uma vida cristã com inteireza de coração e mente, fugindo da aparência do mal e prezando para pureza espiritual. Jesus virá buscar uma igreja santa, pura e incorruptível. Que vivemos de modo a não decepcioná-lo em sua volta!

Conclusão

O que seria mais difícil dizer: “Eu estou entregando a minha vida para a morte por minha própria vontade e iniciativa, ou eu voltarei de entre os mortos pela força do meu poder, porque eu dou a minha vida e eu mesmo a tomo de volta? ”. Nunca duvide de Deus. Ele é sobrenatural, tremendo e inexplicável.




A imagem que Mateus nos apresenta de Jesus é a de um homem que nasceu para ser Rei. Sua intenção é mostrar o senhorio de Jesus Cristo e que, com toda autenticidade, o Reino, o poder e a glória são dEle. Mateus entrelaça o Antigo Testamento ao Novo, com a preocupação de revelar aos judeus: que em Jesus se cumpriram todas as palavras do profeta, que Ele é o Rei por excelência e o Messias de Seu povo. Para saber mais sobre as profundas verdades existentes em cada linha deste evangelho, participe neste domingo, 25 de setembro de 2016, da Escola Bíblica Dominical.