A morte de Josué trouxe para
Israel um período de densas trevas e decadência moral. Os israelitas se
enveredavam por caminhos tortuosos, fazendo o que era mal aos olhos do Senhor e
servindo a deuses estrangeiros. A desobediência é, sem dúvidas, o tapete de
boas-vindas para o caos, e logo, Israel se viu a mercê de seus inimigos, que
como chicotes na mão do próprio Deus, flagelavam o povo rebelde. Com isso, as
tribos se tornaram dissolutas, e a nação se fragmentava em vestígios do que
fora um dia.
Foi neste tempo que Deus levantou
homens especiais para livrar Israel da mão de seus opressores e restaurar a
ordem espiritual daquela sociedade. O problema é após que cada arrependimento,
um novo surto de apostasia contaminava Israel. Com isto, um ciclo de guerras cerceou
a nação, culminando nos relatos impactantes do livro dos Juízes. Em dos mais
cruéis flageladores deste período foi Jabim, rei dos canaanitas, com seu
poderoso exército detentor de 900 carros de guerra comandado pelo general
Sísera. Quando os israelitas clamaram ao Senhor por socorro e libertação, para
livrar Israel das mãos deste sádico tirano, Deus levantou uma liderança
improvável: uma mulher de idade avançada chamada Débora.
A Bíblia fala pouco sobre suas
credenciais, a não ser que era esposa e mãe, o que não a qualificava para
dirigir um país. Porém, numa época em que Israel andava aos tropeços e cada
homem fazia aquilo que parecia certo aos seus próprios olhos, Débora tinha mantinha
inabalável sua fé em Deus. Ela era uma profetisa, capaz de ouvir o que Deus lhe
falava e transmitir sua palavra ao povo. Também era uma mulher sabia, pois as
pessoas que vinham até ela para resolver suas contendas. Débora convocou Baraque, e corajosamente
transmitiu-lhe o plano de Deus: “Porventura, o Senhor, Deus de
Israel, não deu ordem, dizendo: Vai, e leva gente ao monte Tabor, e toma
contigo dez mil homens dos filhos de Naftali e dos filhos de Zebulom? E farei
ir a ti para o ribeiro Quisom a Sísera, comandante do exército de Jabim, com os
seus carros e as suas tropas; e o darei nas tuas mãos” (Juízes 4:6-7).
Naquele dia Deus sustentou
Israel, como Débora sabia que Ele faria. O exército inimigo era muito maior e
exageradamente mais forte. Um confronto homem a homem se tornaria num verdadeiro
massacre. O que fazer? Débora olhou para céu e pediu o reforço de seu Deus. E
Ele veio! O Senhor enviou uma verdadeira tempestade glacial que literalmente,
“congelou” a impetuosidade do inimigo, neutralizando suas espadas e flechas. Um
povo armado com enxadas e foices era agora mais funcional que todo o exército
de Jabim. A chuva torrencial inundou o ribeiro Quisom e a até então invencível
armada de Sísera atolou na lama. O orgulhoso general fugiu desesperado, e basta
dizer que na fuga, ele foi engodado por Jael, uma mulher corajosa que cravou
uma estaca de tenda em sua cabeça e o matou. Dessa maneira, Deus libertou
Israel. Mais tarde, Débora escreveu um belo cântico que exalta a Deus e revela
muito sobre sua própria pessoa. Ela era uma mulher de profunda fé e grande
discernimento espiritual. Havia avaliado a sombria situação de seu país com
perspicácia, compreendeu o motivo da decadência e assumiu a responsabilidade
pela nação. Ela tinha tanta autoridade que, quando convocou Baraque, ele veio
imediatamente sem questionar sua autoridade ou suas instruções. Débora é a
única mulher na Bíblia que não apenas governou Israel como também deu ordens
militares a um homem, e isso com a bênção de Deus.
O que podemos aprender com esta
história? – Deus usa quem Ele quer e como quer, desde que este escolhido se
levante com coragem e ousadia, afim de realizar a obra para qual foi
comissionado. Deus escolhe, capacita, envia e garante. Mas os pés que caminham
rumo a um glorioso destino são os nossos...
E foi com esta poderosa palavra
baseada em Juízes 4,5,6 e 7, nos convocou a assumir o posto que nos foi
designado pelo Senhor, que o Ev. Elson
Aquino dos Santos (Mogi Guaçu SP) abrilhantou a QUARTA FORTE deste dia
22/04/2015. Foi um verdadeiro “conselho de guerra”, onde fomos lembrados que
nosso general é Cristo é portanto não existe milícia com força o suficiente
para nos derrotar. Maior é o Deus que vai na nossa frente, Senhor absoluto de
todos e tudo, que tem o mundo e seus exércitos na palma da mão.
Ev. Elson Aquino dos Santos |
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