Você
já se perguntou alguma vez como deve viver a vida cristã? Afinal, vivemos numa
época muito relativista, em que cada um faz sua própria verdade e tem seus
valores éticos e morais alicerçados em puro hedonismo.
Mas
se vivemos com Cristo, existe um viver padrão que nos foi ensinado por Ele
mesmo. Mateus 5 nos revela como o Mestre dos Mestres era um grande cultivador.
Ele sabia que sua tarefa era cultivar os corações dos seus seguidores “cuidar,
zelar, conservar”, e por tanto passou a ensinar os seus discípulos as bases
mestras da vida cristã em todos os seus aspectos. E como um bom cultivador
expressou as mais sublimes palavras: bem
aventurado os humildes de espírito, pois deles é o reino dos céus.
Jesus começa seu ensino falando da humildade.
Ele
sabia em seu espírito a necessidade de cultivar nos corações dos seus
discípulos essa virtude de extrema necessidade, pois sem a humildade de
espírito seria (e é) impossível fazer parte ou até mesmo herdar o Reino dos
Céus. O humilde de espírito a que se refere esse ensinamento, pode ser
entendido como um espírito sempre pronto a abrir mão dos seus próprios
interesses em favor dos outros. O salmista em sua oração de confissão e
arrependimento nos dá com clareza, um vislumbre desta realidade: “cria em mim, oh
Deus, um coração puro e renova dentro de mim um coração sempre pronto,
inabalável, disposto a obedecer, pronto se despojar dos próprios
interesses" (Salmos 51:10).
Desde
o alvorecer deste século, temos visto, ouvido e testemunhado uma avassaladora
onda de perversão dos homens em todas as áreas da sua vida, a crescente
desvalorização da ética e dos bons costumes, e por fim, a degradação da
família. Em função da multiplicação da ciência e dos grandes avanços das
modernas tecnologias estarem sobre fortes influências satânicas, temos
enfrentado dias difíceis e, porque não dizer, insuportáveis de viver.
A
falta de comunicação tem afetado em muitos aspectos os relacionamentos
familiares, e as relações fraternais entre os fiéis no viver diário cristão. É
bom ressaltarmos que um diálogo é o inverso do monólogo, onde só uma pessoa
discursa sem deixar que outras pessoas se expressem também. O discurso monólogo
é orgulhoso, soberbo, arrogante, presunçoso, vaidoso, violento, vil, sem graça
e desprovido de humildade. Já o diálogo é quando as pessoas falam e se escutam,
cada qual colocando seu ponto de vista e tendo a chance de se expressar. No
diálogo todos tem e devem ter direito de serem ouvidos. Ouvir e falar no
momento certo. O que temos visto no meio das famílias é a falta de diálogo e
como resultado temos uma degradação dos valores éticos estabelecidos por Deus
para guardar as famílias da corrupção maligna. Precisamos reavaliar nossos
conceitos e tudo aquilo que temos tido como valores éticos. Incentivar nossas
famílias ao diálogo, na verdade é uma reeducação familiar.
No
entanto deve haver uma disponibilidade de todos para a prática da abnegação.
Mateus 16:24 tem a chave- mestra para uma vida de vitória na caminhada de todo
cristão: "renúncia ". Negar a nós mesmo e seguir o caminho que
nos está proposto. A vida cristã se caracteriza pelas renúncias que temos de
fazer e devemos fazer. Isaías, o profeta messiânico, nos traz à luz aquilo que
caracterizava a pessoa do Messias. Vemos o resultado da renúncia na vida do
Cristo, Ele foi desprezado, o mais rejeitado dentre os homens, homem de dores,
foi oprimido, humilhado, ficou em silêncio diante dos seus acusadores e foi
moído pelos nossos pecados (Isaías 53:3-12), renunciar ainda é o caminho mais
eficaz para uma vida de paz em nosso núcleo familiar cristão.
Isso
com toda certeza não será uma tarefa agradável para muitos, pois infelizmente
nossa geração tem desprezado os princípios cristãos acarretando sobre sim
varias tribulações. É lamentável, mas a real situação de muitas famílias
cristãs é de total degradação moral e espiritual. Pais que se fecham para o
dialogo e a renúncia na família tem colhido a mais desastrosa colheita da história
da humanidade “filhos abomináveis". O termo parece duro e medieval,
mas certamente é o que melhor defina essa geração corrupta, ainda pior que a
descritas em Gênesis 6, fazendo uma comparação aos dias de Noé (Mateus
24:32-39).
Mas
a renúncia precisa se ancorar na tolerância, pois esta é uma virtude gloriosa
da parte de Deus que devemos cultivar com mais intensidade e "num desejo
ardente", pois a palavra de Deus nos diz em Mateus 5:7 que bem-aventurados
são os misericordiosos, pois eles alcançarão misericórdia. Ser paciente é ter a
capacidade de suportar as fraquezas dos fracos e demonstrar misericórdia ao que
falhou na tentativa de acertar. A tolerância no meio da família é uma arma
poderosa para estabelecer relacionamentos quebrados. O que temos visto nas
famílias é a inversão de valores que convergem para verdadeiros desequilíbrios
mentais, filiais, maternais e paternais. Pais sem estrutura psicológica, sem
estrutura financeira e moral.
Infelizmente as igrejas não tem dado o devido valor ao ensino familiar pré e pós casamento. Temos visivelmente bons livros e revistas com o tema família, mas pouco (ou nenhuma prática). Cabe a nossa geração mudar sua própria história e a transformação começa no seio familiar.
Infelizmente as igrejas não tem dado o devido valor ao ensino familiar pré e pós casamento. Temos visivelmente bons livros e revistas com o tema família, mas pouco (ou nenhuma prática). Cabe a nossa geração mudar sua própria história e a transformação começa no seio familiar.
Colaboração: Pb. Abdenego Alves Wanderley
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