quinta-feira, 18 de agosto de 2016

EBD - Os tesouros do Reino de Deus



Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 100 - Editora Betel
Mateus - Lição 08
Comentarista: Bp. Manuel Ferreira













Comentários Adicionais
Pr. Wilson Gomes
Pb. Bene Wanderley













Texto Áureo
Lucas 12.21
Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.

Verdade Aplicada
Há dois tipos de tesouros que podem ser buscados e cultivados pelos homens: os materiais e os espirituais.

Textos de Referência
Mateus 6:19-21 e 24

Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam.
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam.
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.


Mais simples do que parece
Comentário Adicional
Pr. Wilson Gomes

O evangelho genuíno é basicamente simples. A salvação é alcançada através da fé em Jesus Cristo, por intermédio da graça de Deus. Toda a Lei do Reino Celeste se resume em dois requisitos de fácil compreensão: amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos. Apesar disto, vivemos em embates teológicos e interpretativos, pois queremos buscar respostas espirituais que tragam satisfação ao nosso próprio ego e justifiquem de alguma forma, as nossas prioridades. Assim, me pego incomodamente pensando: - O que tenho realmente buscado para minha vida? E gostaria de te levar a este mesmo questionamento interior... Provavelmente você que é muito especial, me dirá que busca ardentemente agradar a Deus. Alguns, talvez, digam que buscam o sucesso, e outros dirão que buscam somente a própria felicidade. Bem, seja como for, parece-me que todos estamos errando o alvo do que realmente é necessário para nos aproximarmos verdadeiramente de Deus. Aliás, este é justamente nosso grande erro: querer se aproximar de quem já esta próximo! Isso mesmo, Deus sempre esta muito perto de nós, por isto o salmista expressou-se com tanta propriedade quando disse: “Deleita-te no Senhor e ele te concedera o que deseja seu coração” (Salmo 37).

Deleitar-se é ter um grande prazer, se deliciar, sentir uma alegria imensa quando se esta com alguém. Este relacionamento próximo sempre foi o desejo e a vontade de Deus quando se trata de seus filhos, e o distanciamento sempre parte de nós, nunca dele, e quando sentimos a grande falta que nos corrói por dentro, acabamos por não encontrar o caminho de volta, aí nos desesperamos e nem percebemos o quão perto Ele esta de nós. Então eu volto a pergunta do inicio deste texto: O que devo buscar de verdade para a minha vida? Qual é maior riqueza que posso ter? Pois bem, a resposta é tão simples e tão lógica que talvez por isto mesmo se torne tão difícil e complexa. Nesta busca desenfreada para agradar a Deus, por causa das conveniências, preferimos nos moldar em pessoas importantes, em líderes carismáticos, criar nosso mundinho de faz de conta e tudo isto é tão estupidamente frágil que se desfaz com o primeiro pisar no pé. Mas bem aventurado é aquele que tem fome e sede de justiça (Mateus 5:6) e isto meus amigos, é sensacional.

Sim, talvez seja muito simplório e aquém do que você esperava, não é? Mas esta simples verdade é pura, genuína e infalível. Devo buscar a justiça de Deus, ter fome e sede dela. Eu acredito que os ingredientes básicos dessa Justiça sejam a consciência tranquila, o sentimento de dever cumprido e uma ficha limpa no SERASA de Jeová. Então aproveite que cada dia surge renovado, e viva essa epifania espiritual, capaz de  promover uma revolução em sua vida! Que tal deixar para trás o velho e egoísta “achismo” (eu acho isso... acho aquilo... acho que...)? Que tal dar menos importância ao que você vê nas redes sociais e ser mais cuidadoso com suas próprias postagens? Que tal ler a Bíblia antes de tomar qualquer decisão importante? Que tal não se deixar levar por modismos, seguir tendências e colocar a Palavra de Deus acima de qualquer comentário por mais sábio que ele seja?  Você pode (e é) muito mais! Olhe a sua volta e sinta a presença de Deus muito próxima de você! Não se perca numa busca desenfreada e insana por “ele”, pois “Ele” já esta ai ao seu lado querendo enche-lo com sua graça e matar sua fome e sede de Justiça! Não há riqueza maior que esta!


Os tesouros para com Deus

Os tesouros materiais podem ser dinheiro, jóias, bens, pedras e metais preciosos, etc. Os tesouros espirituais e eternos são a nossa entrada pela fé no Reino dos Céus e as boas obras da fé (Mateus 13:45-46; 16.26; I Timóteo 6:18). Os cristãos são ensinados a considerar as riquezas materiais do ponto de vista de sua transitoriedade. Elas passam, acabam e podem ser roubadas. Porém, devemos lembrar que Jesus jamais condenou alguém pelo fato de ser rico, mas sim por servir as riquezas, e, assim, tornar-se miserável para com Deus (Lucas 12:21). O conceito de verdadeira riqueza para com Deus é ensinado pelo Senhor Jesus na parábola do tesouro e da pérola escondida (Mateus 13:45-46). Em ambos os casos, o homem vai e vende tudo quanto tem para adquirir o campo com ricos tesouros escondidos, bem como a pérola de grande valor. Uma vez achado o verdadeiro tesouro para com Deus é lá mesmo que devemos investir toda a nossa vida, ajuntando tesouros no céu. Podemos até sermos ricos nesse mundo, mas a nossa prioridade não está aqui e sim lá, onde não há perigo algum dessa riqueza acabar ou transferir-se para outro. O verdadeiro tesouro está ligado a Deus  e ao seu Reino. Isso não significa que ter bens materiais é pecaminoso, pois pecaminoso é o ato de se priorizar as riquezas deste mundo em detrimento das riquezas eternas. Isso sim é condenável diante de Deus, porque torna-se idolatria, visto que a pessoa passa a viver e servir às riquezas, pondo nelas o coração (Mateus 6:21). Devemos possuir bens e não os servir prioritariamente.

Sobre os olhos, caso eles sejam bons, são duplas candeias que iluminam o corpo. Mas, se eles forem maus, o corpo jazerá em grandes trevas espirituais. Percebe os contrastes? Luz e trevas, bons e maus? O olhar que é luz refere-se ao olhar banhado no amor de Deus, que ilumina todos os cômodos da alma humana. Esse olhar tem como resultado a bondade e generosidade para com o próximo, pois ele está fixado em ter um tesouro no céu. Enquanto que a s trevas se referem ao olhar voltado à avareza, o amor ao dinheiro, que faz com que a alma jaz em trevas. Para qual tesouro estamos olhando? O nosso Senhor Jesus Cristo nos confronta com dois diferentes lugares para os quais devemos fixar os nossos olhos: nas coisas celestiais, que nos inspiram a que sejamos bondosos e generosos para com o próximo; ou nas coisas materiais, que nos inspiram à sórdida ganância, gerando todo tipo de males nesse mundo. Comente com os alunos que, às vezes, a pessoa não é rica e nem chegará a ser, mas a sua alma jaz em terríveis trevas espirituais por estar possuída pelo materialismo. Ressalte para os alunos que quem pensa nas coisas que são de cima aqui na Terra tratará em ser justo e generoso.

O coração do homem repousa sobre algum tipo de tesouro. Este tesouro pode ser material ou imaterial e eterno. Acerca disso, não há qualquer neutralidade (Mateus 6:21). Talvez alguém pense que seja capaz de servir a Mamom, que são as riquezas, e, simultaneamente, pense que seja possível servir ao Deus verdadeiro. Tal coisa é impossível, pois, quando nos dirigimos à luz damos as costas às trevas, mas quando dirigimos às trevas damos as costas para a luz. Não há nenhum problema em ser rico neste mundo, desde que não se torne escravo das riquezas. Lembremos de que mulheres serviam a Jesus com seus bens (Lucas 8:3). Não há neutralidade: ou servimos a Deus ou ás riquezas. Embora alguns julguem maldosamente que a visão de um cristão sincero seja míope e que se resuma no bem e no mal, isto é, maniqueísta, nos não devemos nos envergonhar das nossas escolhas em Cristo e por Ele, pois sabemos que tudo o mais aqui passará, porém, a nossa fé e obras nos seguirão eternidade adentro, por isso devemos ser firmes em nossa fé.


Encurralados pela Verdade
Comentário Adicional

Pb. Bene Wanderley

Em um mundo materialista, como o nosso, parece até descontextualizado o ensinamento sobre a total confiança na providência divina. Infelizmente, o modelo hedonista de vida terrena,(humano e individualista), que é difundido nesta geração tem transformado até mesmo o modo de pensar de muitos cristãos, cada vez mais apegados a bens terrenos e passageiros. Os crentes desta geração perversa, tem a cada dia, se afastado mais e mais da simplicidade do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo e da sua mensagem simplificada: - Busque primeiro o Reino de Deus, e as demais coisas vós serão acrescentadas diariamente, conforme vossas necessidades (Mateus 6:33-34). Nossa geração é imediatista e quer transformar nosso Deus em um mero serviçal, pronto a atender nossos caprichos. Fato é, que as pessoas querem fazer, viver, agir, sentir, ter as coisas que lhes dão prazer sem medir suas consequências ou considerar a vontade de Deus, e o mais incrível disso tudo, é que nós, “os crentes” em Cristo estamos vivendo em escalas massivas este conceito deturpado,  e seguindo neste circuito devastador e degradante, que nos afasta da verdadeira fé.

Com o surgimento da “malévola” Teologia da Prosperidade e a crescente onde da pseudo alto-suficiência cristã, muitos crentes tem se corrompido nas raízes de sua fé, e assim perdendo o foco da vida cristã verdadeira. A falta de apetite pela palavra de Deus, por uma vida de comunhão com o Senhor, a ausência de oração e de uma vida santa diante de Deus, tem levado muitos crentes a caírem no engano de Satanás, e nos últimos dias, este numero só faz aumentar. É visível a baixa estima dos crentes em relação a sua própria fé, e o descaso desta geração pela providencia de Deus.

Nunca se viu em uma geração tão vazia de dependência divina, como a que estamos vendo agora. Em toda a história da igreja, essa é a geração mais corrupta em sua vida cristã. Tenho medo, e tremo só em pensar, nas consequências que virão sobre a igreja, se não nos voltarmos para Deus com “muita urgência”. O texto em estudo é confrontador para nós, pois nos coloca contra a parede da decisão. Ou serviremos a Deus ou ao diabo. Ou escolhemos seguir a Cristo ou aos enganos das riquezas terrenas. Ou ajuntaremos tesouro nos céus ou aqui na terra. Ou nos gastaremos pelo céu ou seremos consumidos pela terra. Não vejo outra opção. Estamos encurralados pela verdade.


O tesouro da fé versus ansiedade

Oponente à fé em Deus, a ansiedade trata-se de um receio do que virá acontecer. É o medo do amanhã e das necessidades que ainda não aconteceram. Também é chamado de preocupação, que significa ocupação prévia. Muitos acham que se dedicando às riquezas poderão escapar da ansiedade. A ansiedade é contrária a fé na providência divina. Dessa maneira, a ansiedade torna-se um sofrimento psicológico, um cuidado desnecessário por coisas que jamais aconteçam. A ansiedade pode atingir níveis que chegam a prejudicar a saúde, mas a ansiedade é uma enfermidade da alma por causa da falta de fé em Deus. Por isso, Jesus nos adverte quanto ao servir as coisas materiais e nelas pormos a nossa confiança (Mateus 6:24). Ele nos proíbe definitivamente a que sejamos ansiosos, quando diz: “não andeis cuidadosos quanto à vossa vida”. Ao estarmos dentro dos limites fixados por Cristo temos saúde e liberdade reais. A ansiedade é um sofrimento psicológico por coisas que jamais acontecerão. Por doentia. Dessa maneira, a pessoa pode acabar atraindo para dentro da sua vida coisas ruins (Provérbios 23:7). No entanto, o pior de tudo é que quem é ansioso nunca outro lado, cabe um alerta aqui, pois, ao invés de fé no coração, há medo e o medo é uma convicção sofre sozinho, pois o cônjuge, os filhos, e os colegas de trabalho acabam também sendo prejudicados por esse mal.

O fato de a ansiedade ser uma enfermidade da alma significa que está precisa de tratamento e cura. A ansiedade pressupõe que a própria pessoa resolverá todos os problemas dos dias que ainda chegarão. A pessoa se esgota emocionalmente e tende à depressão. O tratamento que o Senhor Jesus oferece quanto a esse problema está em observar como tudo funciona. Não é preciso gastar somas de dinheiro com médicos ou turismo. Basta sair um pouco e olhar para os passarinhos e para as flores e perceber o cuidado divino com cada um deles. Assim, semelhantemente. Deus cuidará de cada um de nós quanto às nossas necessidades. Basta confiarmos nEle e em Sua providência. A ansiedade é uma enfermidade que afeta não só a pessoa, mas aqueles que estão em redor. A necessidade de refletirmos sobre o cuidado de Deus para com todas as coisas e crermos nEle e em Sua providência para nós. A verdadeira fé é aquela que descansa no Senhor acerca do amanhã enquanto fazemos o bem hoje (Salmo 37:3-5).

Devemos controlar a ansiedade através de uma linguagem de fé. Toda a inquietação nada acrescenta. Ao contrário, pode atrair ainda mais dificuldades. Ao invés de a pessoa inquirir sobre o dia que ainda virá, basta viver cada dia por vez. E que a cada dia tenha oração, louvor, bondade. Que seja um dia regado de palavras de fé por aquele que busca o reino de Deus e Sua justiça em primeiro lugar. Dessa maneira as pequenas coisas nos serão acrescentadas e teremos um tesouro no céu (II Coríntios 4:17-18). A ansiedade só pode ser tolerada no que diz respeito à busca do reino de Deus e sua justiça. Priorizar essas coisas invisíveis e eternas é: dizer não à ansiedade pelas coisas materiais (Mateus 6:25); é saber que temos um Pai celestial que nos suprirá, assim como faz com os pássaros (Mateus 6:26); é reconhecer que somos incapazes de nos acrescentar alguma coisa (Mateus 6:27); é reconhecer quem de fato nos veste (Mateus 6:28); e que, como filhos de Deus, nada devemos ter do caráter dos gentios (Mateus 6:32a); e descansar no fato de que Deus sabe o que precisamos (Mateus 6:32b); é ter fé que se buscarmos as coisas espirituais, nosso Pai nos acrescentará aquilo que precisamos (Mateus 6:33); e que, por fim, a ansiedade é inútil (Mateus 6:34).


O Relógio do Céu
Comentário Adicional
Pr. Wilson Gomes

Aguardar pacientemente as promessas de Deus se cumprir em nossa vida é algo realmente desafiador. Somos ansiosos por natureza (a vida é breve), e vivemos tempos onde se prega um “evangelho” imediatista, com profetas agendando datas para milagres, incitando verdadeiras barganhas espirituais, que nos dão a falsa sensação que Deus nos é um tipo de “sócio”, tendo compromissos contratuais a cumprir. Tudo demanda urgência, e queremos exigir de Deus uma relação unilateral onde o grande beneficiado é sempre o homem. É exatamente esta deturpação da mensagem cristã, que tem criado uma legião de crentes frustrados e decepcionados, pois acreditam piamente que Deus mentiu ou está atrasado. A verdade é que o “céu” tem seu próprio relógio, e ele está sujeito plenamente ao Káiros, que também chamamos de “O Tempo de Deus”. E ele é diferente do nosso.... Simples assim... Não há fórmulas mágicas e nem equações mirabolantes. Vivemos num espaço limitado, e se quer sabemos o que esperar do próximo minuto. Deus enxerga o contexto completo, começo, meio e fim, num único olhar. É muito mais seguro confiar no Tempo de Deus, do que se apegar a nossa perspectiva rasa e incompleta.

Tenho observado com frequência, bons cristãos que estão sofrendo com a angústia da espera, almejando receber algo de Deus. Aí, em decorrência deste evangelho trágico e capitalista, eles são levados a pressionar Deus contra a parede, exigindo pressa e cobrando urgência, como se fosse realmente possível ao homem, “determinar” alguma coisa para Deus. A angústia dessas pessoas aumenta cada vez mais, pois sentem que Deus não mais se importa com elas, se prendem ao tempo da terra, e passam a viver num torturante ciclo de esperar-frustrar-esperar... O que devemos entender, é que existe uma aura de “espiritualidade” na espera, pois ela é um período onde Deus nos ensina sobre esperança, paciência e perseverança. Durante a espera, ansiamos por aquilo que é esperado, e assim, nos mantemos alerta.

A espera não nos torna menores ou piores, apenas nos prepara para algo maior, da mesma forma que uma mulher grávida aguarda numa paciência ansiosa, a chegada de seu filho. Durante a espera, nos dilatamos e crescemos. Tudo vai ficando pronto para o “melhor de Deus”. Mas não se iluda... Assim como numa gestação, a espera é penosa e muito difícil. E existe um propósito nessa dor: Por que em esperança fomos salvos, ora, a esperança que se vê não é esperança, porque o que alguém vê, como esperará? Mas se esperamos o que não vemos, com paciência esperamos (Romanos 8:24-25).  Então, meus queridos, aquiete-se. Se você não pode fazer algo acontecer com suas próprias mãos, pare de insistir em tentativas tolas e espere Deus agir no tempo Dele. Se a vida só te dá limões, faça com eles uma bela limonada, e “adoce” com oração, lágrimas e muita adoração.


Atitudes de valor no Reino dos Céus

Tendo o Senhor Jesus determinado acerca do modo correto de se servir a Deus e como fugir da ansiedade, agora Ele passa a descrever as atitudes corretas de um cidadão do Reino dos Céus. Ele ordena a fugir do juízo temerário, a saber com quem compartilhar as verdades da Palavra, e por fim, a como ser perseverante na oração. Juízo temerário significa o julgamento alheio, precipitado e inconsistente. Noutras palavras, é ser apressado para julgar alguém e dessa maneira colocar-se numa condição superior, mas, por falta de conhecimento dos fatos, o tal “juiz” acaba sendo injusto com os outros (Tiago 4:11-12). Quantos foram humilhados e desprezados por precipitações? Mas, naquilo em que foram desprezados, revelaram-se de grande valor como pais, filhos, cônjuges, líderes, funcionários, etc. Um grave problema dos últimos dias é a hipocrisia. Alguns estão a julgar indevidamente os outros na tentativa de esconder o seu procedimento vergonhoso. Eles tentam corrigir uma coisa mínima no próximo, como um cisco de cereal quando se peneira, mas não tiram a viga de madeira que os aflige. Apontar os erros dos outros é uma maneira de se esconder.

Cães e porcos não entendem verdades. Essa terminologia não é uma maneira de desprezar pessoas, porém, assim como a nossa linguagem não faz o menor sentido para cães, porcos e os outros animais, semelhantemente, para algumas pessoas, não faz sentido as verdades do Evangelho e da Palavra de Deus. Tais pessoas não estão amadurecidas para receberem a Palavra de Deus, porque elas vivem no plano do “homem natural” (I Coríntios 2:14). Seus corações estão impenetráveis como terra batida, aqueles por onde passavam pessoas, animais e carroças, aquelas cujas sementes só alimentavam os pássaros (Mateus 13:4). Na Lei mosaica havia animais considerados impuros e limpos para a alimentação. Essa é a condição espiritual de muitos homens que são incapazes de receber o evangelho. Alguns estudiosos interpretam como sendo terríveis pecadores, inimigos do Evangelho e hereges. Tais pessoas, quando contatadas e devidamente identificadas, não se deve perder tempo com elas. Pois, mormente, há sempre outros ansiosos de receber as verdades de Deus e de Sua palavra.

Não há firmeza espiritual sem que haja oração perseverante, entre outras coisas que devem existir na vida de um cristão. Vimos na lição anterior que a oração do “Pai Nosso” é um modelo de assuntos de conversas com Deus a serem seguidos por cada um de nós. Esse modelo é constituído em sua maior parte de petição. Todavia, tais orações devem ser atendidos por Deus. Certas coisas, Deus logo nos atenderá. Outras coisas levarão algum tempo até amadurecermos o suficiente para recebê-las. Outras não serão atendidas, porque não é a vontade de Deus. Enquanto isso, devemos perseverar em oração com ações de graças. Quando o Senhor fala em “pedir, buscar e bater”, Ele nos incentiva à perseverança. Merece ser especialmente explicado a importância de se ter paciência na oração. Devemos  entender que nem sempre os nossos pedidos serão atendidos automaticamente, como quem aciona uma máquina de café expresso e que, depois de colocar as moedas, o recebe prontinho. Essa cultura do leite instantâneo, do café expresso e fast food é humana, portanto, não deve ser aplicada na prática da oração. Relembre as sábias palavras do salmista Davi descritas no capítulo 40, versículo 1, do Livro de Salmos: Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor”.

Conclusão

Devemos buscar o Reino de Deus e Sua justiça em primeiro lugar. O que valorizamos verdadeiramente nesta vida: bens materiais ou espirituais? Procuramos ajuntar algo de valor diante de Deus ou na terra? Andamos ansiosos pelo dia de amanhã? Desenvolvemos atitudes que agradam a Deus?




A imagem que Mateus nos apresenta de Jesus é a de um homem que nasceu para ser Rei. Sua intenção é mostrar o senhorio de Jesus Cristo e que, com toda autenticidade, o Reino, o poder e a glória são dEle. Mateus entrelaça o Antigo Testamento ao Novo, com a preocupação de revelar aos judeus: que em Jesus se cumpriram todas as palavras do profeta, que Ele é o Rei por excelência e o Messias de Seu povo. Para saber mais sobre as profundas verdades existentes em cada linha deste evangelho, participe neste domingo, 21 de agosto de 2016, da Escola Bíblica Dominical.

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