Na noite deste sábado,
23 de julho de 2016, o Círculo de Oração Lírio dos Vales, realizou seu culto
especial de mulheres, onde diversas irmãs puderam testificar sobre o trabalhar
do Senhor Deus em suas vidas. Foi também um prequel para a grande festividade que
acontecerá na primeira semana de agosto, e celebrará mais um aniversário do grupo.
O preletor da noite foi
o Pb. Paulo Gonçalves Oliveira, que ministrou uma palavra exortativa, baseado
no ministério do profeta Elias.
Na
sua origem e em sua essência, a nação israelita sempre foi monoteísta, sendo
projetada, criada, guardada e protegida por aquele que viria a ser conclamado
como “O Deus de Israel”. Mesmo assim, por inúmeras vezes ao longo de sua
história, Israel flertou com culturas estrangeiras, deixando-se influenciar por
seus hábitos e até mesmo importando suas praticas religiosas pagãs. Quando
a nação se dividiu em duas, o Reino do Norte se inclinou com mais intensidade
para a idolatria. Uma
sucessão de reis corrompidos marcou os primórdios do novo reino, sendo que
Acabe é apenas o oitavo deles. Filho de Onri, um rei que conseguiu ser mais
perverso de todos os anteriores, Acabe demostrou ao longo de seus 21 nos de
reinado, muita força política, mas uma moral extremamente fraca.
Em
seu primeiro confronto com os sírios foi ajudado pelo Senhor, que venceu por
Israel a batalha realizada em regiões montanhosas. Convencidos que o “Deus de
Israel” era um “Deus de Montanhas”, a Síria levou a guerra para regiões de
geografia plana, e mais uma vez, foi milagrosamente derrotada, sendo inclusive
neste período cunhada a expressão: Deus dos Montes e dos Vales.
Portanto, Deus se revela desejoso de participar ativamente do reinado de Acabe,
mas ele opta por alicerçar seu reino em alianças escusas, sendo a primeira
delas com o próprio Ben Hadade, rei dos sírios. Sua mais errônea aliança porém
é com Etball, rei dos sidônios e alto sacerdote de Baal, pois como parte deste
tratado, Acabe se casa com a princesa fenícia Jezabel, uma mulher que traria
ruína para toda a nação.
E neste contexto que
surge o profeta Elias. Com o casamento pagão de Acabe, a idolatria ganha legalidade
no reino do Norte. Jezabel, agora Rainha de Israel, passa a exercer grande
influência nas decisões mais relevantes do país, tendo seu marido em total
sujeição. Ela usa a fraqueza emocional de Acabe para impor suas vontades, e
assim oficializa o culto ao deus Baal no território israelita. Além disto,
Jezabel promove uma verdadeira matança, assassinando todos os profetas que se
posicionam contra as suas ações.
Com a nação imersa na idolatria e
a mercê de falsos profetas; Acabe e Jezabel não enfrentavam resistência ao seu
modo nefasto de governar, já que seus potenciais inimigos estavam mortos ou
exilados. Mas é exatamente aí que Deus decide intervir e castigar a terra com
uma grande seca. Para avisar ao rei sobre este castigo, Deus envia um profeta
do Senhor remanescente e fiel, que se tornará uma pedra no sapato da casa real.
A Bíblia evidencia que ele era
muito respeitado entre os profetas, e talvez sua reconhecida importância espiritual
seja a razão para que Acabe se proponha a ouvir o que ele tem a falar. Seus
caminhos se cruzam pela primeira vez quando Elias anuncia a grande seca que
viria sobre Israel, privando a nação não apenas da chuva como também do orvalho, mas novos e acalorados embates “olho
no olho” ainda se dariam mais adiante, como por exemplo, em decorrência do
retorno da chuva, do covarde assassinato de Nabote e do Desafio dos Deuses. O
incomodo causado por Elias em Acabe foi tão intenso, que rei o identificou como
“O Perturbador de Israel”.
Durante os anos de seca, Elias
sobreviveu debaixo da providência divina. Primeiro ele é enviado até o ribeiro
de Querite, local onde corvos enviados por Deus lhe traziam carne de boa
qualidade. Porém, com o passar das semanas, a água do ribeiro se extinguiu, e o
profeta recebeu a ordem de ir para a cidade de Serepta, onde encontraria uma viúva
que o sustentaria até o final da estiagem. Para sua surpresa, a mulher não
passava de uma pobre coitada, que nada tinha a oferecer além de um pouco de óleo
e farinha. Foi o suficiente.
Ao final dos três anos, Elias
recebe do Senhor o aval para voltar e desafiar a idolatria instaurada e provar
que ainda existia um Deus em Israel. O
avivamento começou com Elias desafiando a fé do povo, conclamando sua nação
para vivenciar um grande mover sobrenatural. Antes de clamar pelo fogo, Elias
toma o cuidado de corrigir todos os desvios, fendas e imperfeições de seu
próprio altar, e depois, manda molhar toda a estrutura, bem como abrir valas no
entorno e enche-las de água. A água é um símbolo da Palavra de Deus e
também do Espírito Santo.
Antes
do fogo cair, é necessário que haja uma manutenção preventiva no altar, que
aqui tipifica a própria vida do envolvido. Depois, é preciso que a PALAVRA
DE DEUS seja despejada em abundância sobre este mesmo altar, ao ponto de fazer
as valas transbordarem. Fogo que cai sem antes o altar ser regado, não passa de
pirotecnia. Com o altar preparado e encharcado, chegou a hora do fogo descer. É
um momento lindo e especial, de vislumbre, deleite e glória, que marcará para
sempre a história de quem o vivenciar, mas como todo bom e inesquecível
momento, a queda do fogo é passageira. O que fica de fato, são seus efeitos.
Se
o fogo caindo é uma visão deslumbrante, a próxima cena do avivamento é
assustadora, mas imprescindível. Ao perceber que estava sendo enganado pelos
falsos profetas, o povo de Israel reconhece a soberania do Deus de Elias e
literalmente, elimina os mestres do paganismo. Em pouco tempo, cerca de
novecentos profetas de Baal e Asera são mortos ao fio da espada pelo
turba enfurecida, transformando os seiscentos metros do Monte Carmelo, numa
grande cascata de sangue, e a montanha num deposito de muitos cadáveres. Visão
desagradável, não é?
Mas
é exatamente aí que reside a beleza do AVIVAMENTO, pois quando ele é genuíno,
as coisas mudam, e nada é como antes. Quem experimenta o verdadeiro avivamento,
não aceita mais em sua vida, a causa raiz de seu erro, e extermina o mal de uma
vez por todas, por mais doloroso que possa ser este processo (Mateus
18:9).
E
somente após este ato de coragem realizado pelo profeta, é que o Senhor abriu
as janelas do céu, para derramar chuva sobre a terra. A imensidão azul foi
tingida por uma nuvem que subia do mar, tão pequena quanto a mão de um homem.
Era o prenuncio de um grande aguaçeiro. Deus foi fiel em sua palavra, e todo
povo reconheceu a grandeza do grande EU SOU, enquanto exclamavam:
Só
o Senhor é Deus! Só Deus é o Senhor!
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