segunda-feira, 27 de abril de 2015

Como identificar um Avivamento genuíno?

Durante muitos anos Israel viveu sob a égide da descrença e da impiedade de seus governantes. Como se não bastasse, Acabe e Jezabel, sua parceira dominadora, eram os piores da turma. Naquele instante, surge no cenário um profeta sem referências, que não marca audiência, e entra na presença do rei com dedo em riste dizendo: a partir de hoje não chove mais em Israel (I Reis 17:1). Sem sequer hesitar, ele pronuncia a sentença Divina: “nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra”. Elias está com o dedo na face de Satanás, pondo as coisas em pratos limpos, e desmascarando todo um sistema de governo. Baal era a divindade da chuva, toda a colheita e prosperidade eram atribuídas a ele. Elias estava anunciando publicamente a falência de Baal (Ezequiel 22:30). Após tal sentença, o Senhor resolveu esconder seu servo (I Reis 17.2-3).Finalmente, depois de três anos de anonimato, Deus fala a Elias: “Vai, apresenta-te a Acabe” (I Reis 18:1-2). Elias confronta primeiro o povo para que tome uma posição, em seguida convoca seus inimigos para um duelo onde o Deus que respondesse pr fogo seria o “Deus verdadeiro” (I Reis 18:17-24).

Muitos dizem que a atual geração é a “Geração do Avivamento”, mas poucos entendem de fato o que um “AVIVAMENTO” significa. O relato da Batalha dos Deuses registra um dos maiores avivamentos já realizados, afinal em um único dia, toda a nação de Israel reconheceu a superioridade do Deus de Elias sobre os deuses cananitas Baal e Asera. Os gritos de “só o Senhor é Deus” ecoaram por todo reino, enquanto altares pagãos eram derrubados. E é exatamente esta a essência de um verdadeiro avivamento: TRANSFORMAÇÃO. Quando Elias ergueu sua voz, imediatamente “fogo” desceu do céu sobre o altar, e ali o avivamento começou. Infelizmente, muitos pregadores modernos tentam reduzir o conceito de avivamento apenas no cair do fogo, mas se esquecem que o fogo pelo fogo, acaba se apagando.

O avivamento começa com Elias desafiando a fé do povo, conclamando sua nação para vivenciar um grande mover sobrenatural. Antes de clamar pelo fogo, Elias toma o cuidado de corrigir todos os desvios, fendas e imperfeições de seu próprio altar, e depois, manda molhar toda a estrutura, bem como abrir valas no entorno e enche-las de água. A água é um símbolo da Palavra de Deus e também do Espírito Santo. Antes do fogo cair, é necessário que haja uma manutenção preventiva no altar, que aqui tipifica a própria vida do envolvido. Depois, é preciso que a PALAVRA DE DEUS seja despejada em abundância sobre este mesmo altar, ao ponto de fazer as valas transbordarem. Fogo que cai sem antes o altar ser regado, não passa de pirotecnia. Com o altar preparado e encharcado, chegou a hora do fogo descer. É um momento lindo e especial, de vislumbre, deleite e glória, que marcará para sempre a história de quem o vivenciar, mas como todo bom e inesquecível momento, a queda do fogo é passageira. O que fica de fato, são seus efeitos.

A água evapora, simbolizando que a PALAVRA voltou para Deus cumprindo o seu propósito (Isaías 55:10-11). A carne sobre o altar é consumida, incinerada, queimada ao ponto de desaparecer, e quando isso acontece, o Espírito é fortalecido (I Colossenses 3:1-3). Quando o fogo cai, mas a água continua nas valas e a carne se mantem mal passada sobre o altar, é por que de fato, não houve  avivamento real  ali. O fogo também pode representar separação. Quando Elias foi levado ao céu por um redemoinho, primeiro um carro de fogo desceu dos céus e passou entre ele e seu discípulo Elizeu, separando quem ficaria, de quem seria arrebatado. O fogo do verdadeiro avivamento tem esta característica de evidenciar os que são,  dos que NÃO são (II Reis 2:1-11).

Se o fogo caindo é uma visão deslumbrante, a próxima cena do avivamento é assustadora, mas imprescindível. Ao perceber que estava sendo enganado pelos falsos profetas, o povo de Israel reconhece a soberania do Deus de Elias e literalmente, elimina os mestres do paganismo. Em pouco tempo, cerca de  novecentos profetas de Baal e Asera são mortos ao fio da espada pelo turba enfurecida, transformando os seiscentos metros do Monte Carmelo, numa grande cascata de sangue, e a montanha, num deposito de muitos cadáveres. Visão desagradável, não é? Mas é exatamente aí que reside a beleza do AVIVAMENTO, pois quando ele é genuíno, as coisas mudam, e nada é como antes. Quem experimenta o verdadeiro avivamento, não aceita mais em sua vida, a causa raiz de seu erro, e extermina o mal de uma vez por todas, por mais doloroso que possa ser  este processo (Mateus 18:9).


Se você presenciar um evento onde o fogo cai do céu, mas a carne não queima, a água não evapora, o altar continua fendido e os profetas de Baal e Asera continuam vivos... FUJA!.... Não houve qualquer avivamento ali.


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