quinta-feira, 30 de abril de 2015

EBD: Moisés, o guia dos filhos de Israel


Texto Áureo
Guiaste o teu povo, como a um rebanho, pela mão de Moisés e de Arão. 
Salmo 77:20

Verdade Aplicada
Moisés teve o privilégio de guiar o povo hebreu, honra que seria lembrada de geração em geração.

Textos de Referência
Êxodo 16:4-7

Então, disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu ponha à prova se anda em minha lei ou não.
Dar-se-á que, ao sexto dia, prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia.
Então, disseram Moisés e Arão a todos os filhos de Israel: à tarde, sabereis que foi o SENHOR quem vos tirou da terra do Egito, e, pela manhã, vereis a glória do SENHOR, porquanto ouviu as vossas murmurações; pois quem somos nós, para que murmureis contra nós?


Depois do Mar

Após atravessar o Mar Vermelho, Miriã, a irmã mais velha de Moisés, liderou os israelitas numa grande festa de júbilo e celebração. Poucas horas antes, seus corações estavam tomados pelo medo, enquanto se viam encurralados em Pi Hairote, impotentes diante do oceano e indefesos contra o exército de Faraó, sem perspectivas ou esperanças. Mas agora, o mar era um obstáculo vencido e as ondas traziam para a margem os corpos desfalecidos dos egípcios, que a esta altura já não apresentavam qualquer perigo. Haviam sim motivos para comemorar, mas o que Israel não sabia é que aquele era apenas o primeiro passo de uma jornada longa e difícil, que se estenderia por quatro décadas. Para chegar ali, eles tiveram que atravessar muitos metros por entre as águas, mas agora haveriam centenas de quilômetros sob a areia escaldante do deserto. O Egito, derrotado e humilhado, daria lugar a dezenas de povos bárbaros e nações agressivas entre Israel e a terra da promessa. Tudo até ali, era na verdade uma preparação para coisas ainda maiores, batalhas mais acirradas e momentos de imensa tensão. A verdade é que antes do mar, todo trabalho fora feito por Deus e os hebreus assistiram ao próprio livramento de camarote.  Foi Ele quem escolheu e preparou Moisés, e também quem enviou as pragas sobre o Egito. Eram as mãos do GRANDE EU SOU que abriram as águas do mar e decretaram a ruína do exército inimigo. Deus tomou aquela questão como uma causa pessoal, enquanto seu povo apenas aguardava o momento da vitória. (Êxodo 14:10-20). Mas o deserto lhes reservava suas próprias batalhas e Israel precisava estar pronto para isso. O livramento com mão forte, a escapada maravilhosa e a celebração incontida, eram lições valiosas sobre o quão comprometido Deus é com seus escolhidos,  mas não garantia imunidade contra dias de angustia e provações ainda maiores.

Para entenderemos este mecanismo usado por Deus, afim de aperfeiçoar seu povo, podemos olhar alguns séculos a frente e fecharmos nosso foco em um único homem: Davi. Mesmo após ser ungido rei de Israel (I Samuel 16:12-13), ele retornou ao ostracismo das pastagens e continuou apascentando as ovelhas de seu pai. Porém, foi dado o “start” de seu treinamento. O primeiro teste foi enfrentar um leão. Davi venceu a fera e ganhou experiência para lidar com um adversário bem maior: uma ursa. Foram estas batalhas individuais travadas no anonimato que credenciaram Davi como o representante da nação contra o gigante Golias (I Samuel 17:33-51). Mas se você acha que enfrentar o filisteu seria o derradeiro desafio do belemita, esta equivocado. Pouco tempo depois, Davi se viu perseguido por um exército inteiro, liderados por um ensandecido Saul que desejava ardentemente extermina-lo (I Samuel 23:8). Apenas passados todos os estágios é que finalmente Davi ascendeu ao trono de Israel, mais forte e preparado do que nunca.

No deserto Deus cuidaria do seu povo como sempre fez, provendo, intervindo, ensinando e corrigindo. A diferença é que agora eles precisariam se mover, caminhar com as próprias pernas, enfrentar um desafio se preparando para o próximo, pois somente assim estariam devidamente capacitados para a retomada de Canaã. Pense em Deus como um pai que está ensinando seu filho a andar de bicicleta. Ele está do lado, amparando, escoltando, sustentando. O filho se sente confiante, e nem percebe que pouco a pouco está se equilibrando sozinho, dando suas próprias pedaladas rumo ao desconhecido. Mas caso caia, o pai imediatamente está ali para levanta-lo, sendo que este processo se repetirá quantas vezes foram necessárias. O Senhor testemunha deste cuidar em Oséias 11:1-4: Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu filho. Mas, como os chamavam, assim se iam da sua face; sacrificavam a baalins, e queimavam incenso às imagens de escultura. Todavia, eu ensinei a andar a Efraim; tomando-os pelos seus braços, mas não entenderam que eu os curava. AAtraí-os com cordas humanas, com laços de amor, e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas, e lhes dei mantimento. 
Ali, as margens do Mar Vermelho, Israel deixa de engatinhar e começa a dar seus primeiros passos. Eles serão amparados por Deus, e orientados por Moisés, um líder previamente escolhido e que já acumulava mais de 700.800 horas na escola preparatória de Deus.

 
Escolhendo uma Rota

Guiar o povo de Deus em meio ao deserto não foi uma tarefa fácil, mas Moisés pediu a ajuda do Eterno e, assim, foi capaz de prover as necessidades do povo. Suas virtudes, aliada à sua intimidade com Deus, foram essenciais para a condução dos filhos de Israel até a entrada da Terra Prometida. Todo o senso de orientação de Moisés procedeu de sua chamada e comunhão com Deus. Ele estava responsável não apenas em libertar do cativeiro os israelitas, mas conduzi-los pelo deserto até, finalmente, alcançarem a Canaã. De onde veio o senso de direção de Moisés? Como se comportou? É o que aprenderemos a seguir. Moisés dá uma nota de explicação quanto à rota tomada por eles e os filhos de Israel (Êxodo 13:17). Os filisteus estavam muito bem preparados para a guerra, porem Israel não estava, e esse era o grande problema caso se enfrentassem. Outro objetivo dessa rota era a necessidade de que os hebreus, e os que com eles estavam, fossem fortalecidos e cristalizassem uma fé definitiva no Deus de Israel. Isso fica claro à medida em que eles vão caminhando, pois demonstram volubilidade ao desejarem retornar ao Egito. O Senhor sempre nos conduzirá pelo melhor caminho, mesmo que, aos nossos olhos, este seja incômodo, difícil e demorado. Ele conhece nossa estrutura e nosso amanhã (Salmo 139). Deus enviou Seu povo pelo caminho mais longo para se dar a conhecer. Pouco a pouco, O senhor se manifestava; a cada desafio. Uma maneira de demonstrar Seu poder. Melhor que tentar descobrir o caminho seria deixar o senhor descortinar.

A presença palpável de Deus foi demonstrada pela coluna de nuvem durante o dia e coluna de fogo a noite (Êxodo 13:21 / Números 9:16). A nuvem representava a constante presença de Deus sobre o Seu povo. Como no deserto a temperatura sofre variações, durante o dia, ela fazia o papel de sombra para refrigerá-los; à noite ela se tornava um aquecedor tanto para aquecê-los quanto para afugentar os animais selvagens. Os filhos de Israel sempre seguiam essa nuvem sobrenatural. Quando a nuvem se levantava sobre o tabernáculo, as pessoas arrancavam as estacas e a seguiam. E quando na nuvem parava, o povo também parava e armava suas tendas. Eles se moviam ou paravam de acordo com esse claro direcionamento dela. Os israelitas eram cuidadosos em mover-se apenas se a nuvem se movesse, porque sabiam que isso era a provisão de Deus (Número 9:18-23).

Atualmente existe uma grande quantidade de cristãos que está tomando decisões sem consultar o Espírito Santo. Muitos estão agindo com medo e desespero, sem fé nas promessas de Deus. Eles simplesmente decidem o que fazer por conta própria, baseados no que pensam ser o melhor para suas vidas. O que acontece quando os servos de Deus operam fora do completo governo divino? Quando planejam seus próprios planos, recusando render suas vidas à liderança e direção do Espírito Santo? Todos nós sabemos que o resultado é sempre sofrimento, dores e muita confusão. O senso de orientação de Moisés vinha pelo fato de ele ouvir Deus falar. Seus ouvidos estavam abertos e sua pessoa atenta a obedecer às orientações de Deus em meio aqueles desafios (Êxodo 15:26). Moisés entendeu a importância de ouvir a Deus e atendê-lo prontamente. Ele procurou ensinar isso aos filhos de Israel, mas eles não quiseram aprender (Êxodo 15:26; Levíticos 26:3-13; Deuteronômio 7:12-15; 28:1-15). Veja a seriedade do assunto (Deuteronômio 15:7 / Hebreus 3:7). Note que, como líder, Moisés não apenas guiava, mas ensinava os filhos de Israel a como atenderem a voz de Deus e Seus estatutos.


Trabalho e Provisão

Moisés enfrentou um grande desfio ao guiar o povo através do deserto: a provisão de suas necessidades. Mais difícil que salvá-los das garras de Faraó era ter que alimentá-los. Apenas saber para onde iriam não era o suficiente, eles tinham de providenciar água e comida. Vejamos como ele resolveu essas questões. Existe um paralelo perfeito entre a caminhada do povo de Israel até a terra prometida e a Igreja (Êxodo 15:22-27). O caminho de três dias nos fala profeticamente da morte e ressurreição do Senhor Jesus.  Após três dias de caminhada, o suprimento acabou e o Senhor orienta a Moisés para que tomasse o lenho e jogasse sobre as águas; e a água amarga se tornaria em água doce (Êxodo 15:25). Esse ato representa profeticamente a amargura do pecado do homem que estava sobre Jesus quando tomou o nosso lugar na cruz do Calvário, levando sobre si a amargura da morte (Isaías 53.4). O Senhor mostrou a Moisés o lenho que seria usado para transformar a água amarga (figura da morte) em doce (a vida), mostrando a participação da Trindade no projeto da salvação, ou seja, o Pai, na eternidade, orienta a Moisés (Espírito Santo) para que usasse o recurso que Deus preparou, ou seja, o lenho, que é a figura de Jesus Cristo homem (o Filho). O lenho não tinha valor algum aos olhos da razão humana, era desprezível, mas trazia consigo o extraordinário poder da transformação (Isaías 53.20).

A escravidão produz um ritmo costumeiro no ser humano denominado de “institucionalização”. É muito comum um criminoso sair em condicional e tornar a cometer os mesmos erros. Em muitos casos, eles cometem um crime na presença da polícia e, mesmo sabendo que há câmeras que possam captar sua imagem, eles não se incomodam em esconder o rosto. Isso parece loucura, mas a “instituição” mudou todos os seus hábitos e, por isso, eles não funcionam mais como pessoas livres na sociedade. De modo semelhante, o povo viveu quatrocentos e trinta anos no Egito e a “instituição” já dominava seus hábitos. No decorrer de toda sua caminhada, eles sempre estavam ameaçando voltar ao Egito e reclamavam por qualquer situação. Deus usou o método da dependência, o qual incluía uma dieta, onde a comida terrena deveria ser substituída pela celestial, trabalhando neles de dentro para fora. Todavia, nem eles nem seus pais jamais puderam compreender o privilégio daquela comida (Deuteronômio 8:3).

Nada era por acaso no deserto e apesar de serem escravos no Egito havia nos israelitas uma arrogância misturada a acomodação. O Egito lhes havia doutrinado a uma forma de vida em nível de extinção, havia neles um misto de revolta e insubordinação que aflorou tremendamente no deserto. A liberdade de Israel findaria em Canaã, mas chegara terra exigia uma completa descontaminação e o deserto foi o meio utilizado por Deus para todo o ego de suas vidas fosse exposto e corrigido para se tornarem dignos da salvação recebida (Deuteronômio 8:2). Eles pediram carne e o Senhor lhes atendeu. O Senhor queria que entendessem que o mesmo poder demonstrado sobre as forças da natureza no Egito para libertá-los era o que também estava naquele deserto para supri-los. O sonho de liberdade e de conquista jamais sai de graça, Deus queria um povo obediente e resignado, assim exigia fidelidade. Moisés foi um instrumento a conduzir os filhos de Israel a um autoconhecimento e, lamentavelmente, a maioria deles não entendeu isso. Por esse motivo, vieram a perecer no deserto, visto que não queriam largar o Egito internamente. Porém, para que eles fossem introduzidos em Canaã, precisavam receber tratamento de libertação do Egito que estava neles.

Maná – A Provisão Diária

A peregrinação de Israel pelo deserto rumo à terra prometida, nos dá a exata dimensão do cuidado que Deus tem pelo seu povo. Durante quarenta anos, quando sua nação amada esteve mais exposta a toda sorte de perigo e privação, foi sua intervenção divina que providenciou abrigo, alimentação e vestimenta. Muitos são os milagres registrados no Pentateuco, dos quais podemos destacar a presença visível da glória de Deus, os sinais portentosos manifestado contra os inimigos de Israel, a abertura do mar vermelho, roupas e sapatos que não envelheciam; a nuvem que proporcionava sombra e frescor durante o dia e se incendiava a noite para produzir luz e calor, água saindo de rocha e banquete de carne em pleno deserto. Entretanto, o milagre que melhor evidência o mecanismo da provisão divina, é exatamente o Maná. A palavra maná no hebraico significa "man hû", e para alguns autores, sua raiz etimológica vem da sua analogia devido a aparência da “seiva de tamarisco” que no hebraico também significa (man hû).

Segundo relatado na história israelita, o Maná parecia uma pequena semente redonda e branca, que ainda sobre a terra, tinha uma aparência flocosa, semelhante a geada. Outras comparações dizem que o Maná era parecido com uma semente de coentro, e assim como o bdélio (uma espécie de resina aromática), tinha a aparência de pequenas perolas. Caía do céu à noite, entremeada com duas camadas de orvalho, e segundo a tradição judaica, ao paladar, ela se assemelhava ao sabor do alimento favorito de quem a provava, embora sejam muito comuns relatos de que seu gosto lembrasse bolachas de mel ou bolo doce de azeite. Na culinária, o Maná tinha diversas aplicações, podendo ser moído, cozido ou assado, dependendo de como seria empregado na “receita”, mas também podia ser consumido em natura. 

Uma das características mais impressionantes do Maná, é que ele provia a quantia das necessidades nutricionais da pessoa com tanta precisão, que depois do consumo, o corpo não precisava gerar resíduos, o que contribuía em muito para a o bem estar sanitário daquela gente. O Maná também era dado em provisão diária, e não era permitido a estocagem do mesmo, pois quando guardado, se deteriorava em menos de 24 horas (exceção feita na passagem da sexta para o sábado). Assim, ninguém se alimentava de “pão amanhecido”, e a cada dia, uma nova provisão era derramada sobre o arraial, provando o cuidado diário de Deus com o seu povo. Infelizmente este fato fez com que alguns dos israelitas ficassem um tanto enjoados com o chamado "pão do céu", chegando ao cumulo de o renomear com a alcunha “pão vil”.  Segundo o rabino Yank Tauber, a provisão diária de Maná, deu ao povo tempo livre para se dedicar a outro tipo de alimentação: A Lei de Deus - “Logo depois que o Maná começou a cair, recebemos a Torá no Monte Sinai. Durante as quatro décadas seguintes atravessamos o deserto, comendo o maná e estudando Torá. Isso é basicamente tudo que fizemos (quando não havia problemas). O Midrash vê uma conexão direta entre nossa dieta e nossa ocupação, declarando que "a Torá podia ser dada somente a comedores de maná". Partindo deste princípio, podemos dizer que espiritualmente também somos “comedores de maná”, usufruindo da provisão diária do Senhor, o que nos permite empregar tempo e esforços no Reino de Deus.


Três virtudes práticas de Moisés

Observemos agora três virtudes práticas na vida de Moisés, essenciais para aquele momento. Tais atributos são fundamentais à vida cristã e para todo líder chamado por Deus. A primeira delas é o “Senso de Dependência”. A vida prática de Moisés é uma eterna lição de dependência. O quebrantamento realizado por Deus na vida do libertador foi tão incisivo que Moisés não atuava sem antes perguntar ao Senhor o que fazer (Êxodo 33:12-15). É claro que, até mesmo para um homem de sua estirpe, era impossível estar diante de um povo obstinado como Israel sem cometer deslizes. Moisés estava consciente de que, sem a presença de Deus na sua vida, não poderia percorrer o caminho que o conduziria ao livramento (Êxodo 33.15). Este é o grande dilema dos cristãos hoje em dia: as pessoas querem andar à sua vontade, sozinhas, sem a presença de alguém que os comprometa ou controle os seus passos e suas ações. A presença do Senhor significa comunhão, segurança e descanso, mas também assegura-nos a vitória sobre os nossos inimigos. Os sucessos alcançados por Moisés estão todos atrelados à sua dependência e obediência ao Senhor. Se essa observação fosse utilizada em nossos dias, muitos cristãos teriam não somente sucesso, como também uma vida de grandes feitos realizados pelo Senhor. Sabemos que a maior ausência de milagres em nossas vidas é o fato de viver de forma racional e não por fé.

A segunda virtude de Moisés foi a “Paciência nas adversidades”.  Todos nós gostaríamos de um relacionamento com o Senhor isento de tribulações, mas essa sempre foi uma exigência da escolha formadora divina (Romanos 5:3-5). As idas e vindas de Moisés diante de Faraó poderiam ter sido evitadas. Deus jamais precisou de tanto rodeio para operar. Havia a necessidade de uma pedagogia insistente e progressiva para o ensino de todo o mundo através daqueles fatos. Isso exigiu de Moisés muita espera e paciência. Na relação descrita por Paulo (Romanos 5:3-5), o que gera a paciência é a tribulação, ou seja, não existirão pessoas pacientes que não sejam antes submetidas ao terror. Essa paciência vai gerar experiência. Entenda que não é o tempo que gera experiência, a paciência é gerada pela tribulação. Por fim, o resultado do sofrimento não é a incredulidade ou o desânimo, mas sim a esperança. Para acreditar naquilo que não se vê, é necessário trilhar um caminho de tribulação.

Por último iremos destacar a “Sensibilidade para a Situação” Na jornada de Moisés com os filhos de Israel pelo deserto quase nada se repetia. Cada situação tinha um modo peculiar de ser resolvido e isso exigia uma sensibilidade bem apurada para cada uma delas, tanto em relação às provisões, da organização da adoração, quanto às questões jurídicas, etc. Moisés tinha como função principal ser profeta do senhor, mas esse encargo se desdobrava em vários outros. Tudo isso porque, em vez de cooperar com ele, o povo era totalmente dependente de seu agir. Deus sempre apresentou coisas novas a Moisés. Devemos tomar como lição que certas coisas na obra de deus não devem ser como carimbos com imagem fixa. Existem coisas que utilizamos em nosso tempo que foram apenas uma figura do que passou. Sendo assim, estejamos sensíveis para entender que não podemos acender a fogueira de hoje com as cinzas de ontem. Guiar o povo segundo a vontade de Deus no deserto foi uma tarefa hercúlea para Moisés, o deserto foi o melhor lugar para que os filhos de Israel fossem reeducados para um autoconhecimento, conhecimento da vontade de Deus e a cristalização de uma adoração exclusiva ao Deus vivo.

 


Assim como Moisés, venha aprender na escola de Deus para ser líder e profeta, participando neste domingo, (03/05/2015),  da Escola Bíblica Dominical.

Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 95  - Editora Betel
Moisés - Lição 05
Comentarista: Pr. Belchior Martins da Costa
Comentários Adicionais (em azul)
Pb. Miquéias Daniel Gomes


quarta-feira, 29 de abril de 2015

Quarta Forte com Pr. Márcio José

Pr. Marcio José
Jerusalém estava em festa, e assim como muitos judeus, Jesus e seus discípulos também subiram à cidade afim de celebrar. Mas, no meio do caminho, próximo a Porta das Ovelhas, o Messias decide fazer uma parada estratégica num lugar chamado Tanque de Betesda.

Naquele lugar havia constantemente um ajuntamento de pessoas debilitadas e enfermas, sofrendo de todo tipo de mal. Cegos, mudos, surdos e aleijados disputavam cada metro junto ao tanque, pois acreditavam que vez ou outra, um anjo descia do céu é agitava as águas. Após este “movimento”, em teoria, as aguas ganhavam poder curativo, e o primeiro a mergulhar seria instantaneamente curada. Esta era a crença que ainda mantinha vivo o sonha daquela gente sofrida, que vivia miseravelmente, à espera do próximo mover. A festa teria que esperar... A prioridade de Jesus são sempre os necessitados, e ali, naquele ambiente de contrição, o “salvador” se sente à vontade...

Betesda significa “Casa da Misericórdia”, e agora a “misericórdia” em pessoa está na casa.  Entre os muitos doentes, há um homem paralitico que já estava guardando posição por longos 38 anos. Passo a passo, Jesus se aproxima dele, e com voz doce e acalentadora mostra interesse por sua história de vida. Após ouvir as desventuras daquele homem, Jesus lhe faz uma pergunta simples e objetiva:
- Você quer ser curado?

O pobre homem não percebe a oportunidade que se apresenta para ele, e justifica seu sofrimento com a omissão das outras pessoas...

- Querer eu quero... Mas ninguém me ajuda a descer no tanque... Eu sempre fico para traz e alguém recebe a benção antes de mim...

Ah, se aquele homem soubesse quem falava com ele. A décadas ele esperava pelo agir de um anjo, e agora diante dele estava o “Senhor das hostes celestes”. Ele aguardava o mover das águas, mas ali, possível de ser tocado, estava o Criador do universo... Mas Jesus entende a sua ignorância, assim como compreende seu sofrimento e se compadece de sua aflição.

- Você não precisa mais esperar... Levanta, pega sua cama e anda!

E o paralitico andou!

E foi com esta palavra de fé, baseada no texto de João 5:1-8, que o Pr. Marcio José da Conceição abrilhantou a Quarta Forte deste dia 29/04/2015. Muitas vezes concentramos nossos esforços em esperanças débeis e possibilidades duvidosas, e nem percebemos que Jesus está ao nosso lado nos perguntando: Quer que eu resolva este problema para você?

Assim como foi testificado por vários irmãos durante toda a reunião, nosso Deus deseja ardentemente trabalhar por seus filhos, abrir portas emperradas e curar suas enfermidades mais perniciosas, porém, é necessário parar de olhar para o tanque e voltar seus olhos para Jesus. Ele sim é a certeza absoluta de que você irá andar outra vez!


Filme: Renúncia

O filme “Renúncia”, produzido pela juventude da Assembleia de Deus em Imperatriz (MA), liderada pelo pastor Raul Cavalcanti, já chegou fazendo história, uma vez que se trata do primeiro filme ficcional de longa-metragem produzido por assembleianos em nosso país. Mas, ele não chama atenção apenas por seu pioneirismo. Destaca-se também pelo fato de que, mesmo tendo sido feito com pouquíssimos recursos e por gente que, no geral, não era da área do cinema, os meninos de Imperatriz não fizeram feio. Muito ao contrário. 

Além da razoável qualidade técnica da película, o filme consegue tocar o coração das pessoas com sua mensagem. Não é à toa que, na primeira semana de estreia, mesmo com exibição apenas em uma sala, “Renúncia” foi assistido por milhares de pessoas no interior do Maranhão, resultando em dezenas de testemunhos de conversão a Cristo após o final das sessões. Agora, o filme encontra-se disponível em DVD para todo o país, com distribuição da CPAD, que também foi responsável pela divulgação do filme no período de sua estreia no Maranhão. 

O filme é todo ambientado na cidade de Imperatriz e todos os atores são membros da AD local. São, sobretudo, jovens. A película conta a história de uma jovem assembleiana ativa em sua igreja, onde atua como membro da equipe de louvor, mas que, devido à influência negativa de novas colegas da faculdade e de desentendimentos na família e com colegas na igreja, acaba se afastando de Cristo, de sua família e de seus amigos, enveredando por um processo de autodestruição. É quando ela chega no fundo do poço, desesperada e arrependida por tudo o que fez, que uma série de eventos começam a acontecer, dando um desfecho inesperado e impactante à história. 

As reviravoltas que acontecem nos últimos minutos são um dos grandes destaques da película, surpreendendo a quem está assistindo o filme, que, até aquele momento, imaginava que a narrativa caminharia para um desfecho muito óbvio. O final é de esperança, mas não da forma que muitos podem estar esperando. 

Fonte: CPAD


terça-feira, 28 de abril de 2015

Biografia: Flávio Josefo



Flávio Josefo é um dos maiores historiadores judeus de sua época, e além de escrever sobre a História dos Judeus e suas guerras, também escreveu sua autobiografia, na qual se descreve como filho de Matias o sacerdote judaico, nascido em Jerusalém, instruído pela torá e adepto do farisaísmo (JOSEFO, Flávio, História dos Judeus – CPAD, 2000, pp.476-495). O seu testemunho é importante, pois é provavelmente o único relato sobrevivente de uma testemunha ocular da destruição de Jerusalém. Josefo é considerado como um revolucionário judeu que rendeu-se à supremacia romana trocando o suicídio pela lealdade a Roma. Por sua demonstração de lealdade, Vespasiano não apenas o recebeu como cidadão romano, mas o patrocinou como historiador.
No seu livro Antiguidade dos Judeus, que é normalmente datado na década de 90dC tem duas citações interessantes. A primeira faz clara referência a Tiago “irmão de Jesus chamado Cristo: “Anano, um dos que nós falamos agora, era homem ousado e empreender, da seita dos saduceus, que, como dissemos, são os mais severos de todos os judeus e os mais rigorosos no julgamento. Ele aproveitou o tempo da morte de Festo, e Albino ainda não havia chegado, para reunir um conselho diante do qual fez comparecer Tiago, irmão de Jesus chamado Cristo, e alguns outros; acusou-os de terem desobedecido às leis e os condenou ao apedrejamento. Esse ato desagradou muito a todos os habitantes de Jerusalém, que eram piedosos e tinham verdadeiro amor pela observância das nossas leis” – (JOSEFO, Flavio, História dos Judeus – CPAD, 2000, pp.465). Dois fatos são interessantes nessa citação: (1) Confirma uma clara declaração das escrituras: Jesus tinha um irmão chamado Tiago (Gl.1.19); (2) Ele era reconhecido como Cristo, outra afirmação clara das escrituras (Mt.16.16).
A segunda declaração de Josefo a respeito de Jesus é ainda mais explícita e por isso, muito controversa. Pouco antes da declaração supracitada, ele também afirma: “Nesse mesmo tempo apareceu Jesus, que era um homem sábio, se todavia devemos considera-lo simplesmente como um homem, tanto suas obras eram admiráveis. Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por muitos judeus, mas mesmo por muitos gentios. Ele era o Cristo. Os mais ilustres da nossa nação acusaram-no perante Pilatos e ele fê-lo crucificar. Os que o haviam amado durante a vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas o tinham predito e que ele faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos, que vemos ainda hoje, tiraram seu nome” – (JOSEFO, Flávio, História dos Judeus – CPAD, 2000, pp.418)
Flávio Josefo nasceu em Jerusalém, em 37 ou 38 d.C., de uma rica família da aristocracia sacerdotal asmoneia. Aos 13 anos entra em contato com as três principais tendências do judaísmo do século I d.C., desenvolvidas pelos saduceus, fariseus e essênios, mas ainda não decide abraçar nenhuma delas. Mas, não satisfeito com esta experiência, Josefo vai viver três anos, dos 16 aos 19  anos de idade, junto a um asceta chamado Bano, que vivia  austeramente no deserto, se vestia da casca das árvores e só se alimentava com o que a mesma terra produz; para se conservar casto banhava-se várias vezes por dia e de noite, na água fria. Josefo decidiu imitá-lo e após estes três anos no deserto, Josefo volta a Jerusalém, provavelmente para se casar, e opta pela linha teológica farisaica. Apesar de dizer que optou pelos fariseus, alguns especialistas defendem que Josefo é, na verdade, um saduceu. Só que após a guerra judaica, já em Roma, vivendo a sombra di Imperador, e acusado de ser "anti-romano" por seu rival judeu -  Justo de Tiberíades - Josefo diz ser adepto dos fariseus moderados. No ano 64 d.C., com 26 anos de idade, Josefo vai numa embaixada a Roma para interceder junto a Nero por alguns sacerdotes judeus ali retidos. O brilhante sucesso desta missão colocou Josefo em respeitável  posição frente aos seus conterrâneos. Mas não é apenas este o efeito da viagem a Roma. O jovem aristocrata provinciano viu, pela primeira vez, a grandeza e o poderio de Roma, a maior e mais poderosa cidade do mundo então. Isto vai influenciar sua avaliação da guerra que se seguirá.
Essa citação tem sido criticada como sendo impossível de ter sido proferida por um judeu-romano escrevendo sobre a história dos judeus. Normalmente apela-se par ao fato de que o texto acima é fruto de uma corrupção cristão tardia, especialmente pelo fato de que Orígenes (185-253dC) atesta que Josefo não aceitava a Messianidade de Jesus. Entretanto, essa declaração não é inteiramente verdadeira, observe a declaração de Orígenes: “Tamanha era a reputação de Tiago entre as pessoas consideradas justas, que Flávio Josefo, que escreveu Antiguidade dos Judeus em vinte livros, quando ansiava por apresentar a causa pela qual o povo teria sofrido grandes infortúnios que até mesmo o tempo fora destruído, afirma que essas coisas aconteceram com eles de acordo com a Ira de Deus em consequência das coisas que eles se atreveram a fazer contra Tiago o irmão de Jesus que é chamado Cristo. E o que é fantástico nisso é que, apesar de não aceitar Jesus como Cristo, ele deu testemunho da justiça de Tiago” – (Orígenes, Origen’s Commentarary on Matthew, IN: ROBERTS, Alexander, DONALDSON, James, Ante-Nicene Fathers, VOL 9, pp.424). Considerando o fato de que Orígenes atesta que Josefo o chama de Cristo (como vimos que o faz quando fala sobre Tiago), embora não o considerasse como tal, não é impossível que a citação seja de fato verdadeira. Porém, devemos reconhecer que algumas das declarações desse texto atribuído a Josefo parecem por demais cristãs para serem de um fariseu, e entendemos que não é à toa que tenha sido considerada uma interpolação.
Edwin Yamauchi, professor emérito de história na Universidade de Miami, comenta essa citação de Josefo e explica que é possível perceber onde estão as interpolações, ou supostas alterações cristãs tardias. Ele argumenta que era incomum para um cristão referir-se a Jesus Cristo apenas como um homem sábio, o que sugere que o texto nesse caso é de Josefo. Por outro lado, parece improvável que um judeu sugeriria que ele não era simplesmente um homem. Nesse caso, Yamauchi atesta que esse é um possível caso de interpolação cristã tardia. Sobre a expressão “Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por muitos judeus, mas mesmo por muitos gentios”, Yamauchi defende que está em conformidade com o estilo e vocabulário de Josefo, mas a conclusão “Ele era o Cristo” parece direta demais para um judeu (STROBEL, Lee, Em defesa de Cristo,  Vida, 1998, 104).
Contudo, ainda que tal citação de Josefo possa ser tomada com algumas ressalvas, é importante lembrar que uma versão árabe do texto de Josefo no mesmo trecho, que embora tenha as partes mais criticadas ausentes, apresenta aspectos interessantes sobre Cristo, observe: “Nessa época havia um homem sábio chamado Jesus. Seu comportamento era bom, e sabe-se que era uma pessoa de virtudes. Muitos dentre os judeus e de outras nações tornaram-se seus discípulos. Pilatos condenou-o à cruficicação e à morte. E aqueles que haviam sido seus discípulos não deixaram de seguí-lo. Eles relataram que ele lhes havia aparecido três dias depois da crucificação e que ele estava vivo […] talvez ele fosse o Messias, sobre o qual os profetas relatavam maravilhas” – (GEISLER, Norman, Enciclopédia de Apologética – Vida 2002,pp.449)
Após apresentar essa versão do texto de Josefo, em outro livro Geisler explica sua preferência por essa leitura: “Existe uma versão dessa citação na qual Josefo afirma que Jesus era o Messias, mas a maioria dos estudiosos acredita que os cristãos mudaram a citação para que fosse lida dessa maneira. De acordo com Orígenes, em dos pais da igreja nascido no século II, Josefo não era cristãos. Desse modo, é improvável que ele pudesse afirmar que Jesus era o Messias. A versão que citamos aqui vem de um texto árabe que, acredita-se, não foi corrompido” – (GEISLER, Norman,Não tenho fé suficiente para ser ateu – Vida, 2006, pp.227).
Diante dessas informações, devemos ainda lembrar os leitores que a credibilidade de Josefo como historiador já foi colocada a prova diversas vezes. Em um provocativo livro chamado Jesus e Javé, o judeu ateu Harold Bloom logo de início apresenta sua visão acerca de Cristo e Josefo: “Não há fatos comprovados acerca de Jesus de Nazaré. Os poucos fatos que constam na obra de Flávio Josefo, fonte da qual todos os estudiosos dependem, são suspeitos, pois o historiador era José bem Matias, um dos líderes da Rebelião Judaica, que salvou a própria pele por ter bajulado os imperadores da Dinastia Flaviana: Vespasiano, Tito e Domício. Depois que um indivíduo proclama Vespasiano como Messias, ninguém deve mais acreditar no que tal pessoa escreve a respeito do seu povo. Josefo, mentiroso inveterado, assistiu, tranquilamente à captura de Jerusalém, à destruição do Templo e à matança dos habitantes” – (BLOOM, Harold, Jesus e Javé, os nomes divinos – Objetiva, 2006, pp.31)
Nesse momento temos que fazer uma importante pergunta: “O que ganharia esse judeu traidor nacional em mencionar a figura de Jesus?”. Considerando o fato de que era financiado por Roma, era de se esperar que sua visão pudesse ter sido comprada pelos romanos e sua história tenha cedido em alguns lugares à tentação de ser conscientemente impreciso o que o levou a ganhar a fama de mentiroso inveterado. Contudo, aos olhos de Roma, essa nova “religião” tinha claras tendências de ser facciosa ao Império em função do seu estranho conjunto de doutrinas e sua objetiva recusa de adorar ou a César ou aos deuses romanos. Com isso, era de se esperar que ele suprimisse qualquer evento, fato ou personagem que pudesse o colocar em oposição com seus patrocinadores.
Portanto, é evidente que não haveria qualquer ganho para Josefo em apresentar a pessoa de Jesus, e talvez, por essa mesma razão, é que ele tenha escrito tão pouco a seu respeito. Mas, ainda assim, com o testemunho de Josefo, nós podemos reconhecer algumas das características de Cristo e sua história, tal como contada pelos evangelistas:

Jesus foi um homem considerado sábio; de bom comportamento e virtudes; tinha um irmão chamado Tiago; teve muitos seguidores de diferentes nacionalidades; foi crucificado por Pilatos; por crucificação; nem por isso seus discípulos o abandonaram; eles relataram a ressurreição de Cristo após três dias; além de uma possível relação com o Messias anunciado pelas escrituras hebraicas.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Como identificar um Avivamento genuíno?

Durante muitos anos Israel viveu sob a égide da descrença e da impiedade de seus governantes. Como se não bastasse, Acabe e Jezabel, sua parceira dominadora, eram os piores da turma. Naquele instante, surge no cenário um profeta sem referências, que não marca audiência, e entra na presença do rei com dedo em riste dizendo: a partir de hoje não chove mais em Israel (I Reis 17:1). Sem sequer hesitar, ele pronuncia a sentença Divina: “nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra”. Elias está com o dedo na face de Satanás, pondo as coisas em pratos limpos, e desmascarando todo um sistema de governo. Baal era a divindade da chuva, toda a colheita e prosperidade eram atribuídas a ele. Elias estava anunciando publicamente a falência de Baal (Ezequiel 22:30). Após tal sentença, o Senhor resolveu esconder seu servo (I Reis 17.2-3).Finalmente, depois de três anos de anonimato, Deus fala a Elias: “Vai, apresenta-te a Acabe” (I Reis 18:1-2). Elias confronta primeiro o povo para que tome uma posição, em seguida convoca seus inimigos para um duelo onde o Deus que respondesse pr fogo seria o “Deus verdadeiro” (I Reis 18:17-24).

Muitos dizem que a atual geração é a “Geração do Avivamento”, mas poucos entendem de fato o que um “AVIVAMENTO” significa. O relato da Batalha dos Deuses registra um dos maiores avivamentos já realizados, afinal em um único dia, toda a nação de Israel reconheceu a superioridade do Deus de Elias sobre os deuses cananitas Baal e Asera. Os gritos de “só o Senhor é Deus” ecoaram por todo reino, enquanto altares pagãos eram derrubados. E é exatamente esta a essência de um verdadeiro avivamento: TRANSFORMAÇÃO. Quando Elias ergueu sua voz, imediatamente “fogo” desceu do céu sobre o altar, e ali o avivamento começou. Infelizmente, muitos pregadores modernos tentam reduzir o conceito de avivamento apenas no cair do fogo, mas se esquecem que o fogo pelo fogo, acaba se apagando.

O avivamento começa com Elias desafiando a fé do povo, conclamando sua nação para vivenciar um grande mover sobrenatural. Antes de clamar pelo fogo, Elias toma o cuidado de corrigir todos os desvios, fendas e imperfeições de seu próprio altar, e depois, manda molhar toda a estrutura, bem como abrir valas no entorno e enche-las de água. A água é um símbolo da Palavra de Deus e também do Espírito Santo. Antes do fogo cair, é necessário que haja uma manutenção preventiva no altar, que aqui tipifica a própria vida do envolvido. Depois, é preciso que a PALAVRA DE DEUS seja despejada em abundância sobre este mesmo altar, ao ponto de fazer as valas transbordarem. Fogo que cai sem antes o altar ser regado, não passa de pirotecnia. Com o altar preparado e encharcado, chegou a hora do fogo descer. É um momento lindo e especial, de vislumbre, deleite e glória, que marcará para sempre a história de quem o vivenciar, mas como todo bom e inesquecível momento, a queda do fogo é passageira. O que fica de fato, são seus efeitos.

A água evapora, simbolizando que a PALAVRA voltou para Deus cumprindo o seu propósito (Isaías 55:10-11). A carne sobre o altar é consumida, incinerada, queimada ao ponto de desaparecer, e quando isso acontece, o Espírito é fortalecido (I Colossenses 3:1-3). Quando o fogo cai, mas a água continua nas valas e a carne se mantem mal passada sobre o altar, é por que de fato, não houve  avivamento real  ali. O fogo também pode representar separação. Quando Elias foi levado ao céu por um redemoinho, primeiro um carro de fogo desceu dos céus e passou entre ele e seu discípulo Elizeu, separando quem ficaria, de quem seria arrebatado. O fogo do verdadeiro avivamento tem esta característica de evidenciar os que são,  dos que NÃO são (II Reis 2:1-11).

Se o fogo caindo é uma visão deslumbrante, a próxima cena do avivamento é assustadora, mas imprescindível. Ao perceber que estava sendo enganado pelos falsos profetas, o povo de Israel reconhece a soberania do Deus de Elias e literalmente, elimina os mestres do paganismo. Em pouco tempo, cerca de  novecentos profetas de Baal e Asera são mortos ao fio da espada pelo turba enfurecida, transformando os seiscentos metros do Monte Carmelo, numa grande cascata de sangue, e a montanha, num deposito de muitos cadáveres. Visão desagradável, não é? Mas é exatamente aí que reside a beleza do AVIVAMENTO, pois quando ele é genuíno, as coisas mudam, e nada é como antes. Quem experimenta o verdadeiro avivamento, não aceita mais em sua vida, a causa raiz de seu erro, e extermina o mal de uma vez por todas, por mais doloroso que possa ser  este processo (Mateus 18:9).


Se você presenciar um evento onde o fogo cai do céu, mas a carne não queima, a água não evapora, o altar continua fendido e os profetas de Baal e Asera continuam vivos... FUJA!.... Não houve qualquer avivamento ali.


domingo, 26 de abril de 2015

Parabéns aos Aniversariantes de Abril


Mais um mês se passou, o último domingo chegou e neste 26/04/2015 fechamos nossos ciclos de homenagens de abril com a tradicionalíssima celebração envolvendo os aniversariantes do mês. Foi uma singela comemoração que contou com muitos louvores, aconselhamentos pastorais, ministrações inspiradoras e foi marcada por um clamor especial pelas bençãos do Senhor sobre a vida de seu povo.

Como é de praxe, nossa Secretária Eclesiástica preparou um vídeo comemorativo e conduziu o cerimonial festivo, que incluiu (como sempre), bolo e refrigerante. Obviamente, tudo isso só foi possível graças ao empenho de muitos voluntários e a generosidade dos colaboradores. Louvamos ao Senhor pela vida de todos!
Ah... e não podemos nos esquecer de algo muito importante... Parabéns aos aniversariantes de ABRIL:

01 – Antônio Carlos Teixeira Gomes
06 – Pamela Priscila da Silva Mariano
09 – Eric Araújo Parísio
09 – Isabela Gleiciane Abreu
10 – Orminda Carvalho de Correa
11 - Júlio Cesar Tomáz
13 – Ana Beatriz Belchior Chinchete
15 – Gabriel Henrique da Silva
17 – Alice Alves da Silva
19 – Carla Maria Machado
20 – Ellen Fernanda Abreu
21 – Divino Donizete
22 – Douglas Pablo Matos
23 – Mateus Silva
26 – Henrique Marques de Almeida
26 – Maria Cremon
26 – Priscila da Silva
27 – Jhonatan Wilson Quaresma Gomes
28 – Adriana de Carvalho Correa
28 – Letícia Maria Zarantin Mariano
29 – Luan R Oliveira
30 – Brenda Gabriele Chinchete



sábado, 25 de abril de 2015

Nova Dimensão - Deixe o passado para trás

Grupo Nova Dimensão

Só quem já se perdeu numa cidade pouco conhecida sabe a importância de tal “fluxo” ... Não sabe para onde ir? Não consegue encontrar a saída? Em primeiro lugar, reconheça que não conseguirá encontrar a direção sozinho e simplesmente siga o fluxo... Pois foi este o sentimento de cada irmão que tiveram o microfone nas mãos durante o culto especial de jovens realizado pelo Grupo Nova Dimensão na noite deste sábado, 24/04/2015 – Seguir o fluxo previamente estabelecido pelo Espírito Santo: O Futuro...

Desde os primeiros momentos deste culto inesquecível, Deus esteve chamando seus filhos para exercer o amor em sua plenitude, a única forma possível de se libertar das algemas do passado, liberar o perdão e começar a escrever uma nova história de vida, escrita com a caneta da paz. A reunião foi brilhantemente conduzida pelas líderes do departamento, Cátia Alves e Cátia Moreira, e contou com uma apresentação especial sobre a força do perdão; além dos diversos louvores que inseriram a igreja numa atmosfera de adoração, com destaque para o cantor Rodrigo de Mogi Guaçu, que acompanhado de sua banda cantou nossa dependência de Deus. 

Rodrigo (e banda)

O preletor da noite foi o Pb. Miquéias Daniel Gomes, que se baseou no texto de Juízes 11 para trazer uma palavra sobre superar o passado e construir um futuro livre de magoas e frustrações.

Gileade seria pai, mas o anúncio daquela gravides não foi motivo de festa e alegria, afinal aquela gestação era fruto de um erro, de uma aventura extra conjugal, de uma noite de prazer paga com dinheiro, sem vínculos de ternura ou amor. 

E assim nasceu Jefté, filho de uma prostituta, persona indesejada mesmo dentro da casa de seu pai. Gileade tinha muitos filhos com sua esposa legítima, e estes não se sentiam confortáveis com a presença de seu meio irmão, e assim que tiveram oportunidade, expulsaram o indesejável de suas terras. Rejeitado pela sua própria família, deserdado e desprovido de bens, Jefté procura refúgio na cidade de Tobe, e ali encontra a companhia de homens renegados como ele. Junto com seus novos aliados, Jefté forma um bando de mercenários, e seu forte instinto de liderança não demora a aparecer. Inicialmente, todos olham para aqueles homens com olhos assustados, a presença do bando em qualquer cidade causa repulsa e pavor, sendo eles imediatamente rejeitados pela sociedade. Porém, sob as ordens de Jefté, o grupo demostra valor e coragem, ganhando o respeito até mesmo de seus familiares.

Tal reviravolta se dá porque Israel mas uma vez fora subjugada por um inimigo, e durante alguns anos, padeceu o flagelo imposto pelos amonitas e filisteus. Os líderes do povo viram no bando de Jefté sua única possibilidade de defesa, e intercederam para que seu irmão rejeitado, liderasse a resistência contra o invasor.

- Jefté, sua liderança fez com que homens desprezados se tornassem em um grande exército...  Por favor... Venha e nos lidere contra os amonitas.

- Por que eu? Vocês não me expulsaram de casa, me renegaram e tiraram de mim meus direitos? Agora vocês vêm a mim e pedem socorro? Sou útil apenas em tempos de aflição?

O valor pessoal de Jefté era maior que sua história natural de desamparo familiar. O destino empurrava Jefté para o caos, ele porém, prevalecia pela coragem e vontade de ser feliz. Então o Espírito do Senhor se apossou dele. Primeiramente ele tentou um acordo de paz para evitar a guerra, mas mediante a recusa de seus inimigos, ele atravessou Gileade e Manassés, passou por Mispá de Gileade, e daí avançou contra os amonitas. Israel venceu a guerra e a sua participação foi decisiva, até que o nomearam juiz da nação. E Jefté, cujo nome significa "Deus Abre" entrou para o rol dos juízes de modo louvável. Deus de fato, abriu caminhos e deu oportunidades a esse guerreiro que soube ser diplomata e militar. Julgou Israel por seis anos, e foi honradamente sepultado em uma das cidades de seu pai. 

Pb. Miquéias Daniel Gomes