No dia 01 de junho de 2016,
quarta-feira, por volta das 20:00 horas, saí de Estiva Gerbi em direção a
Suzano, para uma “parada” realizando a manutenção numa fábrica daquela cidade.
Trabalhamos duro para concluir o trabalho, e na tarde da quarta feira (02/06),
já estávamos prontos para retornar.
Cerca de cinquenta pessoas se
alocaram em um ônibus fretado pela empresa e começamos a viagem de aproximadamente
quatro horas. Em certo ponto do caminho, fomos apanhados por uma chuva muito
forte, que limitava a visão da estrada, além de deixá-la extremamente
escorregadia.
Por volta das 22:00 horas, quando
já estamos em Mogi Mirim, mais precisamente na Rodovia Adhemar de Barros
(SP-340), enquanto eu estava absorto em pensamentos, observando a chuva pela
janela, percebi que o ônibus ziguezagueou pela pista, indo em direção ao canteiro
central.
Tudo foi muito rápido, e nem tive
tempo para entender o que estava acontecendo, mas, em questão de segundos, o
veículo já estava tombado entre as pistas.
Assim que o ônibus tombou, olhei
a minha volta procurando uma saída. Havia muita fumaça, as luzes dos carros na
estrada refletiam no interior do veículo e tudo estava muito confuso. Os
passageiros estavam caídos uns sobre os outros, alguns muito feridos e outros
com o rosto dentro da água, pois os vidros haviam quebrado e algumas pessoas
haviam caído exatamente sobre a água acumulada na valeta de escoamento.
Consegui me apoiar no banco a
minha frente, passei pelo corredor, subi na cabeceira do banco da fileira
oposta, alcancei a janela, abri e sai do veículo. Já do lado de fora, pude
ajudar meus companheiros a saírem do ônibus caído, pois estávamos preocupados
que o mesmo explodisse. Usamos as saídas de emergência para facilitar o socorro,
e quando o resgate chegou, todos já estavam fora do veículo.
Em seu depoimento a Policia
Rodoviária, o motorista contou que um veículo de passeio freou bruscamente em
sua frente, e para não bater, ele “jogou” o ônibus para a esquerda. Com isso,
perdeu o controle da direção e o veículo derrapou. Depois, tombou no canteiro
central.
Segundo os peritos, as marcas na
grama do canteiro central indicavam que o veículo deslizou por mais de 200
metros até parar em cima da valeta de escoamento de água. Pedaços do ônibus
ficaram espalhados pela pista e o pára-brisa ficou completamente estilhaçado.
Pelo menos dezoito pessoas
ficaram feridas, sendo treze em estado grave. Com a Graça de Deus, além de não
sofrer nenhum arranhão, ainda pude ajudar no resgate de meus companheiros, retirando
muitos deles do ônibus tombado.
Tudo o que posso dizer é que
nasci de novo. Na hora de um acidente, não há muito no que pensar ou o que
fazer. Apenas confiar na misericórdia de Deus e contar com sua proteção. Sou
grato ao Senhor por este livramento, que só me dá ainda mais forças para
continuar firme nesta jornada.
Minha vida está nas mãos do
Senhor, e mais uma vez Ele a preservou por seu amor. Deus seja louvado sempre.
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