domingo, 31 de julho de 2016

Culto da Familia com Pr. Claudicir Leite



Na noite deste domingo, 31 de julho de 2016,  com grande alegria no coração, recebemos diretamente da cidade de Matinhos PR, o Pr. Claudicir Leite, cantor e ministro do evangelho, ferramenta usada por Deus para nos trazer uma palavra de fé e coragem: Não importa como a história começa, mas sim como ela termina. E Jesus é exatamente a diferença de um final trágico pata outro feliz.

Jesus tem todas as características de um bom amigo. Todos os momentos difíceis da vida ficam menos piores com os conselhos e o apoio de um bom amigo. As sinceridades protegem das ilusões e de abandonos. Assim, a amizade é uma ancora em todas as tormentas. É uma maneira de não desistir da bondade das pessoas, do encanto de quem mesmo indo, fica. Jesus é assim. 

Jesus é também amigo das famílias. Os evangelhos registram sua amizade com uma família de Betânia, que resultaram em algumas das mais belas passagens do Novo Testamento. Jesus se sentia confortável na casa de seus amigos, usava a sala como igreja e a cozinha era seu refeitório. Jesus tinha profundos vínculos com Lázaro, Marta e Maria, os quais adotará como se fossem seus próprios irmãos. Com eles, Jesus tinha intimidade, e em troca recebia profunda confiança. O mestre os discípulos, os aconselhou e lhes ensinou o valor da fé e da gratidão.

Mas nem mesmo esta amizade impediu que a tragédia se abatesse sobre aquela casa. João 11 registra a morte de Lázaro após ser vitimado por uma enfermidade avassaladora. As irmãs imediatamente recorreram a Jesus, esperando que o Mestre curasse seu “amigo”, mas Jesus “tardou” a chegar, e a tragédia assolou aquela família. A morte é a pedra que sepulta definitivamente sonhos e esperanças. E aquelas mulheres se sentiam assim, soterradas em desesperança e frustração.

Quando Jesus chegou, Marta e Maria o inquiriram por tamanha demora, que resultou na morte de Lázaro. Mal sabiam elas, que naquele caso, a morte não era o ponto final da história, mas sim a “deixa” para o capitulo mais bonito. Aquela família tinha um amigo que tinha em suas mãos a autoridade para trazer de volta os mortos a vida. Jesus então pede para aquela família que a “pedra” fosse removida. Para o milagre acontecer, o tumulo precisava estar aberto, para que o “morto” pudesse sair lá de dentro. Impossível? Não para este amigo que reescreve finais trágicos e os transforma em recomeços de glória. Lazaro, depois de quatro dias reviveu...

Jesus, ainda hoje, continua fazendo milagres em prol de seus amigos, e da família de seus amigos. Devemos aceitar o convite que Cristo faz para que nos tornemos amigos íntimos d’Ele: - “Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado AMIGOS, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido. ” (João 15.15) Se, conhecemos a Deus por intermédio de Cristo, devemos a cada dia mais ansiar o fortalecimento desta amizade, dada entre homem e Rei; já que Ele é o único caminho para que nos acheguemos ao Pai. Jesus é totalmente confiável, adverte quando necessário, está em prontidão a todo o momento e nunca deixa de amar-nos. Tudo o que se pode esperar do melhor amigo.




sábado, 30 de julho de 2016

Rede Jovem com Missª Eliane Teixeira


Ser jovem na Casa de Deus é um grande privilégio, pois isto implica em dizer que ainda existem muitas páginas em branco na sua existência, nas quais o Senhor poderá escrever inúmeras histórias de glória e poder. Nada pode ser mais recompensador do que empregar os melhores anos de nossa vida para a obra do Senhor, e a juventude tem esta oportunidade e este privilégio...

A REDE JOVEM Nova Dimensão, realizou neste sábado, 30 de julho de 2016, seu culto especial, onde a juventude da igreja pode demostrar que seus talentos existem por Deus e para Ele são destinados. Nossas sementes foram plantadas mais uma vez em boa terra, da qual certamente colheremos grandes frutos.

A ministração da noite ficou a carga da Missª Eliane Teixeira, psicóloga e palestrante, que discorreu sobre as decisões que podem mudar a nossa vida, usando como exemplo, a vida de Daniel na Babilônia.



Tudo começou em 606 a.C, no quarto ano do reinado de Jeoaquim. A Babilônia como estado suserano, fez de Judá um estado vassalo (escravo), e quando os judeus tentaram reverter esta situação, o rei Nabucodonosor II atacou e facilmente subjugou a nação. O inexperiente rei judeu acabou poupado pelos caldeus, com a condição de se submeter as vontades da Babilônia, e para garantir que Jeoaquim se mantivesse leal, Nabucodonosor levou como reféns, um grande número de príncipes e jovens de famílias importantes. 

Entre os primeiros deportados, Nabucodonosor exigiu que alguns jovens fossem separados para servir no palácio, sendo que os mesmos não poderiam apresentar defeitos físicos, possuir conhecimento em ciência e ter boa desenvoltura.  Entre os selecionados, quatro moços teriam imenso destaque nas páginas do livro de Daniel. Um deles, é o próprio Daniel, e os outros três são Hananias, Misael e Azarias.  Esses moços foram conduzidos ao palácio de Nabucodonosor a fim de iniciar um treinamento de três anos, que os versaria na cultura babilônica, tornando os aptos a exercer cargos de relevância dentro do próprio governo.

Uma das primeiras medidas tomadas por Aspenaz, o responsável pela preparação dos jovens hebreus, foi mudar os seus nomes, dando a eles nomenclaturas caldeias. Assim, Daniel, cujo nome significava “Deus é meu Juiz” passou a ser chamado de Beltessazar, que significava “Tesouro de Bel”. Hananias, cujo nome significava “Deus foi gracioso comigo” passou a ser conhecido como Sadraque, que significa “Inspiração do Sol”. Misael, cujo nome significava “Quem é como Deus?”, recebeu o nome de Mesaque, que significava “Aquele que pertence à deusa Sheshach”. Por sua vez, Azarias, cujo nome significava “Deus é quem me ajuda”, passou a ser chamado de Abede-Nego, que significava, “Servo de Nego””.

Aqueles moços, cuja idade variava de catorze a dezesseis anos, estavam muito longe de casa e o seu vínculo com a religiosidade judaica estava desfeito. Seus nomes que exaltavam o Deus de Israel foram substituídos por nomes pagãos que glorificavam a deuses estrangeiros. Nos anos vindouros, eles teriam contato direto com a cultura babilônica, repleta de ritos e misticismo, a começar pelos pomposos jantares bancados pelo rei. Assim como seus compatriotas, eles poderiam se adaptar a situação e viver uma vida de regalias dentro de preceitos pagãos. Porém, os quatro jovens optaram por preservar intacta sua essência, conservar sua origem e se manter fiel ao único e verdadeiro Deus.

Nabucodonosor ordenou que seus “convidados” fossem alimentados com a mesma comida servida para a família real. Ótimos vinhos, elaboradas massas, vegetação orgânica e carnes selecionadas. O problema é que na cozinha do palácio, os sacerdotes pagãos eram tão influentes quanto os chef´s,  pois toda refeição antes de ir para mesa era oferecida e consagrada para o deus Bel ou qualquer outra deidade babilônica. Pratos belos, saborosos e contaminados pelo pecado. Por influência de Daniel, ele e seus companheiros tomaram uma decisão arriscada, e assentaram em seus corações de não se contaminariam com as iguarias do rei, e convenceram Aspenaz a lhes fornecer uma dieta a base de legumes e água. Ao final do período de treinamento, foram eles que apresentavam os melhores resultados físicos e intelectuais.

Para a psicologia, nós somos a soma de nossas próprias escolhas. Para cada “sim” que dizemos, traz em seu bojo uma infinidade de “nãos”. Cada decisão tomada nos coloca de frente a uma estrada, cujo destino já está previamente escolhido. Exatamente por isso, nossas escolhas não podem ser precipitas ou inconsequentes, pois elas definem quem somos e para onde vamos. Quando os jovens hebreus tomaram a decisão arriscada de não se misturar com idolatria pagã, eles escolheram Deus e preservaram integra a identidade que tanto prezavam. E esta decisão foi determinante para as grandes vitórias que permearam suas vidas, inclusive sobreviver a fornalha ardente e a cova dos leões.

A grande questão é: Que escolhas temos feitos? Quando podemos escolher Deus, temos tomado a decisão mais acertada? Nossas escolhas são determinantes para a destinação que teremos na eternidade, mas tambem influenciam aqueles que nos cercam. Nossas escolhas testificam por nós e em nós. Temos muito a definir com nossas decisões, e cada uma delas é de responsabilidade individual. Não poderemos culpar ninguém!

Faz parte da índole divina respeitar piamente o livro arbítrio do homem, e, portanto, ainda que almeje intensamente se relacionar com sua mais preciosa criação, Deus espera pacientemente que o ser humano dê o primeiro passo em sua direção. A mais valiosa lição aprendida com a parábola do pródigo, é que toda vez que um filho afastado toma a decisão de retornar para casa, haverá um pai de prontidão bem ali na porta, o aguardando de coração aberto e sorriso largo. Mas uma decisão precisa ser tomada e uma ação obrigatoriamente tem de ser posta em pratica. Basta um passo consciente em direção a Deus para que Ele mova os céus e venha nos abraçar.

Ter uma relação produtiva com Deus não passa por formulas mirabolantes e ideologias complexas. Pelo contrário, o andar com Deus exige apenas que as escolhas corretas sejam feitas, inda que o resultado imediato destas resoluções pareça desfavorável. O Evangelho não é um mar de rosas e nem imuniza o cristão contra tragédias, lágrimas e dores. Ele exige muita renúncia e autonegação e insere em nossa rotina cruzes pesadas, lobos agressivos e batalhas que nossos olhos se quer podem ver. Aceitar esta oferta espiritual é simples, e além de indicar uma terra boa para o plantio, ainda encherá nossas mãos com sementes de excelência superior.


Informe Gospel Nº 79 - Dia dos Pais

Agosto é um mês muito especial, afinal, trás em seu bojo a celebração pelo Dia dos Pais. É claro que o Informe Gospel não poderia deixar de prestar sua homenagem, trazendo em sua 79º edição, todo o nosso carinho por esta figura tão importante em nossas vidas. Todo homem tem o direito de errar e escrever sua própria história no livro da vida, mas desperdiçar a oportunidade de aprender com seu pai que está ao seu lado, não é muito sábio.

Pai não é somente aquele que põe o filho no mundo, pai é aquele que educa, que transmite a segurança da figura paterna, que faz o carinho e que corrige os erros para que não se tornem vícios... 

A figura paterna é muito importante e forte para o filho. Muitas vezes o pai torna-se o grande herói e exemplo para seu filho, por isso é fundamental o relacionamento saudável e a imagem presente desse pai, que é um espelho para seus filhos. Um pai presente é como a luz que guia o peregrino durante sua longa jornada, ajuda a escolher o melhor caminho, oferece o conforto e calor, dá abrigo e segurança nos momentos mais difíceis da vida. Reconhecer essa luz é a recompensa maior que um pai e um filho podem receber em suas vidas.

Nosso informativo trás também mais um inspirado aconselhamento pastoral em “Buscando o Impossível”, e destaca o 19º aniversário do Círculo de Oração Lírio dos Vales. Na coluna “Histórias de Nossa Gente”, a “maternidade” também ganha destaque no emocionante testemunho da irmã Ana Claudia Sant´Ana, no testemunho “Eu estou aqui”.

Tem ainda “Olimpíadas”, “Cultos nos Lares”, “Tarde da Panqueca”,  “Agenda”, “Humor”, “Homenagens” e um tributo póstumo a irmã Rosa Borsati.

O Informe Gospel Nº 79 já está disponível, e pode ser retirado gratuitamente (nos horários de culto) em nosso templo na Rua Silvio Aurélio Abreu, 595, Jardim Florestal - Estiva Gerbi, a partir deste domingo, 31 de julho de 2016

sexta-feira, 29 de julho de 2016

O Mar Morto


Se tem uma atividade que Jesus incentivou foi a pratica do amor, irrestrito e incondicional. Ele nos ama de forma tão intensa e abundante que nosso interior transborda de amor, e é exatamente por isso, que amar ao próximo é obrigatório a todo cristão.

Mais do que uma divida, está é uma questão de “vida”, pois quem recebe muito e compartilha pouco, pode entrar em colapso. Um bom exemplo desta verdade pode ser observado em dois mares existentes na Palestina: O Mar da Galileia e o Mar Morto.

A água do Mar da Galileia é doce e, em seu interior e ao seu redor, a vida é abundante. O mesmo rio Jordão que alimenta o Mar da Galileia desemboca em outro mar, mas, ali, no Mar Morto, não há vida, nem em suas águas nem ao seu redor.

Qual é a diferença?
A água? Não!
O solo? Não!

A diferença é que o Mar da Galileia devolve a água que recebe do Rio Jordão, enquanto que o Mar Morto, por ficar abaixo do nível do mar, retém tudo que recebe. 

Com o passar dos séculos, ele foi acumulando tanto sal em seu leito que a vida ali se tornou impossível. O mar “generoso” têm vida e proporciona a vida. O mar “egoísta” não tem nada, só sal e solidão.

Pense nisso!


quinta-feira, 28 de julho de 2016

EBD - O ministério de Jesus Cristo na região da Galileia


Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 100 - Editora Betel
Mateus - Lição 05
Comentarista: Bp. Manuel Ferreira














Comentários Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Pb. Bene Wanderley




Texto Áureo
Mateus 4.18
E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores.

Verdade Aplicada
Jesus escolheu homens simples para que, depois da Sua morte, através deles, o mundo fosse abalado.

Textos de Referência
Mateus 4:23-25
E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
E a sua fama correu por toda a Síria; e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava.
E seguia-o uma grande multidão da Galileia, Decápolis, de Jerusalém, da Judéia e dalém do Jordão.


Como raíz em terra seca
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes

O primeiro testemunho público sobre a divindade de Jesus foi proferido por João Batista, assim que Cristo passou pelo teste da provação no deserto. Ele não apenas relatou a visão que tivera no momento em que estava batizando Jesus, como também afirmou aos seus ouvintes que Cristo era o Cordeiro de Deus que iria tirar o pecado do mundo (João 1:29-37). Mas nem todos compreenderam de imediato esta revelação, afinal, conforme profetizado 700 anos antes por Isaías, nada de “muito especial” seria percebido naquele homem em um primeiro olhar. Seu jeito era simples, seu rosto era familiar demais para ser percebido. Ele havia nascido em uma pequena cidade e sido criado em uma região sem maiores relevâncias. Sua profissão não era nobre e seu nome extremamente comum. Enfim, aparentemente, nada se via naquele carpinteiro de Nazaré que despertasse grande curiosidade em conhecê-lo melhor.  Ele era como uma pequena planta sob o sol, debaixo da qual não se procura sombra. Ele era como raiz escondida embaixo de uma terra seca, a qual poucos se aventuram em encontrar (Isaías 53:2).

Porém, assim que seus primeiros ouvintes começaram a repercutir suas palavras e testificar seus feitos, a fama de Jesus percorreu por toda aquela região. O ministério de Jesus era agregador, focava-se nos pobres e necessitados, tendo como objetivo prioritário “encontrar” as “ovelhas perdidas da Casa de Israel” (Mateus 10:6). A estratégia de Jesus sempre foi o “próximo”, e exatamente por isso ministrou seu primeiro sermão na cidade de Nazaré. Mas ali, sua pregação não foi bem aceita, e Jesus adotou a cidade de Cafarnaum como base ministerial. A duração de seu ministério seria extremamente curta, e não havia tempo a se perder. Jesus se fazia valer de sua popularidade para ajuntar ao seu redor as multidões, e as ensinava a amar ao Senhor e ao próximo, com toda a força da alma e com sinceridade de coração. A mensagem hipócrita dos religiosos era centralizada do próprio ego, e não lhes interessa a proliferação desta nova filosofia baseada em igualdade e liberalidade, então era precioso calar o opositor, e inúmeras foram as tentativas de fariseus e saduceus para silenciar a mensagem de Cristo.

Mas Jesus tinha algo especial, que o fazia ser melhor que seus autodenominados inimigos. Ele era o Filho de Deus, e suas palavras jamais soaram vazias ou pragmáticas, pois eram acompanhadas de sinais e prodígios maravilhosos. Seus feitos percorriam toda a terra, despertando o interesse de um número cada vez maior de pessoas para a mensagem do "Rabi Carpinteiro". E por mais que os religiosos tentassem ofuscar a grandeza do ministério e a importância da pregação de Jesus se valendo de palavras contra palavras, Cristo suplantava toda aquela casta opositora através do poder de Deus, que por ele se manifestava... Fica bem mais difícil desmerecer a pregação de um homem quando ele cura enfermos, abre olhos de cegos, transforma água em vinho e traz mortos de volta a vida 


O início do ministério 
público de Jesus

Nesta lição, estudaremos como Jesus deu início ao seu ministério público. Veremos Jesus saindo do anonimato de uma carpintaria para depois de seu batismo atuar pregando, ensinando e curando, até tornar-se extremamente popular. Todo início de ministério profético ocorre a partir de um lugar e com uma mensagem clara. Com Jesus não foi diferente. Depois de vencer a tentação, derrotando o diabo no deserto, agora teria início o seu ministério na Galileia. Da Judeia, Jesus retorna para a Galileia, assim que soube que João Batista foi preso. A Galileia, que fica na região norte de Israel, era governada por Herodes Ântipas e sua população era constituída de muitos estrangeiros e judeus mistos. Por isso o profeta Isaías a chama de “a Galileia das nações”. Ao regressar, Jesus passa em Nazaré, mas, de acordo com Lucas, o Seu testemunho não foi aceito lá (Lucas 4:16-30). Por isso, Ele foi habitar em Cafarnaum, dando início ao seu trabalho com êxito, exatamente no lugar profetizando e onde frutificou com um maravilhoso discipulado. O fato de Jesus ter sido rejeitado e expulso de Nazaré, a cidade onde fora criado, não o fez parar, mas o atraiu para o cumprimento profético de Isaías. A região norte, de gente misturada, constituída de estrangeiros e considerada atrasada, foi o campo fértil para o desenvolvimento de seu ministério. Quando se tem um chamado, este deve ser desenvolvido num ambiente dirigido por Deus. Quem desiste jamais terá êxito em sua caminhada de fé.

Na Galileia, região considerada de trevas, cujo povo estava assentado na região e sombra da morte, a situação mudou, pois Jesus, a resplandecente Estrela da Manhã, anunciou um novo dia por meio de sua pregação. Suas Palavras tocaram a muitas vidas cansadas, corações feridos e gente sem esperança. Dessa maneira, através de suas pregações, muitos veem de fato uma luz e se voltam para Deus. Sim, as palavras de Jesus tocam com amor, fé e esperanças e senso de urgência para voltarem-se para Deus e muitos voltam até hoje. Jesus foi rejeitado em Nazaré, mas Seu ministério foi bem acolhido em Cafarnaum e adjacências à borda do mar da Galileia. Perceba que Jesus se dirige a um povo sem qualquer visibilidade e esquecido, que estava “assentado nas sombras da morte”. Quer lugar mais sem esperança do que este? Porém é lá que as pessoas quebrantadas e se voltam para Deus. Eis aí um clássico exemplo de amor para todos nós. É claro que devemos ir a todos, mas as palavras do Evangelho são as que resgatarão as pessoas de seu estado de morte para Deus.

Ao chegar a Cafarnaum, que significa “Vila de Conforto” ou “Vila de Naum”, Jesus não perdeu tempo, pois logo passou a pregar e a estar atento a possíveis discípulos. Engana-se quem pensa que Jesus estava à procura de meros seguidores ou simpatizantes para sua causa, porque Ele não estava. Seguidores Ele já tinha vários, porém Jesus estava atento a discípulos, isto é, aqueles que comporiam a Sua equipe de enviados. Esta equipe seria formada não por intelectuais ou pessoas de grande projeção social, porém de indivíduos com elevada devoção, firmes na decisão de servir a Deus (João 15:16). A ida de Jesus Cristo a Cafarnaum trata-se de uma maravilhosa estratégia de missões. Ele vai entrar em contato com o público que está em trevas, mas pronto para receber a Sua Palavra. Ao contrário do que se pode pensar, Ele não estava e nem está à procura de grandes públicos, mas de indivíduos que possam arder pela vontade de Deus e pelo seu Reino.


Galileia, um lugar improvável
Comentário Adicional
Pb. Bene Wanderley

A expressão Galileia vem do hebraico (empregado desde o Antigo Testamento), גָּלִיל Galil, e significa "círculo" ou "distrito", e refere-se a região onde Cristo concentrou sua pregação. O profícuo ministério do mestre Jesus Cristo na região da Galileia não é o mais desejável tema de seminaristas, preletores, renomados pregadores e afamados mestres da teologia moderna. Afinal, este período da vida de Cristo é uma aula sobre "a humildade" que grande parte dos ministros de hoje já perderam.  Sob a lente do  evangelista Mateus, vamos aqui nos deparar com fatos inusitados (e até mesmo inesperados) por leitores e pesquisadores que procuram apenas o “inicio” de uma nova religião, pois Jesus nunca intentou ser um líder religioso. A surpreendente aparição de Jesus as margens do rio Jordão para ser batizado por João Batista dá início a essa fantástica jornada que é a vida e a obra do Homem de Nazaré. Jesus veio para cumprir os desígnios do Pai. Ele veio cumprir toda justiça de Deus. Ele veio para manifestar a Glória do Reino dos Céus. Algo assim era digno de alarde estonteante, de uma apresentação exuberante, de uma explosiva (e eufórica) aclamação repleta de gritos, aplausos e honrarias. Mas, tudo o que vemos nas páginas dos evangelhos é  a "simplicidade" e "comprometimento" com uma missão. Um homem simples em meio a uma multidão de pecadores, que debaixo do terrível calor da palestina, se aglomerava a beira do rio, para ouvir um emissário de aspecto indelével, queimado pelo sol do deserto, mal vestido (pois suas vestes não era algo a ser “copiado” pelos nobres ou jovens da época), e que após uma mensagem dura, convida seus ouvintes ao arrependimento. O que cargas d´água Jesus estaria fazendo ali?

Mas, é justamente neste lugar, em meio aos “contratempos sociais”, que Jesus chega para fazer cumprir as escrituras. João de imediato o reconhece e fica inebriado com o que está vendo, pois o Messias estava aguardando na fila, disposto a como todos os outros, passar pelas águas batismais (João 1:29-34). Ao ser batizado, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo. Bem diferente dos nossos dias hodierno, Jesus começou sua jornada ministerial no silêncio do anonimato, sem muito alarde, sem muita pompa, não procurou os mestres da lei, nem aos doutores da mesma. O trajeto ministerial que Jesus seguiu era o mais improvável, o mais inimaginável e o menos esperado, por todos que conheciam as escrituras, esperavam que o Messias chegasse ao mundo ao som de relâmpagos e trovões. É justamente neste ponto, aonde residem as minhas considerações acerca do ministério terreno de Jesus. É de suma importância aprendermos elementos básicos de nossa fé através da vida e da obra de nosso mestre amado. Essa lição, se estudada e entendida, nos dará grande revelação quanto a essência de um chamado, proporcionando um grande avivamento em nosso ministério pessoal. Não teremos mais que ouvir latas vazias com seu ruído desorientado, o retinir de sinos rachados, barulho ensurdecedor de um carro velho sem escapamento, e nem teremos que suportar sermos sufocados pela fumaça de um fogo estranho.


Queremos “Jesus”, mas nos esquivamos de ser “como Jesus”. Precisamos entender de uma vez por todas, que para fazer parte do Corpo de Cristo e partilhar da obra iniciada por Cristo, é preciso primeiramente ser chamado pelo próprio Jesus, o Mestre dos Mestres. E Ele conhece o coração do homem, sem jamais se impactar pela aparência. Não basta ter vontade, tem que ter chamado. Jesus sabia que tipo de pessoas ele precisava e foi para o lugar adequado, onde por certo encontraria seus futuros cooperadores para desenvolver tão especial e importante tarefa. E este local não era o templo ou uma sinagoga. A beira do mar da Galileia, Jesus saiu a andar e a visualizar a obra a ser executada. Jesus avaliou os corações, e fez a mais “incerta” das escolhas; e ali, no meio do improvável, no contramão do pensamento religioso, Ele encontra pessoas comuns, simples pescadores, homens sem nenhuma expectativa, estrutura financeira os recursos humanos, desqualificados para cargos religiosos, mas  com potencial para ser representante de um Reino Celestial. Jesus olha para eles e vê em cada um, vaso de barro que contém um precioso tesouro. Eram pescadores comuns, castigados pelo labor, mas foi neles que Jesus encontrou o que precisava. Que Jesus veja em nós tudo que ele precisa para ser glorificado.


Jesus chama ao discipulado

Jesus já iniciara o Seu ministério entre os galileus e precisava multiplicar-se para ter maior alcance. Ele precisava de uma equipe que pudesse reproduzir a Sua mensagem e o que Ele era. Assim, convocou homens ao discipulado. Dá para imaginar Jesus andando junto ao mar da Galileia e a conexão que Ele fazia daquele ambiente com a Sua missão? Para o Senhor Jesus o mundo era o mar e os grandes cardumes de peixes a sociedade humana sem Deus e perdida. Ao observar Pedro e André com suas redes, viu nelas a mensagem do Reino, a mensagem de vida que eles trariam aos homens. Dessa maneira, os chamou ao treinamento de uma pescaria celestial: “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens”. Os peixes do mar morrem quando apanhados, mas nas redes do Reino ganham a vida. Jesus Cristo amava as pessoas e, ao chegar naquele ambiente, foi grande conexão a que Ele fez com Seu ministério. Jesus contemplava tantos e tantos cardumes humanos se perdendo sem rumo no mar dessa vida. Por esta razão, Ele chamou pescadores e é dessa maneira que Ele nos chama para Sua missão no Reino.

Inicialmente, Jesus chamou dois pares de pescadores para estar com Ele, para o aprendizado. Estes se tornariam grandes pescadores de almas para Deus. Notem que Deus vê em nós coisas boas, potenciais os quais nem sonhamos tomar parte. Deus deseja que nos tornemos pescadores de almas para o Seu Reino. É claro que Jesus estivera com os quatro pescadores antes. Por exemplo, André e João passaram uma tarde com Jesus (João 1:35-39). Assim como André logo apresentou Pedro a Jesus, João deve ter feito o mesmo com seu irmão Tiago e seu pai Zebedeu. Os chamados iniciais foram feitos a pessoas simples, como eu e você, mas com muita vontade de aprender e fazer a obra de Deus. Os planos de Deus vão além da vida presente. O que para Ele importa é o enorme desejo que cultivamos e levamos conosco de fazer a sua vontade. Aqueles homens amavam o mar, as redes e a profissão, mas Cristo tinha algo mais para aqueles rudes homens. Algo que tocaria a eternidade de modo diferente: o chamado para tornarem-se pescadores de almas. Deus chama os melhores profissionais de sua área para trabalharem para si. São homens que não resistem ao chamado. Homens capazes de deixarem as redes, a coletoria de impostos, o sinédrio, enfim, toda a sua vida secular para ganharem almas.

Aqueles homens, ao atenderem o convite de Jesus, logo deixaram as suas redes e os seus barcos. Eles eram profissionais da pescaria e tinham nesses instrumentos o seu sustento diário. O que esses homens tinham em mente quando deixaram a sua profissão? Na verdade, eles previamente experimentaram a mensagem, o poder e a santidade de Jesus, de modo que todos ficaram atemorizados (Lucas 5:1-11). Eles sabiam que estavam diante de alguém mui sublime da parte de Deus, por isso adiante de tantas evidências não resistiram ao chamado do Mestre e deixaram tudo. Apenas algum tempo depois foi que eles questionaram o que receberiam em troca (Mateus 19:27-30). Sempre valerá a pena atender ao chamado. O prêmio para os que obedecem é incomparavelmente maior do que o investimento! O ato de deixar as redes e os barcos para trás foi consequência de algumas coisas. Primeiro, eles tinham uma noção da identidade de Jesus de Nazaré como alguém mui sublime, alguém enviado da parte de Deus. Essa noção era resultado da sabedoria de suas palavras e dos sinais que operava. Com tais características, eles, ao ouvirem o chamado, logo atenderam, pois, estes homens sabiam que cooperariam com algo grandioso e muito arriscado. A importância de termos internalizado em nossos corações profundamente quem Jesus é, e, depois, a sua vontade para nós dentro do Corpo de Cristo, para depois atendermos o seu chamado.


Jesus, um líder incomparável
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes

Incontáveis líderes têm se destacado por ter uma grande equipe ao seu lado. Muitos coordenadores e gestores, aliás, se beneficiam da autonomia para escolher seus colaboradores, e com isto elaboram prévios critérios para contar apenas com profissionais muito qualificados, inclusive, moldando neles sua liderança.   Jesus se tornou o maior líder de todos os tempos, seguindo exatamente o caminho inverso. Escolheu para formar sua equipe, homens despreparados, sem virtudes aparentes e ainda sem um direcionamento definitivo de suas vidas. Ao escolher seus doze discípulos, o Mestre, agregou fogo e pólvora no mesmo barril, criando um ambiente explosivo, mas que através de sua liderança, se moldou nos propósitos previamente estabelecidos. É claro que toda a liderança de Jesus foi posta à prova em seu ministério, tendo que lidar com os dramas familiares de Pedro e André, e com a fogueira de vaidades que queimava na casa dos irmãos “Trovão”: Tiago e João (Mateus 20:20). Para um ministério que precisava de expansão, é convocado Felipe, cuja eloquência deixa muito a desejar, e como um dos ministros do Reino que pregava agregação, é escolhido Natanael, em cujo caráter é visível traços de xenofobia  (João 1:44-47).  Junte-se ainda neste caldeirão a instabilidade de Pedro, o pragmatismo exagerado de Tomé, o materialismo latente de Judas, a tradicional rivalidade existente entre o “publicano” Mateus e o “zelote” Simão, além de um possível ostracismo subjetivo de Tadeu e Tiago.  Entre seus seguidores mais fieis, também estava um grupo de mulheres muito devotadas, sendo que no trato a elas, Cristo confrontava paradigmas e dogmas de uma cultura machista. 

Mas, além de ensinar, o mestre inspirou esses homens. Jesus Cristo quando estava pregando a sua Palavra, acompanhado dos seus discípulos, influenciou e liderou através dos seus exemplos, trabalhando, ensinando, incentivando e servindo. Jesus sempre dava a direção aos seus discípulos e seguidores, agindo com paciência e amor, dando a provisão necessária para que todos fossem preparados para a obra do seu ministério, levando-os a uma condição muito melhor do que quando os encontrou, e em menos de três anos, a liderança incisiva de Jesus foi capaz de mudar hábitos, forjar caráter e imprimir sua marca pessoal em cada um de seus pupilos, ao ponto que de tão parecidos, os olhos mais leigos não podiam diferenciar um do outro (Mateus 26:48, 69-74). O estilo de liderança do Senhor Jesus foi além de prático, muito inspirador. Ele mesmo disse: “eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (João 13:15). Noutra ocasião também falou: “aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mateus 11:29). Tais palavras destacam a qualidade da sua liderança inspiradora. Igualmente, os termos “façais e aprendei” trazem consigo um apelo de compromisso com o seu exemplo. O grande segredo de Jesus era se nivelar ao seu ouvinte, para depois traze-lo ao seu próprio nível. Sua vida era moldada por suas palavras e vice-versa, e assim cada detalhe de seu ministério inspirou, inspira e continuará inspirando a todos que voltarem seus olhos e ouvidos para Ele. A grande liderança exercida por Jesus é comprovada exatamente pela sua ausência física.

Segundo a tradição, por pregar o evangelho, Pedro foi crucificado de cabeça para baixo em Roma; André também foi crucificado em uma cruz no formato de X; Tiago foi decapitado por ordem de Herodes; Felipe provavelmente foi enforcado em Hierápolis, embora muitos acreditem que tenha sido crucificado também; Bartolomeu teve sua pele retirada por um rei bárbaro; Tomé foi amarrado a uma cruz enquanto evangelizava seus algozes, morrendo lancetado na Índia; Mateus sofreu martírio por espada (ou punhais) na Etiópia, Tiago (o menor) foi lançado de cabeça do pináculo do tempo e depois foi apedrejado, Judas Tadeu e Simão provavelmente foram vítimas de um linchamento público a machadadas motivado pelos sacerdotes pagãos da Pérsia, e apenas João morreu de morte natural após sobreviver ao exílio em Patmus. Todos morreram em honra, cumprindo seu dever apostólico. Seus ensinamentos, influência, coragem e perseverança resultaram em milhões de conversões por toda a terra conhecida e se perpetuaram para a posteridade em quatro evangelhos, um livro com o registro de seus atos, e dezenas de  cartas contendo conselhos e instruções para a Igreja em todas as eras, e finalmente, o Apocalipse de João, onde se encerram “TODA” a revelação de DEUS para igreja. Estes homens honraram plenamente o seu Mestre, e são exemplos cabais do que é “ser fiel até o fim”.


As faces do ministério de Jesus

Ao longo do ministério público do Senhor Jesus, Ele foi chamando outras pessoas para compor sua equipe. Depois os preparou e os enviou às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mateus 10:1). Enquanto isso não acontecia, o Mestre desenvolvia as várias facetas de seu ministério público que se revelava em outros ministérios como veremos. Jesus desenvolveu um trabalho itinerante, tornando a Galileia o seu circuito, ou seja, Jesus rodeava toda a Galileia desenvolvendo o ministério da Palavra através da pregação e ensino (Mateus 4:23). Mateus é bem enfático quanto a isso, pois ele informa que Jesus percorria cidades e povoados (Mateus 9:35). O Senhor Jesus ensinava, ou seja, instruía os seus ouvintes, expondo acerca do Reino de Deus. Às vezes, esse ensino era em tom de conversação e outras em discursos didáticos, mas também de pregação. O seu auditório era formado de frequentadores das sinagogas e pessoas que se reuniam em casas ou debaixo de uma árvore nos povoados. O Senhor Jesus Cristo tinha um senso de urgência muito grande em relação às almas. Por isso Ele “percorria”, que, no grego, significa “periegen” e também tem o sentido dinâmico de rodear (Mateus 4:23). Portanto, o ministério da Palavra através de Jesus não era fixo. Quanto mais Jesus rodeava as cidades, mais consciência Ele tinha de que haviam grandes cardumes humanos e campos brancos para a colheita. “Será que essa visão de perdição eterna não mexe conosco?” “Quando será que romperemos com esse silêncio mórbido, enquanto tantos se perdem?”.

Enquanto Jesus ensinava e pregava acerca do Reino de Deus, as curas aconteciam. As curas são resultado da palavra da fé ensinada e pregada. Isso era algo novo para todos os galileus e demais judeus, coisa que ora causava admiração, espanto e, com o tempo, muitos ciúmes nos chefes das sinagogas. Tanto a cura das enfermidades físicas como a libertação de possessões demoníacas eram vistas como cura também (Lucas 13:10-17), pois os demônios são causadores de desordens psicológicas (Mateus 17:14-18; 8:28-34). Quando vamos até Jesus, somos curados e libertados de toda sorte de enfermidade, seja que procedência for (Mateus 4:24)! O grande segredo da cura divina e libertação é que ela é resultado da palavra da fé, o que também é chamado de “unção” na pregação. Trata-se de uma palavra buscada em Deus através da consagração pessoal pela oração e jejum. É importante que busquemos para nós essas coisas primeiro e, depois, ou simultaneamente, para os outros.

Jesus foi possuidor de uma fama que extrapolou os limites da Galileia. Ele veio especificamente para os filhos de Israel e orientou que seus discípulos não saíssem dos termos de Israel (Mateus 10:6). Note, porém, que as pessoas do extremo norte de Israel e também dos termos da Síria traziam os seus enfermos para serem curados (Mateus 4:24). Não apenas grupos de pessoas iam e vinham a Jesus, mas o acompanhavam grandes multidões originadas de vários lugares: Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judeia e lugares de além do Jordão. A fama de Jesus atravessou não só os lugares de origem, mas também milênios! A fama de Jesus Cristo ultrapassou lugares e milênios desde a Sua primeira vinda aqui na Terra. O povo de Sua época foi impactado com sua presença e trabalho, porém a sua fama tornou-se ainda de maior alcance depois de sua morte. Muitos reis, divinizados por seus povos ou que se consideravam “deuses”, tentaram esse feito, mas, com a queda das civilizações, eles caíram no esquecimento.

Conclusão

O ministério do Senhor foi como a raiz de uma terra seca para os religiosos contemporâneos. Seu labor não tinha parecer e nem formosura por causa de Sua origem. Jesus, porém, brilhou muito além da carpintaria e das praias da Galileia, visto que Seu brilho é eterno.




A imagem que Mateus nos apresenta de Jesus é a de um homem que nasceu para ser Rei. Sua intenção é mostrar o senhorio de Jesus Cristo e que, com toda autenticidade, o Reino, o poder e a glória são dEle. Mateus entrelaça o Antigo Testamento ao Novo, com a preocupação de revelar aos judeus: que em Jesus se cumpriram todas as palavras do profeta, que Ele é o Rei por excelência e o Messias de Seu povo. Para saber mais sobre as profundas verdades existentes em cada linha deste evangelho, participe neste domingo, 31 de Julho de 2016, da Escola Bíblica Dominical.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Quarta Forte com Ev. Jefferson de Souza


A Quarta Forte deste dia 27 de julho de 2016, passou longe de ser “FORTE”... Ela foi FORTÍSSIMA!  Noite de glória, poder e unção, onde a presença de Deus se fez tangível no meio de seu povo. 

Uma celebração de louvor e adoração que contou com a presença dos cantores Matheus Santos, Priscila Brugnieri, Hellen Gomes e Mi Machado, além da participação especial de pastores da região, e a ilustre cooperação da Casa Orebe.

O preletor da noite foi o Ev. Jefferson de Souza, proveniente da cidade de Conchal SP, que embasado no texto de Lucas 15, ministrou para a igreja uma palavra sobre o “retorno para o lar”.

Lucas, o “médico amado”, era um pesquisador esmerado, exímio historiador e amigo íntimo de Paulo. Ele compilou cronologicamente os principais eventos da  
vida de Cristo baseado no testemunho daqueles que acompanharam em loco os eventos por ele pesquisados (Lucas 1:1-4). Lucas é o mais “histórico” e “preciso” dos Evangelhos, e se refere com frequência a Cristo como o "Filho do Homem". Ele dá uma atenção especial as parábolas de Jesus, um tipo de história terrena com significado espiritual, ferramenta pedagógica muito utilizada pelos mestres judaicos. Usando elementos culturais, personagens fortes muito bem contextualizados e cenários comuns aos ouvintes, as parábolas eram de fácil memorização e possuíam grande praticidade educacional.




Uma das mais conhecidas parábolas de Jesus é sobre um pai e seus dois filhos. Eles formavam uma família feliz que vivia em plena harmonia, até que o mais novo deles decide abandonar o lar para conhecer o mundo. Com o coração pesaroso, o velho homem entrega ao seu caçula, a parte da herança que lhe era de direito, e vê, com lágrimas nos olhos, seu filho afastar-se rumo a uma vida de sonhos coloridos e enganosos.

Enquanto o moço vivia inconsequentemente, gastando todos os bens que herdou; o pai mantinha plantão constante no portão da casa, com os olhos fixos na estrada, certo que um dia o seu filho iria voltar. Com o passar do tempo, o dinheiro acabou, e o pródigo se viu sozinho no mundo, desamparado e sentindo muita fome. Quando chegou ao fundo do poço, decidiu voltar para casa e pedir ao pai que o contratasse com um empregado, e com este pensamento, começou a trilhar o caminho de volta. Quando ainda estava longe de casa, o pai, que ainda aguardava no portão, o avistou e correu ao seu encontro, abraçando e beijando carinhosamente o filho.

Ele ordenou a seus criados que dessem um banho no moço, cortassem seu cabelo e aparassem sua barba. Deu a ele roupas limpas, sapatos novos e pôs em seu dedo o anel da família. Então, o pai convocou uma festa para comemorar aquele esperado reencontro.... Seu filho estava perdido, mas foi achado. Estava morto e reviveu.

Aquele moço, desde sua tenra infância teve uma vida de abastança e regalias. Comia do bom e do melhor, estava cercado de servos, podia frequentar as melhores escolhas e ter os brinquedos mais caros. Em sua adolescência, tinha uma mesada gorda, uma família atenciosa e possibilidades que a maioria das pessoas nem sonhavam ter. Mesmo assim, sua juventude chegou trazendo nele a vontade de deixar para trás sua casa. Por que?

Se pensarmos um pouco, chegamos a uma conjectura de aplicação atual e pratica, que poderá identificar inclusive, a fragilidade de muitos cristãos. Ele estava cansado da rotina que permeava a casa de seu pai. Eram tantas coisas boas a lhe cercar todos os dias, que o jovem se viu saturado e decidiu viver suas próprias aventuras, longe de tantos cuidados paternos. Exatamente como muitos crentes que se assentam nos bancos das igrejas, estão rodeados de beatitudes e favores divinos, mas se empapuçam desta “rotina”, e se iludem com as cores do mundo. Então, cheios de razão pessoal e justiça própria, exigimos de Deus nosso “direito” de emancipação, enchemos nossa bagagem com cacarecos sem relevância eternal, calçamos o pé na estrada da vida e com isso, perdemos as coisas mais valiosas de nossa existência: a presença do pai, o contexto da casa e a comunhão com o Corpo de Cristo.

Quem se acha auto-suficiente ao ponto de exigir de Deus algum “direito” adquirido, receberá justamente uma sentença de condenação. Tudo o que temos em nós é pecado e ofensa, e a consequência inevitável é a morte eterna. Deus retirou de nós a acusação, e por sua graça, nos deu filiação, casa, amor e proteção. Quando buscamos a emancipação, estamos exatamente abrindo mão de tudo isso. Não é uma troca prudente a se fazer. Trocar o “pai” pelo “mundo” é um péssimo negócio.

A morte do pecador não passa por nenhum tipo de autoritarismo divino, e nada mais é, do que a execução da justiça em sua forma mais pura e terna. Por nossas escolhas e práticas pecaminosas conscientes, merecemos sim morrer, inda que a vontade de Deus vá exatamente na direção oposta (João 13:16). A misericórdia do Senhor surge como um facho de luz em meio as trevas, uma segunda chance de vida no exato momento que a mão da morte toca nosso pescoço. Por seu amor, Deus escolhe suspender temporariamente a sentença que pesa contra o homem, NÃO lhe dando o castigo do qual é merecedor. Só a misericórdia de Deus tem a autonomia para suspender o julgamento que nos é devido, e conceder ao culpado um perdão que ele não faz por merecer.

Já a “graça”, nada mais é do que um favor imerecido, um presente pelo qual não esperamos, uma “promoção” que não tencionávamos receber. Deus não nos deve absolutamente nada e não está obrigado a nos conceder qualquer tipo de favor. Mesmo assim, além de nos livrar da sentença merecida, o Senhor passa a conceder a seus servos bens e favores que não mereciam receber.

O filho pródigo entendeu o conceito da misericórdia e a abraçou. Em seu julgamento prévio, ele havia determinado que o máximo de benevolência que merecia ter era o posto de um trabalhador esporádico na fazenda para a qual um dia deu as costas. Mas a misericórdia do pai anulou o resultado deste julgamento, não concedendo a ele o posto merecido, mas sim restituindo-lhe a condição de filho, mesmo que aparentemente não houvesse justiça praticada ali.

A beleza da misericórdia é exatamente a leitura que ela faz da própria justiça, já que é o credor quem acaba pagando a própria conta, e logo, a dívida deixa de existir. O pródigo não questionou a atitude do pai, ele apenas a aceitou de bom grado, consciente que o mérito não estava nele (detentor de uma vida pregressa e pueril), mas sim no amor incondicional de seu pai. Quem se deixa ser abraçado pela misericórdia, passa a desfrutar da graça. Ao não nos dar o que era merecido, Deus substitui o “presente funesto” por outros muito mais agradáveis e que sequer poderíamos ousar sonhar.

O filho que voltou para casa recebeu sua posição de volta, foi ornado com joias e celebrado com festas. Ele desfrutou de cada momento com grande alegria, pois compreendeu que a “graça” impõem uma condição: ser aceita sem questionamentos.