Texto Áureo
E ele cuidava que seus
irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a liberdade pela sua mão; mas
eles não entenderam.
Atos 7.25
Verdade aplicada
O discernimento para compreender
as fazes da vida e a paciência para manter-se fiel a uma visão são fatores
imprescindíveis para se alcançar um objetivo.
Textos de referência
Hebreus 11:23-26
Pela fé, Moisés, já
nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino
formoso; e não temeram o mandamento do rei.
Pela fé, Moisés, sendo
já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo, antes, ser
maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo
do pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os
tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
A história pela História
Uma das
maiores dificuldades em se precisar historicamente os eventos do êxodo consiste
no fato que os egípcios se negavam a registrar eventos que de alguma forma lhes
desabonassem. Por exemplo, muitos historiadores e teólogos apontam para
Hatshepsut como a mãe adotiva de Moisés (a
famosa filha de Faraó citada em Êxodo 2:5-7). Historicamente falando,
Hatshepsut foi a quinta governante egípcia da XVIII Dinastia, filha de Tutmosis
I com a rainha Ahmose e casada com seu meio-irmão, Tutmosis II. Em 1479 a.C,
com a morte de seu marido, o herdeiro legal Tutmosis III, foi nomeado para o
trono. Mas como ele ainda era muito jovem, Hatshepsut tornou-se a rainha regente do Egito. Os dois
governaram juntos até 1473 a.C., quando Hatshepsut se autodeclarou a única Faraó. Seu reinado de 22
anos foi marcado por inúmeras divergências com os sacerdotes, que muitos
historiadores acreditam ser derivadas da recusa de seu filho adotivo em se
tornar um membro da casta sacerdotal. Ela morreu
em 1458 a.C, sendo sepultada no
“Vale das Rainhas” em Luxor. Embora o “Templo de Hatshepsut”, também conhecido
como “Templo de El Der El Bahari”, seja um dos mais belos e luxuosos do Antigo
Egito, Tutmósis III mandou que muitos registros sobre a rainha fossem retirados
dos autos históricos e muitas pinturas que se referiam a ela, foram raspados de
templos e monumentos. Com isso,
informações relevantes e comprobatórias do registro bíblico se perderam.
Obviamente,
estas lacunas históricas em nada afetam a veracidade do texto bíblico, já que
seu maior respaldo é alicerçado na fé, e não na ciência. Mesmo, assim, o tempo
tem se encarregado de testificar a precisão histórica do Pentateuco, com
descobertas arqueológicas que comprovam com evidencias físicas, as revelações
bíblicas de séculos atrás. Um bom exemplo desta verdade, são as moedas egípcias
encontradas pela equipe do Dr. As’id Muhammad Thabet, contendo versos corânicos
comprovando que elas eram utilizadas no Egito na época de José. Além disso,
algumas moedas estampam a figura de uma vaca, referenciando ao providencial
sonho de Faraó interpretado pelo jovem hebreu. Outras peças trazem a imagem do
próprio José, com o seu nome estampado duas vezes em hieróglifos, o original,
“José”, e o egípcio, Zafenate-Panéia. Com o avanço das descobertas
arqueológicas, cada vez mais o ceticismo em relação ao texto bíblico vai sendo
minado. Mas ainda que nenhuma evidencia existisse, todavia nossa crença
permaneceria inabalada, já que a Bíblia não tem por objetivo ser um preciso
tratado histórico, mas sim revelar o grandioso plano de Deus para a humanidade
através dos séculos, projeto este que tem se mostrado preciso ao longo dos
séculos. A história de Moisés é um exemplo perfeito do “Kairós” de Deus, o
tempo perfeito onde tudo acontece com um propósito específico, e cada detalhe
converge para uma causa maior. Nomes de Faraós, datas precisas e registros
históricos são validos para conhecimento e a título de curiosidade, mas
detalhes irrelevantes quando analisados num contexto eternal.
Moisés viveu cento e
vinte anos e sua vida pode ser dividida em três períodos de quarenta anos. Nos
primeiros quarenta anos, ele passou no Egito, sendo cuidado pela sua mãe e
aprendendo nas escolas egípcias; no seu segundo ciclo, passou no deserto
vivendo como um pastor de ovelha, sendo nutrido pela solidão e ensinado por
Deus; em seus últimos quarenta anos, esteve no deserto com o povo hebreu sendo
ensinado pelas provações para se tornar inquestionavelmente o principal
personagem do Antigo Testamento, a figura central do Pentateuco.
Moisés – Um homem de fases
Moisés passa por três
fases significativas em sua vida. A primeira é quando ele pensa ser alguém,
pois era o príncipe do Egito e instruído em toda a ciência (Atos 7:22); a
segunda é quando vai viver no deserto e descobre não ser ninguém; a terceira é
quando se torna líder e descobre que depende de Deus. Joquebede, a mãe de
Moisés, desempenha o papel principal tanto em criar quanto em salvar seu filho.
O escritor aos Hebreus dedica-lhe um lugar especial na galeria da fé (Hebreus
11:23). Ela, com certeza, planejou toda formação espiritual de seu filho e, com
o auxílio de Miriã, sua filha mais velha, o menino permaneceu com a família
tempo suficiente para firmar suas raízes hebreias (Êxodo 2:5-9). Deus
transformou a maldição em bênção e o que para Joquebede era risco de vida
passou a ser uma satisfação. A bênção foi tão grande que ela recebeu salário
para criar o próprio filho. A fé e o planejamento sempre andam de mãos dadas. A
sabedoria de Joquebede nos ensina que Deus age no impossível e que nós agimos
observando oportunidades.Moisés cresceu no palácio foi criado como um príncipe,
instruído em toda a grandeza do Egito. Todavia, Deus criou um meio de firmar
suas raízes em família, algo que será imprescindível em seu destino profético.
O plano divino era fazer de Moisés um intermediário entre Ele e Faraó e nada
melhor que uma pessoa muito bem instruída para tal missão, pois Moisés conhecia
bem o terreno inimigo.
A providência divina deu
em um novo lar para Moisés (Êxodo 2:10), onde deveria crescer e ser instruído
até o dia em que seria impelido a libertar seu povo (Atos 7:22). Moisés foi
educado na civilização mais adiantada daquele tempo. O seu treinamento foi
projetado para prepará-lo para um alto cargo ou até mesmo o trono do Egito. Ele
ficou familiarizado com a vida na corte de Faraó, com toda a pompa e grandeza
da adoração religiosa egípcia. Foi educado na escrita e nas literaturas do seu
tempo. Também aprendeu a administração e a justiça. É importante ressaltar que
a mudança de lar e todas as implicações e benesses que favoreciam Moisés jamais
o afastaram do que deveria ser. Podemos afirmar que por fora ele era egípcio,
mas, por dentro, havia um hebreu clamando por liberdade e justiça.
A terceira fase da vida
de Moisés é marcada por um rompimento provocado pela justiça (Êxodo 2:11). O
hebreu que havia dentro da cartilagem egípcia emergiu e, a partir daí,
começaria uma nova etapa em sua vida. A morte do egípcio em defesa do hebreu
fez Moisés voltar ao nada outra vez. Devemos observar atentamente que todo seu
preparo no Egito seria usado mais tarde pelo Senhor.Nessa fase da vida, Moisés
sabia muito bem quem era. Não sabemos ao certo se teve uma revelação pessoal,
mas, seguramente, ele tomou a decisão de renunciar a tudo o que era por
acreditar em que Deus o faria ser (Hebreus 11:24-27).
Moisés - Filho e Irmão
Joquebede
nos é apresentada pelo escritor do Êxodo como uma mulher de muita fibra e
obstinação, inconformada com o morticínio ordenado pelo Faraó. Provavelmente
durante sua gravides, Joquebede por muitas vezes orou ao Deus de seus
antepassados para que a criança em seu ventre fosse uma menina, prece que
obviamente não foi atendida. Mesmo assim, ela não perdeu as esperanças de
preservar intacta sua família, e durante três meses usou de todos os recursos
disponíveis para manter seu filho no anonimato. Quando o nascimento da criança
foi descoberto, a única opção daquela mulher era jogar seu filho nas águas do
Nilo, conforme ordenava a lei. E assim Joquebede fez, porém, lançou mão de uma
última tentativa para poupar a vida do pequeno. Construiu um cesto de palha e o
impermeabilizou com betume. Dentro dele pôs seu filho, e depositou a embarcação
junto aos juncos que margeavam o rio, deixando que as águas o levassem rumo aos
propósitos de Deus. Talvez Joquebede não tivesse essa consciência, mas cada
ação por ela tomada era diretamente guiada pelo Jeová Jireh, o Deus da
Provisão. Quando colocou a criança no rio, aquela mãe literalmente parou de
lutar com suas próprias forças, e entregou sua peleja para Deus. Ali, na margem
do Nilo, Joquebede retira as mãos do leme da vida de seu filho, e Deus assume
definitivamente a embarcação, conduzindo o cesto aos braços da princesa
egípcia.
Se a
obediência de Joquebede levou o menino rumo ao seu destino glorioso, foi a
persistência de sua irmã Miriã, que o trouxe de volta pra casa. Enquanto o
cestinho navegava entre juncos e crocodilos, levando consigo o infante que
dormia em paz, ela o acompanha pela margem do rio. Com precisão cirúrgica, a
criança acorda e chora no momento exato. É o “alarme” capaz de chamar a atenção
da princesa. Ela ordena que o cesto lhe seja trazido, e embora saiba que aquela
é uma criança hebreia, a empatia entre ambos é imediata, pois um “presente” do
Nilo não se pode rejeitar. Miriã entende a situação e percebe a oportunidade.
Arriscando a própria vida, já que não poderia estar ali, se dirige a princesa e
oferece os “serviços” de uma excelente “ama de leite”. Conhecendo a fama das
mães hebreias, a princesa ordena que a mesma seja trazida a sua presença, e
antes que aquele dia trágico em seu raiar chegasse ao fim, Joquebede trazia de
volta para casa o seu filho, para de criá-lo em amor, escoltado e protegido
pela guarda real e ganhando um excelente salário para isso. Posteriormente, Moisés
receberia o treinamento diferenciado e se versaria na cultura egípcia, mas
antes, Joquebede teve a oportunidade de educar seu filho como um hebreu,
gerando nele grande empatia por seu povo e temor pelo Deus de seus pais (Êxodo
2:11; 3:6). No momento em que a nacionalidade egípcia de Moisés confrontou sua
nacionalidade hebraica, os laços sanguíneos falaram mais alto, e para proteger
um “irmão” escravo, o príncipe acabou assassinando um “súdito” egípcio.
Do palácio ao deserto
Quando Moisés foi
descoberto, ele temeu por sua própria vida e fugiu do Egito para o deserto de
Midiã. Ali começou uma nova fase em sua vida, onde se tornou pastor de ovelhas
e se casou com uma das filhas de Jetro, passando então a cuidar dos rebanhos de
seu sogro.É difícil perscrutar o que passava na mente de Moisés ao fugir para
Midiã e assentar-se junto ao poço (Êxodo 2:15). Com certeza, aquele deve ter
sido o nível mais baixo que sua vida poderia estar. Moisés não chegou até ali
cantando, ele estava confuso, frustrado e decepcionado. Ele compreendeu que não
se pode plantar uma semente carnal e colher um fruto espiritual. Ele agiu na
carne e estava colhendo o resultado do que havia plantado. Em questão de
momentos, Moisés desce o topo da pirâmide, pois era o escolhido de Faraó, à
condição de um fugitivo que tinha somente a vida por preciosa. Estar sentado
junto ao poço reflete o que estava na sua alma: sede, o desejo de tentar
entender o que deu errado na sua vida.Se Moisés imaginasse as consequências do
que passaria por ter assassinado o egípcio, não teria saído da sua zona de
conforto. Entretanto, é claro que o Senhor Deus conduzia o fluxo de sua
história; por tornar-se um homem poderoso em palavras e obras, chegou a
imaginar que pudesse livrar os filhos de Israel de seu cruel cativeiro. Porém,
a verdade é que ainda não havia chegado a hora, nem ele estava preparado para
as pressões próprias de um empreendimento daquela envergadura – a libertação
dos filhos de Israel. Isso ocorreria, mas só no futuro.
Deus impeliu Moisés para
o deserto porque seria o lugar onde usaria (Êxodo 2:19). O libertador hebreu
ainda estava por dentro de Moisés e Deus quebrou sua resistência pouco a pouco,
até que o egípcio morresse e o hebreu se apossasse por completo de Moisés. Deus
levou quarenta anos para instruí-lo, quarenta anos para purifica-lo e mais
quarenta anos para usá-lo ministerialmente. Para todo vasto ministério existe
um grande preparo e com Moisés não foi diferente. Deus não almejava enviar
somente um pastor com poderes especiais para libertar Seu povo, Ele queria
escrever a história da humanidade a partir de Moisés. Por isso, o Eterno
preparou e enviou um representante legal do seu poder (Êxodo 4:16).
Moisés chega a Midiã sem
qualquer perspectiva de sucesso em sua vida. Mas Deus inicia uma nova fase em
sua vida, dando-lhe uma esposa, filhos e confortando seu coração. Sua mulher
Zípora, lhe deu dois filhos varões: Gérson e Eliézer (Êxodo 2:22; 18:4). Por um
tempo determinado, o libertador caiu em esquecimento, dando lugar ao pastor de
ovelhas. Deus estava treinando Moisés na função em que desempenharia seu chamado
e, sem que ele se desse conta, estava aprendendo com ovelhas o significado de
um rebanho espiritual. Deus deveria desintoxicar Moisés das grandezas do Egito,
reduzi-lo a nada esvaziá-lo para depois torna-lo a encher. Quando chegasse o
tempo, o mundo conheceria um Moisés sem igual: um homem dotado de sabedoria,
ciência e poder, mas humilde, submisso e totalmente dependente de Deus.
As Lições do Deserto
Tudo na
vida de Moisés teve um propósito. Os anos em que viveu no palácio de Faraó lhe
municiaram de conhecimento estratégico e militar. Ele bebeu da fonte de uma das
mais evoluídas culturas de toda a história, versando-se na arte da guerra, da
arquitetura e medicina. Além disso, os anos na casa real serviram para criar
vínculos políticos e elos familiares com a linhagem dos Faraós, o que
posteriormente lhe deu acessibilidade para dialogar com o rei egípcio durante
sua missão libertadora. O relato do Êxodo evidencia que Moisés tinha livre
acesso ao palácio, e possuía privilégios para falar com o rei sem hora marcada,
fatos que comprovam que já havia uma relação pré estabelecida entre Moisés e a
linhagem faraônica de Tutmosis. Segundo historiadores, Moisés nasceu e foi
adotado por Hatshepsut durante o reinado de Tutmosis I, que o aceitou como
neto, e inclusive iniciou o seu processo de preparo para assumir o trono após
sua morte. Entretanto, foi o marido de Hatshepsut que assumiu este posto
adotando o nome de Tutmosis II. Vendo em Moisés uma ameaça ao seu poderio, ele
desenvolveu certa aversão por seu “enteado”, e teria sido ele o Faraó que
ordenou a morte de Moisés, o que culminou com a fuga do hebreu para Midiã
(Êxodo 2:15). Todos estes eventos apenas serviram a um propósito maior, pois o
deserto seria para Moisés uma escola preparatória. Ali, o príncipe iria se
transformar em pastor. O grande arquiteto passaria a conhecer a geografia do
deserto, a como achar água em meio a aridez e a como se guiar por entre as
dunas de areia. A fartura do Egito daria lugar à provisão diária. O sábio iria
descobrir que seu vasto conhecimento na verdade, ainda não lhe valia de nada. O
deserto ensina, e Deus é o professor.
Em Agosto
de 2013, o Pr. Wilson Gomes escreveu um texto para o informativo oficial da igreja,
dizendo que só existem três tipos de crente: os que já passaram pelo deserto,
os que estão nele e os que ainda vão passar; listando uma série de lições que
devemos tirar de nossa estadia nesta escaldante escola de Jeová:
- Quando
nos vemos frente à frente com o deserto e a única opção é enfrentá-lo,
aprendemos a depender e confiar exclusivamente no Senhor.
- O
deserto não acontece por acidente. Ele está previsto na agenda de Deus, pois
faz parte do cronograma divino para nossas vidas.
-De tempos
em tempos, é o próprio Deus quem nos conduz ao deserto.
- O
deserto é a escola de ensino superior do Espírito Santo, onde Deus treina e
capacita seus melhores soldados.
- O
deserto te molda. Você sai dele um cristão melhorado, autêntico e genuíno; pois
o orgulho, a vaidade e o egoísmo viram cinzas no calor das areias.
- Deus
está mais interessado no que somos do que no que fazemos. No deserto somos
lentamente lapidados, purificados e preparados; sem pressa; no tempo perfeito
do Senhor.
- Por
oitenta anos Deus preparou Moisés para uma jornada que durou apenas a metade
deste tempo; treinou Elias por mais de três anos para um evento que não passou
de umas poucas horas no cume do Monte Carmelo e é por estas e outras razões que
no deserto se aprende a confiar mais no provedor e menos na provisão.
- No
deserto não existem meios termos. Ou somos sustentados por Deus ou então
morremos de fome.
- É fácil
louvar a Deus quando estamos em evidência e há fartura em nossa mesa, mas um
dia, impreterivelmente, somos pegos no olho do furacão da vontade divina e
levados para uma terra árida onde as fontes são secas e a mesa é vazia.
- No
deserto sempre nos fazemos as mesmas perguntas: Onde estou? Pra onde vou? O que
devo fazer? - Deus tem respostas satisfatórias para todas elas.
- Suas
fontes podem sim estarem completamente secas, mas as de Deus estarão sempre
jorrando. Suas provisões podem estar chegando ao fim, mas o provedor continua
cuidando de você a cada instante.
- Há
varias fontes vulneráveis a esses tempos de estiagem: vida, casamento,
finanças, saúde, relacionamentos... E quando os recursos humanamente possíveis cessam, os
recursos de Deus nos são disponibilizados integralmente.
- Deus
jamais nos levara ao deserto ao bel prazer. Deserto é aprendizado para algo grande
dentro do Reino. Deus não fabrica super-crentes industrializados, pelo
contrário, seu processo é rústico e artesanal, à base de fogo, marreta e
bigorna. Somos aquecidos ao limite no fogo, postos sobre a bigorna e moldados
na marretada... E isso dói demais, porém o resultado é grandioso.
- Quando
for enviado ao deserto, vá SORRINDO! Deserto é lugar de milagres, onde o poder
de Deus se aperfeiçoa em nossas fraquezas e limitações
Discernir os tempos e
entender em que fase da vida se está vivendo não somente tornará a nossa vida
mais feliz, como também não nos deixará esmorecer na fé. Moisés sabia que era o
salvador de seu povo, somente não compreendia as fases do tempo. Não é porque
temos uma unção e um grande chamado que devemos agir na hora em que bem
entendemos. Sem perceber, Moisés entrou naquele período que chamamos de
“impaciência ministerial” (Atos 7:25). Moisés não sabia que a unção não deve
apenas estar posta sobre a cabeça de alguém, ela deve tomar todo o ser, deve absorver
as impulsões humanas e, quando ela prevalece, Deus dá o Seu aval e nos informa
a hora de agir. Devemos ter em mente que quando Davi foi ungido, já era rei a
partir daquele dia, mas não reinou após ter recebido a unção de rei. Ele passou
pelo tratamento da paciência, da experiência e da fé para, só depois, vir a
reinar. É comum ficar ansioso quando sabemos de algo tão grande e vemos que
nada acontece. O perigo está em querer agir por conta própria como Moisés (Atos 7:23).
A impaciência e a ansiedade o levaram a um golpe prematuro que resultou num
tremendo desastre, um atraso de quarenta anos. Sendo desejoso de fazer a
vontade de Deus, ele agiu imprudentemente e matou uma pessoa. Forçar a
situação, além de atrasar o projeto de deus para sua vida, ainda o levou a uma
catástrofe pessoal.
Não agir quando deus
ordena pode ser tão perigoso quanto agir quando Deus não envia (Atos 7:27).
Moisés estava consciente de que era o libertador da nação. Ele acreditava que
seu povo iria entender. Ele só não entendeu que o povo ainda o via como um
filho de faraó. A vontade de agir o cegou por um momento. Quando ele age por
sua própria conta, em vez de salvar uma nação, quase que nem escapa com vida.
Em um só momento, Moisés foi destituído de tudo, por não saber discernir o
tempo de agir. Quando chegou o tempo, o próprio Deus fez questão de enfatizar
(Atos 7:34). A melhor maneira para entender o tempo de deus é estando vazio de
si mesmo. Deus estava preparando algo tremendo através da vida de Moisés que
marcaria o mundo para sempre. Libertar o povo era fácil para Deus. Ele poderia
ter feito isso na primeira aparição de Moisés. Hoje podemos entender isso
perfeitamente. Jesus Cristo, por exemplo, não é conhecido em muitos lugares,
mas uma coisa é certa: em todas as partes do globo se conhece a história da
travessia do mar vermelho. Precisamos estar conscientes que, ao não compreender
o que Deus está fazendo, devemos estar como Moisés quando este chegou a Midiã
(Êxodo 2:15). Quatro coisas sucederam que corroboraram para favorecer e
configurar o ambiente para libertação. Primeiramente, a morte de Faraó; depois,
como nada mudou em relação a servidão, os hebreus passaram a orar
fervorosamente por uma intervenção divina; a seguir, Deus mudou Sua disposição
em relação aos filhos de Israel ouvindo suas orações e, por fim, enviou o
libertador. No entanto, tudo isso aconteceu no tempo exato (Daniel 2:21).
Todo grande preparo
passa pelo deserto. Até mesmo Jesus, o Filho de Deus, foi conduzido a ele pelo
Espírito Santo. Precisamos entender que o deserto nunca é maior que a promessa
feita por Deus. Lá é o lugar onde sempre estamos sós e prontos para ouvir as
coordenadas para seguir adiante. Observamos que tudo o que deus faz deve passar
pelo teste do tempo e agir de forma autônoma pode ser perigoso e frustrante.
Moisés teve uma grande expectativa, mas aprendeu através da solidão do deserto
que o homem passa por fases distintas até chegar a posição que Deus quer.
Dessas fases, a mais importante é onde se descobre que precisamos de Deus e que
sem Ele nada podemos fazer.
Assim como Moisés, venha aprender na escola de Deus para ser líder e profeta, participando neste domingo, (12/04/2015), da Escola Bíblica Dominical.
Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 95 - Editora Betel
Moisés - Lição 02
Comentarista: Pr. Belchior Martins da Costa
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Pb. Miquéias Daniel Gomes
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