Durante muitos anos
Israel viveu sob a égide da descrença e da impiedade de seus governantes. Como
se não bastasse, Acabe e Jezabel, sua parceira dominadora, eram os piores da
turma. Naquele instante, surge no cenário um profeta sem referências, que não marca
audiência, e entra na presença do rei com dedo em riste dizendo: a partir de
hoje não chove mais em Israel (I Reis 17:1). Sem sequer
hesitar, ele pronuncia a sentença Divina: “nestes anos nem orvalho nem chuva haverá,
senão segundo a minha palavra”. Elias está com o dedo na face de Satanás, pondo as coisas em pratos limpos, e desmascarando todo um sistema de governo. Baal era a divindade da chuva, toda a colheita e prosperidade eram atribuídas a
ele. Elias estava anunciando publicamente a falência de Baal (Ezequiel 22:30). Após tal sentença, o Senhor resolveu esconder
seu servo (I Reis 17.2-3). Finalmente, depois de
três anos de anonimato, Deus fala a Elias: “Vai, apresenta-te a Acabe” (I Reis
18:1-2). Elias confronta primeiro o povo para que tome uma posição, em seguida
convoca seus inimigos para um duelo onde o Deus que respondesse pr fogo seria o
“Deus verdadeiro” (I Reis 18:17-24).
Muitos dizem que a
atual geração é a “Geração do Avivamento”, mas poucos entendem de fato o que um
“AVIVAMENTO” significa. O relato da Batalha dos Deuses registra um dos maiores
avivamentos já realizados, afinal em um único dia, toda a nação de Israel
reconheceu a superioridade do Deus de Elias sobre os deuses cananitas Baal e
Asera. Os gritos de “só o Senhor é Deus” ecoaram por todo reino, enquanto
altares pagãos eram derrubados. E é exatamente esta a essência de um verdadeiro
avivamento: TRANSFORMAÇÃO. Quando Elias ergueu sua voz, imediatamente “fogo” desceu
do céu sobre o altar, e ali o avivamento começou. Infelizmente, muitos
pregadores modernos tentam reduzir o conceito de avivamento apenas no cair do
fogo, mas se esquecem que o fogo pelo fogo, acaba se apagando.
O avivamento começa
com Elias desafiando a fé do povo, conclamando sua nação para vivenciar um
grande mover sobrenatural. Antes de clamar pelo fogo, Elias toma o cuidado de
corrigir todos os desvios, fendas e imperfeições de seu próprio altar, e
depois, manda molhar toda a estrutura, bem como abrir valas no entorno e
enche-las de água. A água é um símbolo da Palavra de Deus
e também do Espírito Santo. Antes do fogo cair, é necessário que haja uma
manutenção preventiva no altar, que aqui tipifica a própria vida do envolvido.
Depois, é preciso que a PALAVRA DE DEUS seja despejada em abundância sobre
este mesmo altar, ao ponto de fazer as valas transbordarem. Fogo que cai sem
antes o altar ser regado, não passa de pirotecnia. Com o altar preparado e
encharcado, chegou a hora do fogo descer. É um momento lindo e especial, de
vislumbre, deleite e glória, que marcará para sempre a história de quem o
vivenciar, mas como todo bom e inesquecível momento, a queda do fogo é
passageira. O que fica de fato, são seus efeitos.
A água evapora,
simbolizando que a PALAVRA voltou para Deus cumprindo o seu propósito (Isaías
55:10-11). A carne sobre o altar é consumida, incinerada, queimada ao ponto de desaparecer, e quando isso acontece, o Espírito é fortalecido (I Colossenses
3:1-3). Quando o fogo cai, mas a água continua nas valas e a carne se mantem
mal passada sobre o altar, é por que de fato, não houve avivamento real ali. O fogo
também pode representar separação. Quando Elias foi levado ao céu por um
redemoinho, primeiro um carro de fogo desceu dos céus e passou entre ele e seu
discípulo Elizeu, separando quem ficaria, de quem seria arrebatado. O fogo do
verdadeiro avivamento tem esta característica de evidenciar os que são, dos que NÃO são (II Reis 2:1-11).
Se o fogo caindo é
uma visão deslumbrante, a próxima cena do avivamento é assustadora, mas
imprescindível. Ao perceber que estava sendo enganado pelos falsos profetas, o
povo de Israel reconhece a soberania do Deus de Elias e literalmente, elimina
os mestres do paganismo. Em pouco tempo, cerca de novecentos profetas de
Baal e Asera são mortos ao fio da espada pelo turba enfurecida,
transformando os seiscentos metros do Monte Carmelo, numa grande cascata de
sangue, e a montanha, num deposito de muitos cadáveres. Visão desagradável, não
é? Mas é exatamente aí que reside a beleza do AVIVAMENTO, pois quando ele é
genuíno, as coisas mudam, e nada é como antes. Quem experimenta o verdadeiro
avivamento, não aceita mais em sua vida, a causa raiz de seu erro, e extermina
o mal de uma vez por todas, por mais doloroso que possa ser este
processo (Mateus 18:9).
Se você presenciar um
evento onde o fogo cai do céu, mas a carne não queima, a água não evapora, o
altar continua fendido e os profetas de Baal e Asera continuam vivos...
FUJA!.... Não houve qualquer avivamento ali.
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