Baseado na ministração do Pr. Wilson Gomes no culto de
celebração da Santa Ceia, em 19/04/2015
A Santa Ceia do Senhor realizada
pela sua igreja é muito mais que uma mera liturgia. Ela é uma ordem imperativa
do próprio Cristo, e deve ser cumprida com alegria e devoção, em memória de
nosso Senhor. Porém, o apostolo Paulo aconselha que nenhum tome a Ceia do
Senhor de forma indigna, ou seja fora de comunhão com o Corpo (I Coríntios
11:23-31).
Nenhum homem na terra está
autorizado a julgar o seu próximo, ou proibi-lo de participar desta celebração,
mas cada a cada um, realizar uma minuciosa introspecção, executando sobre si um
auto julgamento, e apenas após se sentir apto, tomar parte do cerimonial. Caso seja
detectado um desabono, faz-se necessário que o indivíduo conserte suas
pendencias, para depois estar se assentar nesta mesa espiritual.
A Santa Ceia nos remete ao sacrifício
vicário de Cristo na cruz, e sua ressurreição três dias depois, culminando com
sua ascensão aos céus. Antes de sua morte, porém, ele “remodelou” a Páscoa
judaica, substituindo os elementos tradicionais pelo “PÃO” e pelo “VINHO”,
símbolos de seu corpo e de seu sangue que seriam entregues pela humanidade. Mas
além deste memorial perpetuo, a celebração da Santa Ceia ainda nos traz outras
reflexões deveras importantes.
O primeiro olhar é sobre o
PASSADO. A Santa Ceia nos relembra de onde Deus nos tirou, de quem éramos e
para onde íamos. Então, Cristo interveio em nossa miserável vida, nos resgatou
da sarjeta e do esgoto, e nos pôs assentado entre príncipes e reis. O sangue
vertido na cruz nos livrou de nosso pecado e direcionou nossa caminha para o
céu. Lembrar do passado não significa revive-lo ou se lamentar sobre as escolhas
passadas, mas sim proporcionar a alegria da gratidão pelo que Deus fez por nós
e em nós.
O segundo olhar é sobre o
PRESENTE. Neste aspecto ela nos remete a nossa responsabilidade como cristãos.
Somos cartas enviadas aos homens, que precisam “ler” Jesus em nós, e isto só
será possível se nosso testemunho de vida condizer com nossa pregação. Uma vida
integra é a mais poderosa das mensagens e literalmente “grita” Jesus ao mundo.
Quando desvirtuamos nosso comportamento e contaríamos os princípios de moral e
espiritualidade ensinados por Cristo, não apenas nos colocamos na berlinda de
um julgamento mundano sobre os valores do cristianismo, como arrastamos para a
lama o nome de nossa igreja, de nossos líderes e pastores, expondo Jesus e o
Evangelho ao um verdadeiro escárnio público. Ser discípulo de Jesus exige
responsabilidade e sacrifício. É preciso ser crente de verdade, e revelar o
Messias para as pessoas através de quem somos, e não do que apenas falamos.
A terceira visão nos traz um
vislumbre do FUTURO. Nele, Cristo arrebata sua igreja e a leva para a Glória,
reunindo todos os salvos de todas eras para uma última e maravilhosa
celebração. Nesta Ceia futura, será o próprio Cristo a servir sua igreja, a
preparando para uma eternidade de paz e felicidade, num lugar onde não haverá
lagrimas, dor, frustrações e a morte deixará de existir...
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