A Quarta Forte deste dia 31 de agosto de 2016, foi chuvosa e muito abençoada, com a participação de jovens obreiros da região, e a ministração especial do cantor Lucas Paulo.
O preletor especialmente
convidado foi o Ev. Bruno Ribeiro, que ministrou sobre a ação de nosso Deus na
vida de quem é fiel a seus propósitos, assim como Ana confiou ao Senhor suas necessidades,
sendo por Ele atendidas.
Em regra geral, o
organismo feminino “clama” pela maternidade, tornando o desejo de ser “mãe” em
um poderoso sentimento instintivo. Logo, a incapacidade de ter filhos, causa na
mulher uma grande frustração. Durante muito tempo, difundiu-se o
pensamento de que era a mulher a responsável pela geração dos filhos do casal.
Logo, se o casal não tivesse filhos, o problema era da mulher. Naquela ocasião,
essas conclusões eram validadas mais pelos conceitos sociais vigentes do que
pela ciência. Ana viveu em um período onde a infertilidade era considerada
uma enfermidade punitiva da parte de Deus, em decorrência de pecados cometidos
pela mulher.
Uma esposa que não gerava filhos, era descriminalizada pela
sociedade, e muitas vezes, desprezada pelo marido, já que a poligamia era usual
na antiguidade.
Ana desfrutava de um
privilégio que poucas em seu tempo obtiveram. Mesmo sendo estéril, e seu marido
tendo uma segunda esposa que lhe dava filhos, Elcana, seu esposo, amava Ana
acima de qualquer coisa, e dava a ela prioridades em tudo. Mesmo assim, aquela
mulher se sentia profundamente angustiada e externava incisivamente sua
tristeza, pelo fato do direito da maternidade lhe ter sido negado. Esta
constante debilidade emocional de Ana, começou a criar um certo desgaste na
própria relação marido/mulher, tanto que Elcana a inquiriu com certa rispidez,
dizendo: Meu amor não te vale mais do que 10 filhos?
Outro fator agravante para a
avanço depressivo de Ana, foi a atuação deliberada de Penina, a outra esposa de
Elcana, que aproveitando-se do fato de gerar filhos, buscava constantemente
posição de destaque dentro da casa, utilizando a infertilidade de Ana como uma
arma ofensiva, pois sempre que este tema era evocado na família, a esposa
“mais” amada ficava em posição de inferioridade, enfraquecida e fragilizada.
Portanto, Elcana não conseguia entender sua esposa, e aquela que poderia ser
sua melhor amiga e confidente, por possuir os mesmos anseios e instinto
materno, acabava usando a dor de Ana como uma poderosa ferramenta de insultos
contra ela.
Deus atraiu Ana para si através
de sua dor e sofrimento, Ele não somente mudou sua vida pessoal, mas alterou o
curso da história dos judeus, que naqueles dias passavam por um declínio
espiritual terrível, pois a nação vergonhosamente chafurdava no pecado e na
corrupção.
Enquanto orava no tempo
em Siló, Ana era observada pelo sacerdote Eli, que assentado em uma cadeira,
assistia a bucólica cena. . Devido a grande tristeza em seu coração, aquela
mulher “literalmente” se jogou ao solo, e sua boca apenas balbuciava palavras,
sem que sons audíveis fossem emitidos. Mais uma vez, Ana é incompreendida,
desta vez por seu líder espiritual, que se aproximando dela, a acusa de estar
embriagada.
Quanta injustiça, pois naquele exato momento, em lágrimas, Ana
fazia um voto ao Senhor, dizendo: "Ó Senhor dos Exércitos, se tu
deres atenção à humilhação de tua serva, te lembrares de mim e não te
esqueceres de tua serva, mas lhe deres um filho, então eu o dedicarei ao Senhor
por todos os dias de sua vida, e o seu cabelo e a sua barba nunca serão
cortados" (1 Samuel 1:10:11).
Ao tomar conhecimento da
história de Ana, imediatamente o sacerdote Eli abandona sua posição
inquiridora, e age como um verdadeiro homem de Deus precisa agir: “Vá
em paz, e que o Deus de Israel lhe conceda o que você pediu" (I
Samuel 1:17). Bastaram estas palavras de animo, para que Ana tivesse suas
forças revigoradas. A partir deste momento, as lágrimas cessam, a tristeza vai
embora, seu semblante se transforma e ela volta a se alimentar (I Samuel 1:18).
Na prática, Ana saiu do templo da mesma forma que entrou: sem nenhum filho em
seu ventre e ainda estéril.
Mas agora, ancorada nas
palavras de Eli, ela tinha certeza que Deus atenderia o pedido feito em oração.
Ana não teve seu filho nos braços imediatamente, mas isso não a fez perder a
esperança readquirida, pois agora, tudo era uma questão de tempo: O Tempo de
Deus. E o que talvez nem ela soubesse, é que já na manhã seguinte, o milagre
começou a acontecer:
Na manhã seguinte, eles
se levantaram e adoraram ao Senhor; então voltaram para casa, em Ramá. Elcana
teve relações com sua mulher Ana, e o Senhor se lembrou dela. Assim Ana
engravidou e, no devido tempo, deu à luz um filho. E deu-lhe o nome de Samuel,
dizendo: "Eu o pedi ao Senhor". Quando no ano seguinte Elcana subiu
com toda a família para oferecer o sacrifício anual ao Senhor e para cumprir o
seu voto, Ana não foi e disse a seu marido: "Depois que o menino for
desmamado, eu o levarei e o apresentarei ao Senhor, e ele morará ali para
sempre" (I Samuel 1:19-22)
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