A Quarta Forte deste dia
06 de julho de 2016 foi maravilhosa, com a participação especial dos cantores
Odair Toledo, Helen Duarte, Claudomiro Cândido, além da banda liderada pelo
levita Lucas Paulo. Uma noite de muito louvor, quebrantamento, salvação e
encontros, além da poderosa ministração das Sagradas Escrituras na
instrumentalidade do Ev. Lucas Gomes.
O capítulo 15 de Lucas
pode muito bem ser chamado de “Achados e Perdidos”. Jesus estava sendo
duramente criticado pelos religiosos de sua época em decorrência da proximidade
que mantinha com “publicanos e pecadores”, quando lhes propôs uma série de
parábolas sobre desencontros e encontros. Um pastor dedicado que perde sua
ovelha, uma dona de casa descuidada que não consegue encontrar seu “talismã” e
um pai amoroso que vê seu filho lhe dar as costas em direção ao mundo.
Todos estes personagens
viveram momentos de tristeza em decorrência de suas percas, mas não se
conformaram em viver com a ausência daquilo que fora perdido. Ao perceber que
uma de suas ovelhas havia se desgarrado, o bom pastor conduziu sua grei para a
segurança do aprisco e saiu pelas campinas e valados procurando sua ovelhinha
querida. Ele subiu montanhas, desceu por vales, caminhou entre espinheiros
chamando insistentemente pelo nome de sua protegida. Finalmente a encontrou no
final de um penhasco, presa num arbusto, vitimada pela queda. Ferida, a ovelha
estava condenada à morte certa, porém o pastor não mediu esforços para
resgatá-la. Ele verteu balsamo em suas feridas, a pôs carinhosamente sobre seus
ombros e voltou para casa com júbilo e alegria, pois havia reencontrado alguém
que lhe era precioso.
A segunda história é
sobre uma mulher que se desespera ao dar conta que havia perdido uma moeda de
valor emocional inestimável. Ela acenda as lâmpadas, move toda a mobília e
varre toda a casa procurando sua dracma, e quando finalmente a moedinha é
encontrada, a mulher chama suas amigas e promove uma festa de celebração.
O último relato é sobre
um pai e seus dois filhos. Eles formavam uma família feliz que vivia em plena
harmonia, até que o mais novo deles decide abandonar o lar para conhecer o mundo.
Com o coração pesaroso, o velho homem entrega ao seu caçula, a parte da herança
que lhe era de direito, e vê, com lágrimas nos olhos, seu filho afastar-se rumo
a uma vida de sonhos coloridos e enganosos. Enquanto o moço vivia
inconsequentemente, gastando todos os bens que herdou; o pai mantinha plantão
constante no portão da casa, com os olhos fixos na estrada, certo que um dia o
seu filho iria voltar. Com o passar do tempo, o dinheiro acabou, e o pródigo se
viu sozinho no mundo, desamparado e sentindo muita fome. Quando chegou ao fundo
do poço, decidiu voltar para casa e pedir ao pai que o contratasse com um
empregado, e com este pensamento, começou a trilhar o caminho de volta. Quando
ainda estava longe de casa, o pai, que ainda aguardava no portão, o avistou e
correu ao seu encontro, abraçando e beijando carinhosamente o filho. Ele
ordenou a seus criados que dessem um banho no moço, cortassem seu cabelo e
aparassem sua barba. Deu a ele roupas limpas, sapatos novos e pôs em seu dedo o
anel da família. Então, o pai convocou uma festa para comemorar aquele esperado
reencontro.... Seu filho estava perdido, mas foi achado. Estava morto e
reviveu.
Com estas histórias,
Jesus queria ensinar aos seus ouvintes o valor das pequenas coisas, que a
grande maioria sequer pode perceber. O que é uma ovelha entre outras cem?
Quanto esforço é valido fazer por uma única moeda? Que tipo de recepção merece
um filho rebelde e ingrato?
Na matemática divina,
uma ovelha encontrada vale mais que o mundo inteiro perdido, uma moeda equivale
a um tesouro e o filho pregresso merece ser coberto de amor e carinho. Numa
visão espiritual, a ovelha desgarrada, a dracma perdida e o filho prodigo
representam o homem em suas idas e vindas. Como a ovelha, as vezes nos perdemos
pelas distrações presentes no caminho. Como a moeda, em alguns momentos somos
deixados num canto e por lá ficamos esquecidos. Porém, na maioria das vezes,
somos como o pródigo, que por escolha própria se embrenha mundo afora,
perdendo-se por decisão consciente.
Jesus, por sua vez, é o
bom pastor que sai ao encontro da ovelha perdida, dando a sua vida por ela
(João 11:10). Ele é capaz de mover céus e terra para nos encontrar quando
estamos imersos em ostracismo e estagnação (Isaías 43:3-7). Ele é o pai amoroso
que espera ansioso o retorno de todo filho que se afastou (João 6:37). Embora as parábolas do “ovelha perdida” e do “filho
pródigo” sejam as mais conhecidas, a história da “dracma perdida” também tem
muito a nos ensinar:
A moeda se perdeu
acidentalmente. Nem a mulher intencionou perde-la, e a dracma não fez nada para
se encontrar perdida. Tudo foi acidental. Um breve descuido e a moeda se perdeu
dentro da própria casa. Segundo pesquisadores renomados, as
mulheres daquela época costumavam usar acima das sobrancelhas uma tiara chamada
“semedi”. Era feita de moedas que por si mesmas tinham muito pouco valor, pois
sua superfície deveria ser raspada, o que reduzia seu valor ou anulava a moeda
completamente. A tiara significava noivado ou casamento. Sendo ou não
monetariamente valiosa, estava acima de qualquer preço para a mulher que a
usava. A moeda tinha valor sentimental imensurável para sua dona. Era preciso
encontra-la com urgência.
Não devemos nos envergonhar pelas
percas que assolam nossa vida, desde que tenhamos consciência que existem
algumas situações com as quais não podemos nos conformar. Quando a “dracma”
está perdida dentro da própria casa, é preciso reagir. Nestes casos, o
sentimento de perda precisa ser seguido por uma atitude em recuperar o que se
perdeu. A
busca por algo perdido pode ser demorada, mas a satisfação de recuperá-lo pode
ser contagiante. Exatamente por isso, a procura deve ser feita com esmero e
zelo irrestrito. Ao notar que uma dracma havia se perdido, a mulher deixa
todos os seus afazeres e se aplica diligentemente encontrar a moeda perdida. Ela
acende a luz (candeias e candelabros), varre a casa, vasculha cada móvel,
verifica cada canto escuso de sua residência, sem interromper sua busca até que
a dracma fosse encontrada.
A procura se torna mais fácil, quando temos em nossas mãos o mapa que marca o “X”: A Bíblia. É nela que Jesus se revela e se torna um modelo de como cada cristão precisa agir e pensar. Quer ser livre? Leia a Bíblia e encontre o Jesus que nela está. O encontrou? Permita que Ele seja o centro de sua vida. Confira em loco o que Jesus tem a dizer sobre cada tema de sua vida. Procure pela dracma perdida e a ache no seu próprio coração....
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