Material
Didático
Revista
Jovens e Adultos nº 100 - Editora Betel
Mateus
- Lição 10
Comentarista: Bp.
Manuel Ferreira
Comentários
Adicionais
Pr. Wilson
Gomes
Pb. Bene
Wanderley
Ev. Lucas
Gomes
Texto
Áureo
Mateus 7.29
Porquanto os ensinava
como tendo autoridade, e não como os escribas
Verdade
Aplicada
Ninguém jamais falou e
agiu com a autoridade de Jesus e é por isso que Sua influência cresce no mundo.
Texto de
Referência
Mateus 8:2-3; 8-9
E eis que veio um
leproso e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.
E Jesus, estendendo a
mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.
E o centurião,
respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado,
mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.
Pois também eu sou homem
sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele
vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faze isto, e ele o faz.
Autoridade
para mudar a história
Comentário
Adicional
Ev. Lucas
Gomes
Jesus
Cristo é a essência de toda a Bíblia. Sua chegada ao mundo foi o único evento a
dividir a história ao meio. Ele é a cerne do Evangelho, e sem Ele perderíamos a
razão de existir. A palavra “EVANGELHO” significa literalmente “Boa Notícia” ou
“Boas Novas”. Porém, mas do que trazer alegria e esperança, esta “novidade”
vinda diretamente dos céus traz para a vida do ser humano uma verdadeira
“transformação”. Jesus tem a AUTORIDADE para promover esta metamorfose. Não
uma mudança superficial ou uma mera adaptação a um estilo religioso de vida,
mas sim uma guinada de 180º que começa no interior do coração humano e se
expande progressivamente por sua alma, espírito e corpo, até levar o indivíduo
ao padrão de homem perfeito, estabelecido e personificado em Cristo. Esse
é um processo longo e contínuo que só será completado quando o nosso corpo
corruptível se revestir de incorruptibilidade, no exato momento que
encontrarmos o Senhor nos ares. Mas até lá, cabe a cada um se entregar
sem reservas a esta “transformação” espiritual que o Evangelho de Jesus Cristo
tem o poder de efetuar. Esta
transformação começa pela liberdade de todas as amarras que nos prendem ao
passado pecaminoso ou então ao legalismo que nos veste om trajes de
religiosidade enquanto nossas intenções estão distantes dos desígnios de Deus.
E esta liberdade nasce do conhecimento – “Conhecereis a VERDADE e a VERDADE vós
libertara” (João 8:32).
Jesus é
esta verdade libertadora, e portanto é inadmissível que o cristão continue amarrado
em traumas e pendências pretéritas. Quando o homem tem um encontro real com o
Salvador, uma mudança genuína acontece, pois o sangue de Cristo suplanta toda
maldição e o amor que abunda na cruz, lança fora todo o medo. Jesus é poderoso
o suficiente para arrebentar cordas e destruir grilhões e fará isso na vida de
qualquer pessoa que realmente o receba como o Messias. Ele apaga nosso passado
e nos orienta rumo a um futuro glorioso. O problema de grande parte da
cristandade é exatamente viver um Evangelho superficial, onde muito se fala,
mas pouco se vive. Jesus está presente nas falas, mas omitido nas ações. É
muito sermão e pouca experiência. Fachada sem comprometimento. Jesus quer
promover mudanças, mas muitas pessoas estão conformadas com suas vidinhas
medíocres e acomodadas em sua redoma legalista, pouco propensas para viver uma
transformação verdadeira. E esta é a grande questão: Queremos viver o
Evangelho em sua plenitude ou continuar na mediocridade de uma religião vazia
com um cristo genérico?
Para ser
livre, é preciso encontrar a Verdade, e isto basicamente significa viver uma
experiência pessoal e verdadeira com Jesus. Não “aceitar” Jesus de forma
ritualista como é tão usual hoje em dia, mas sim “entregar-se” completamente à
Jesus, permitindo que ele seja o Senhor absoluto de sua vida. Andar com Ele.
Pensar como Ele. Ser como Ele. Este tipo de desenvolvimento só é possível se
pautado ponto a ponto no manual de instrução que verbaliza o passo a passo de
uma vida cristocentrica: A Bíblia. É nela que Jesus se revela e se torna um
modelo de como cada cristão precisa agir e pensar. Renegar a Bíblia é como
rejeitar o próprio Cristo, e “abandonar” as escrituras em um canto da estante é
“exilar” Jesus no limbo de nosso coração. Quer ser livre? Leia a Bíblia e
encontre o Jesus que nela está. O encontrou? Permita que Ele seja o centro de
sua vida. Jamais baseia sua fé apenas no que é dito por homens. Confira em loco
o que Jesus tem a dizer sobre cada tema. Seus discursos, ensinamentos e ações
estão explicitados nas escrituras, e a liberdade virá quando você tiver a
capacidade de assimilar cada uma dessas linhas, e interpreta-las com
imparcialidade e comprometimento pessoal. Seja transformado pelo poder da
Palavra... Seja liberto pelo poder de Jesus... Viva de boas (e transformadoras)
notícias... Jesus tem autoridade para mudar o rumo de qualquer história.
Diferentes
tipos de autoridade
A autoridade de Jesus é
um assunto presente não só no evangelho de Mateus, mas em todos os evangelhos,
pois esta é a base para que se possa respeitá-Lo como legítimo Filho de Deus e
Salvador. No ministério terreno de Jesus, notamos três diferentes tipos de
autoridade: autoridade para ensinar, para curar e para perdoar pecados. Ao
término do Sermão do Monte, as multidões estavam maravilhadas da Sua doutrina
(Mateus 7:28-29). Na verdade, a exposição de vários assuntos não era novidade
para os ouvintes, porém a forma convicta, categórica e ungida fazia toda a
diferença. Além disso, há outra característica no Senhor Jesus que também lhe
conferia autoridade: a Sua conduta exemplar (João 8:46). As suas palavras eram
tão cheias de autoridade e sabedoria que até os oponentes também se
maravilhavam (João 7:46). Devemos entender que não era apenas eloquência, mas,
sobretudo o exemplo de Jesus. Ora, se alguém ensina, deve antes praticar aquilo
que se ensina, o contrário disso é hipocrisia, que o Mestre condena. É
importante enfatizar que, desde a genealogia do nosso Senhor Jesus Cristo, já
se pode identificar o interesse de Mateus em mostrar de onde vem a autoridade
de Jesus. Nada no evangelho de Mateus é por acaso e ele mostra a autoridade de
Jesus sob vários aspectos, a começar pela doutrina. As comparações são
inevitáveis e o povo logo concluiu que Jesus era diferente dos outros mestres,
escribas e fariseus. Aqueles atores da religião colocavam peso sobre os outros
que fingiam seguir, mas eles mesmos não seguiam nada, por isso foram censurados
(Mateus 23:4).
Fatos interessantes
envolvendo curas são apresentados para mostrar a autoridade de Jesus sobre as
enfermidades como cumprimento profético: a cura de um leproso que se prostra
diante dEle (Mateus 8:2-4); a cura do criado do centurião que jazia
violentamente enfermo em casa (Mateus 8:5-10); a cura da sogra de Pedro que
estava acamada com febre (Mateus 8:14-15); a libertação de endemoninhados, que
naquela época era vista como enfermidade (Mateus 8:16). Veja que a narrativa de
Mateus procura intencionalmente nos mostrar a autoridade de Jesus nestes
aspectos para aumentar a nossa fé. Os dois fatos iniciais por si só já seriam
suficientes para convencer da autoridade do Senhor Jesus para curar e libertar
os endemoninhados. O escritor, porém, narra também a cura da sogra de Pedro (Mateus
8:14-15). As curas confirmavam as profecias acerca dEle como o Messias que
haveria de vir e levaria as enfermidades e dores (Mateus 8:17; Isaías 53:4). Tanto
o leproso quanto o centurião tocam a questão de autoridade de Jesus de forma
maravilhosa. Este é o Jesus amoroso que servimos.
Ao trazer a Jesus um
paralítico, estava claro que queriam que o homem fosse curado de sua paralisia
(Mateus 9:1-6). Ele, porém, carinhosamente, diz ao paralítico: “Filho, tem bom
ânimo, perdoados são os teus pecados” (Mateus 9:2). Esse procedimento gerou
murmúrios entre os escribas, afinal quem pode pecados senão Deus?! Este era o
pensamento deles. Ele então argui: “O que é mais fácil dizer: perdoados são os
teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda?” (Mateus 9:5. Notemos que Mateus não
economiza nem palavra e nem ênfase: “Ora,
para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar
pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua
casa” (Mateus 9:6). Ao longo da
narrativa do livro de Mateus, o propósito perdoador e salvador do nosso Senhor
Jesus Cristo. Podemos mostrar declarações importantes no próprio livro que Ele
é: aquele que tem poder para perdoar pecados (Mateus 9:6); que Ele veio para
buscar e salvar o que se havia perdido (Mateus 18:11); que Ele salvará o Seu
povo dos Seus pecados (Mateus 1:21).
Senhor de
Todas as Coisas
Comentário
Adicional
Pb. Bene
Wanderley
Nem mesmo
em todo o espaço físico do mundo, caberiam os livros que deveriam ser escritos, se os evangelistas fossem relatar tudo que
Jesus fez (João 21:25 ). Mesmo assim, em seu ministério terreno, Jesus sempre
enfrentou pessoas que tentavam pôr em dúvida sua autoridade divina. Os fariseus,
por exemplo, eram um grupo de religiosos que procuravam constantemente confrontar
e desmerecer a autoridade de Jesus. Mas, em tempo algum ele se preocupou em dar
lugar aos duvidosos ou aos grupos de religiosos que procurava neutralizar sua
obra. Tudo que Jesus sabia e valorizava era que ele veio para cumprir as
escrituras e que nada e ninguém poderia impedi-lo nesta missão.
Infelizmente,
temos visto no nosso meio, muitas pessoas desanimadas na sua caminhada, por dar
ouvidos aos vários murmúrios de pessoas que querem neutralizar a obra de Deus
em nós. Temos que colocar em nossa mente uma coisa: DEUS tem nos chamado para
cumprir uma preciosa obra aqui na terra, e que, nada e ninguém, pode parar
isso. Em todo tempo, somos estimulados a desistir, parar e desanimar. Mas, uma coisa é certa,
nada pode deter o poder de Deus operando em nós. Em Jesus temos a visão plena
de nossa condição de vencedores.
As escrituras nos mostram a autoridade de Jesus operando em vários meios e formas, alguns deles quero mencionar aqui, como resultados de uma breve pesquisa que fiz para mostrar o quão grande é o nosso Deus. Em primeiro lugar, Jesus tem autoridade sobre a matéria física: Em João 2:1-8, transformou água em vinho. Em Mateus 4.1-11, ele revela o seu poder de transformar pedras em pão, mas, não o fez, por princípios. Lucas 9:16 nos conta como Ele multiplicou os pães. João 20:26 nos relata como Jesus transpôs as paredes do cenáculo, logo após sua ressurreição. Em segundo lugar, Ele tem autoridade sobre a natureza: Em Mateus 8:24-28, Jesus acalmou a tempestade e em Marcos 6:48, Ele secou a figueira estéril. Enfim, ele é a própria autoridade. Agora, nós que gozamos de sua presença e poder, devemos nos levantar e fazermos sua vontade. Vamos viver debaixo dessa autoridade de Jesus.
As escrituras nos mostram a autoridade de Jesus operando em vários meios e formas, alguns deles quero mencionar aqui, como resultados de uma breve pesquisa que fiz para mostrar o quão grande é o nosso Deus. Em primeiro lugar, Jesus tem autoridade sobre a matéria física: Em João 2:1-8, transformou água em vinho. Em Mateus 4.1-11, ele revela o seu poder de transformar pedras em pão, mas, não o fez, por princípios. Lucas 9:16 nos conta como Ele multiplicou os pães. João 20:26 nos relata como Jesus transpôs as paredes do cenáculo, logo após sua ressurreição. Em segundo lugar, Ele tem autoridade sobre a natureza: Em Mateus 8:24-28, Jesus acalmou a tempestade e em Marcos 6:48, Ele secou a figueira estéril. Enfim, ele é a própria autoridade. Agora, nós que gozamos de sua presença e poder, devemos nos levantar e fazermos sua vontade. Vamos viver debaixo dessa autoridade de Jesus.
O que Lhe
conferia autoridade
A forma como Jesus
ensinava, curava e libertava vidas demonstrava claramente uma autoridade. Mas o
que ou quem lhe conferia tal autoridade, tal direito e tal poder? A autoridade do Senhor Jesus Cristo repousa
sobre uma sólida base escriturística. Isso significa que várias profecias
anteviram e legitimaram a autoridade do Messias que haveria de vir, por isso
foram usadas para demonstrá-la. Tomemos por base as citações feitas por Mateus:
sua autoridade vem do fato de ser Filho de Deus através de uma virgem (Mateus
1:22-23); sua autoridade como Rei de Israel (Mateus 2:6); sua autoridade
curadora e libertadora (Mateus 4:14-15); Jesus como autoridade nomeada e
escolhida pelo Pai Celestial (Mateus 12:17-21); a realeza humilde de Jesus (Mateus
21:4-5). A partir das Escrituras é demonstrado de modo inequívoco quem e o quê
conferiu a Jesus Cristo tal autoridade, por isso devemos-lhe obediência. As
Sagradas Escrituras são um, sólido documento que legitima a autoridade do
Senhor Jesus. Qualquer indivíduo que arrogasse para si o direito messiânico sem
comprovação escriturística deveria ser desprezado e julgado como blasfemo.
Porém, o que aconteceu com Jesus foi que, mesmo sendo legítimo, por causa da
inveja o crucificaram (Mateus 27:18).
Ser Filho de Deus
significa que Cristo Jesus é da mesma natureza divina do Pai, quer ambos são
eternos, porém distintos. A identidade de Filho de Deus é o aspecto principal
que lhe confere autoridade para agir, falar e operar milagres em nome do Pai (Mateus
16:16). Essas três coisas em verdade funcionaram ao mesmo tempo para comprovar
a perfeita salvação alcançada pela fé nEle. Por ser filho de Deus, como
cristãos e servos dEle, cremos que Ele nasceu de uma virgem, que Ele perdoa
nossos pecados, que Ele cumpriu todas as profecias, que tem toda autoridade no
céu e na terra e que Ele voltará para nos buscar (Mateus 28:18). O Senhor Jesus Cristo, como Filho de Deus, é
da mesma natureza que Deus-Pai. Consequentemente, Ele pode salvar perfeitamente
os que por Ele se chegam a Deus. Merece ser especialmente destacado para os
alunos que a fé nEle traz o perdão de Deus e paz interior, enquanto a filosofia
e o ateísmo promovem a descrença e o desespero velado.
Jesus Cristo veio
submisso, como um servo exemplar, manso como um cordeiro, capaz de inspirar os
corações a servirem a Deus. Ele não veio para ser servido, mas para servir e
dar a sua vida em resgate de muitos (Mateus 20:28). Ele veio para levar as
dores e os sofrimentos dos que creem (Mateus 8:17). Ele teve que se submeter a
Deus até a morte e sofrer a morte de cruz, o pior tipo de execução. Porém, foi
exaltado incomparavelmente (Filipenses 2:5-11). O que trouxe a nossa salvação
foi a obediência de Jesus Cristo ao Pai. Segundo as Sagradas Escrituras, Ele é
Eterno, Criador e Sustentar de todas as coisas com Seu poder, mas a salvação
foi consequência de sua submissão ao plano da salvação. Ele era adorado na
eternidade como Criador, não porém como Salvador. Para se tornar nosso
Salvador, Ele teve que esvaziar-se, tornando-se um bebê, e desenvolver-se,
sendo obediente em tudo, até sofrer a morte de cruz. E tudo por quê? Porque Ele
nos amou com um amor que excede todo o entendimento (João 3:16). Creia e
sinta-se amado.
Autoridade
residente na Cruz
Comentário
Adicional
Pr. Wilson
Gomes
A
Mensagem da Cruz de Cristo é poderosa. Ela tem incomodado muita gente ao longo
da história, se opondo completamente a conceitos humanos hedonista e a sede
incessante pelo poder tão presente em reinos e impérios terrestres. Por outro
lado, é incalculável o número de vidas que foram transformadas pela poderosa
mensagem do homem inocente que deu sua vida pela mesma humanidade que o recebeu
com tanto desprezo. A grande verdade, é que a Mensagem da Cruz jamais passará
desapercebida, causando impactos profundos em todos os meios que for
proclamada. As vezes ela será aceita com devoção, em outras ocasiões, rejeitada
com determinação, mas sempre deixará sua marca. Esta capacidade de revolucionar
pode ser constatada nos registros da própria humanidade, e a maior evidencia é
justamente nosso calendário ocidental, dividido em A.C (antes de Cristo) e D.C
(depois de Cristo). Ali, dividindo a história em duas partes temos Cristo e sua
cruz, tão emblemática e cheia de significados. Para o cristão, muito além das
palavras, a cruz é um meio de morte que produz vida em abundância.
Na
verdade, vivenciando esta mensagem diariamente, pois estamos espiritualmente
presos a cruz. Paulo declara em Gálatas 6:14 que estava crucificado com Cristo,
morto para o mundo, e o mundo morto para ele. Ou seja, a cruz nos separa e nos
santifica. Ela é o centro de nossa devoção e a força que impulsiona nossa voz
em um clamor de fé. Não
temos nada a nos gloriar, a não ser da cruz. Domínios passam, reinos caem,
poderosos se tornam em cinzas, mas a Mensagem da Cruz continua intacta, e todos
aqueles que a professam, vivem suas vidas espalhando pelo mundo o aroma suave
do bom perfume de Cristo. Nenhum objeto de tortura e que invoca intensamente a
morte deveria ser usado como souvenir. Mas já fazem dois milênios que a Cruz de
Cristo é cultuada, amada e seguida. Não porque ela foi usada na morte de
alguém, mas sim por ter sido o instrumento utilizado no ato definitivo da
reconciliação entre Deus e os homens.
Mas que
fique muito claro. Amamos a cruz e sua mensagem, estamos presos a ela por fé,
porém temos a certeza que Cristo não está crucificado nela. Afinal, a cruz é
apenas o início de uma história muita maior, que termina num sepulcro
vazio naquela tal manhã de domingo.
A autoridade existente na cruz é exatamente o paradoxo de que um objeto ligado
a morte, se tornou num símbolo universal de ressureição e vida. Na cruz, se
encontra o caminho para o renascimento. O Evangelho é em sua essência, simples,
prático e muito eficiente. Mas os homens estão tentando complicar. Hoje, um dos
desafios ao crente está em preservar a fé cristã diante de um mundo
pós-moderno que se manifesta com a penetração de uma falsa mensagem cristã.
Esta leva seus adeptos a acreditar na prosperidade, quando afirma que a cura de
um dente cariado deve ser evidenciada, não com a cura da dor, mas com a
presença do ouro; que o pecado nem sempre é culpa do desejo do homem caído, mas
de uma entidade maligna, que deve ser rejeitada para alcançar o conforto.
Enfim, verifica-se, em diversas tendências que se apresentam como cristãs, o
esfriamento da fé, priorizando o conforto e o prazer. Estamos esquecendo de
simplificar as coisas, é pregar um Evangelho que passe primeiro pela Cruz.
Demonstrações
de autoridade
O povo de Israel
aguardava um Messias guerreiro, como Davi, que os libertasse do jugo de Roma.
Eles esperavam que Jesus demonstrasse a Sua autoridade resolvendo seus
problemas políticos e, assim, os pusesse na vanguarda. Porém, a Sua autoridade
foi exercida contra o pecado, os demônios, as doenças e em favor dos homens. O
evento em que Jesus cessa a tempestade revela a Sua autoridade sobre a natureza
(Mateus 8:23-27). Cansado de Seus afazeres, Jesus dorme profundamente no barco.
Quando então se levanta uma enorme tempestade, seus discípulos apavorados
despertam-no pedindo socorro. Ele se levanta e repreende a tempestade, deixando
seus discípulos boquiabertos. O Senhor Jesus Cristo tem autoridade sobre as
forças da natureza, quem faz cessar a tempestade no mar é capaz de cessar
qualquer tipo de dificuldade, ou causar, se necessário for, um terremoto para
libertar os seus servos de uma prisão (Atos 16:23-34). A oração “Senhor,
aumenta–nos a fé”, deve sempre fazer parte das nossas petições diárias. Talvez
nunca conheceremos a fraqueza da nossa fé, enquanto não formos postos na
fornalha da tribulação e da ansiedade. Felizes são os que descobrem, por
experiência, que a sua fé é capaz de resistir ao fogo, e que podem, como Jó,
dizer: “Ainda que ele me mate, nele esperarei” (Jó 13:15).
O acontecimento
envolvendo a libertação de dois endemoninhados em Gadara revela a autoridade de
Jesus sobre os demônios (Mateus 8:28-34). Este foi um dia de desafios para o
Mestre. Há pouco, Ele acalmara uma tempestade e depois enfrentaria a fúria de
dois homens terrivelmente endemoninhados. Os demônios identificam a Jesus e
reclamam por se sentirem atormentados antes do tempo do juízo final. A seguir,
eles pedem permissão para que entrem nos porcos e o Senhor o consente, mas os
porcos se precipitam no lago e se afogam, causando grande prejuízo aos
porqueiros, que temeram. Contudo, eles pediram que Jesus se retirasse de seus
termos. Com isso aprendemos que a libertação de vidas ou de um lugar pode
trazer a ruína sobre uma economia estruturada na desobediência a Deus. Assim
como nosso Senhor Jesus Cristo libertava, hoje a Igreja trabalha trazendo
libertação do cativeiro de demônios a muitas pessoas. A Igreja expulsa os
espíritos imundos em nome de Jesus Cristo através da fé nEle. Não se trata de
um pequeno alívio, mas de libertação completa para viver em saúde e liberdade,
pois há muitos que não descansam, não dormem, vão a psiquiatras e outros estão
se submetendo a cirurgias, o que uma oração e um trabalho de libertação
resolveriam.
Embora não se possa
dizer que todas as deformidades físicas (Lucas 13:10-13), as enfermidades e
problemas psicológicos (Mateus 17:14-21), são ação do demônio ou porque alguém
pecou seriamente (João 5:13-14), ao analisarmos a Bíblia, verificamos que tudo
é consequência do pecado original. No caso do paralítico (Mateus 9:1-8), Jesus
trata primeiro do perdão ao declarar: “perdoados te são os teus pecados”.
Embora o perdão oferecido tenha gerado polêmica, o Senhor Jesus vai mais além,
para provar que tem autoridade sobre a enfermidade e o pecado. A seguir, ordena
que o homem pegue a sua cama e ande, o que causa grande espanto em todos que
ali estavam. Jesus Cristo é o mesmo que cura e salva! Que verdade maravilhosa!
No caso deste paralítico em particular, o nosso Senhor Jesus Cristo tratou
primeiro da sua situação pecaminosa. Comente com os alunos que ele recebeu o
perdão de Jesus Cristo para depois receber a cura de sua paralisia. Destaque para
os alunos que, às vezes, para alguém ser curado precisa ser perdoado
primeiramente. Perdoado do pecado e liberto da ação demoníaca, a consequência
disso é boa saúde.
Conclusão
Nesta lição, tivemos uma
rápida visão da autoridade do Senhor Jesus Cristo nos capítulos oito e nove do
evangelho de Mateus. Também aprendemos que os milagres são testemunhos que
ilustram esta verdade, para que se possa respeitá-Lo como legítimo Filho de
Deus e Salvador.
A imagem que Mateus nos apresenta de
Jesus é a de um homem que nasceu para ser Rei. Sua intenção é mostrar o
senhorio de Jesus Cristo e que, com toda autenticidade, o Reino, o poder e a
glória são dEle. Mateus entrelaça o Antigo Testamento ao Novo, com a preocupação
de revelar aos judeus: que em Jesus se cumpriram todas as palavras do profeta,
que Ele é o Rei por excelência e o Messias de Seu povo. Para saber mais sobre
as profundas verdades existentes em cada linha deste evangelho, participe neste
domingo, 04 de setembro de 2016, da Escola Bíblica Dominical.
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